segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Danuza na Manchete





por Gonça
4 de outubro de 1952. A revista Manchete, recém-lançada, chegava às bancas com uma modelo brasileira na capa. Sobre a moça deitada na praia, sob céu azul, a chamada "Danuza conquista Paris". Nada menos. Entre os assuntos daquela semana, quando o Rio já experimentava o calor de verão que se anunciava em plena primavera, a revista destacava a morte do cantor Francisco Alves (seria a capa da edição seguinte), a luta pela sucessão (que não aconteceria) entre Getúlio e Adhemar, e uma reportagem do jornalista Hélio Fernandes sobre a agitada vida noturna de Copacabana - eram os tempos do Vogue, Balalaika, Maxim's - mas era Danuza Leão a estrela da edição número 24 da revista que Adolpho Bloch lançava para concorrer com a poderosa O Cruzeiro. A reportagem de Carlos Moreira, com fotos de Oldar Froes começava com a frase "Danuza Leão é um dessas criaturinhas que sempre exigem um adjetivo".
Autora de best-sellers, a "criaturinha" acaba de lançar "De Malas Prontas", um pouco crônicas de viagem, um pouco guia de turismo, em que ela narra suas experiências em Buenos Aires, Londres e Berlim. Uma continuação do "Fazendo as Malas", lançado em 2008, quando revelou segredos úteis de Paris, Sevilha, Lisboa e Roma. A reportagem da Manchete conta que Danuza estava em uma festa de Jacques Fath, em um castelo em Coberville, a convite dos "Diários Associados", quando o famoso costureiro encantou-se pela brasileira e ofereceu-lhe um contrato de 100 mil francos mensais. "E foi assim que a capital da moda ganhou o primeiro manequim brasileiro - Danuza -que, com 19 anos, será provavelmente o mais jovem modelo de modas do mundo", conclui o repórter. (Na sequência acima, reproduções da revista Manchete)

Acredite se quiser: biscoito promete emagrecer

por Eli Halfoun
Os gordinhos insistem. Embora saibam que essas dietas milagrosas sugeridas quase que diariamente não funcionam, eles, os gordinhos, até se enganam aderindo as novidades. O regime dieta da moda é a chamada dieta da Dr. Siegal’s Cooki Diet, que promete fazer perder até cinco quilos em um mês, promessa também da diet South Beach. A dieta Siegal’s consiste em comer seis cookies por dia previamente embalado e está deixando os gordões americanos tão entusiasmados que mereceu até reportagem de duas páginas em recente edição do The New York Times. Inicialmente a dieta dos cookies era apenas para os pacientes do médico Sanford Siegal, mas agora os cookies são vendidos (e aos montões) em lojas. Comendo os seis cookies o paciente deve fazer apenas uma refeição por dia na base de proteínas (ainda bem). Não se sabe se os pacientes estão realmente emagrecendo os quilos que a dieta promete, mas sabe-se que seu “inventor” está engordando a conta bancária: esse ano deve faturar U$ 18 milhões, ou seja, U$ 6 milhões a mais do que faturou no ano passado. Afinal, tem gordinho pra tudo.

Uma verdade, uma “média” e um jogo de palavras. É a nossa política

por Eli Halfoun
Um dos mais respeitados e acreditados jornalistas especializados em política (jornalista político como se dizia antes é, hoje em dia, quase ofensa) Villas-Bôas Corrêa não resistiu e em recente palestra resumiu em uma frase definitiva a repulsa que ele e nós sentimos da atual política brasileira: “Esse é o Congresso mais esculhambado que já vi. É repugnante”. Quem conhece sabe o que diz. Não foi só isso que o velho Villas falou: “O Congresso que eu conheci era uma casa de freiras perto deste de agora”.Também alertou: “Nada é tão urgente nesse país quanto moralizar o Congresso Nacional”. Não será fácil.
Véspera de eleição é tempo de estar em todas para fazer “média”. Embora não seja candidato a nada o presidente Lula não perde, como qualquer outro político, uma oportunidade: embora seja assumido torcedor do Corinthians em São Paulo e,dizem, do Vasco no Rio Lula foi todo sorrisos ao receber nessa segunda-feira, dia 14, o campeão time do Flamengo. A equipe e mais um montão de “papagaios de piratas. Certamente Lula disse que é “Flamengo desde criancinha". Não é, não.
No jogo político, vale fazer a mesma coisa e dizer que está fazendo outra. É o que acontecerá na campanha de Dilma Roussef em busca dos votos para a Presidência da República. Como ela e sua equipe de marqueteiros acham que PAC está muito ligado ao nome de Lula decidiram que o mote da campanha de Dilma será o programa Minha Casa Minha Vida, que não deixa de ser a mesma coisa. Até nisso tentam enganar o povo, esse ainda esperançoso o eleitor.

