por Eli Halfoun
O assassinato da menina (não era mais do que isso) enforcada por um amigo drogado coloca novamente no balcão a interminável discussão em torno da dependência química. O pai do jovem músico assassino (26 anos e uma vida, a dele, jogada no lixo). O pai (o produtor cultural Luiz Fernando Proa) levanta mais uma polêmica ao culpar o Estado por não obrigar os viciados a manter tratamento. Não é bem assim: o Estado pode (e deve) até criar centros que ofereçam tratamento, mas não tem o poder de obrigar qualquer tipo de doente de submeter-se ao tratamento. Obrigar o dependente a tratar-se o trancando em centros de recuperação será criar um novo sistema prisional e o dependente químico não é, até cometer qualquer crime (o que quase sempre se torna inevitável), um bandido, mas sim um doente é como tal que deve ser cuidado.
Tem razão o pai do jovem assassino quando diz que “todo viciado se torna perigoso por causa da droga e deveria ser mantido (isso nada tem a ver com aprisioná-lo antes de cometer um delito) em tratamento para defesa da própria sociedade porque coloca em risco a vida não só de desconhecidos, como dos próprios entes queridos”. É, lamentavelmente, assim mesmo: o viciado não pensa em ninguém, a não ser na droga que precisa consumir a qualquer preço e aí não mede conseqüências: rouba e mata com a maior tranquilidade. Aí sim se transforma em um bandido que, como todo bandido, tem que ficar na cadeia. De preferência para sempre.
Mesmo que se tire de circulação os traficantes e, portanto, dificultando a aquisição dos produtos, a questão da dependência química está longe de ter uma solução definitiva. Nem mesmo os especialistas (médicos, psicólogos) se entendem: enquanto alguns defendem a tese de que só é possível cuidar do doente quando ele procura tratamento, outra corrente médica acredita que o dependente químico deve ser tratado à força porque essa e a única maneira. Não há estatística (nenhum dependente químico assume o vício) que calcule o número de drogados no Brasil, mas mesmo sem estatística é fácil perceber que é cada vez maior o número de dependentes químicos – e esse número cresce em conseqüência da ainda facilidade de adquirir em qualquer esquina todo tipo de droga, do crack è maconha. O que parece fundamental (e cada vez mais) é ensinar ao jovem antes que chegue ao vício mortal que viver não é uma droga.
domingo, 25 de outubro de 2009
Deu no Fuxico...
"Sensualidade"Daniella Cicarelli faz topless ao lado de Rico Mansur
Por: Marina Forte
Foto: Ag.News - 24/10/2009 18:03
"O sábado (24) de sol levou muitas celebridades às praias cariocas. Em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, Daniella Cicarelli deu um show de sensualidade. Depois de desfilar as belas formas, ela resolveu fazer um discreto topless nas areias.
Acompanhada do empresário Rico Mansur, a apresentadora da Band permaneceu deitada enquanto conversava com o amigo. E, ao notar que estava sendo clicada pelos paparazzi, tratou logo de colocar a parte de cima do biquíni. " (reprodução do site O Fuxico)
Comentário do paniscumovum: não é a mesma moça que protagonizou um ardente clipe nas praias da Espanha em tempos não muito remotos?
Um novo olhar para o futuro
por Eli Halfoun
Olhar para o futuro não significa mais apostar todas as fichas (na verdade nunca se fez isso nesse confuso Brasil) apenas nos jovens, mas também enxergar com atenção, muita atenção, que o novo olhar para o futuro incluiu o cada vez maior e mais significativo número de idosos em todo o país, no Rio ( terceira capital nacional da terceira idade com 14,9% de idosos contra 11% da média nacional) principalmente. Basta andar pelas ruas para perceber o cada vez maior número de homens e mulheres com 60 ou mais anos que se e movimentam nas lojas, nos bancos. Na vida. São, quando lhes permitem, idosos bastante ativos e que se lhes derem oportunidades ainda podem (e devem) ser muito úteis, mas o que geralmente se faz é “enterrá-los” ainda vivos ou jogá-los em um canto qualquer como se fossem um velho objeto que não serve para mais nada.
Esse comportamento tem de mudar diante da nova realidade: dados do IBGE mostram que o número de idosos no país dobrará nos próximos 20 anos. Não seremos mais um país de jovens, mas também de velhos com os quais é fundamental aprender urgentemente a conviver. Especialistas repetem que é preciso adaptar as cidades para que os idosos tenham mais segurança em todos os aspectos. As adaptações são, sim, necessárias, mas não é só: a primeira medida é ensinar aos ainda jovens sempre impacientes com a velhice dos outros a lidar melhor e mais carinhosamente com a nova realidade, o novo velho futuro. Mais do que adaptar pisos (precisam ser antiderrapantes) de lojas, ruas e calçadas é fundamental ensinar aos jovens e também à nova população de terceira idade, como lidar com os idosos.
Não cabe só à iniciativa privada adaptar-se a nova realidade (o que custará milhões), mas também e principalmente ao poder público criar programas sociais que permitam aos idosos uma vida mais saudável – e saudável nesse caso não significa apenas estar bem de saúde, mas também viver (viver bem) em uma cidade na qual não seja um sacrifício locomover-se. Especialistas lembram que “a adequação de estabelecimentos bancários e comerciais é um exigência do público idoso que, cada vez mais, ajuda a mover a economia: os consumidores da terceira idade representam parcela significativa e são clientes fiéis e insubstituíveis.
Sabemos que por aqui leis, estatutos e regras costumam ficar apenas no papel, só são só para constar, mas o momento exige que isso também seja modificado e se cumpra fielmente o que determina o Estatuto do Idoso. É preciso mudar materialmente muita coisa, mas é fundamental aprender que agora o futuro também começa aos 60 anos. E precisa começar bem.
