sábado, 4 de janeiro de 2014

Roda-Gigante na Praia de Botafogo? O mafuá do Tivoli Park que infernizou a Lagoa durante anos começou assim...

Copa do Mundo e Olimpíada são as "boas causas" que podem servir de pretexto para privatização enlouquecida de áreas da cidade. Parquinhos, circo, jaula da mulher-gorila, pula-pula, roda-gigante, churrasquinho na hora, barraquinha de vidente.. pelo jeito vai valer tudo. No embalo dos eventos, a galera pode transformar o Rio em um imenso Largo da Carioca. É só deixar. Pode isso, Arnaldo? O que ninguém sabia (deu na coluna Gente Boa, de hoje) é que caladinho um grupo teria já autorizações para plantar uma roda-gigante de 50 metros até 2016 na bela enseada de Botafogo. Impacto no trânsito, poluição visual, obstrução da vista do Pão de Açúcar, e isso importa? Sem falar no precedente, se uns podem porque não outros? Aguardem Montanha Russa no Aterro, Trem Fantasma no Arpoador, Castelo dos Horrores na Praça Paris, Splash Mountain no Posto Nove e Torre do Terror na Lagoa.

Lembra da cascata de fogos do antigo Méridien? Foi proibida por risco de incêndio. Pois veja o que fizeram nos prédios de Dubai na virada para 2014

Durante anos, uma das atrações do Réveillon de Copacabana foi a cascata de fogos do antigo hotel Méridien, no Leme, no  Rio. Era o grande final do espetáculo da virada do ano. Acabou vetada pelos bombeiros, que alegaram risco de incêndio. Em 2001, as autoridades argumentaram que uma lei de 1991 proibia queima de fogos no alto dos prédios embora a cascata do hotel do Leme tenha acontecido durante vários anos.
Responda você: os bombeiros de Dubai se garantem ou são irresponsáveis? Porque lá, as cascatas envolveram os prédios mais altos do mundo.
Registre-se que nem no Méridien nem em Dubai  houve acidentes.

VEJA O VÍDEO DE DUBAI, CLIQUE AQUI


RECORDE A CASCATA DO MÉRIDIEN,
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Deu no site Adweek: as melhores e as piores capas de 2013... lá fora


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Má notícia para os jornalistas cariocas... "passaralho" sobrevoa o Globo (deu no Blue Bus)

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Vai pra casa, Oswaldo de Oliveira...(Coluna Retratos da Vida, do Extra, descobre que Jeniffer Setti, mulher do treinador, posou para a Playboy)

Quem revelou o fato foi a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra. Jeniffer Setti, a mulher do treinador Oswaldo de Oliveira, posou para a Playboy há 12 anos. Coincidentemente, o tema do ensaio era futebol, em homenagem à Copa de 2002. Ela fazia parte de um "time" de onze garotas. Na época, atendia pelo nome de Jeniffer Helena e tentava a carreira de atriz. O que até aqui era segredo, espalhou-se. Agora até a torcida do Corinthians, rival do Santos, o novo clube de Oswaldo de Oliveira, sabe. Vale lembrar que nos anos 70, a modelo Patti McGuire, casada com o tenista Jimmy Connors, foi capa da Playboy. Conta-se que os adversários costumam provocar e desestabilizar Connors antes das partidas estampando nos vestiários e corredores de acesso às quadras pôsteres da bela cara-metade do tenista, que era nervosinho e, às vezes, acusava o golpe e se estressava. Não que isso vá acontecer com o tranquilo Oswaldo de Souza. Os tempos são outros, menos moralistas.
Jeniffer Setti, com a camisa 11. Reprodução Retratos da Vida

Segundo o Extra, Jeniffer é a garota do alto, bem no primeiro Y de Playboy
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Patti McGuire, casada com o tenista Jimmy Connors, posou para a Playboy. Os adversários do tenista costumavam colar fotos da modelo  nos vestiários e corredores das quadras para deixar o maridão nervoso. 

Patti McGuire foi capa da revista Homem, nos anos 70.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Imprensa livre? Esporte Interativo denuncia lobby poderoso que impede acesso do canal a TV por assinatura


(da redação da JJcomunic)
Recentemente, este blog estranhou que um jogo importante como a final do campeonato mundial de handebol feminino vencido pelo Brasil não fosse transmitida na TV aberta, nem na TV por assinatura. 
O canal Esporte Interativo explica porque as operadoras impedem seu acesso à TV paga. 


VEJA NO PORTAL IMPRENSA CLIQUE AQUI

E LEIA ABAIXO A NOTA DIVULGADA PELO ESPORTE INTERATIVO EM VEÍCULOS COMO A FOLHA DE SÃO PAULO E A REVISTA VEJA. 

