segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Nas ruas do Rio, uma crônica visual...

A Presidente Vargas foi fechada para a Maratona feminina. Depois que as atletas passaram foi ocupada por pedestres, quase todos fotografando um raro momento da avenida sem o enxame de carros, motos e ônibus.

Soldados do Exército que cuidam da segurança da Rio 2016 são atração para os visitantes. Grupos de turistas pedem para fazer fotos ao lados dos militares e seus fuzis.

No Boulevard Olímpico da Praça Mauá. 

TV estrangeira entrevista a Velha Guarda...

No Porto Maravilha que junto com a Praça Mauá reformada é uma espécie de nova sala de visitas do Rio. .

Show na Praça Mauá. entre uma música e outra um refrão popular faz sucesso : "Fora Temer".
O logo Cidade Olímpica, na Mauá, é disputado para fotos

Na Mauá, Jacozinho faz embaixadinhas. O alagoano sobe até em árvores sem deixar a bola cair...
Hip Hop na praça e réplica do 14 Bis ao fundo

Não é um novo condomínio... Navio cruzeiro é "casa" de turistas

O Pira Olímpica com a Candelária ao fundo. Uma cena que atrai milhares de cariocas e turistas.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, a instalação criada pelo americano Anthony Howe e impulsionada pelo vento permanecerá no local após os Jogos como uma recordação da olimpíada, mas sem chama.
Na Rio 2016, a propósito, a chama da Pira é bem menor do que em outras olimpíadas. 

A ideia é diminuir o consumo de gás e passar uma mensagem de sustentabilidade. 

Os painéis Etnia, de Eduardo Kobra...
.representam rostos de cinco continentes e...
...ficarão como um colorido legado cultural na nova alameda do Porto. 

Se a Princesa Isabel aparecesse na janela do Paço onde morou...

...veria a Rio 2016 em um telão instalado bem em frente à residência real.



Quer pular de bungee jump? A Praça XV tem...
FOTOS BQVMANCHETE

domingo, 14 de agosto de 2016

Rio 2016: Baía da Guanabara ganha elogios. O que é a natureza...



por Flávio Sépia

Os dois títulos acima são reproduções do Estadão. No alto, matéria de hoje. Acima, reportagem de julho de 2015.

Mas podiam ser retirados de quaisquer dos grandes jornais brasileiros e, por tabela, dos internacionais.

A poluição na Baía de Guanabara é crônica, lamentável e, mais ainda, porque bilhões já foram aplicados para programas de despoluição.

A culpa é oficial e da sociedade. Faltam esgotos e sobram ligações clandestinas em cidades por onde passam rios que deságuam na baía e as populações "colaboram" lançando lixo, sucatas, sacos plásticos, embalagens pet etc. E navios de grandes corporações que lavam clandestinamente tanques de óleo e industrias que vazam dejetos dão sua contribuição à sujeira.

Mas é fato que o quadro pintado nos últimos meses foi mais poluído por imprecisão e contaminação política do que a ainda triste realidade.

Seja lá por qual razão (talvez, quem sabe, porque o governo Michel Temer deva ter despoluído a baía em tempo recorde ou faz parte da súbita onda de "boas notícias" que acomete a mídia desde que Dilma foi tirada de campo), revela-se agora que os atletas que estão competindo na Rio 2016 superaram os "temores" e elogiam o belo cartão postal do Rio.

Menos mal.

Mas registre-se que os cariocas sabem que a Baía de Guanabara continua suja e torcem para que, um dia, se complete de fato o tão falado programa de despoluição.

A baía certamente está longe de ser um mar da margens plácidas e limpas, mas também não é o milk shake cremoso de coliformes que os "especialistas" venderam nos últimos meses.

A propósito: a Lagoa Rodrigo de Freitas também, da qual me contaram que era uma poça de organismos extra terrestres, parece não ser bem o coquetel de vírus e lixo anunciado.

As matérias agora parecem aquele baconista que perguntado sobre um produto responde que "tem, mas acabou".

Poluição? Melhor corrigir para "tem, mas não acabou".