Olhar para o futuro não significa mais apostar todas as fichas (na verdade nunca se fez isso nesse confuso Brasil) apenas nos jovens, mas também enxergar com atenção, muita atenção, que o novo olhar para o futuro incluiu o cada vez maior e mais significativo número de idosos em todo o país, no Rio ( terceira capital nacional da terceira idade com 14,9% de idosos contra 11% da média nacional) principalmente. Basta andar pelas ruas para perceber o cada vez maior número de homens e mulheres com 60 ou mais anos que se e movimentam nas lojas, nos bancos. Na vida. São, quando lhes permitem, idosos bastante ativos e que se lhes derem oportunidades ainda podem (e devem) ser muito úteis, mas o que geralmente se faz é “enterrá-los” ainda vivos ou jogá-los em um canto qualquer como se fossem um velho objeto que não serve para mais nada.
Esse comportamento tem de mudar diante da nova realidade: dados do IBGE mostram que o número de idosos no país dobrará nos próximos 20 anos. Não seremos mais um país de jovens, mas também de velhos com os quais é fundamental aprender urgentemente a conviver. Especialistas repetem que é preciso adaptar as cidades para que os idosos tenham mais segurança em todos os aspectos. As adaptações são, sim, necessárias, mas não é só: a primeira medida é ensinar aos ainda jovens sempre impacientes com a velhice dos outros a lidar melhor e mais carinhosamente com a nova realidade, o novo velho futuro. Mais do que adaptar pisos (precisam ser antiderrapantes) de lojas, ruas e calçadas é fundamental ensinar aos jovens e também à nova população de terceira idade, como lidar com os idosos.
Não cabe só à iniciativa privada adaptar-se a nova realidade (o que custará milhões), mas também e principalmente ao poder público criar programas sociais que permitam aos idosos uma vida mais saudável – e saudável nesse caso não significa apenas estar bem de saúde, mas também viver (viver bem) em uma cidade na qual não seja um sacrifício locomover-se. Especialistas lembram que “a adequação de estabelecimentos bancários e comerciais é um exigência do público idoso que, cada vez mais, ajuda a mover a economia: os consumidores da terceira idade representam parcela significativa e são clientes fiéis e insubstituíveis.
Sabemos que por aqui leis, estatutos e regras costumam ficar apenas no papel, só são só para constar, mas o momento exige que isso também seja modificado e se cumpra fielmente o que determina o Estatuto do Idoso. É preciso mudar materialmente muita coisa, mas é fundamental aprender que agora o futuro também começa aos 60 anos. E precisa começar bem.
O Trem? Que trem?
Hoje, li com tristeza uma reportagem no jornal O Globo em que foca o abandono em que se encontram as ferrovias, privatizadas ou não, da malha ferroviária do país. O estranho nessa história é que os países,– fora os EUA – que colaboraram na nossa colonização sempre priveligiaram o transporte ferroviário. A velha Europa tem o seu continente cortado de norte a sul e de leste a oeste por llnhas férreas que o levam a qualquer parte dele. Sem falar no "Orient Express", uma composição – de alto luxo – que transportava o seu passageiro, de Londres a Istambul, na Turquia, passando por vários paises. O "Orient Express" serviu até de cenário para um dos romances p0liciais de Agatha Christie. A Índia, colonizada pelo Império Ingles , até hoje tem nos seus trens o seu melhor meio de transporte implantado por esses mesmos ingleses, que vieram implantar no Brasil a "Leopoldina Raylwais", que parece ficou nisso. Para citar o EUA, que para conquistar e implantar o o seu domínio, atravessou o país do Atlântico ao Pacífico com a estrada de ferro ou, o chamado "Cavalo de Ferro", assim chamado pelos habitantes naturais do oeste americano, os Índios selvagens americanos.
O Brasil não chegou nem a ter uma linha férrea, que ligasse Rio de Janeiro a São Paulo com eficiência e produtividade.
Agora, a megalomania de um governo, que não sabe nem que é governo, quer criar o "trem bala" ligando Rio a São Paulo. Imagina, se nem conseguiu a proeza, simples, de fazer essa comunicação tradicional, quer fazer através de um meio complexo e de alto custo tecnológico, que não tem.
O presidente Juscellino Kubischek, que dizem progrediu o país cincoenta anos em cinco, conseguiu acabar com a malha ferroviária, que não era tão boa, para implantar as rodovias, que atravessariam o país, favorecendo desta maneira as montadoras de automóveis.
Hoje, temos estradas por todos os Estados brasileiros pagando um preço muito alto por esse transporte rodoviário. O país progrediu cincoenta anos em cinco? Na minha opinião, não. Acho até que regrediu.
Há cincoenta anos atrás existia no Brasil um serviço marítimo de cabotagem, por pequenos navios batizados de "Ita", que faziam o transporte, não só de passageiros como o de cargas comerciais e alimentos. Esses "Itas"iam parando de porto em porto descarregando as suas encomendas por um preço baixo o que facilitava a sua comercialização. Acabaram também com essa modalidade de transporte barato que facilitava as trocas comerciais sem inflacionar o mercado. Praticamente a única forma de transporte no brasil, sem falar no avião, que é um transporte caro, é o automóvel e o caminhão, transportes em nada econômicos se comparados com o trem e o navio mercante.
Mas, é assim que esse país vem funcionando, porque é assim que as grandes empresas, nacionais ou não, querem, para se enriquecerem, na venda dos seus combustiveis, às custas do bolso do povo.