“O Brasil inteiro se emocionou com a conquista do título mundial de handebol feminino. Nossas guerreiras fizeram história e o Esporte Interativo transmitiu tudo do seu jeito: com a paixão e a emoção que contagiam os amantes de esportes. Mais de 10 milhões de pessoas assistiram, se emocionaram e celebraram a conquista nas redes sociais. Porém, no último domingo, antes, durante e depois do jogo, houve uma comoção nas redes sociais e uma
pergunta foi feita repetidamente: “Por que os milhões de assinantes da NET e da SKY são privados de assistir a esse e
outros grandes eventos no Esporte Interativo?”
 A resposta é simples de explicar, mas difícil de aceitar. No Brasil não basta ter um canal de esportes que interesse ao apaixonado por esportes. Não basta exibir conteúdos de apelo inquestionável (Mundiais de handebol, judô e taekwondo, Copa do Nordeste, Liga dos Campeões da Europa, Europa League, Eliminatórias de Copa do Mundo, Supercopa da Espanha, Copa do Rei, jogos de Barcelona, Real Madrid, Milan, Chelsea, NFL, MMA, entre
tantos outros). Não basta ter milhares de amantes de esportes, assinantes da NET e da SKY, pedindo todos os dias para que elas ofereçam o Esporte Interativo entre seus canais. No mundo da competição aberta do Facebook, o Esporte Interativo é o canal de esportes mais curtido do Brasil, com 7,8 milhões de seguidores. Ali, a competição é livre e o resultado do jogo é decidido pelo consumidor. Mas no mundo da competição protegida da TV Paga, as duas maiores operadoras do Brasil são vítimas do abuso de poder de um canal rival, que pode vetar a distribuição de canais brasileiros por estas operadoras. Nesse contexto, a lógica se inverte. Quanto mais potencial, quanto mais atratividade tiver um canal, maior a barreira à entrada, maior a tentativa de evitar uma competição livre. Aconteça o que acontecer, o Esporte Interativo, assim como as nossas guerreiras do handebol que acompanhamos por 3 anos, não desistirá. Porque o nosso time tem o que mais
importa: o apoio de dezenas de milhões de brasileiros apaixonados por esportes. Ao contrário, vamos avançar! Em 5 de janeiro lançaremos o Esporte Interativo Nordeste, o primeiro canal regional de TV Paga do Brasil, que já causa furor nas redes sociais e que terá todos os jogos da Copa do Nordeste e de 7 Campeonatos Estaduais pelos próximos 10 anos. Além de continuarmos construindo nosso sonho, esperamos oferecer uma contribuição para que a indústria de TV Paga tenha um funcionamento mais saudável no Brasil e para que as regras de livre concorrência funcionem perfeitamente. Só assim, poderemos ter o resultado decidido por quem de direito: o telespectador.”


ESPN internacional sai na frente e joga no ar o primeiro anúncio sobre a Copa do Mundo no Brasil. Veja o vídeo

VEJA O ANÚNCIO DA ESPN - CLIQUE AQUI
(da redação da JJcomunic)
Visivelmente, há um movimento para politizar a Copa 2014, há colunistas e jornais que pregam explicitamente uma onda de manifestações que deve vir por aí com a porradaria e o quebra-quebra de sempre, dessa vez nas portas dos estádios. Mas, curiosamente, o incentivo da mídia é seletivo. Não vi ninguém pedindo que o MST e a CUT venham para as ruas, nem mesmo os indios, nem o pessoal que protesta contra o uso de animais em labora\tórios sádicos, ou grupos que pedem a democratização da mídia, o fim do financiamento de campanhas eleitoras por empresas, o chamado "suborno antecipado",   etc. Um grande jornal que publicou os pedidos de manifestações como um "desejo de Ano Novo" dos seus colunistas defende hoje em editorial o aumento de passagens de ônibus.  Bom lembrar que os preços das passagens foram um motivados dos protestos. Então, é para ir às ruas ou não? Ou só valem manifestações pautadas? Claro que não, vamos todos pra rua então, há muito contra o que protestar com pauta livre, como o propinoduto do metrô de SP, como mero exemplo. Bom, como povo nas ruas ou não, como quebra-quebra incentivado ou não, vem aí a Copa. Para quem gosta de futebol, é um evento imperdível. O mundo já está entrando no clima. Veja o anúncio da ESPN internacional. É bola pra frente. E anote isso: como tudo foi politizado, há na oposição quem trema como vara verde só de pensar que o Brasil seja campeão. Temem que o governo fature uma eventual vitória do Brasil. E não querem perder a bandeira política de uma eventual derrota. Vai ter quinta-coluna nas arquibancadas, nos bares e nas ruas. 