Goleira 1: Salve, Bárbara! Mandando o racismo pra linha de fundo

Reprodução Facebook

A goleira Bárbara Michelline Barbosa. Foto CBF

Circula na rede a postagem de um certo Marcos Clay, que seria membro do Conselho Federal de Administração, onde é ofendida a goleira Bárbara da Seleção Brasileira de futebol feminino.
Clay escreveu: "Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance".
Internautas reagiram na web criticando o post.
Bárbara no treino. Foto de Rafael Ribeiro/CBF
Bárbara brilhou no jogo contra a Austrália pegando dois pênaltis após Marta desperdiçar seu chute. A falha da atacante brasileira, eleita cinco vezes a melhor do mundo, fez a goleira
se superar para defender, em seguida, duas cobranças.
Bárbara declarou em coletiva: "Marta não podia ser injustiçada. Ela é extraordinária e não seria correto ser julgada por esse episódio. Eu soube extrair forças para evitar essa situação e fui muito feliz naquele momento", disse.
Melhor ler isso do que o post idiota do sujeito de Rio Branco (AC) acima.
Bárbara, concentrada para jogar, não comentou ainda o lamentável episódio.

sábado, 13 de agosto de 2016

Goleira 2: Perdeu, musa. Hope Solo volta pra casa. Não leva medalha mas inspira propaganda de inseticida...


por Omelete

Hope Solo ameaçou não vir ao Brasil. Temia a Zika. Depois, mudou de ideia e postou a foto com o seu já famoso "kit zika".

A goleira americana deve estar arrependida de ter vindo. Foi vaiada em todos os jogos (não podia tocar na bola que a galera gritava "zika, zika, zika". E aparentemente o coro da multidão abalou o psicológico da jogadora.

Ela acabou tomando um frangaço por baixo das pernas. E foi desclassificada pela Suécia nos pênaltis.

Como maior castigo, nem teve a chance de jogar no Rio. Perambulou por Manaus, Belo Horizonte e Brasília. Perdeu.

Mas não se pode dizer que o Rio levou vantagem com a ausência daquela que poderia ter sido uma das musas dos Jogos não fosse a pisada de bola na rede social.

Como último ato da passagem de Hope Solo pela Mosquitolândia, a SBP lançou um anúncio bem humorado lembrando a foto da goleira e ironizando a torcida contra a zika, que acabou consumando a derrota da seleção americana, uma das favoritas.

Hope Sole foi embora sem zika e sem medalha.

Aqui é Copacabana...




Fotos BQVManchete

por Flávio Sépia
A Arena do Vôlei, na Praia de Copacabana, foi um dos acertos do COB e da Prefeitura do Rio. Tem sido elogiada pelo público e pelos jogadores. Especialmente pela autenticidade. Londres e Pequim montaram quadras artificiais com areia importada. Aqui, o vôlei de praia está no lugar certo.
A bossa nova tornou Ipanema famosa, mas a Praia de Copacabana permanece como referência mundial. O bairro concentra o maior número de turistas que, integrados aos cariocas, são vistos em bares,botecos, na areia e no calçadão. O clima é de carnaval. Que siga assim, sem atropelos.

Shopping olímpico...

Nas pausas entre as competições, os turistas vão às compras. Na Megastore Rio 2016, as filas são uma constante. São mais de 3 mil produtos licenciados que fazem a festa dos visitantes. Foto BQVManchete 

Prefeito de Cannes proíbe o uso de burkini nas praias...


por Jean-Paul Lagarride

David Lisnard, prefeito de Cannes, decidiu proibir nas praias da cidade francesa o uso de burkini, uma espécie de maiô que cobre todo o corpo. O decreto proíbe o acesso às praias de "qualquer pessoa não devidamente vestida ou que desrespeite a moralidade e secularismo".  Os infratores serão punidos com multas. O prefeito alega que, no momento atual, com a França no alvo dos terroristas, roupas ostensivas podem ser vistas como um gesto de fidelidade aos militantes dos Estado Islâmico. "Locais de culto podem ser alvos de ataques e uma pessoa ostensivamente religiosa pode criar risco de distúrbios da ordem pública", justificou.
A prefeitura acrescenta que não estão proibidos os símbolos religiosos na faixa de areia mas o exibicionismo militante e propagandístico. Para o prefeito, o burkini é mais um símbolo de extremismo.
Dentro desse critério, a Justiça francesa já proíbe o uso em público de burcas (que cobrem o corpo e deixam uma tela para os olhos) e e niqab (o véu que deixa só os olhos à mostra).
Elementos menos ostensivos como o véu que as mulheres muçulmanas usam sobre a cabeça, o solidéu judaico, a cruz cristã etc não se incluem na proibição.
A propósito, em um sinal dos atuais tempos de terror, há quem pretenda regular as manifestações religiosas de atletas em competições. Preces, gestos e outros sinais de exibicionismo religioso em campo também podem ser vistos como provocações ou proselitismo por parte do público.