40 anos: gol mil do Pelé




Na noite de 19 de novembro de 1969, cerca de 100 mil pessoas testemunharam no Maracanã um dos mais esperados acontecimentos esportivos da época: o gol mil de Pelé. A festa do craque foi contra o Vasco, que brigou em vão para botar água no chope da comemoração. O primeiro tempo acabou em 1x1. No segundo tempo, aos 34 minutos, o zagueiro Fernando fez falta em Pelé. Pênalti cobrado no canto esquerdo de Andrada. O bom goleiro argentino foi na bola e quase defendeu o chute. Daí a sua famosa cena, revoltado, esmurrando o gramado. A preocupação de Andrada, contou o próprio anos depois, era passar à história do futebol não como um jogador de méritos e conquistas no Brasil e na Argentina mas simplesmente como "o goleiro que tomou o gol mil do Pelé". Há muitas "teorias da conspiração" sobre a história do gol mil. Em outubro, cerca de um mês e meio antes do fim do campeonato - não era o Brasileirão ainda mas o Robertão, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ampliado pela então CBD - Pelé tinha 989 gols. Faltavam onze gols e o Santos forçou a barra e programou jogos amistosos além de cumprir a tabela oficial. Havia a suspeita de que a direção do clube queria que o gol mil acontecesse no Maracanã. Pelé foi enfileirando e fuzilando goleiros. Faltavam dois gols quando, em um desses jogos amistosos contra o Botafogo de João Pessoa, foi marcado um pênatli contra o time nordestino. A torcida vibrou e pediu em coro que Pelé batesse a penalidade. O que foi feito, saiu o gol 999. Havia um boato de que qualquer outra bola que Pelé chutasse na direção do gol naquele jogo entraria. Lula, o treinador do Santos, sabendo disso, tomou precauções. Como algo que parecia combinado, o goleiro do Santos, Jair Estevão, começa e se contorcer e cai em campo. O reserva quem era? Pelé. E o técnico logo determina que ele assuma a posição. A torcina paraibana fica na saudade. O resto é história. A bola da vez fica com o Vasco. Com direito a paradinha, Pelé marca, beija a bola, pede pelas crianças, dá a volta olímpica. O jogo é interrompido por cerca de 20 minutos e o Vasco, prejudicado pela festa, não tem mais tempo de reagir. Pelo menos, algo da comemoração fica em casa: Pelé, sabe-se, é vascaíno assumido e apaixonado.
Melhor ficar com um trecho da crônica que Nelson Rodrigues escreveu no Globo, no dia seguinte: "Quando a bola foi colocada na marca do pênalti criou-se um suspense colossal no estádio. O meu colega e amigo Villas-Bôas Corrêa, que não tinha nada de passional, estava comovido da cabeça aos sapatos.A louríssima, por mim citada, sentia-se cada vez mais noiva de Pelé. O marido, ao lado, parecia concordar com o noivado e dar-lhe sua aprovação entusiástica. Eu não sei como dizer. Estávamos todos crispados de uma emoção, um certo tipo de emoção, como não conhecíamos. Ao que íamos assistir já era História e já era Lenda. Imaginem alguém que fosse testemunha de Waterloo, ou da morte de César, sei lá. (...) No ex-Maracanã fez-se um silêncio ensurdecedor que toda a ciade ouviu. No instante do chute, a coxa de Pelé tornou-se plástica, elástica, vital como a anca do cavalo. (...) Pelé voou, arremessou-se dentro do gol. Agarrou e beijou a bola. E chorava, o divino crioulo. Cem mil pessoas de pé, aplaudiam como na ópera. Depois, assistimos a volta olímpica. Pelé com a camisa do Vasco. Naquele momento, éramos todos brasileiros, como nunca, apaixonadamente brasileiros".
De resto, foi mesmo uma noite histórica. Gonça, que estava lá, não viu, mas segundo Nelson até a grã-fina de narinas de cadáver vibrava nas cadeiras especiais. Era a noite, ainda segundo o genial cronista, em que os vivos deviam sair de suas casas e os mortos de suas tumbas.
(Na sequência acima, imagens reproduzidas da revista Manchete)
sábado, 24 de outubro de 2009
Um bom finalzinho de sábado para todos
Com tantas notícias tristes de violência na nossa cidade maravilhosa (para mim será sempre maravilhosa), uma imagem para dar uma relaxadinha na tensão...
Alô Eduardo Paes!
A prefeitura gasta dinheiro para recuperar a vegetação nativa das dunas de Ipanema e permite a instalação de mafuá na área. Vá entender...
Me dá um dinheiro aí
por Eli HalfounVem mais uma eleição por aí (pra que tanta eleição se quem ganha esse bom “emprego” não resolve nada a não ser a própria boa vida?) e uma velha discussão voltará ao palanque: a utilização do chamado horário gratuito (mas mesmo assim comercializado por baixo do tapete) que custa uma fortuna para os cofres públicos e acarreta um enorme prejuízo nas grades de programação das emissoras de rádio e televisão – isso sem contar o estrago que faz na paciência do eleitor, cansado de tantas promessas e baboseiras. As opiniões se dividem: alguns políticos acham que a propaganda gratuita ajuda a eleger e outros acreditam que esse tipo de propaganda não acrescenta nada e, pelo contrário, abala ainda mais a já desacreditada (e bota desacreditada nisso) imagem da política e, evidentemente, dos políticos. No ano que vem a propaganda política custará mais 272% se comparada aos gastos de 2006. Os cofres públicos não desembolsam dinheiro vivo, mas por conta da isenção fiscal permitida aos veículos de comunicação os cofres públicos que são engordados com o exagerado número de impostos que pagamos perdem milhões. A estimativa da Receita Federal é a de que as emissoras de comunicação deixarão de pagar em 2010, por conta isenção fiscal com o horário gratuito, nada mais nada menos do que R$ 851,1 milhões. Nos últimos oito anos a isenção fiscal permitida às emissoras de rádio e de televisão provocou aos cofres públicos perdas de 2,8 bilhões. Pesquisa realizada no ano passado concluiu que 61% dos eleitores admitem que o horário político no rádio e televisão influencia sua decisão de voto. Vai ver é por isso que continuamos votando errado. (Na reprodução, uma charge antológica e atualíssima do Mariano, publicada na revista Fatos, edição número 22, em 1985. Mariano era um dos principais colaboradores da revista semanal de informação e análise dirigida por Carlos Heitor Cony, da extinta Bloch Editores)
Família Obama fotografada por quem já fez Manchete
Foi divulgada a foto oficial dos Obama, atuais inquilinos da Casa Branca. A autora de imagem, Annie Leibovitz, que é uma espécie de fotógrafa oficial da família, conhece a turma há cinco anos e já apontou a câmera para o clã em várias ocasiões, incluindo um ensaio para a Vanity Fair.Certa vez, a jornalista Daisy Prétola, uma das autoras do livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou (Desiderata), foi ao Copacabana Palace para entrevistar a modelo Jerry Hall, então top das top, que estava no Brasil para sessões de fotos justamente com a Annie Leibovitz. Ao se apresentar como repórter da revista Manchete, falando com a modelo, ao lado da fotógrafa, e ressaltando que pretendia fazer uma matéria para a capa, Daisy se surpreendeu ao ouvir da badalada Leibovitz que conhecia e admirava a revista brasileira e gostaria de fazer as fotos. E mais, não cobraria nada pelo trabalho. Para Adolpho Bloch, melhor assim e assim foi feito. Jerry Hall foi capa da Manchete, fotografada por Annie Leibovitz, uma das mais disputadas profissionais do mundo.