Calcinhas para o mundo

por Eli Halfoun
O brasileiro não precisa orgulhar-se só da beleza de suas mulheres, especialmente quando vistas indo (não há quem não dê uma giradinha no pescoço para olhar). O Brasil pode orgulhar-se também de estar tirando sua calcinha e sutiã para o mundo: as calcinhas fabricadas por aqui são um dos mais bem-sucedidos entre os nossos, digamos, produtos de exportação: o Brasil vende anualmente nada mais nada menos do que 800 milhões de peças entre calcinhas e sutiãs, com faturamento de anual superior a R$ 4.5 milhões, incluindo as exportações. A previsão é de que as vendas aumentem muito até o réveillon, época em que as mulheres gostam de usar calcinhas novas, de preferência brancas (ainda a campeã de vendas), amarelas ou vermelhas, que significam paz, dinheiro e paixão – tudo que elas mais querem no Ano Novo e durante o ano inteiro. Por conta da moda de deixar aparecer por baixo da blusa parte do sutiã, as peças também estão em alta (nos dois sentidos), ganhando mais consumidoras, principalmente para os modelos em prata e em cores fortes e mais fluorescentes. Segundo os fabricantes, ganham força também, inclusive para exportação as calcinhas fio dental que deixam a preferência nacional mais livre, leve e solta. Talvez seja um bom negócio exportar também as cuecas-cofre usadas para esconder dinheiro. Mas só a grana ilegal (o dinheiro da corrupção).

the watermelon woman


por Gonça
Dizem que Sarah Palin pode vir a ser a imbatível candidata repúblicana para suceder Barack Obama. É uma senhora jeitosinha mas pratica pensamentos tortos: é belicista, nas horas vagas caça ursos e alces com um poderosa carabina, é contra a pesquisa de células-tronco, quer furar poços de petróleo no Ártico, acha que defender meio-ambiente é coisa de boiola, é uma fanática religiosa que deixaria Bush no chinelo, garantem os analistas. Mas há quem goste e os votos dos grotões americanos, aqueles mega conservadores, podem ir para o seu colo. Renunciou ao governo do Alasca para se preparar para a próxima corrida presidencial. A Casa Branca ainda está longe mas a madame investe no visual, de olho na ala jovem dos republicanos. Ou seja: é conservadora ma non troppo e explora bem uma certo lado mulher-melancia. De pernocas de fora, foi capa de uma das últimas edições da Newsweek mas não gostou. Acusou a revista de ser "sexista".  Entendi...ou melhor, não entendi. Se não queria capa do gênero mulher-objeto por que posou mostrando as curvas das estradas do Alasca?   

Dunga $$$$$

Segundo o colunista Lauro Jardim, da Veja Web, Dunga vai embolsar R$1,6 milhão para emprestar sua credibilidade à Oi. O contrato faz do treinador uma dos mais bem págos garotos-propaganda  do país. Se ganhar a Clopa, então...

