sábado, 19 de maio de 2012

Ex-diretores abrem baú de memórias e revelam bastidores da queda do império de Adolpho Bloch







A revista Brasileiros - excelente publicação editada por  Hélio Campos Mello - publica uma matéria de seis páginas sobre a Manchete. Alex Solnik, que assina a reportagem, entrevistou os ex-diretores Zevi Ghivelder e Salomão Schvartzman, ambos com longas e importantes trajetórias na empresa e muito próximos de Adolpho Bloch. Na abertura, o texto promete contar os bastidores da extinta Bloch e e revelar "pistas sobre o que causou sua derrocada. A Bloch faliu em 2000 e, até hoje, muitos funcionários ainda lutam para receber suas indenizações.. A revista está nas bancas e traz  revelações polêmicas. Como - contada por Salomão - a ocasião em que Lafaiete Coutinho, presidente do Banco do Brasil na desastrada e corrupta era Collor, diz a Adolpho (que pretendia descontar duplicatas no banco): "O que você está pensando? Você está onde? Este é um governo honrado". E não era piada. "Adolpho se segurando na mesa", descreve Salomão. "Ele não podia falar uma coisa dessas ao Adolpho. Collor queria a televisão. Queria que nós nos fodêssemos", completa. O mesmo Salomão não hesita em dizer o que causou o fim da Bloch: "Foram os roubos, Zevi, milhões de dólares em duplicatas frias".  Já Zevi atribui a falência do grupo à má administração. "A rigor, apesar de ser um império, a contabilidade de Adolpho era de botequim. A derrocada começou quando ele misturou a contabilidade, o dinheiro da televisão com o dinheiro da revista. Estou convencido de que, se ele tivesse separado a revista da televisão, acho até que a televisão deveria ser em outro prédio, nada disso teria acontecido".  Quer saber? Melhor ir à banca. Aconteceu, virou Brasileiros.

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