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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Quando o público poderá ver o mural "Última Ceia", a obra de Ziraldo que o antigo Canecão emparedou?

 

Ziraldo revê parte do mural "Útima Ceia". Foto Ag. Brasil

por J.A.Barros

Os países europeus, através dos séculos, apreciavam a cultura nas artes em geral. Alguns tinham a música como o interesse principal, outros se dedicavam mais às artes plásticas. A escultura que teve a Grécia como um dos seus berços, tendo Fídias como seu grande criador. No mundo moderno, ressalte-se o talento de Rodin.

A Europa também se destacou na literatura. Grandes escritores se eternizaram. Na filosofia, pensadores modernos surgiram questionando sempre a razão. Países europeus se destacaram, não pelas armas, mas pela cultura de seus povos que  traziam  ao mundo as respostas ao questionamento do homem.

Nas suas raízes, os povos europeus aprenderam a cultivar e respeitar as obras clássicas de seus artistas em todos os seus elementos.

E me pergunto: por que, aqui no Brasil, a cultura não é vista e respeitada tal qual os povos europeus o fazem? 

A prova de que estou falando vem de uma obra, um mural pintado sobre uma parte de uma parede de uma casa de espetáculo, o Canecão. O mural "Última Ceia" tem mais ou menos 30 metros de extensão. Naquela parede, um jovem artista, mineiro de Caratinga, pintou uma visão sua de uma ceia irreverente.

Essa obra, apesar de estar dentro de um recinto fechado, de limitado acesso ao público, era vista por todos que frequentavam a tradicional casa de espetáculos. Quem ali fosse passar algumas horas de distração ouvindo música ao mesmo tempo apreciava o mural. A plateia tinha diante de seus olhos a arte maravilhosa de um artista que se projetava para o mundo da informação e comunicação. Pois,  acreditem, o empresário dono do Canecão, posteriormente despejado por dever aluguel, mandou cobrir a obra com um oleado que o tornou invisível e esquecido pela cidade do Rio de Janeiro.

Mas, esse artista, Ziraldo, com seu talento criativo, seguiu em frente como desenhista e como cartunista. Tornou-se um dos melhores chargistas políticos no Jornal do Brasil e levou sua arte aos leitores da revista Manchete. Incansável, conquistou depois um imenso público de crianças ao contar em livros histórias maravilhosasd como a do  “Menino  Maluquinho”, publicado  originalmente em “tiras” no jornal O Globo.

Pergunto o que acontecerá com o mural nas paredes do Canecão, hoje fechado e abandonado? Nãio faz muito tempo, houve uma campanha para restaurá-lo. Apesar dsso, continuará esquecido ? Quando o público poderá apreciá-lo?  O predio da antiga casa de espetáculos pertence à UFRJ, que tem planos que ainda não saíram do papel para tranformá-lo em centro cultural. 

Deem a Ziraldo o que é de Ziraldo. E ao  ao povo a arte de Ziraldo.

Leia conteúdo relacionado publicado neste blog em 2015. AQUI

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ziraldo: 78 anos de vida e 30 como pai do “Menino Maluquinho”

por Eli Halfoun
Não é para qualquer um: ao completar 78 anos de idade (no último dia 24), Ziraldo pode orgulhar-se de ter um filho de 30 anos que continua menino e o acompanha em tudo. É o “Menino Maluquinho”, sem dúvida, o mais popular personagem criado por esse mestre do desenho. De maluquinho, o menino não tem nada quando se fala em sucesso: o livro que lançou o personagem vendeu mais de dois milhões de exemplares, virou filme em 1994 e será outra vez do cinema no ano que vem com uma continuação do longa dirigido por Fabrizia Pinto e Fernando Meirelles. Esse ágil menininho inspirou também programa de televisão em série produzida exibida pela TV Educativa. Ziraldo desenhou uma história de sucesso em 78 anos de vida: seu primeiro desenho foi publicado na “Folha de Minas” quando ele tinha apenas 6 anos. Embora formado em Direito foi desenhando que Ziraldo montou sua história que incluiu passagens pela revista “O Cruzeiro”, pelo "Jornal do Brasil" e pela "Manchete". No exterior, onde também é muito respeitado, Ziraldo teve desenhos publicados na revista britânica “Private Eye”, na francesa “Plexus” e na americana “Mad”.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Ziraldo tira seu lado pintor do armário

por Eli Halfoun
Foi uma longa espera, mas depois de 67 anos e aos 78 anos de idade Ziraldo, o nosso mais famoso cartunista, resolveu tirar do armário as telas que mostram o seu lado de pintor. As obras (44 no total) estão no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, até o dia 19 de setembro. Responsável pelo lançamento da primeira revista em quadrinhos a cores no Brasil, a Turma do Pererê, o lado pintor de Ziraldo tem motivos baseados nos clássicos personagens das histórias em quadrinhos americanas e o nosso mestre do cartum entra, é claro, com suas intervenções, sempre em tom crítico como acontece, por exemplo, no auto-retrato de Picasso ao qual Ziraldo inseriu um Super-Homem, “utilizando técnica semelhante ao cartum, me valendo dos estereótipos dos heróis para ser crítico." A mostra “Zeróis Ziraldo na tela grande” é divertida e imperdível.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Canecão: a Santa Ceia, de Ziraldo, emparedada

por José Esmeraldo Gonçalves
A UFRJ fala em transformar o Canecão em um centro cultural. Mas, aparentemente, não há um projeto definido. De qualquer maneira, que os novos administradores não esqueçam, caso venham a demolir a construção, de que na lateral direita, emparedado há 38 anos, está o que restou de A Santa Ceia, de autoria de Ziraldo. Com 32 metros de comprimento por 6 de largura, o mural foi pintado em 1967. Cinco anos depois, foi encoberto por uma parede. O mural já rendeu até documentário e em 2001, por iniciativa de Chico Caruso, ganhou uma versão digital, feita a partir de cromos antigos, e foi exposto no Salão de Humor de Piracicaba. (Nas reproduções, Ziraldo em pleno trabalho no Canecão e o famoso mural). Veja mais AQUI