Silvio Santos abre o baú no cinema


por Eli Halfoun
Lula deu o pontapé inicial e agora todo mundo quer ser atração no cinema. Tudo indica que o próximo será Silvio Santos, que poderá se ver na telona no segundo semestre de 2010 quando estiver completando 80 anos de uma bem sucedida carreira de empresário e apresentador, considerado ainda o melhor do Brasil. A idéia do filme é de Carlos Augusto Oliveira, o Guga, que já teve várias reuniões com familiares do “homem do baú”. Há quem garanta (e o jornalista Flavio Ricco é um deles) que embora ainda não tenha assinado qualquer compromisso Silvio Santos está entusiasmado com o projeto. O livro “A Fantástica História de Silvio Santos”, uma biografia autorizada escrita pelo jornalista Arlindo Silva será a base para o roteiro final do filme, que será atualizado com novas informações. Não será apenas uma idéia e uma câmera não mão: o projeto inclui, entre muitas outras coisas, eventos e um concurso para a escolha do elenco, incluindo aos atores que viverão as várias fases da vida e carreira de SS. Para dar andamento ao projeto, Guga tenta conseguir de Silvio uma autorização por escrito para que ele não mude de idéia no meio do caminho, como costuma fazer com a programação do SBT.


Celebridades podem aparecer ainda mais

por Eli Halfoun

Parece que as reclamações dos empresários do ramo editorial são bem maiores do que a realidade. Por mais que se queixe, o mercado ganha novas publicações e a próxima revista a disputar leitores nas bancas será uma versão brasileira da espanhola Hola!, uma das mais bem sucedidas do mundo no segmento de celebridades. A Hola!, que é praticamente um álbum de figurinhas de gente famosa, terá a versão tupiniquim editada por Claudemir Siquini, que já edita as revistas segmentadas Polo, Golf e Iate. A edição brasileira da Hola! terá 60% de conteúdo brasileiro, mas não abrirá mão das fotos da realeza do Velho Continente. A Hola! espanhola tem acesso exclusivo à intimidade de reis, rainhas e princesas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Memórias da redação: Aconteceu... na revista Carinho


por Dalce Maria
Pra vocês, com muito CARINHO
A gente era feliz. E, em maioria, sabíamos MUITO BEM disto. Eu, que voltara ao Rio para dirigir a CARINHO, vinda de Brasília, onde era repórter de economia e política do velho/grande JB, tinha perfeita noção do privilégio de fazer revista (e ainda tenho! embora esteja de novo em Brasilia, trabalhando com política. Deve ser karma!!). Ainda mais uma revista dirigida a adolescentes. E adolescentes reprimidos politica, social e culturalmente sob o peso da ditadura militar de tantos anos!
Quebramos vários tabus editoriais! Ousamos matérias de orientação sexual, falamos de drogas, direcionamos opções profissionais veiculando reportagens sobre mercado&carreiras. Lançamos várias das grandes estrelas do momento em televisão. Tais Araújo, Giovana Antonelli e Nívea Stelman, entre estas: todas começaram a caminhada, posando para fotos de reportagens e capas da CARINHO.
Batemos muitos recordes de venda em bancas.
Mas, todos estes acertos profissionais de pouco valeriam (se é que aconteceriam), se não fôssemos uma equipe. Uma tchurma! Com todas as diferenças, de idade, crenças, raças etc. Mas focada em fazer o melhor por nosso público-alvo. Principalmente, quando isto dava em sonoras gargalhadas de nossa parte. Era MUITO BOM! E está aí, pra quem quiser conferir nestas fotos, que Sidney Ferreira, nosso super-editor de arte, tirou de algum lugar do passado e devolveu ao presente. Que bom, Sid!!!
Legendar todas as fotos, uma por uma, seria muito chato. Nomear um a um, quem trabalhou na revista, não dá... Então, homenageio todos da CARINHO dos meus tempos, começando a identificação pelo mais genial que viveu entre nós: INDALÉCIO WANDERLEY, o dono da festa, destaque entre os melhores fotógrafos (e coleguinhas) que este país já conheceu. Também nas fotos, vemos Sidney, Maurinho e Wellington, da arte; Ana Anglada, Lucia Vianna e Adriana, produção; Ana Paula, Dora, Aline, Adriana e Lucia, redação/reportagem; e - claro! - Marcinha, símbolo da revista, a secretária mais inesquecível de minha carreira; além de mim, Dalce. Curtam de montão!!! Saudades gerais!!!!!!!