Ibama convida: hoje tem churrasco de pernil de caititu


por Omelete 

Enquanto a caravana olímpica vai passando e ocupando o noticiário, os políticos que tomaram o poder após a queda de Dilma Rousseff vão apresentando a conta do golpe. Uma nomeação aqui, outra ali, um aumento salarial acolá, "reformas" para cancelar direitos trabalhistas, desmonte do SUS, um alívio aos sonegadores em nome da crise, dispensa de pagamentos contratuais de serviços privatizados etc etc.
Passou quase despercebido um fato que seria cômico se não fosse trágico. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, nomeou para o Ibama um elemento que já comemorou nas redes sociais uma degustação de animas protegidos pelo... Ibama.  O nome da figura é Luciolo Cunha Gomes. O post, publicado em 2013, foi divulgado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional),
Vai ver ele acha que churrasco de animal em extinção é método científico de remanejamento da fauna.

...E as sete pragas não assolaram a Rio 2016

Barreiras contra ondas em Copacabana. Precaução normal para proteger a Arena. Mas o tsunami previsto por "especialistas" ainda não veio.

Fotos BQVManchete

por Omelete 

"Especialistas" passaram meses vaticinando na mídia o caos olímpico.

Ontem, ao entrar na Arena de Copacabana, o público passava por um paredão de areia para impedir o avanço do mar. Boa providência, claro. Mas até aqui (batam na madeira), os "especialistas" que anunciaram tsunamis que varreriam do mapa o espaço do vôlei de praia, devem estar buscando avidamente mapas meteorológicos para ver se uma ondinha pelo menos confirma suas "previsões" encomendadas.

Se fosse se basear nos "especialistas" os construtores da Arena teriam erguido um muro de 20 metros de altura, algo maior do que o Trump quer fazer no México.

E esse foi apenas um dos "alertas" dos profetas.

Há poucos dias, a propósito de um Rio 2016 superando expectativas, um colunista lembrou que a mídia estrangeira detonava os Jogos cariocas e agora estar revendo suas opiniões. Talvez o corporativismo e a necessidade de defender o pão de cada dia tenham falado mais alto ao ouvido do jornalista. Ele esqueceu de dizer que foi a mídia nacional, principalmente, que passou anos criticando a Rio 2016. Os correspondentes apenas passaram a retuitar e a potencializar os tais conteúdos. Na maioria das vezes, sem aprofundar uma apuração.

Obviamente, o componente político pré-golpe determinava essa ofensiva contra a Rio 2016, ampliando os problemas que existiam e criando outros quase inimagináveis.

Um  jornal chegou a contratar um estudo com "especialistas" em biologia profunda, para provar que a Baia da Guanabara era uma poça assassina já que incubava pelo menos um vírus mortal.

Barcos dos competidores, diziam outros, se chocariam com carcaças de automóveis, privadas, banheiras e cofres abandonados por políticos e empresários de fino trato antes de diligências da PF

Outro profetizou que neste agosto estaríamos andando nas ruas com burcas higiênicas para nos proteger das nuvens de mosquitos.

Um jornal de SP fez uma visita à piscina olímpica e destacou na primeira página o que considerou relevante: a arena era muito abafada e calorenta. Diante disso, me pergunto porque os nadadores estão usam agasalhos quando não estão na água? Só o jornal que sente estranhos calores pode explicar isso.  

A mídia propagou durante semanas uma "matéria investigativa" sobre uma doença que acometeria cavalos em Deodoro, local das provas de hipismo. A tal ziquizira, dizia o jornal, dizimaria os cavalos que aqui ousassem vir para competir.

Uma autoridade quis interditar o metrô da Barra sob a alegação de que o período de testes era muito curto.

Outro "especialista" dizia que faltariam vagas em hotéis para os visitantes e o Rio teria que contratar uma frota de navios para hospedar a turma que ficaria sem teto hoteleiro.  A esquadra de navios-hotéis não foi necessária e ainda não vi nenhum turista dormindo sob marquises. A não ser um argentino desprovido de grana. Talvez os "especialistas" em hotéis ouvidos pela mídia não tenham sido informados sobre algo como AirBnb e o aluguel informal de apês oferecidos por milhares de cariocas.

O Rio tem tantos problemas, aí incluída a violência presente nesses dias de Jogos como no nosso dia a dia, que nem precisava construir tantas modalidades de caos.