E aí estão Obama, Michelle, Malia e Sacha clicadas pela mesma autora de um certa capa da Manchete no começo dos anos 80. (Foto Annie Leibovitz/Divulgação/Casa Branca)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Prêmio Imprensa Embratel
O Prêmio Imprensa Embratel divulga finalistas. Os vencedores serão conhecidos no dia 11 de novembro, em cerimônia no Rio de Janeiro. São 52 trabalhos que concorrem em 17 categorias, além do Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho para o melhor trabalho. Os nomes dos profissionais premiados serão conhecidos na festa de entrega dos troféus, no Rio de Janeiro. A edição 2009 teve 1.219 trabalhos inscritos de todo o país. São 956 trabalhos nacionais e 263 regionais concorrendo a 18 premiações.
Confira a relação de finalistas, por categoria:
Jornal e Revista
A ENFERMARIA ENTRE A VIDA E A MORTE / A MULHER QUE ALIMENTAVA, de Eliane Brum - Revista Época;
FAVELA S.A., de Sérgio Ramalho, Cristiane de Cássia, Dimmi Amora, Fernanda Pontes, Selma Schmidt, Carla Rocha e Luiz Ernesto Magalhães - Jornal O Globo;
OS ANTI-HERÓIS - O SUBMUNDO DA CANA, de Joel Silva e Mário Magalhães - Jornal Folha de São Paulo;
Televisão
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, de Alan Severiano e equipe - TV Globo – Rio;
ESCRAVOS DO SÉCULO 21, de Mauricio Ferraz e equipe - TV Globo – Rio;
O HORROR DA PEDOFILIA, de Lúcio Sturn, com participação de Alline Passos e Christina Lemos - TV Record;
Jornalismo investigativo
A FARRA DAS PASSAGENS, de Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão - www.congressemfoco.com.br;
A MÁFIA DA MERENDA ESCOLAR, de Vinicius Mello Costa - TV Record;
CASO ZOGHBI, de Andrei Meireles e Matheus Leitão - Revista Época;
FILA DA VIDA ESTÁ PARADA, de Pâmela Oliveira - Jornal O Dia;
Reportagem Econômica
ATÉ ONDE VAI ESTA CRISE (E COMO ELA PODE AFETAR O BRASIL), de Angela Pimenta, Tatiana Gianini, Tiago Maranhão e Luciene Antunes - Revista Exame;
CRISE ECONÔMICA, de Ana Paula Padrão e equipe - TV SBT;
O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, de Ricardo Allan, Vânia Cristino, Mariana Flores, Letícia Nobre, Edna Simão, Vicente Nunes, Luciana Navarro, Karla Mendes e Luciano Pires - Jornal Correio Braziliense;
Responsabilidade Socioambiental
A MORTE LENTA DA FLORESTA DO MAR, de Leonardo Cavalcanti - Jornal Correio Braziliense;
ESTÁ EM SUAS MÃOS, de Paulo Rebelo, Luciana Veras, Júlia Kacowiez, Thiago Marinho, Eduardo Costa, Phelipe Rodrigues, Marcel Tito, Taciana Góes e Tatiana Sotero - Diário de Pernambuco;
TRÁFICO DE ANIMAIS: NA ROTA DA EXTINÇÃO, de Fábio Diamante e equipe - TV SBT;
Reportagem esportiva
A COPA DO MUNDO É NOSSA, de Helvídio Mattos e equipe - ESPN Brasil;
APARTHEID - PORTUGUESA SANTISTA, de Marcelo Outeiral e equipe - TV Globo Rio; ARAGUARI, PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO, de Renato Peters e equipe - TV Globo – Rio;
Reportagem Fotográfica
CRISE, QUE CRISE?, de Marcelo Carnaval - Jornal O Globo;
LADRÃO EM FUGA, de Adenilson Nunes - Jornal Correio da Bahia;
TIROS E SOCOS NAS LARANJEIRAS, de Daniel Ramalho - Jornal do Brasil;
Reportagem cinematográfica
ATOL, A BELEZA MARINHA DENTRO E FORA D\'ÁGUA, de Josimar Parahyba - TV Globo Nordeste;
FLAGRANTE SUPERVIA, de Eduardo Torres - TV Globo – Rio;
JOVEM MORTE, de Junior Alves - TV SBT;
Rádio
CAMINHAR SOBRE RODAS: A VIDA DOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS NO BRASIL, de Cristina Coghi e Fernando Gallo - Rádio CBN;
OBESIDADE INFANTIL: UMA EPIDEMIA CONTEMPORÂNEA, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
PERIGO NA TELA: O VÍCIO DO NOVO SÉCULO, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
Jornalismo cultural
100 ANOS DE CARTOLA, de Lívia Carla - Rádio MEC;
MACHADO DE ASSIS - 100 ANOS DE MEMÓRIA, de Ana Lúcia do Vale e Kamille Viola - Jornal O Dia;
MACHADO DE ASSIS SOMOS NÓS, de Schneider Carpeggiani e Fabiana Moraes - Jornal do Commercio / PETecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Especializado
CAMINHOS DIGITAIS DO CEARÁ, de Thiago Cafardo, Luiz Henrique Campos e Demitri Túlio - Jornal O Povo;
RETRATO DE UMA DÉCADA, de Gilberto Pavoni Junior, Vitor Cavalcante, Felipe Dreher e Ana Lúcia Moura Fé - Information Week Brasil;
SEGURANÇA NO E-COMMERCE, de Sandra Cunha - Revista SecurityTecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Não-Especializado
INTERNET, de Patrícia Travassos - TV SBT;
TECNOLOGIA PARA ESPECIAIS, de Julia Tavares - Rede Minas de Televisão;
VOCÊ JÁ USOU O TWITTER? SOB O OLHAR DO TWITTER, de Renata Leal e Ivan Martins - Revista Época;
RegionalCentro-Oeste
MENINOS SEM FUTURO, de Vinicius Jorge Sassine - Jornal O Popular;
O CAMINHO DA ILUSÃO, de Carmen Souza - Jornal Correio Braziliense;
OS DIREITOS DA INFÂNCIA, de Erika Klingl - Jornal Correio Braziliense;
Nordeste
ARQUIVO MORTO - MÁFIA DAS EXECUÇÕES EM FORTALEZA, de Demitri Túlio, Cláudio Ribeiro e Thiago Cafardo - Jornal O Povo;