Mais uma cesta do cestinha Oscar Schmidt

por Eli Halfoun
Considerado o maior jogador de basquete do Brasil Oscar Schmidt pode ter saído das quadras, mas continua fazendo do esporte a sua grande paixão. Só que agora o literalmente grande Oscar não usa mais as mãos e sim a voz: tem feito uma média de dez palestras por mês falando de liderança, desafio, trabalho em equipe e lições de vida. Oscar cobra uma média de R$ 20 mil por palestra e embora esteja viajando muito pelo Brasil ainda encontra tempo para cuidar pessoalmente do lançamento de sua autobiografia, que recebeu o título de “Conquistando sucesso: a trajetória de Oscar Schmidt”. Quem conhece o texto garante que mais do que um livro a autobiografia é um belo exemplo de determinação. Oscar não é grande só no tamanho.

A cara boa do Brasil brasileiro

por Eli Halfoun
Ronaldinho Gaúcho, que está voltando a bater um bolão, driblou meio mundo e é o melhor jogador de futebol da década; Ayrton Senna acelerou, deixou paras trás pilotos velozes e é o melhor piloto de Fórmula I de todos os tempos; “Caminho das Índias” exibe com orgulho o Grammy de melhor novela da televisão mundial; o filme “Cidade de Deus” lidera a lista de melhor longa-metragem da década; o desfile das escolas de samba é considerado o maior espetáculo da terra; a queima de fogos na praia de Copacabana deslumbra o mundo inteiro; desde a Bossa Nova nossa música dita o ritmo mundial de qualidade e versatilidade. Só falta mesmo a gente acreditar de verdade no Brasil. Mesmo que os políticos façam tudo para que isso não aconteça, mas por mais que tentem não conseguirão. O Brasil é um país de vitórias e de esperança.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Fim de tarde no Rio de Janeiro

No Chico&Alaíde já é carnaval


Foto: Jussara Razzé


Dalva e Herivelto 1



Bom ver que o Brasil, por força da audiência e do sucesso que o gênero faz (recentemente, foi a minissérie Maysa, que recriou excepcionalmente a época da cantora), está cuidando melhor da sua memória cultural. Chega à TV a história de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. A cantora e o compositor viveram uma relação intensa, tanto na trajetória profissional quanto na vida pessoal. Na minissérie ‘Dalva e Herivelto, uma canção de amor’, de Maria Adelaide Amaral contará, em cinco capítulos, este autêntico folhetim passional. Segundo a divulgação da Globo, todos os ingredientes estão aí: “paixão, traição, ciúme, agressão e momentos de alta dramaticidade”. Os dois personagens da trama, que estreia dia 04 de janeiro de 2010, são interpretados pelos atores Adriana Esteves e Fabio Assunção. Cassino da Urca e a Rádio Nacional, Cassino de Icaraí, em Niterói, ícones de um tempo, serão relembrados. A pesquisa áudio-visual, feita por Madalena Prado, reuniu fotos de Dalva e Herivelto e gravações da época, arquivos da Cinédia,. do Museu da Museu da Imagem e do Som”, conta Letícia. Outra curiosidade, segundo a Globo, é a revelação de que, em 1951, a cantora chegou a ter quatro carros, um luxo neste período: um Jaguar, um Austin, o primeiro modelo de Fusca e um Oldsmobile. “Antigamente, você ia direto à Biblioteca Nacional, pegava o que queria e reproduzia. Agora, os jornais são micro-filmados, você não tem mais acesso para ver como o jornal era. Então, este foi um grande desafio para a minha equipe”, conta Ana Maria de Magalhães. O ‘Diário da Noite’, por exemplo, onde Herivelto publicou os artigos contra Dalva, era conhecido como “verdinho”. Ao realizar a pesquisa, porém, a produção de arte descobriu que, apesar do apelido, pouquíssimas edições haviam sido impressas em folhas verdes. Consta que a impressão era feita no papel que estivesse mais barato no momento e, por conta das poucas edições verdes, conquistou o título. (Foto/Divulgação: TV Globo / João Miguel Jr.)