Apesar disso, a Rio 2016 com seus defeitos vai sobreviver ao Rio e o Rio com seus problemas vai sobreviver à Rio 2016.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O Rio como você nunca viu. No site "Scientifantastic", do fotógrafo americano Joe Capra, a cidade viva



Joe Capra, fotógrafo e cineasta que faz ensaios em timelapse e mantém o site Scientifantastic, mostra o Rio como ele é. Trata-se de um compilação de imagens aéreas que flagram a dinâmica da vida na cidade. Pessoas, veículos, barcos em  movimentos intensos mas que parecem até discretos na amplidão da paisagens.
VEJA O ENSAIO, CLIQUE AQUI



E VISITE O SITE E CONHEÇA O TRABALHO DE JOE CAPRA, CLIQUE AQUI

Na capa da Time, Donald Trump derretendo


O candidato Donald Trump começa a cair nas pesquisas. Uma debandada que inclui eleitores e até líderes republicanos. Depois de sugerir que alguém atire em Hillary Clinton e "denunciar" Barack Obama como "fundador do Estado Islâmico", além de praticar racismo nos palanques e acusar minorias com a fúria de um psicopata, Trump começa a desabar. Não dá para comemorar ainda, mas é um alento.
Obviamente, é muito cedo para considerar que o protótipo do fascismo não é mais ameaça: tem forte apoio do eleitorado conservador e isso não é pouca coisa.
A revista Time analisa a atual situação e revela sinais de derretimento da campanha do republicano que há muito deixou de ser folclore para se tornar uma perigosa opção para os Estados Unidos e para o mundo..

O outro lado: "A Baía de Guanabara e o complexo de vira lata no divã"

por Wagner Victer (para o Jornal do Brasil)

O saudoso tricolor Nelson Rodrigues usava com frequência e expressão do "Complexo de Vira Lata" presente em alguns brasileiros e que tem merecido muita reflexão nos últimos dias dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Não falo nem pelo show e o sucesso que aconteceu pela exuberante abertura dos jogos que diziam os complexados que seria um fracasso e “pobre com componentes adquiridos no Saara”, ou um possível espetáculo “mambembe”. O que vimos foi um belíssimo espetáculo que chocou, de maneira positiva, todos que lá estiveram presentes e assistiram pelo TV ao redor do mundo e continuam assistindo nas redes sociais.

No fim de semana passada já havia olhado com certa desconfiança e até com um sorriso de canto de boca como quem vê um constrangido comentarista esportivo fazendo uma análise pós-jogo contraditória  ao seu prognóstico, quando o Jornal Folha de SP fez uma matéria, de página inteira, com atletas internacionais tecendo loas e elogios quanto a qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas. Aquela condição das águas onde acontecerão as competições de remo que parecia derivar até um ato divino e repentino, não era creditado ao trabalho realizado durante seis anos quando no governo Sérgio Cabral/Pezão foi implantado toda uma Galeria de Cintura no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas que foi integrada à construção de oito (8) elevatórias e um moderno Centro de Controle Operacional (CCO) instalado no Leblon  junto a Niemeyer (aliás, com o apoio do Eike), que monitora, online, 200 pontos de possíveis lançamentos nas Galerias  e Águas Pluviais que desembocam na Lagoa Rodrigo de Freitas e na Zona Sul da Cidade do Rio.

Além desse investimento na Lagoa e até como refinamento do trabalho da engenharia foram eliminados lançamentos difusos de esgotos que aconteceriam em outras galerias de águas pluviais da Prefeitura no Jardim de Alah que também impactava a Lagoa e principalmente a Praia de Ipanema, que se tornou balneável de novo.

Diziam os complexados em vira latice que o sistema da Lagoa não iria funcionar!! Pois bem, funcionou, está funcionando, e irá funcionar muito bem durante décadas, apesar de isto obviamente não representar a impossibilidade de que aconteçam novas mortes de peixes que acontecem por outros fenômenos estes sim climáticos, que dificultam a oxigenação da lagoa e proliferação de algas, mas que em nada se relacionam com colimetria, ou seja, com lançamentos de esgotos que existiam por décadas.

Pois bem, hoje (09/08/2016) o jornal O Globo estampa uma matéria de quase página inteira onde os atletas internacionais ficaram, no inicio da competição de Vela, abismados com a “água límpida” nos pontos onde estão acontecendo as provas, inclusive citando que gostariam até de mergulhar na água. Obviamente isto para os complexados foi mais um ato de Deus ou meramente das marés até porque dizem que ele é brasileiro e outros afirmam ser carioca e porque não dizer também que torce para o Fluminense como Nelson Rodrigues!! Ou seja, seria mais um ato do acaso ou das marés e não fruto de um trabalho!!!

Neste cenário da Baía de Guanabara que me motiva escrever esta reflexão, os amigos mais próximos sabem que praticamente nasci na Ilha do Governador, onde vivo desde os 5 anos, e como militante de processos de desenvolvimento do bairro e sempre lutei pela Baía de Guanabara, pois lá moro e vivo sem desconhecer que pela topografia da nossa cidade, que chove muito mais que outras cidades olímpicas como Barcelona, Tóquio, Londres, a Baía é o desague quase imediato de todo o sistema de drenagem de águas pluviais e portanto receptor direto da drenagem de uma região metropolitana que é uma das maiores do mundo e maior em concentração populacional que  muitos países da Europa.

