Mostrando postagens com marcador atletas russos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador atletas russos. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Em Tóquio, a geopolítica não sobe ao pódio. Os atletas, sim.

O Globo, 28-7-2021

por José Esmeraldo Gonçalves

No endereço que atende pelo nome 1600 Pennsylvania Ave NW, Washington, DC, o editorial do Globo ontem, deve ter sido recebido com muita satisfação.

Joe Biden e o Departamento de Estado assinariam embaixo.

O jornal não está contente com a participação da Rússia na Olímpiada do Japão. A cada medalha, lábios trêmulos e olho rútilo, como descreveria Nelson Rodrigues, ele baba a espuma da indignação. 

Como todos sabem, a Rússia está competindo em Tóquio sob a bandeira do ROC (Russian Olympic Cometee, na sigla em inglês, sem lenços, documentos e bandeira. O uniforme exibe discretamente as cores nacionais. Quando sobem ao pódio, o que tem acontecido com frequência, os atletas russos ouvem música de Tchaikovsky, como o Concerto para Piano Nº1. 

Mas o editorialista acha pouco e quer botar pra quebrar. Decreta que a Rússia deveria competir sem nome e apenas com a bandeira do Comitê Olímpico Internacional, assim como atuam os refugiados. 

Nos estádios, piscinas, ginásios, pistas e raias de Tóquio ninguém está preocupado com a geopolítica.  

Os atletas de todos os países dão exemplo de confraternização, estão em uma prateleira acima da raiva. Convivem com os colegas russos, tiram selfies juntos.  

De fato, são polêmicos o contexto, as conclusões e as punições que resultaram de uma suposta e massificada operação de doping comandada pela Rússia. Cerca de mil atletas russos sofreram sanções, 14 medalhas olímpicas conquistadas em Londres 2012 foram cassadas. Depois dessa primeira onda de punições, vieram outras em 2019 e o país foi banido de competições esportivas até 2022. Isso inclui a Copa do Catar e a próxima Olimpíada de Inverno  A Rússia acusa a WADA (World Anti-Doping Agency) de atuar sob comando de americanos e ingleses, com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos participando da investigação. Parece claro que a isenção não ganhou medalha nesse rumoroso caso.

Folha de São Paulo, 29-7-2021

Ao tratar do mesmo assunto, a Folha de São Paulo "controlou o psicológico", como dizem os atletas, e foi mais sóbria. Não ligou o megafone do ativismo para pedir mais punicões. 

Apesar da pandemia e da indefinição sobre a realização dos jogos, o que tornou tensa a preparação dos atletas, tem sido bonita a festa e o brilho dos atletas em Tóquio. 

Inclusive dos atletas russos.

domingo, 24 de julho de 2016

Do site Sputink Brasil: Equipe russa autorizada a participar dos Jogos Olímpicos no Rio. Mas COI impõe condições


(do Sputink Brasil)

O Comitê Olímpico Internacional tomou a decisão de não afastar a equipe russa dos Jogos Olímpicos no Brasil, diz-se no comunicado de imprensa da organização.

Segundo a organização, serão as federações esportivas das modalidades a decidir se os atletas russos "limpos" vão ao Rio-2016 ou não. O COI espera que as federações internacionais das modalidades já tenham uma opinião relativamente aos esportistas russos, disse o presidente do COI Thomas Bach.

Entretanto, o Comitê Olímpico afirmou que qualquer esportista que tenha sido sancionado por doping no passado, mesmo que o prazo da sua desqualificação já tenha expirado, não pode fazer parte da equipe russa.

Ao mesmo tempo, a seleção de atletismo russa, exceto Klishina, não poderá competir, confirmou o COI.

O comunicado de imprensa do COI detalhou que cada esportista russo admitido a participar no Rio-2016 deve passar por testes adicionais. Se não estiver disponível para os fazer, a sua acreditação será anulada.

Bach destacou que os funcionários do Ministério dos Esportes russo não vão receber acreditação nos Jogos Olímpicos.

"Esta [decisão da COI] é também uma mensagem que incute esperança aos atletas 'limpos', de que eles têm a oportunidade de provar que são inocentes e podem participar dos Jogos Olímpicos", frisou o presidente da organização.

"O Comitê Executivo do COI decidiu em bloco sobre a participação da equipe russa. A decisão foi tomada quase por unanimidade só com uma abstenção", afirmou Bach durante a coletiva de imprensa.

Na segunda-feira (18), o chefe da comissão independente da Agência Internacional Antidoping (WADA), Richard McLaren, anunciou os resultados da sua investigação referente à violação das normas antidoping durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi. O relatório da WADA recomendou ao COI a desqualificação da Rússia dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO E VEJA ATUALIZAÇÕES DESSA MATÉRIA NO SITE SPUTINK BRASIL, CLIQUE AQUI