Dalva e Herivelto 2

Todo o material reunido pela produção de arte serviu como base para o departamento de computação gráfica, responsável por cobrir as interferências modernas nas locações em que a minissérie foi filmada. Gustavo Garnier e Paula Souto fazem o trabalho de pós-produção, removendo ar condicionados, postes, fios e outros objetos que não pertenciam à época. “Na década de 30, por exemplo, não existia o asfalto. Em algumas cenas, usamos um tapete que simulava paralelepípedo. A ponte Rio-Niterói também não havia sido construída, então tivemos que retirá-la das cenas em que ela aparecia, com a ajuda de programas de computação gráfica”, explica Paula Souto. Além do trabalho de remoção de características urbanas contemporâneas, as cenas de stock shots também foram feitas virtualmente. A construção da ponte Rio-Niterói, do Maracanã e a duplicação da Avenida Atlântica são algumas das cenas que poderão ser vistas na minissérie ‘Dalva e Herivelto, uma canção de Amor’. “Para isso, usamos como referência fotos. Depois tudo é modelado em 3D”, conta Paula. As gravações aconteceram no Rio de Janeiro, Niterói e Petrópolis. Os principais shows, que na realidade aconteceram no Cassino da Urca, foram gravados no Palácio Quintandinha, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. A cenografia do local foi feita pelo diretor de arte Mario Monteiro e sua equipe.

Dalva e Herivelto 3

O projeto levou dois meses para ser elaborado. A construção e montagem do cenário do Cassino da Urca duraram duas semanas. Foram gravados no palco sete diferentes shows. Nas filmagens, foram usadas cadeiras e mesas da época, bem como a mecânica do palco, que ainda está em pleno funcionamento no Quintandinha, restaurado há pouco tempo. O restante dos objetos foi todo reproduzido, inclusive o abajur que compõe a decoração de cada mesa do cassino. Já o ambiente da Rádio Nacional foi remontado em estúdio, na Central Globo de Produção.

Justus: artista em tempo integral

por Eil Halfoun
Bem sucedido como empresário e publicitário Roberto Justus decidiu ocupar menos tempo com essas atividades e dedicar-se mais às suas ambições artísticas como apresentador e cantor (cantando ele não chega a ser nenhum massacre auditivo e, pelo contrário, é bastante afinado). A primeira providência de Justus foi nomear Marcos Quintela, atual diretor-geral da Y&R e que já foi do grupo musical Dominó para seu lugar na presidência do grupo NewComm, do qual Justus será agora apenas CEO. Como apresentador Justus, que conseguiu emplacar o “Um contra Cem” no SBT, desenvolve um novo projeto: apresentar a partir do ano que vem o programa “O Grande Desafio”, que é uma variante de “O Aprendiz” misturando esporte, ação e negócio. O projeto será desenvolvido no SBT que comprou da Fox o formato original do programa “The Rebel Billionaire” que dará US$ 1 milhão de prêmio ao vencedor. Musicalmente Justus ainda não decidiu se grava um CD com clássicos da Música Popular Brasileira ou os maiores sucesso dos grandes musicais americanos. Vai depender de seus outros projetos artísticos.

Rapper vende mais discos do que os Beatles


por Eli Halfoun
Se perguntarem quem é o maior vendedor de discos na última década nos Estados Unidos você apostará todas as fichas nos Beatles. Vai apostar e vai perder: nem o grupo inglês que revolucionou a música, nem Michael Jackson, o rei do pop, nem Madonna e nem Britney Spears levam essa. O artista que mais vendeu álbuns nos EUA na primeira década do século 21 foi o rapper Eminem. Quem garante esse surpreendente resultado é uma pesquisa da Nielsen SoundScan, empresa que contabiliza as vendas nos Estados Unidos. A pesquisa garante que Eminem vendeu 32,2 milhões de cópias e obteve as maiores vendas com The Marshall Mather (10,2 milhões de cópias) e Eminem Show (9,8 milhões de cópias). Os Beatles ficaram em segundo lugar com 30 milhões de álbuns vendidos na década (11,5 milhões apenas com a coletânea 1).

