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sábado, 29 de março de 2025

Paulo Leminski Neto: o filho do homenageado da Flip 2025 é morador de rua no Rio • Por Roberto Muggiati


O cantor Paulo Leminski Neto vive um drama nas ruas da Lapa
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Na foto, o pai, poeta Paulo Leminski (1944-1989)

Identidade e semelhança comprovadas


Numa batida recente da PM na Praça São Salvador, um jornalista teve a atenção chamada para a identidade de um morador de rua: Paulo Leminski Neto. Era o filho do poeta curitibano Paulo Leminski Filho, que, nos anos 1980, agitou os meios culturais com seus talentos múltiplos como poeta, tradutor e ensaista (dialogando com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari e Wally Salomão), letrista da MPB (gravado por Caetano, Moraes Moreira e Ney Matogrosso) e judoca respeitado nos tatames da vida. Ele será um dos principais homenageados da Feira Literária de Paraty (Flip) deste ano.

Paulo Leminski Neto, cantor e professor de música, ficou sem trabalho no final do ano passado, foi despejado do quarto onde morava na Lapa e se viu na rua com a mulher, a figurinista Claudia Tonelli, com quem vive há seis anos. Como se desgraça não bastasse, ela sofreu agressão e tentativa de estupro por um delinquente de 29 anos com 22 passagens na polícia, saindo da emergência hospitalar com stress pós-traumático. O incidente levou ambos a se tornarem pacientes por depressão num Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). Disse ela: “Viver e dormir nas ruas é um misto de invisibilidade e visibilidade incômoda.” O casal, em estado extremo de vulnerabilidade, precisa levantar 120 reais diários para pagar o hotel na Lapa onde Cláudia se recupera. Contam com a ajuda de pessoas solidárias, mas sem garantia de continuidade e podem ir parar de novo nas calçadas a qualquer momento.

Paulo Leminski Neto só passou a existir com carteira de identidade em agosto de 2021, depois que ele soube, pela biografia de Toninho Vaz, "O bandido que sabia latim", que era filho do poeta e que Leminski o havia registrado e, de posse da certidão do cartório, obteve o documento, com a data de nascimento de 31 de janeiro de 1968. A primeira mulher de Leminski, o registrou sob outro nome, não tinha sequer a certeza de que o poeta fosse seu pai, pois o casal vivia numa época de relações abertas.

Como sempre, Manchete tem um dedo nessa história. Na ocasião, Paulo Leminski veio tentar a sorte no Rio e hospedou-se no lendário Solar da Fossa, em Botafogo, demolido depois para a construção do Shopping Rio Sul. No casarão de dois andares com 85 quartos moraram, entre 1964 e 1971, intelectuais e artistas como Caetano Veloso, Gal Costa Gilberto Gil, Glauber Rocha, Paulo Coelho, Tim Maia, o jornalista Ruy Castro e os atores Cláudio Marzo e Beth Faria, que se casaram no pátio da pensão. O nome veio da deprê do carnavalesco Fernando Pamplona, que lá se refugiou depois de se separar da mulher. Mas o Solar era tão solar que a fossa não demorou muito, só o nome restou. Leminski ficou pouco e passou em brancas nuvens, assim como nas duas semanas em que trabalhou na antiga revista Manchete, escondido no Departamento de Pesquisa. Seu Grande Salto seria nos anos 1980, em São Paulo.






terça-feira, 2 de agosto de 2011

É hoje! Lançamento do livro Solar da Fossa

por JJcomunic
Quem passa em frente ao Rio Sul, em Botafogo, Rio, não imagina que o shopping foi erguido no terreno de um casarão de dois andares e 85 cômodos que era uma espécie de "república cultural". Demolido em 1972, o "Solar da Fossa", como ficou conhecido, serviu de moradia para nomes como Caetano Veloso, Paulo Coelho, Gal Costa, Mauro Mendonça, Naná Vasconcelos, Paulo Diniz, Darlene Glória, Paulo Leminski, Maria Gladys, Betty Faria, Ìtala Nandi, Antônio Pitanga, Marieta Severo, Zé Kéti, Gutemberg Guarabyra, Abel Silva e Cláudio Marzo.
O jornalista Toninho Vaz lança hoje, às 19h, na Livraria Argumento, no Leblon, o livro "Solar da fossa – um território de liberdade, impertinências, idéias e ousadias" - (Casa da Palavra, 256 páginas, R$39,90).
Trata-se do registro de um belo momento do Rio inquieto, apesar da ditadura, dos anos 60/70.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Livro Solar da Fossa: autor Toninho Vaz, ex-Manchete, ganha processo contra editora Record

Foto: Augusto Malta/Reprodução/Site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
O juiz Sérgio de Arruda Fernandes, da 21ª Vara Cível do Rio de Janeiro julgou procedente a ação judicial em que o jornalista Toninho Vaz tenta impedir há um ano que a editora Record efetive a impressão e distribuição do seu livro, “Histórias e canções do Solar da Fossa”. Com a informação de que a editora estava imprimindo três mil exemplares do livro sem a sua autorização, Toninho Vaz encaminhou há um ano pedido de liminar ao juiz que em 48 horas acatou o apelo. “Os livros, impressos de maneira tosca e irresponsável, sem fotos e prefácio, foram interceptados pelo oficial de justiça quando eram colocados nos caminhões para distribuição nacional”, diz o jornalista no seu blogue.
O Solar da Fossa funcionou entre 1964 e 1971 na fazenda construída no século 18. Lá moraram figuras como Darlene Glória, Tânia Scherr, Tim Maia, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Paulo Coelho. O Solar foi demolido em 1972.
LEIA ESTA MATÉRIA COMPLETA NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS DO RIO DE JANEIRO. CLIQUE AQUI


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