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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Nelson Sargento na Revista Família Tupi - a última exclusiva...



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David Junior entrevistou, Alex Ferro fotografou, a Revista Família Tupi publicou. Com muita honra. Nessa bela matéria, Nelson Sargento revelou que aos 96 anos não contava o tempo, mas os projetos que ainda desejava colocar em prática. 

Em setembro do ano passado, ele foi fotografado em casa, poucas vezes abriu seu espaço mais pessoal.  A equipe testada e seguindo rigorosamente todos os protocolos, mantendo distância, e ele resguardado, cuidando-se, tirou a máscara apenas por breves segundo na hora no clique. Reclamou da quarentena. "Tenho que ficar aqui dentro de casa, esperando o que Deus quiser. Vou preenchendo o tempo, fazendo o que gosto e aguardando. Já fiz até umas lives". 

Meses depois, embora vacinado com duas doses, não foi poupado pela Covid-19. 

O genial cantor e compositor cumpriu sua trajetória e deixa os projetos que prometeu. O talento do baluarte da Mangueira não vai embora. Além do patrimônio musical já conhecido, ficam 40 letras inéditas em parceria com o amigo Agenor de Oliveira. Material que seria - ou será - selecionado para o "9.7", o álbum que comemoraria seus 97 anos e que, agora, certamente festejará sua eternidade. 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

O ano da Covid também foi marcado por duas doenças sociais: o racismo e o feminicídio

A Revista Família Tupi incluiu o Feminicídio e o Racismo entre os temas do ano. Roberto Muggiati abordou a violência contra a mulher, a partir do assassinato de Ângela Diniz... 



...e a repórter Dani Maia registrou a reação da sociedade contra o avanço do preconceito. 


Feita por revisteiros (*) ex-Manchete  para a Rádio Tupi FM, a Revista Família Tupi Especial de Natal e Ano Novo apontou como Temas do Ano o racismo e o feminicídio. 

A publicação, que foi para a gráfica no dia 7/12 e está nas bancas desde o fim de semana seguinte, chama a atenção para a incidência de crimes com essas características ao longo de 2020. 

Infelizmente, na saideira do ano, novos fatos referendam as pautas. 

No dia 9/12, durante jogo do PSG contra o Istambul Basaksehir, pela Liga dos Campeões, o quarto árbitro Sebastião Coltescu proferiu ofensa racista contra Pierre Webo, ex-jogador e atualmente auxiliar técnico do time turco. Os demais jogadores se revoltaram, interpelaram o árbitro e se retiraram de campo. Pela primeira vez na história, um jogo de futebol foi suspenso em protesto contra o racismo. A partida só foi retomada no dia seguinte. E no dia 20/12, em jogo no Maracanã,o Brasil assistiu à indignação do jogador Gerson, do Flamengo, que denunciou em campo ter sofrido ofensa racial por parte de Ramirez, jogador do Bahia. Os dois acontecimentos reacenderam na mídia a discussão sobre o racismo e o feminicídio, crimes em alta no Brasil. 

A repórter Dani Maia, ex-Contigo! e colaboradora da Família Tupi, abordou o racismo a partir dos casos George Floyd, assassinado pela polícia nos Estados Unidos, e João Alberto, o soldador morto por seguranças do Carrefour, em Porto Alegre. A matéria registra a opinião de militantes do movimento negro que pedem união contra o racismo. 

O outro tema do ano apontado pela Família Tupi - o feminicídio - se evidenciou ontem de forma cruel. A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi morta a facadas na frente das três filhas, na véspera do Natal. O suspeito, o ex-marido dela, o engenheiro Paulo José Arronenzi, foi preso em flagrante. Viviane estava antes sob proteção policial por ter sofrido lesão corporal e ameaças do ex-marido. A pedido de uma das filhas, que teria dito que o pai não era bandido, ela havia dispensado a escolta. 

Na noite de Natal, Thalia Ferraz, 23 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, que está foragido.. O crime aconteceu em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. O assassino enviou mensagem pouco antes avisando a Thalia que faria uma "surpresa".

Em Recife, o sargento Ademir Tavares de Oliveira matou a tiros, também na noite de Natal, a esposa Ana Paula dos Santos. O assassino foi preso em flagrante.

A revista registra o aumento dos casos de feminicídio em 2020, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública,  e pontua o tema através de matéria sobre um caso marcante: o assassinato de Ângela Diniz, em dezembro de 1976, em Búzios, alvo de tiros desfechados no rosto pelo empresário Doca Street. O texto, assinado por Roberto Muggiati, conta que no primeiro julgamento do assassino, o seu advogado, Evandro Lins e Silva, conseguiu livrá-lo da cadeia usando o odioso argumento de "legítima defesa da honra". Na época houve protestos. Só em segundo julgamento, Doca Street, que morreu no último dia 18, foi condenado a 15 anos de prisão. 

O Brasil vive dias em que a ultradireita se manifesta nas redes sociais invariavelmente tentando minimizar esses dois tipos de crimes, às vezes até depreciando as vítimas. Neste crítico 2020, a mídia em geral teve um papel importante ao aprofundar o debate sobre racismo e feminicídio, ao dar espaço aos protestos, denunciar os crimes e expor essas graves questões. Que 2021 se mostre mais civilizado.

(*) José Esmeraldo Gonçalves, Dirley Fernandes, Sidney Ferreira, Alex Ferro, David Júnior, Tânia Athayde e Roberto Muggiati.