Fashion Rio em ritmo de olimpíadas

O Fashion Rio dá a partida na temporada de inverno de 8 a 13 de janeiro com o tema “Rio maravilhoso e olímpico” no Cais do Porto. Segundo Paulo Borges, diretor da Luminosidade, empresa organizadora do evento junto com a InBrands, “essa edição, ocupará uma área maior do que a anterior, do armazém dois ao seis, e acontecerá num porto em pleno movimento com os navios chegando e partindo.” Para o ano que vem Paulo promete adiar um pouco o início da temporada que, segundo ele, começa muito cedo. A idéia é, no inverno, começar por São Paulo e terminar os desfiles no Rio e, no verão, começar pelo Rio e encerrar em São Paulo. Amanda conversou com Paulo Borges sobre a temporada! Leia mais no site de Heloisa Marra

Memórias da redação: aconteceu na revista Amiga...


por Eli Halfoun
As revistas (Manchete na cabeça) da Bloch Editores escreveram uma das mais importantes páginas da história do moderno jornalismo brasileiro e a Bloch escreveu, nos bastidores, sua própria história (como você já viu – se não viu, veja – no livro Aconteceu na Manchete- As histórias que ninguém contou - da Editora Desiderata). Adolpho Bloch com seu jeitão bonachão foi o protagonista de muitos casos. Eu dirigia a revista Amiga (o que fiz por mais de 10 anos) quando explodiu a notícia do assassinato de Daniella Perez, em 28 de dezembro de 1992, há quase17 anos. Imediatamente sugeri ao 'seu' Adolpho lançar uma edição especial da Amiga em homenagem à atriz, e ele, de saída, como sempre, reagiu de forma estranha: “Quer gastar o meu papel?” Argumentei, garanti que uma especial venderia muito e ele disse: “Se não vender você paga o papel”. O crime ainda era um mistério e como ainda não havia muitos detalhes, optei por reunir, fotos da carreira da jovem e talentosa atriz e relatar as primeiras versões sobre o crime, com Daniella, linda e jovem (tinha 22 anos quando foi brutalmente assassinada) na capa. No dia seguinte, depois de um trabalho que consumiu a tarde e a noite, a revista foi para as bancas junto com o meu medo e a minha torcida: se não desse certo certamente eu nunca mais poderia sugerir nenhuma edição especial.
A revista tinha começado a circular e 'seu' Adolpho não parava de me chamar para cobrar a venda. O clima tenso só relaxou no final da tarde quando chegou, afinal, a notícia: “a revista está vendendo feito água”. No dia seguinte, a edição se esgotou e recebi um bilhete (felizmente não o azul) da diretoria: “Parabéns, você pagou a folha da Bloch esse mês”.
O assassinato de Daniella Perez me rendeu muitas “convocações"  - parecia até que eu era o culpado- por parte do 'seu' Adolpho. Guilherme de Pádua já estava preso e não falava com ninguém, mas a excelente repórter Cláudia Lopes conseguiu uma entrevista exclusiva com o acusado. Não tive dúvidas: coloquei o Guilherme de Pádua na capa. Quando 'seu' Adolpho viu me chamou e foi logo dizendo: “ Ficou louco? Quem é esse desconhecido que você botou na capa?”. Expliquei o fato jornalístico e ele se convenceu de que podia dar certo. A entrevista exclusiva também esgotou a revista, mas criou problemas: Glória Perez, a mãe Daniela, ficou danada comigo porque a revista estaria dando guarida a um assassino e reclamou com 'seu' Adolpho, que também me encheu de broncas. No dia seguinte, o Raul Gazola, na época noivo da Daniela, foi até à Bloch e pediu que 'seu' Adolpho lhe desse a fita com a entrevista. Fui convocado à sala da diretoria e, lá, me pediram o tape. Pensei entregar uma fita virgem, mas refleti e levei o original ao 'seu' Adolpho que passou a gravação imediatamente para as mãos do Raul Gazola. Para mim, já não fazia diferença: a revista estava impressa, mais uma vez vendeu toda a tiragem (e mais um pouco que rodou depois). 'Seu' Adolpho, então, me convocou outra vez e disse: “Não fica aborrecido, não. Não podem fazer nada com a fita e nós já vendemos revista”. (Nas reproduções abaixo, a capa com entrevista de Guilherme de Pádua e a repercussão do caso em outras publicações após a Amiga chegar às bancas dois dias depois da tragédia)