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A chegada ao Rio na visão da Air France. Litografia de Victor Vassareli. 1948. Reprodução |
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A American Airlines apostava na modernidade do turboélice Electra, modelo que durante décadas foi avião da ponte-aérea Rio-SP. Walter Bomer, litografia, 1959. Reprodução |
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Califórnia ensolarada para a United. Stan Galli. Fotolitografia, 1957. Reprodução |
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A TWA oferecia a Africa selvagem. David Klein, litografia, 1957. Reprodução |
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Acapulco, hoje decadente, era o balneário da moda para a American Airlines. Anônimo, fotolitografia, 1957 |
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Você imagina hoje uma viagem de turismo ao Haiti? Pois é, a Pan American já apostou nesse tour. Walter Bomer, litografia, 1949. Reprodução |
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Nova York desconstruída pela TWA. David Klein, silkscreen, 1956 |
por José Esmeraldo Gonçalves
Um livro resgata uma era. Aquela em que as companhias aéreas criavam uma identidade visual expressa em cartazes de qualidade artística e gráfica. Cada um dos principais destinos dos vôos eram promovidos em alto estilo. Normalmente, tais cartazes ficavam expostos em aeroportos, lojas de venda de passagens (sim, existia isso, lojas físicas espalhadas pelas cidades atendiam aos passageiros) e agências de turismo. Atualmente, as empresas aéreas se comunicam com o seu público através de páginas na internet. A praticidade substituiu a arte. O designer Mathias C. Huhme lançou recentemente, nos Estados Unidos, um livro que reproduz algumas peças da TWA, Air France, Aeroflot e outras. "Airline Visual Identity, 1945-1975" (Callisto Publishing) vem com 430 páginas e custa 400 dólares. São criações de artistas gráficos que revelam a chamada idade de ouro da aviação. Voar então era um acontecimento e não um aborrecimento. É quase inimaginável para quem decola, hoje, mas houve um tempo em que aviões de passageiros eram mais lentos mas tinham espaço entre as poltronas e serviço de bordo de restaurante cinco estrelas e não de barraquinha de vendedor de barra de cereal e amendoim. Huhme conta ao New York Times que se interessou pelo projeto há cerca de cinco anos quando viu cartazes da Air France da década de 1950. Ficou surpreso, era algo que ele não conhecia. Os artistas buscavam criar imagens que, de imediato, pretendiam traduzir as características do destino. Em poucos segundos, ao bater o olho, o passageiro deveria formar uma imagem do país que ia visitar. Se era a imagem correta ou não, o certo é que, na visão de Huhme, e nas reproduções nostálgicas acima, os posteres eram pura arte.'
A matéria do New York Times, obviamente, não reproduz todos os cartazes do livro (você pode ver outros clicando
Aqui). E, abaixo, vale conferir uma pequena mostra colhida na internet: são peças veiculadas por companhias brasileiras que hoje são apenas retratos na parede.
2 comentários:
Me lembro desse tipo de cartaz. Parece que é uma arte que se perdeu já que não vejo nada parecido na Tam, Gol ou Azul e nem mesmo nas internacionais.
Esmeraldo, sua matéria, e os cartazes, me fizeram lembrar dos anos 50, quando tive a sorte de ganhar um concurso escolar de redação e cartaz, na Semana da Asa. Foi a única viagem de avião que fiz em toda minha vida, pela PANAIR DO BRASIL. O prêmio, era uma ida a Salvador, na Bahia. Eu podia levar, um professor e mais três colegas. Foi um passeio inesquecível: Cidade alta, Cidade baixa, o Mercado, o Elevador Lacerda, Farol da Barra, Piatã, as Igrejas, o Pelourinho e o Hotel da Bahia, onde ficamos. Soube que hoje, tudo está mudado, mas a PANAIR DO BRASIL, que me proporcionou esta emoção única,na adolescência, jamais será esquecida.
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