Mostrando postagens com marcador camareira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador camareira. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Lembra do "escândalo" Strauss-Kahn que alimentou a mídia há quatro anos? Processado por traçar uma camareira e acusado de promover "festas libertinas", DSK, como era conhecido, acaba de ser absolvido

por Flávio Sépia
Há quatro anos, o então diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, virou a "Geni" da mídia internacional. O caso foi um prato cheio para os jornalistas. Uma camareira de um hotel de Nova York denunciou o executivo por "abuso sexual"; em seguida, na França, DSK foi processado por supostamente promover "festas libertinas", seja lá o que esse rótulo moralista significasse, com participação de prostitutas. O fim do "escândalo", menos divulgado do que o começo, é revelador: DSK foi processado e por sua vez processou a camareira e o caso acabou em um acordo assinado na justiça americana. Ela dizia que foi forçada a manter relações sexuais com o diretor do FMI, ele dizia que o ato foi plenamente consentido. Não havia testemunhas, os dois estavam sozinhos na suite do hotel.
Quanto ao caso francês, das "festas libertinas", a justiça considerou, ontem, que a acusação era apenas uma suposição. Não havia qualquer prova de que as mulheres presentes, ou uma só que fosse, era prostituta. E mesmo que a convidada exercesse essa profissão digna como qualquer outra seria preciso provar, para sustentar a acusação de proxeneta, que DSK havia pago às jovens. O tribunal não recebeu qualquer indício de que isso teria acontecido.  Inocentado, DSK não corre o risco de cumprir 10 anos de cadeia, mas teve sua carreira destruída.
Reprodução Periscope/Bligoo
Coincidentemente, na época em que a primeira acusação estourou - a da camareira - ele era o nome mais forte do Partido Socialista para disputar a presidência da França. O caso reacende a discussão global sobre a prática imediatista da mídia, em casos semelhantes, de condenar o suspeito antes de qualquer prova. Acaba tornando-se massa de manobra de altos interesses externos ao jornalismo. O poder da internet agilizou ainda mais essa prática. Não há "jornalismo investigativo sério" que possa ser apurado, fechado e publicado em questão de minutos, que é o tempo da rede para quem, em função da luta pela audiência, tem a prioridade de chegar na frente. Goste-se ou não, DSK foi absolvido não por meras questões técnicas mas por absoluta falta de provas.
O bombardeio midiático contra DSK. Reprodução Internet
Aqui, provavelmente, depois da sentença midiática, teria sido condenado por "domínio do fato". Comeu a camareira? Então, literalmente, vale o "domínio da foda". Cadeia pro elemento. Frise-se que a camareira só foi instruída a processá-lo após saber que ele era político importante e diretor do FMI. Houve também a acusação igualmente jamais provada de que ela teria sido "plantada" para criar uma situação constrangedora para o então presidenciável francês. O New York Times chegou a revelar, depois, que ela seria prostituta que trabalhou sem cobrar.Foi uma espécie de brinde? Ou talvez DST tenha sido  admitido no programa de milhagem da profssional?
Pensando bem, talvez o maior "crime" de Strauss-Kahn tenha sido exercer a direção desse suspeitíssimo orgão chamado FMI. Proxeneta é elogio diante da "folha corrida" que a famosa instituição acumula com intervenções em paises em nome do capital financeiro e em detrimento de vidas e metas sociais. Como diretor do FMI talvez DSK merecesse prisão perpétua sem direito a visita íntima. Mas esse é o tipo de "crime", sem camareira e prostitutas, que não vende jornais nem aumenta o número de cliques em páginas da internet.
Restou alguma lição desse rumoroso caso? Sei lá. Mas eu aconselharia a quem praticar "relações sexuais consentidas" e não confiar 100% na parceira pegar um documento assinado ou gravar uma declaração no smartphone comprovando o total e voluntário "consentimento".
E isso não é gozação. Ou melhor: é.

sábado, 2 de julho de 2011

E agora? Dominique Strauss-Khan não pegou a camareira mas levou pau da mídia

DSK foi chamado até de pervertido. A justiça agora admite ter provas de que a camareira mentiu. E a mídia foi no embalo.
por JJcomunic
Após receber prova de que a camareira que acusava de estupro o ex-Diretor do FMI havia mentido, a justiça americana mandou soltar o acusado. O processo ainda não terminou mas o testemunho da suposta vítima, no qual se baseia toda a alegação, difilmente se sustentará. A mídia, mais um vez, foi flagrada na prática de precipitação explicita, sem camisinha. Pouco apurou, mas julgou, o que não é sua função. Se o DSK for de fato inocente, o que fará para se refazer profissional e pessoalmente? O Brasil tem exemplos semelhantes da irresponsabilidade da mídia em determinados casos. O mais famoso é o da Escola Base, em São Paulo, quando jornais e revistas destruiram a reputação e a vida de um casal e de mais quatro pessoa acusadas de abuso sexual de crianças. Soube-se, depois, eram inocentes. Mas aí o dano já estava feito. E até hoje lutam para receber suas indemizações. Há centenas de outros exemplos recentes.
Por aqui, o caso DSK suscitou artigos inflamados em defesa da camareira-vítima-de-um-homem-poderoso. Alguém vai pedir desculpas quando o caso for definitivamente encerrado?