FERIDAS ABERTAS DA FOME, de Carol Almeida e Ciara Carvalho - Jornal do Commercio / PE;
VÍTIMAS DA OMISSÃO, de Isly Viana e equipe - TV RecordNorte;
DA ESCURIDÃO PARA A LUZ, Silvio Martinello - Jornal A Gazeta;
TRABALHO ESCRAVO, de Nyelsen Martins e equipe - TV Record;
WAIMIRI-ATROARI, MASSACRES, RIQUEZAS E MISTÉRIOS, de Ricardo Oliveira e Orlando Farias - Jornal Amazonas em Tempo;
Sudeste
CONSELHO DE MARAJÁS, de Alana Rizzo, Amaury Ribeiro Jr. e Alessandra Mello - Jornal Estado de Minas;
INFÂNCIA INTERROMPIDA, de Jussara Soares - Jornal Diário de São Paulo;
O GOLPE DO SINAL AMARELO, de Antero Gomes - Jornal Extra;
Sul
A EPIDEMIA DO CRACK, de Itamar Melo e Patrícia Rocha - Jornal Zero Hora;
GOLPISTAS DA MENSAGEM PREMIADA DETALHAM ESQUEMA QUE ATINGE VÍTIMAS NO RIO GRANDE DO SUL, de José Renato Ribeiro - Rádio Gazeta AM 1.180;
MÁFIA LARANJA, de Mauri König - Gazeta do Povo
Confira a relação de finalistas, por categoria:
Jornal e Revista
A ENFERMARIA ENTRE A VIDA E A MORTE / A MULHER QUE ALIMENTAVA, de Eliane Brum - Revista Época;
FAVELA S.A., de Sérgio Ramalho, Cristiane de Cássia, Dimmi Amora, Fernanda Pontes, Selma Schmidt, Carla Rocha e Luiz Ernesto Magalhães - Jornal O Globo;
OS ANTI-HERÓIS - O SUBMUNDO DA CANA, de Joel Silva e Mário Magalhães - Jornal Folha de São Paulo;
Televisão
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, de Alan Severiano e equipe - TV Globo – Rio;
ESCRAVOS DO SÉCULO 21, de Mauricio Ferraz e equipe - TV Globo – Rio;
O HORROR DA PEDOFILIA, de Lúcio Sturn, com participação de Alline Passos e Christina Lemos - TV Record;
Jornalismo investigativo
A FARRA DAS PASSAGENS, de Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão - www.congressemfoco.com.br;
A MÁFIA DA MERENDA ESCOLAR, de Vinicius Mello Costa - TV Record;
CASO ZOGHBI, de Andrei Meireles e Matheus Leitão - Revista Época;
FILA DA VIDA ESTÁ PARADA, de Pâmela Oliveira - Jornal O Dia;
Reportagem Econômica
ATÉ ONDE VAI ESTA CRISE (E COMO ELA PODE AFETAR O BRASIL), de Angela Pimenta, Tatiana Gianini, Tiago Maranhão e Luciene Antunes - Revista Exame;
CRISE ECONÔMICA, de Ana Paula Padrão e equipe - TV SBT;
O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, de Ricardo Allan, Vânia Cristino, Mariana Flores, Letícia Nobre, Edna Simão, Vicente Nunes, Luciana Navarro, Karla Mendes e Luciano Pires - Jornal Correio Braziliense;
Responsabilidade Socioambiental
A MORTE LENTA DA FLORESTA DO MAR, de Leonardo Cavalcanti - Jornal Correio Braziliense;
ESTÁ EM SUAS MÃOS, de Paulo Rebelo, Luciana Veras, Júlia Kacowiez, Thiago Marinho, Eduardo Costa, Phelipe Rodrigues, Marcel Tito, Taciana Góes e Tatiana Sotero - Diário de Pernambuco;
TRÁFICO DE ANIMAIS: NA ROTA DA EXTINÇÃO, de Fábio Diamante e equipe - TV SBT;
Reportagem esportiva
A COPA DO MUNDO É NOSSA, de Helvídio Mattos e equipe - ESPN Brasil;
APARTHEID - PORTUGUESA SANTISTA, de Marcelo Outeiral e equipe - TV Globo Rio; ARAGUARI, PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO, de Renato Peters e equipe - TV Globo – Rio;
Reportagem Fotográfica
CRISE, QUE CRISE?, de Marcelo Carnaval - Jornal O Globo;
LADRÃO EM FUGA, de Adenilson Nunes - Jornal Correio da Bahia;
TIROS E SOCOS NAS LARANJEIRAS, de Daniel Ramalho - Jornal do Brasil;
Reportagem cinematográfica
ATOL, A BELEZA MARINHA DENTRO E FORA D\'ÁGUA, de Josimar Parahyba - TV Globo Nordeste;
FLAGRANTE SUPERVIA, de Eduardo Torres - TV Globo – Rio;
JOVEM MORTE, de Junior Alves - TV SBT;
Rádio
CAMINHAR SOBRE RODAS: A VIDA DOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS NO BRASIL, de Cristina Coghi e Fernando Gallo - Rádio CBN;
OBESIDADE INFANTIL: UMA EPIDEMIA CONTEMPORÂNEA, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
PERIGO NA TELA: O VÍCIO DO NOVO SÉCULO, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense;
Jornalismo cultural
100 ANOS DE CARTOLA, de Lívia Carla - Rádio MEC;
MACHADO DE ASSIS - 100 ANOS DE MEMÓRIA, de Ana Lúcia do Vale e Kamille Viola - Jornal O Dia;
MACHADO DE ASSIS SOMOS NÓS, de Schneider Carpeggiani e Fabiana Moraes - Jornal do Commercio / PETecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Especializado
CAMINHOS DIGITAIS DO CEARÁ, de Thiago Cafardo, Luiz Henrique Campos e Demitri Túlio - Jornal O Povo;
RETRATO DE UMA DÉCADA, de Gilberto Pavoni Junior, Vitor Cavalcante, Felipe Dreher e Ana Lúcia Moura Fé - Information Week Brasil;
SEGURANÇA NO E-COMMERCE, de Sandra Cunha - Revista SecurityTecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia;
Veículo Não-Especializado
INTERNET, de Patrícia Travassos - TV SBT;
TECNOLOGIA PARA ESPECIAIS, de Julia Tavares - Rede Minas de Televisão;
VOCÊ JÁ USOU O TWITTER? SOB O OLHAR DO TWITTER, de Renata Leal e Ivan Martins - Revista Época;
RegionalCentro-Oeste
MENINOS SEM FUTURO, de Vinicius Jorge Sassine - Jornal O Popular;
O CAMINHO DA ILUSÃO, de Carmen Souza - Jornal Correio Braziliense;
