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Reprodução |
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Foto: Gonça. Sábado, 15h. |
por Gonça
Ponto de vista de elite é coisa colonial mas ainda comum aqui nos trópicos, especialmente vindo das figuras que habitam o andar de cima da pirâmide. A Folha publicou uma crônica por esses dias que é um exemplo típico dessa visão do mundo, e do Rio, no caso, a partir do corredor dos espelhos de Versalhes.O título ("O Rio não merece o Copa") já diz tudo, não? De acordo com esse mundinho, fora do terreiro novo rico emergente o mundo não existe. Tanto que o texto tem grosseiros erros de localização de prédio do centro do Rio. Ir à Lapa, onde a cidade fervilha? Nem pensar. Conhecer os autênticos botequins cariocas frequentados por classes de A a Z? Vade retro. Ir ao Centro Cultural Banco do Brasil? Dispensa. Ao Theatro Municipal? O que? Ver de perto as qualidades e defeitos de uma cidade? Qualquer cidade? Disgusting. Visitar uma exposição de fotografias que percorre o mundo e atrai milhares de pessoas à Cinelândia? Jamais. Povo demais. Gente "diferenciada" demais. Acredite, existe isso por aí: a ala dos incapazes de desvendar uma cidade, já que comem brioches e se limitam a observá-la a partir das rodinhas de botóx das velhas e ultrapassadas zelites. Ô, tédio. Por falar nisso. Hora de ir pra rua. Um belo sol de maio ilumina o Rio.
2 comentários:
Quem é essa senhora mesmo?
Se há uma raça desprezível é paulista elista.
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