Da mesma forma como engenheiro e morador sempre busquei compreender os fenômenos que levaram a degradação da Baía de Guanabara e logicamente o que deveríamos fazer de concreto para enfrentar estes problemas até porque desta responsabilidade me coube como gestor público e quando falava há quatro anos, o que era comprovado por medidas do INEA, que em função dos investimentos implementados o local onde teríamos as raias de competições olímpicas já estaria nos padrões internacionais para práticas, e muitos diziam ser impossível. Aliás, o Secretario André Correa foi um dos que acreditou quando assumiu a Secretaria, pois nos proporcionou uma cena forte, mergulhou usando camisa pólo no Fantástico no local e não pegou dermatite ou disenterias que inclusive o meu amigo infectologista Edimilson Migowiski me disse que seria improvável pegar e que me ajudou muito a desqualificar os analistas de vírus de plantão para a mídia!!

É importante também frisar que alguns jornais internacionais até recentemente chegaram contratar junto a “renomados pesquisadores” e por uma “Universidade Famosa” do Rio Grande do Sul, um diagnóstico da Baía  de Guanabara identificando um vírus que deveria ser avaliado na análise da qualidade da água ou até na presença de derivados de fármacos como hormônios que sequer existem para avaliação nas normas internacionais para analise para contato secundário como aplicáveis em praias do Mediterrâneo. Outros atletas locais ou pelo Complexo Rodriguiano ou por interesses pessoais inconfessáveis tentaram levar a regata para Búzios, e devem estar agora com dor de cabeça não por seus fracassos esportivos mas pelos resultados já aprovados segundo o Comitê Rio 2016 até pela OMS!!

Devo ser possivelmente um dos últimos remanescentes no Governo do Estado, que faziam parte do grupo que apresentou as propostas nesta área quando ainda éramos Cidade Candidata ao grupo técnico avaliador que veio ao Rio designado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em uma longa reunião no Copacabana Palace. Naquela reunião tudo o que firmamos de compromissos de investimentos, sem exceção, conseguimos implementar e até superamos. Guardo daquele momento junto com o COB, não só a gravata de lembrança que ganhei e que ainda uso, mas os aplausos a toda equipe por uma apresentação técnica, até porque a maior preocupação na ocasião não era nem o esgotamento, era se teríamos água potável em quantidade e qualidade para os jogos, fato que hoje não se fala mais e, aliás,  os aguadeiros da CEDAE já estão até servindo na fila para acesso aos jogos a tradicional “água de bica” da CEDAE isto sem causar nenhuma diarreia, ou seja os gringos estão bebendo água de bica!!

Aliás, este compromisso em despoluir a Baía em 80% para quem participou do Rio Cidade Candidata não existia em qualquer apresentação e só apareceu ao final do texto enviado pelo Governo Federal e sempre estranhei seu registro, pois o compromisso era implementar um conjunto de obras, pois quem conhecia a Baía sabe que por sua complexidade e a própria topografia e dinâmica de marés de entrada e saída de água tem e sempre terá pontos diferentes de melhoria.

Pois bem, mais uma vez se parece se creditar (ou debitar) essa matéria de hoje (veja as fotos abaixo Baia de Guanabara do Caribe) como um ato divino ou climático, ou de vento, que logicamente se relaciona com o lixo flutuante, este sim um grande problema não equacionado, que apesar de ser responsabilidade do conjunto de Prefeituras da Baía de Guanabara, o Governo do Estado desde o início da gestão  Cabral, em 2007, teve postura proativa com a colocação das ecobarreiras e barcos de coletas que apesar de poucos tem sido até então bastante eficientes.

Mas então o que foi feito na Baía de Guanabara nesses anos?

1 - A Estação de Tratamento de Alegria que não funcionava, entrou em operação tratando 2.500 litros em regime secundário. Isto é quase um Maracanã de esgoto a menos que deixa de ser lançado na Baía de Guanabara por dia. Muitos devem se lembrar do famoso lançamento de esgoto onde hoje existe o belíssimo Boulevard Praça Mauá em que as pessoas ficavam em cima da não saudosa Perimetral pescando em uma saída centenária de quase 1.000 litros por segundo que foi eliminada com a implantação do tronco coletor de mais de dois metros de diâmetro tipo um túnel feito com antigo Shield (Tatuzão) de dois metros de diâmetro ligando o Centro do Rio ao Caju por toda Rodrigues Alves. Este Shield era inclusive o recorde na ocasião que foi superado pelo monumental importado da Alemanha para implantar o Metrô para Barra que também para os Complexados não ficaria pronto para os jogos Rio 2016 e pasmem hoje está funcionando!;