OS DIREITOS DA INFÂNCIA, de Erika Klingl - Jornal Correio Braziliense;
Nordeste
ARQUIVO MORTO - MÁFIA DAS EXECUÇÕES EM FORTALEZA, de Demitri Túlio, Cláudio Ribeiro e Thiago Cafardo - Jornal O Povo;
FERIDAS ABERTAS DA FOME, de Carol Almeida e Ciara Carvalho - Jornal do Commercio / PE;
VÍTIMAS DA OMISSÃO, de Isly Viana e equipe - TV RecordNorte;
DA ESCURIDÃO PARA A LUZ, Silvio Martinello - Jornal A Gazeta;
TRABALHO ESCRAVO, de Nyelsen Martins e equipe - TV Record;
WAIMIRI-ATROARI, MASSACRES, RIQUEZAS E MISTÉRIOS, de Ricardo Oliveira e Orlando Farias - Jornal Amazonas em Tempo;
Sudeste
CONSELHO DE MARAJÁS, de Alana Rizzo, Amaury Ribeiro Jr. e Alessandra Mello - Jornal Estado de Minas;
INFÂNCIA INTERROMPIDA, de Jussara Soares - Jornal Diário de São Paulo;
O GOLPE DO SINAL AMARELO, de Antero Gomes - Jornal Extra;
Sul
A EPIDEMIA DO CRACK, de Itamar Melo e Patrícia Rocha - Jornal Zero Hora;
GOLPISTAS DA MENSAGEM PREMIADA DETALHAM ESQUEMA QUE ATINGE VÍTIMAS NO RIO GRANDE DO SUL, de José Renato Ribeiro - Rádio Gazeta AM 1.180;
MÁFIA LARANJA, de Mauri König - Gazeta do Povo
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A ANER, Associação Nacional de Editores de Revistas, promove a escolha da Melhor Capa do Ano. Nas reproduções, algumas publicações que concorrem ao título. Quem quiser pode votar no link Melhor Capa do Ano
Destak em alta
A partir de segunda-feira, 26, o jornal Destak passa a circular em São Paulo com 200 mil exemplares. Na sexta, alcançará 250 mil exemplares, segundo o diretor comercial do Destak, Claudio Zorzett. A publicação estará em 500 pontos fixos, além de 200 entregadores na rua, em 180 cruzamentos. O Destak passa a ser o jornal com maior circulação na cidade de São Paulo, segundo o IVC - Instituto Verificador de Circulação.
Correspondente da guerra urbana
Você quer fazer um tour pela Guerra do Rio? Visite o site do fotógrafo Ayrton Camargo, profissional que foi da Manchete, e se sinta por dentro dos combates em imagens de 360º. Entre no link.
A guerra carioca, por Ayrton Camargo
A guerra carioca, por Ayrton Camargo
Na rua, na chuva e sem renda
por Eli Halfoun
Quem é obrigado a circular, mesmo que seja de carro, pelas principais avenidas do centro do Rio o faz apressado e nervoso (é o medo), mas mesmo assim dá para perceber um grande número de pessoas que se acumulam debaixo de marquises, especialmente na altura da Central do Brasil: nem todos são, ao contrário do que se pensa, moradores e rua. Pelo contrário: são trabalhadores que têm onde morar (mal, é verdade), mas que não podem retornar às suas casas por falta de dinheiro para as passagens de ônibus, trem, seja lá o que for. A matemática é, ao contrário daquela praticada oficialmente, simples: se o cidadão trabalhador sai do trabalho e volta para casa não terá dinheiro para voltar ao trabalho no dia seguinte e muito menos para comprar o feijão com arroz do dia a dia da família.Esse é mais um problema social ao qual não se dá a menor bola e o resultado é o aumento de itinerantes “moradores” de rua. Vejamos: quem ganha R$ 500 ou R$ 600 mensais (nenhum trabalhador desses que realmente pegam no pesado), ganha mais do que isso não pode pagar no mínimo R$ 10 por dia de passagem até porque trabalharia somente para pagar a condução. Dirão os patrões ( e os governos) que existem os vales transporte e refeição, mas nem todas as empresas os distribuem como deveriam. Além do mais sabemos todos que esses vales são na maioria das vezes, trocados por dinheiro vivo para cobrir despesas do obrigatório sustento diário (saco vazia não fica em pé, como se diz popularmente).O elevado preço da (das) passagem tem provocado também o desemprego de muitas diaristas: nenhum patrão, que geralmente também é um mal pago assalariado, pode dispor todos os dias de R$ 10 ou R$ 15 para a passagem, além da diária que nem anda tão baratinho assim. A conseqüência é o desemprego: a classe média (a que mais utiliza esse tipo de serviço) não tem condições de arcar com mais uma despesa mensal com de diarista e passagens, o que a faz abrir mão do quase sempre necessário auxílio de uma faxineira, que, aliás, trabalham cada vez menos aumentando o número de empregados informais. Não é muito raro ver em lojas estabelecimentos assim: ”precisa-se de balconista que more perto”. Não, o patrão não está preocupado com o desgaste físico do empregado no corre-corre da locomoção diária, mas sim em não ter quer desembolsar o vale transporte ou outro vale qualquer que geralmente não vale nada. O alto preço das passagens (e essa já é outra discussão) está cerceando a liberdade do trabalhador de ir e vir. Ou ele vem e não volta (haja marquises) ou simplesmente não vem mais e acaba aumentando a estatística de um desemprego que não deixa esse país caminhar realmente (e não necessariamente a pé) pra frente. Pra frente como se a população é obrigada – e cada vez mais – a estacionar debaixo de qualquer marquise imunda.
