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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Regina Duarte, a debochadinha do Brasil...

O momento em que Regina debocha das mortes: "Ohóóóóóóóóóóóóóóóó"
Na tela da CNN Brasil, o show de afrontas de Regina Duarte. 

Quando Bolsonaro convocou Regina Duarte para servir ao governo como Secretária da Cultura, alguns ex-colegas, um ou outro colunista e pelo menos uma comentarista do setor cultural saudaram a escolha da atriz. "É uma querida". Inocentes...
Regina dá mostra há anos do que carrega no sombrio backstage do sorriso congelado.
Durante entrevista à CNN Brasil, ela soltou os vermes, ao vivo, diante do repórter Daniel Adjunto e dos âncoras Reinaldo Gottino e Daniela Lima. Desde cantarolar a marcha "Pra Frente, Brasil" - o hino que embalava torturas e assassinatos durante o governo do ditador Garrastazu Médici. "Não era bom quando a gente cantava isso?", recordou, saudosa - até minimizar crimes. "Houve tortura, secretária. Houve censura", questionou o repórter. Regina contestou: "Bom, mas sempre houve tortura. Stálin!. Quantas mortes!. Hitler!. Quantas mortes! Se a gente ficar arrastando essas mortes..."

VEJA AQUI A ENTREVISTA DA "DEBOCHADINHA DO BRASIL" À CNN AQUI

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

"Casou !" - Regina Duarte sobe ao altar da Secretaria da Cultura...

Regina Duarte em "Rainha da Sucata"
Divulgação/Reprodução
por O. V. Pochê 

Todo mundo usa metáforas. Lula usava e abusava dos termos do futebol para explicar decisões de governo ou fatos políticos.

Figuras de linguagem facilitam a comunicação de massa. Mas ao optar por um tipo de metáfora o sujeito revela muito de si. Bolsonaro tem uma fixação em "relacionamentos amorosos" como "lugar de fala" populista. Nomeações e até crises políticas são tratadas como se discussões conjugais: "estamos nos conhecendo", "estamos namorando", "foi um briguinha de namorado" etc.

Talvez por achar que o palavreado casamenteiro agrada ao chefe, a moda se espalha. Regina Duarte logo aderiu. "Noivou" com Bolsonaro rumo ao altar da Secretaria da Cultura. A atriz e militante da direita sinaliza que vai continuar praticando o jogo da metáfora conjugal. Agora informa que está na fase dos "proclamas" formais que antecedem a troca de alianças do "casamento". Dá a entender que os futuros comunicados da Secretaria podem seguir a mesma linha de comunicação. Não haverá "posse", mas cerimônia de "casamento" (em tempo; há uma clara inversão no roteiro. Folhetins normalmente acabam em casamentos; nessa novela da Cultura, a trama se inicia com as bodas e logo virá, portanto, a "lua de mel"). No cargo, em vez de demitir assessores Regina certamente vai "pedir um tempo" ou dizer que "precisa de espaço", que o outro a está "sufocando".
Na novela 'Carinhoso".
Reprodução

Quando tiver um problema burocrático deverá ir ao Planalto para uma "terapia de casal" que suavize divergências. Diante do corte de verbas poderá alegar que o "marido" provedor não está cumprindo com os seus deveres. Vai ver os artistas serão tratados como "filhos" do novo casal republicano. Receberão uma mesada aqui e acolá para produzir "arte nacional" e levarão uns puxões de orelha caso demonstrem que estão sofrendo más influências de amiguinhos esquerdistas. Se Regina permanecer "casada" até 2022  comemorará as bodas de algodão que marcarão os dois anos da relação. Se sair antes, anunciará o "divórcio" e dirá que a "amizade" continuará. Se "divorciada", Regina não vai pedir pensão alimentícia porque já recebe benefício deixado pelo pai militar. E outro "noivo" ou "noiva" será cortejado para assumir a pasta da Cultura no reality show de Brasília.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Memórias da redação: Aconteceu na... Amiga

Uma arrebatadora paixão com a “namoradinha do Brasil”
por Eli Halfoun


O que Regina Duarte, sem dúvida a mais popular atriz do Brasil, tem a ver com a revista Amiga? Tudo. Ou quase tudo. O namoro entre a revista e a já então “namoradinha do Brasil” foi constante – uma paixão arrebatadora. Entrava semana saia semana lá estava ela, meiga e sorridente, na capa da revista. Regina Duarte iluminou a capa do primeiro número da Amiga (na reprodução à esquerda) e sua presença era garantia de boa venda. No primeiro número, eu ainda não estava na revista, mas quando Amiga completou 18 anos eu já era o editor- chefe e depois de conversar com minha até hoje amiga Lea Penteado, uma das primeiras repórteres da revista, achei que a mais iluminada vela do bolo de aniversário seria ter Regina Duarte outra vez na capa. Foi quando pintou a idéia de repetir, 18 anos depois, exatamente a capa do primeiro número. Providenciamos uma nova foto de Regina Duarte com Cláudio Marzo, o casal que ilustrou a capa de estréia. Como recordar é viver e reviver, não tive dúvida e dei também uma “janela” (uma foto menor dentro da foto maior) com uma reprodução da primeira capa de Amiga. Em minha opinião e de toda a redação, era a melhor forma de mostrar como Amiga tinha crescido e os atores também tinham ficado mais maduros em idade, fisionomia e sucesso. Acreditei que todos iriam entender a nossa intenção, mas a primeira coisa que recebi foi uma bronca do 'seu' Adolpho que me chamou e foi logo dizendo: “O que é isso? Enlouqueceu?”. Eu não estava entendendo nada e perguntei: “O que tem de errado 'seu' Adolpho?" E ele aborrecido: “Não está vendo que são as mesmas pessoas na capa?" Expliquei: “É isso mesmo: a foto da janela é a primeira capa da revista, que é justamente a do casal da foto maior”.

Ele entendeu (tenho a impressão de que já tinha entendido desde o início e estava apenas querendo me testar e ter certeza de que eu sabia o que estava fazendo). Não respondi nada e fui saindo da sala de fininho. 'Seu' Adolpho me chamou outra quando eu já estava quase na porta. Olhei para trás e sorrindo ele disse: “Você é louco, mas é inteligente”. A capa teve boa repercussão: Regina Duarte e Cláudio Marzo elogiaram e ganharam uma boa recordação já que nas páginas internas contamos a história (só o que podia ser publicado, é claro) dos 18 anos de Amiga ilustrando o texto com diversas fotos da Regina e Cláudio. Amiga fazia parte também da trajetória de sucesso do casal nas novelas da Globo. Durante muito tempo Regina foi (ainda é) a “namoradinha do Brasil” e precisou de muito esforço párea mostrar que por trás de todo seu carisma e daquele sorriso ingenuamente encantador existia uma grande atriz. A grande atriz que sem dúvida é hoje. Com Cláudio Marzo não foi diferente: o galã bonitão que arrancava suspiros de milhões de fãs por todo o país também mostrou que é e sempre foi um excepcional ator, o que a crítica custou a perceber porque também ela só enxergava nele um galã e não o bom ator que desde o início mostrou ser. Foi essa evolução que tentamos mostrar na capa dos 18 anos de Amiga e, acredito, conseguimos.