2 - Foi colocada em funcionamento a Estação de Tratamento da Pavuna com 1.500 litros por segundo de esgoto que apesar de construída nunca tinha recebido uma gota de esgoto que, aliás, tem uma cobertura de tratamento de esgotos inferior a de capitais fluminenses;

3 - Foi colocada em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgoto de Sarapuí, em Belford Roxo, com 1.500 litros por segundo em regime secundário também construída no passado antes do Governo Cabral/Pezão sem nunca ter recebido uma gota de esgoto. Aliás também ali em Belford Roxo entraram em operação outras estações  de Tratamento que estavam desativadas como Orquidea e Joinville;

4 - Foi colocada em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgoto de São Gonçalo com quase 1.000 litros por segundo em regime secundário que também foi construída no passado sem nunca ter recebido esgoto;

5 - Foram eliminados lançamentos difusos de esgotos no projeto Sena Limpa (com o apoio entusiasmado do Minc então Secretário de Ambiente) em duas praias de grandes influências no local de competição que foram as Praia da Urca e Praia Vermelha, hoje inclusive em quase permanente balneabilidade e onde estão muitos atletas de Vela em instalações militares instaladas com praias quase que particulares;

6 - Foram eliminados grandes lançamentos difusos de esgoto que aconteciam em diversos locais e o bom exemplo é na minha paradisíaca Ilha do Governador (lógico que fiz também para o meu bairro) que eram as famosas 8 línguas negras da Praia da Bica, uma cena dantesca do bairro que foi eliminada junto com os urubus que lá estavam;

7 - Foi eliminado em um trabalho integrado Estado e Prefeitura o aterro (lixão) de Gramacho que lançava milhares de litros de chorume diariamente na Baía de Guanabara, um dos históricos e maiores passivos da Baía e que se considerava impossível de resolver e que corria até o risco de colapsar e se romper do continente!;

8 - Foi realizado a dragagem do Canal do Cunha permitindo a melhor circulação de água dentro da Baía, eliminando “pontos mortos” e permitindo a água circular melhor pela Costa Oeste da Ilha do Governador até o fundo a Baía no trecho que passa pela Praia de Ramos até as Praias de Tubiacanga;

9 - Foi eliminado numa galeria de tempo seco o histórico lançamento de esgoto dentro da Marina da Glória com destinação e bombeio para o Emissário Submarino de Ipanema que também diziam ser impossível de ser eliminados antes dos jogos;

10 – Foram, com muita pressão, e com um Decreto do Governador Cabral obrigando a interligação ao sistema formal de esgoto de muitos clientes públicos que faziam grandes lançamentos na Baía como Arsenal de Marinha (Ilha das cobras) e o Ciaga/Cefan na Avenida Brasil;

Foram dezenas de ações importantes de Engenharia Ambiental, porém citei somente dez ações representativas que estão lá para qualquer um assistir  e constatar sua veracidade e verificar já que não são realidade virtual (ou realidade aumentada) como os Pokemons que hoje invadem nossa cidade. Por isso que a cobertura da Baía de Guanabara com tratamento secundário  quase quintuplicou a partir do inicio do Governo Cabral, em 2007, saindo de pouco mais de 10% para mais de 50%, ou seja, implantamos mais do que em toda história da cidade!

É obvio que o dever de casa ainda não foi finalizado e muitas das ações ainda tem que ser executadas, porém as principais já foram iniciadas e principalmente já possuem funding equacionados, o que vai melhorar ainda mais a Baía, e, portanto ao contrário dos complexados não se perdeu com os jogos uma “oportunidade" e o legado continua e que são:

1 - Finalização da Estação de Tratamento de Esgoto de Alcântara em São Gonçalo já em construção com recursos financiados ao BID que estive inclusive com Governador Cabral e o Pezão no Uruguai liberando esse financiamento;

2 - Construção do Tronco Coletor de Esgotos da Cidade Nova também já licitado e com recursos garantidos pelo BID que reduzirá muitos lançamentos para o Canal do Mangue levando para a Estação de Tratamento Alegria;

3 - Finalização das obras que irão triplicar para 7500 litros por segundo a capacidade de tratamento da Estação de Alegria e com coleta da região da Maré em licitação pela CEDAE. Aliás, isso fará com que o sistema do antigo programa PDBG concebido para tratar 5.000 litros em sistema primário esteja tratando quase quatro vezes mais que o projeto original, já que o atual sistema é com tratamento secundário o que não era previsto no originalmente assinado;

4 - Finalização do Projeto Sena Limpa em Paquetá onde os dutos submarinos já foram lançados e a Galeria do Cinturão implantada faltando apenas a elevatória o que já melhorou. É importante também a finalização do sistema Praia da Bica da Ilha do Governador e que alguns trechos a partir da Praia de São Bento não foram feitos até de integração ao sistema de esgotamento pela obra do Morar Carioca que a Prefeitura está fazendo para a comunidade  da Vila Joaniza e que tem  esta obrigação em licença;

5 - Implementação de melhorias  de fato pela Concessionária Privada (Foz Águas) que atua na AP-5 que ainda pouco fez em relação ao esgoto tratado na sua área que deságua na Baía de Guanabara como Vila Kennedy, Bangu e Deodoro, mas tenho certeza que será feito, pois está no compromisso daquele Consórcio com a Prefeitura.