Quem é obrigado a circular, mesmo que seja de carro, pelas principais avenidas do centro do Rio o faz apressado e nervoso (é o medo), mas mesmo assim dá para perceber um grande número de pessoas que se acumulam debaixo de marquises, especialmente na altura da Central do Brasil: nem todos são, ao contrário do que se pensa, moradores e rua. Pelo contrário: são trabalhadores que têm onde morar (mal, é verdade), mas que não podem retornar às suas casas por falta de dinheiro para as passagens de ônibus, trem, seja lá o que for. A matemática é, ao contrário daquela praticada oficialmente, simples: se o cidadão trabalhador sai do trabalho e volta para casa não terá dinheiro para voltar ao trabalho no dia seguinte e muito menos para comprar o feijão com arroz do dia a dia da família.Esse é mais um problema social ao qual não se dá a menor bola e o resultado é o aumento de itinerantes “moradores” de rua. Vejamos: quem ganha R$ 500 ou R$ 600 mensais (nenhum trabalhador desses que realmente pegam no pesado), ganha mais do que isso não pode pagar no mínimo R$ 10 por dia de passagem até porque trabalharia somente para pagar a condução. Dirão os patrões ( e os governos) que existem os vales transporte e refeição, mas nem todas as empresas os distribuem como deveriam. Além do mais sabemos todos que esses vales são na maioria das vezes, trocados por dinheiro vivo para cobrir despesas do obrigatório sustento diário (saco vazia não fica em pé, como se diz popularmente).O elevado preço da (das) passagem tem provocado também o desemprego de muitas diaristas: nenhum patrão, que geralmente também é um mal pago assalariado, pode dispor todos os dias de R$ 10 ou R$ 15 para a passagem, além da diária que nem anda tão baratinho assim. A conseqüência é o desemprego: a classe média (a que mais utiliza esse tipo de serviço) não tem condições de arcar com mais uma despesa mensal com de diarista e passagens, o que a faz abrir mão do quase sempre necessário auxílio de uma faxineira, que, aliás, trabalham cada vez menos aumentando o número de empregados informais. Não é muito raro ver em lojas estabelecimentos assim: ”precisa-se de balconista que more perto”. Não, o patrão não está preocupado com o desgaste físico do empregado no corre-corre da locomoção diária, mas sim em não ter quer desembolsar o vale transporte ou outro vale qualquer que geralmente não vale nada. O alto preço das passagens (e essa já é outra discussão) está cerceando a liberdade do trabalhador de ir e vir. Ou ele vem e não volta (haja marquises) ou simplesmente não vem mais e acaba aumentando a estatística de um desemprego que não deixa esse país caminhar realmente (e não necessariamente a pé) pra frente. Pra frente como se a população é obrigada – e cada vez mais – a estacionar debaixo de qualquer marquise imunda.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
TV mundial

O You Tube experimenta transmitir acontecimentos ao vivo. Está a um passo da TV mundial. O site fez isso durante uma coletiva de Barack Obama e agora se prepara para transmitir ao vivo, no dia 25 de outubro, uma show da banda U2. Poderá ser visto em 16 países, Brasil incluido. É só entrar no You Tube, canal da banda, às 20h30, horário de Los Angeles, 15h30 hora do Brasil.
Fritos e mal pagos
por Eli Halfoun
Dois mil policiais militares estão nas ruas (nos campos de batalha) para combater a marginalidade que nos tem atormentado. A mobilização tem, não há dúvidas, a principal missão de capturar os marginais que derrubaram o helicóptero que resultou na morte de PMs em serviço oficial. Diante dessa informação uma pergunta é inevitável: se agora é possível tirar dos quartéis dois mil policiais, onde eles ficam e atuam o ano inteiro? Não seria mais competente se esses mesmos dois mil policiais estivessem nas ruas todos os dias para tentar evitar que conflitos como os de agora sejam figurinha repetida, uma história que estamos cansados de conhecer? É verdade que enquanto (até quando?) policiais estiverem agindo próximo aos morros, onde se transformam em verdadeiros alvos humanos, as coisas por lá certamente ficarão mais calmas. Todo mundo sabe que sem poder agir em seus quartéis generais os traficantes procuram (e acham) outra maneira de faturar e assim colocam seus paus-mandados em locais movimentados para cometerem pequenos furtos ou grandes assaltos, o que significa que a maioria da população continua desprotegida. A polícia está, sim, mobilizada, mas essa guerra está longe de acabar: por mais que mostre serviço a polícia não tem (será que um dia terá) o mesmo poder de fogo dos marginais armados até os dentes.Agora mesmo os jornais noticiam que foram apreendidos cinco poderosos fuzis (com poder idêntico aos que derrubaram o helicóptero) supostamente comprados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Cinco foram apreendidos, mas certamente muito outros chegaram às mãos dos bandidos. A Policia Militar enfrenta uma luta desigual contra um poderoso gigante armado. Mesmo com todo o momentâneo esforço da polícia só nos resta a esperança de que um dia o pequeno David (no caso a polícia) consiga derrotar o gigante bandido, que são os marginais. Enquanto isso ao acontecer e bom precaver-se (principalmente agora) nas ruas, onde os bandidos buscam novas fontes (e essas fontes somos nós) de renda. Pelo visto continuaremos fritos e mal pagos. Aliás, fritos sempre estivemos. Mal pagos também.
