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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Tire as crianças da sala. Pesquisadores descobrem o que tem dentro da cabeça do cantor Biel - acusado de assediar uma repórter - e o HuffPost Brasil publicou um resumo













por Omelete
As reproduções acima são da lata de lixo, desculpe, do twitter, de um tal de cantor Biel. Os comentários estão circulando na web (o Huff Post Brasil reuniu as pérolas).
São simples trechos do pensamento profundo do sujeito. Ele é o cara que está sendo processado sob acusação de assédio sexual a uma repórter do portal IG durante uma entrevista.
Pelas ideias sinistras aí listadas, vê-se que a repórter estava em um terreno minado.
Aparentemente, o funkeiro não está muito preocupado com um possível indiciamento. Em entrevista ao jornal O Dia, ele diz até que a justiça já mudou a acusação de assédio para injúria e dá a entender que isso seria coisa mais leve, mais tranquila e favorável. Segundo o jornal, ele pode até escapar de processo.
O fato é que rapaz está tão confiante de que não vai sobrar nada para ele que durante a festa de aniversário de uma ex-atriz da novela Malhação, onde foi uma das atrações, não hesitou em transformar em letra de funk a frase que disse à repórter durante o polêmico episódio: "tá gostosinha, te quebro no meio".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Homofobia, preconceito e violência

por Eli Halfoun
Tem títulos dos quais o Brasil deveria abrir mão porque não são motivos de orgulho para ninguém. Pelo contrário: envergonham o país. Exemplo: o Brasil é o campeão mundial de crimes contra homossexuais. A cada dois dias um homossexual é assassinado no país. Não é um número aleatório, mas sim de uma séria pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, presidido pelo professor de antropologia da Universidade Federal da Bahia, Luiz Mott. A pesquisa mostra ainda que o volume de mortes registrado em 2000 (130 homossexuais assassinados) aumentou para 180 no ano passado. É o dobro do número de mortes registradas nos Estados Unidos. É a cada vez mais explicita e criminosa homofobia que está unindo grupos gays na luta para a criação de delegacias especializadas no atendimento das vítimas de uma violência descabida. Outro movimento é para a realização de uma cada vez maior número de passeatas. O Rio aderiu com força: dos 92 municípios do Estado, 28 promoverão paradas gays esse ano. A discussão sobre homofobia ganhou mais calor depois da agressiva declaração do deputado Jair Bolsonaro que ofendeu de forma racista a cantora Preta Gil, mas covardemente depois disse estar falando dos gays, o que para a cantora Zelia Duncan é apenas uma tática para escapar de um processo criminal porque “racismo é crime e homofobia não". Deveria ser. Bolsonaro comprou uma briga feia e dificilmente escapará de uma severa punição. A melhor seria a da população deixar de votar nele fazendo de seu voto uma arma contra o preconceito racial e a homofobia. (Eli. Halfoun)