6 – Implementação pela concessionária privada Águas de Niterói de um programa para que suas estações sejam em curto prazo transformadas para Tratamentos em Sistema Secundário (95% de retirada de carga orgânica), já que algumas ainda fazem Tratamento em Primário (só retiram 40% da carga orgânica) e lançam através de um emissário no meio da Baía de Guanabara;

7 -  Fazer com que importantes clientes em especial públicos que se recusam a se conectar no sistema oficial, como Aeroporto Internacional do Galeão, saiam dessa imobilidade que conseguiram absurdamente na justiça ao meu ver ao arrepio da legislação.

8 - Colocação em funcionamento pelo INEA em parceria com a Prefeitura ou até com a CEDAE, a UTR (Unidade de Tratamento de Rio) Irajá que já está pronta há mais de um ano e tratará 10% da Baia de Guanabara e que trará grande benefício para o fundo de Baía em especial para Costa Leste da Ilha do Governador;

9 – Melhoria do sistema de coleta, retenção de lixo por Prefeituras que reduzirá o lixo flutuante hoje contido pelo Governo do Estado pelas ecobarreiras, este sim é um grande desafio que acho que na capital deveria ser capitaneado por uma empresa exemplar que temos que é a Comlurb;

10 – Parcerias pela CEDAE com a iniciativa privada concedendo o sistema de esgotamento da Baixada Fluminense nos moldes do sistema já adotado pela Prefeitura no Rio de Janeiro para AP-5, aliás, já anunciados pelo próprio Governador Pezão como uma ação estratégica do seu Governo e que acredito que fará!

11 – Implementação de uma solução definitiva e integrada entre CEDAE e Rio Aguas para captação dos lançamentos difusos que saem no Rio Berquó na Praia de Botafogo ao lado da Churrascaria Fogo de Chão, hoje coletados por um sistema de retenção por comportas operadas pela Prefeitura que normalmente as abre todo dia na parte do final da tarde o que ao meu ver não deveria acontecer em momentos secos;

Desta maneira é muito cedo ainda para comemorar e logicamente alguns saquinhos plásticos ainda podem aparecer nas competições de Vela, mas mesmo que não apareçam e como Psicólogo para tratar Complexo Vira Latas não está coberto em plano de saúde, vamos usar a matéria de hoje do jornal O Globo para refletir, pois apesar de temos muito dever de casa ainda, muito foi feito em um grande trabalho em equipe e mais do que em toda história e isto sim é um grande legado e devemos nos orgulhar dele!

Cordiais Saudações Tricolores e Olímpicas,

Eng° Wagner Victer

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A goleira americana Hope Solo pegou a "gripe do frango". Esqueceu de trazer um kit para fechar as pernas...


Reprodução
por Omelete 

Hope Solo, a goleira da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, tem sido alvo constante de vaias cada vez que pega na bola.

É aquele que ameaçou várias vezes não vir ao Rio por temer a zika.

Resolveu vir, mas às vésperas do embarque divulgou o "kit zika" que traria para enfrentar o enxame de mosquitos assassinos que imaginou encontrar nos estádios, nas ruas e na Vila Olímpica.

Aparentemente, até aqui, Hope Solo escapou da doença, mas não da reação da torcida.

Ontem, no jogo contra a Colômbia (2X2), ela papou um mosquitaço, ou melhor, um frangaço humilhante, por baixo das pernas. Ela é candidata ao título, mas as imagens que vão marcar sua visita ao Brasil serão as duas acima. Nem o pódio será mais viral.

As redes sociais deitaram e rolaram.

Mídia estrangeira reclama da vibração da torcida brasileira na Rio 2016. Relaxem... melhor o barulho da galera do que o silêncio diante de manifestações racistas contra atletas. Coisa comum em muito estádios da Europa e dos Estados Unidos...


Brasil na torcida. Foto: Ministério do Esporte
por Flávio Sépia 
A mídia internacional tem criticado o comportamento do público pelo que considera "excessos" ao demonstrar seu apoio aos competidores brasileiros. Vamos com calma. Torcer, cantar e vaiar são atitudes absolutamente normais em esportes que mexem com a emoção.