Dois mil policiais militares estão nas ruas (nos campos de batalha) para combater a marginalidade que nos tem atormentado. A mobilização tem, não há dúvidas, a principal missão de capturar os marginais que derrubaram o helicóptero que resultou na morte de PMs em serviço oficial. Diante dessa informação uma pergunta é inevitável: se agora é possível tirar dos quartéis dois mil policiais, onde eles ficam e atuam o ano inteiro? Não seria mais competente se esses mesmos dois mil policiais estivessem nas ruas todos os dias para tentar evitar que conflitos como os de agora sejam figurinha repetida, uma história que estamos cansados de conhecer? É verdade que enquanto (até quando?) policiais estiverem agindo próximo aos morros, onde se transformam em verdadeiros alvos humanos, as coisas por lá certamente ficarão mais calmas. Todo mundo sabe que sem poder agir em seus quartéis generais os traficantes procuram (e acham) outra maneira de faturar e assim colocam seus paus-mandados em locais movimentados para cometerem pequenos furtos ou grandes assaltos, o que significa que a maioria da população continua desprotegida. A polícia está, sim, mobilizada, mas essa guerra está longe de acabar: por mais que mostre serviço a polícia não tem (será que um dia terá) o mesmo poder de fogo dos marginais armados até os dentes.Agora mesmo os jornais noticiam que foram apreendidos cinco poderosos fuzis (com poder idêntico aos que derrubaram o helicóptero) supostamente comprados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Cinco foram apreendidos, mas certamente muito outros chegaram às mãos dos bandidos. A Policia Militar enfrenta uma luta desigual contra um poderoso gigante armado. Mesmo com todo o momentâneo esforço da polícia só nos resta a esperança de que um dia o pequeno David (no caso a polícia) consiga derrotar o gigante bandido, que são os marginais. Enquanto isso ao acontecer e bom precaver-se (principalmente agora) nas ruas, onde os bandidos buscam novas fontes (e essas fontes somos nós) de renda. Pelo visto continuaremos fritos e mal pagos. Aliás, fritos sempre estivemos. Mal pagos também.
Bala perdida
Viver é muito perigoso, já dizia Guimarães Rosa. Viver no Rio de Janeiro nos dias de hoje é muito mais perigoso do que pensava o nosso laureado escritor. A bala perdida vai te encontrar dormindo em sua cama, saindo do cinema depois da última sessão ou chupando um picolé no quiosque do MacDonald ou mesmo flertando com a lourinha sentada ao seu lado no onibus 119. A bala perdida não tem hora certa nem lugar marcado. Ela chega nos momentos mais imprevisiveis que se pode imaginar. Não tem a história daquele cidadão que cansado da vida e por ser maluco mesmo queria se matar, mas não pelas próprias mãos resolveu se suicidar morto por bala perdida. Bem informado, sabia os dias e as horas que o BOPE ia invadir os "morros dos macacos"do Rio e corria para ficar entre o fogo cruzado entre o BOPE e os bandidos. Mas, as balas perdidas se recusavam a encontrar o senhor suicida. Elas, durantes essas ações mataram mais uns tres ou quatro pessoas, inclusive um menino de dez anos, que era puxado pela mão por sua mãe que fugia das balas que cruzavam as ruas onde ocorria o confronto. O senhor suicida permanecia muito vivo e muito irritado, quase perdendo a paciência por não conseguir atingir o seu objetivo. Durante à noite, onde se podia ver as balas traçantes, iluminadas, cortando o breu da noite, o senhor suicida corria atrás delas na esperança de se chocar com uma delas no meio do caminho. Nada dava certo. O senhor suicida começou a ficar famoso. A imprensa falada, escrita e televisiva passou a perseguir esse maluco na esperança de focar o momento decisivo desse encontro fatal que se tornaria a maior foto e a maior reportagem do século XXI. Em todo confronto entre a polícia e a bandidagem dos morros e no meio o senhor suicida, lá estava a mídia com toda a sua parafernália na espera desse momento. Na verdade alguns repórteres e fotógrafos foram atingidos por bala perdida. Um deles morreu no ato com uma bala perdida na cabeça. Alguns editores pensaram em contratar um atirador profissional para que no meio da ação, o atirador encondido em um terraço de um prédio qualquer, acertasse o senhor suicida e a sua reportagem estaria feita.
A tentativa foi feita mas o atirador profissional errou. Um dos jornais contratou uma enfermeira para acompanhar o senhor suicida e aonde ele ia ela ia atrás. A enfermeira era uma mulher bonita, nos seus quarenta anos e cumpriu fielmente o seu contrato,
No último confronto da polícia e os bandidos o senhor suicida não apareceu, esse confronto foi, na opinião dos entendidos o que mais teve bala perdida, Uma delas atingiu um cameraman jogando-o a tres metros de distância.
Desesperada, a Mídia procurou por todos os cantos da cidade o paradeiro do maluco suicida. O suicida não foi encontrado. No dia seguinte vieram a saber que o senhor suicida tinha fugido com a enfermeira e se achava escondido na prais de Búzios, em Cabo Frio, gozando alegremente das delícias do amor com a sua nova obsessão, a enfermeira Deollinda.
A bolsa e a vida

por Eli Halfoun
Não faz muito tempo quando se falava em assalto vinha imediatamente a frase “a bolsa ou a vida”, famosa e de certa forma descritiva também por conta de uma também famosa crônica. Hoje os ladrões não pedem mais a bolsa: vão logo e violentamente arrancando relógio, celular, carteira e se bobear também a nossa roupa.. e muitas vezes a vida. A bolsa da moda não é a que os ladrões nos tomam, mas a que o governo dá: a Bolsa Família já distribuiu exatos R$ 57,7 bilhões para 12 milhões de famílias, a metade no nordeste, o que prova uma vez mais que é preciso dar mais atenção (e não só dinheirinho) para o bravo povo de um nordeste que nem os nordestinos aguentam mais. A Bahia de tantas músicas e um alegre carnaval está em primeiro lugar entre os estados beneficiados: foram contempladas - se é que se pode chamar de prêmio a mísera gorjeta dessa Bolsa - 1,5 milhões de famílias baianas. Dados oficiais confirmam quer hoje 25% da população de 5.564 municípios recebe o benefício (varia entre R$ 22 e R$ 200) da Bolsa Família... e, pelo visto, mais nada. Não é nada, não é nada... é coisa nenhuma.
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