No calor das disputas, pode acontecer um ou outro exagero. Nada que não possa ser contido.

Durante a largada das provas de natação, que pedem silêncio, o público tem respondido sem problemas ao pedido da fiscal que aciona o alarme de partida. Vaias fazem parte da perfomance dos torcedores no futebol (a seleção brasileira tem sido merecidamente vaiada), do võlei, handebol etc.

Segundo um texto da Reuters, os brasileiros estão vendo os Jogos "como se fosse um Fla X Flu".

É isso mesmo Reuters, estamos em um Fla X Flu. Somos assim. Vibramos, reclamamos, rimos, choramos. Não somos robôs.

Talvez as Olimpíadas na Alemanha nazista tenham sido silenciosas. Mas aqui é Brasil.

Outro repórter reclamou que a torcida faz barulho até durante lutas de boxe. Cara, você já assistiu a uma luta de boxe do MGM, em Las Vegas?

Pra encerrar: é bem melhor o barulho da torcida do que as manifestações de racismo comuns e pouco combatidas em ginásios e estádios europeus.

Ou agressões como certa vez a tenista Serena Williams sofreu na Califórnia.

Ou as manifestações racistas de espanhóis contra Lewis Hamilton, em Barcelona, em 2007, se não me engano.

Ou o recente episódio de racismo vivido pelo campeão de golpe Tiger Woods em turnê europeia.

Portanto, calma aí.

Gringos, curtam o Brasil como ele é e rasguem a fantasia do elitismo.

Viu isso? Foi lançada paródia pornô do Pokémon


VEJA O VÍDEO (É SOFT MAS É PARA MAIORES), CLIQUE AQUI

Trump ameaça: se Hillary for eleita, a solução é dar um tiro nela...


por Jean-Paul Lagarride
Donald Trump alertou seus apoiadores: se Hillary Clinton for eleita e, com isso, ganhar o direito de nomear juízes para a Corte Suprema, a solução é dar um tiro nela.
A ameaça é coisa de psicopata mas combina bem com as ideias e a mente do candidato à Casa Branca.
O programa político do sujeito que pode chegar a comandar a nação mais poderosa do mundo não tem tópicos: tem calibre.
A ameaça repercutiu mal em um país que tem atentados políticos no seu currículo. Quatro presidentes, Lincoln, James Garfield, William McKinley e Kennedy foram assassinados; um candidato a presidente, Robert Kennedy, e um líder nacional contra o racismo, Martin Luther King, igualmente; Reagan foi baleado e sobreviveu a um atentado; a lista ainda inclui líderes comunitários, trabalhistas, militantes negros e ambientalistas.
A meme acima circulou na rede. Nela, à sua maneira, Trump pede apoio. Ele aponta uma pistola para o eleitor e ordena: "Entra aqui, buceta (algo como "entra aqui, caralho"). "Estamos fazendo a América grande novamente".
Agora imagine esse sujeito com a maleta de códigos dos mísseis na mão e o botão nuclear ao alcance de um surto paranoico.

Na capa da Piauí, algemas de ouro...


A cena é impagável. Seria o sonho de milhões de brasileiros. Mas, aparentemente, vai ficar no sonho. Os processos contra Eduardo Cunha, em todas as instâncias, parecem sofrer de paralisia política.
A última manobra dos governistas pós golpe e dos apoiadores do ex-presidente da Câmara é adiar a possível votação em plenário da cassação.
A base do governo tem medo, acredite, que Cunha faça acusações a Temer, mais ainda do que têm feitos os caguetas premiados.

Capa do Meia Hora leva medalha da criatividade...


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Bolt: enquanto a medalha não vem...

 O fenômeno jamaicano Usain Bolt postou a foto acima no Instagram. Mas ele avisa que está concentrado para as provas da Rio 20126. Não nesse preciso momento, claro.

Vôlei feminino: reservas americanas comemoram pontos com dança coreografada

Foto BQVManchete

Em Londres 2012, quando as brasileiras ganharam o ouro no vôlei, as americanas, derrotadas, reclamaram do modo como as meninas do Brasil comemoraram a medalha, com cambalhotas, dança e gritos de guerra.
Na época, uma delas declarou que "as sul-americanas gostam de balançar a bunda".
Pelo visto, ontem, no Maracanãzinho, as americanas resolveram aderir à dança.
A cada ponto da seleção dos Estados Unidos contra a Holanda as reservas (na foto, em primeiro plano, no quadrado, executavam um coreografia ensaiada. Nada contra, a dancinha é até uma atração a mais no ginásio. Ainda mais, com um balanço de bunda ritmado.
Só não vale mais reclamar da alegria das brasileiras.