Na Copa, a vitória da competência. Não da obrigação

por Eli Halfoun
É tempo de falar de Copa do Mundo, o que fará surgirem milhões de técnicos (todo torcedor se considera um técnico melhor do que o Felipão) para determinar a fórmula que dará ao Brasil o tão sonhado hexacampeonato. Não será tão fácil como mostram o otimismo do técnico Felipão e do supervisor Carlos Alberto Parreira. Todos nós torcedores apaixonados acreditamos que o Brasil tem obrigação de conquistar o campeonato mundial porque joga em casa. É bom não esquecer que todas as seleções que participam do campeonato também querem o título e algumas chegam com reais chances de conquistá-lo como, por exemplo, Alemanha, Espanha e Argentina. Há torcedores brasileiros menos otimistas que já apostam que a final da Copa ser entre a Alemanha e Argentina. Continuo apostando no Brasil até porque acho que a vitória é o que se busca em qualquer competição. Como prêmio e não como obrigação. (Eli Halfoun)

Nada de novo para uma velha e desacreditada política

por Eli Halfoun
A eleição que escolherá em outubro o novo presidente, os novos governadores e deputados será, logo depois do carnaval, um dos assuntos mais discutidos do novo ano, que na verdade só é a continuação do que se convencionou chamar de ano velho. Especulações de analistas políticos serão inevitáveis assim como não faltarão severas críticas aos políticos e à política, ambos completamente desacreditados. No Rio, que, segundo pesquisa tem o governo mais impopular do país o ainda governador Sergio Cabral, possível candidato ao Senado, deixará o comando do estado em março não para ser bonzinho com os eleitores que vivem pedindo sua saída, mas sim para abrir espaço para seu vice e candidato à sucessão Luiz Fernando Pezão que, também segundo as pesquisas, não tem chance de eleger-se.  O fato é que até a “palavra final” das urnas surgirão muitos vencedores, muitas soluções para os problemas que se repetem no estado, mas tudo continuará como antes. Mais uma prova de que, a não ser a numeração, o ano novo continua velho, ou seja, raramente tem algo realmente novo e animador. (Eli Halfoun)

O mais importante momento da carreira de Anderson Silva em uma nova luta

por Eli Halfoun
A recente contusão de Anderson Silva é um bom motivo (e momento) para discutir a violência das lutas como esporte. Os mais entusiasmados torcedores de MMA e outras agressões aceitas oficialmente podem argumentar que Anderson Silva foi vítima de uma fatalidade. Foi sim, mas ainda assim é impossível não perceber que lutadores se expõem conscientemente a esse tipo de fatalidade, às vezes até como diz a palavra fatal. Em tidos os esportes existe sempre a possibilidade de uma contusão mais grave, mas em nenhum esporte o competidor sai de cena quase sempre com a cara arrebentada e o físico dolorido.

Nesse momento ninguém pode prever se Anderson Silva voltará a pisar em um octógono. Sua luta agora é para voltar a viver sem medo porque além da dor da violência sempre existirá também a dor emocional da decepção e de uma perda não para o adversário, mas sim para o próprio esporte. Acredito que Anderson Silva deveria usar o grave acidente que quase lhe custou a perna para encabeçar um movimento de profissionais para repensarem as lutas, criar novas regras e o que é mais importante como preservar os lutadores das “fatalidades” de uma violência sempre esperada. Esse pode ser o momento mais importante da brilhante carreira de Anderson Silva. Mesmo que ele não volte a lutar. (Eli Halfoun)

Carrasco promete dois finais nunca vistos para “Amor à Vida”. É claro: se não foram exibidos nunca foram vistos

por Eli Halfoun
No último “Domingão do Faustão”, de 2013, Walcyr Carrasco, o autor de “Amor à Vida” fez o que certamente considera duas revelações fantásticas: revelou que prepara para os personagens César e Felix dois finais surpreendentes, como nunca se viu em novelas. Evidente que nunca se viu: se não foram exibidos não podem ter sido vistos ou o autor acha que os telespectadores usam boas de cristal para acompanhar a novela? Além do mais não há autor de novelas que não prometa final surpreendente para sua trama. É uma “jogada” batida: cria-se mais curiosidade nos telespectadores e se abre espaço para mais especulações o que embora os autores não admitam são fundamentais para criar maiores expectativas em torno dos últimos capítulos que são sempre as mesmas coisas, o que pouco importa desde que a novela chegue logo ao fim e termine com as chatíssimas enrolações. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Imagens de ontem, o primeiro dia do ano

O PRIMEIRO POR-DO-SOL...
...visto do quiósque "Quase Nove".




O PRIMEIRO ALARME FALSO DE 'ARRASTÃO"

O pessoal estava tranquilo na praia quando correu o boato de "arrastão". Pelo menos nas imediações do Posto Nove não havia nada. Mas, na dúvida, muitos correram. Guarda Municipal e, depois, a PM logo apareceram e tudo voltou ao normal.





O PRIMEIRO DIA DE CALOR...

...deixou a Vieira Souto deserta em alguns momentos.

Diga 33? Podia até ser, mas a sensação de calor era muito maior.



Fotos: Gonça

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Copacabana, 2014













Fotos Jussara Razzé

A noite em que enfim o céu é na terra e brilha para todos. Intensamente

por Eli Halfoun
Foram vários os réveillons que passei na praia de Copacabana: alguns por opção (opção praticamente imposta porque eu morava na esquina da Avenida Atlântica) e outras tantas por obrigação profissional para a cobertura jornalísticas do evento. Todo ano fica a sensação de que o espetáculo pirotécnico foi o melhor, mas o próximo show supera o anterior. Será difícil que no final de 2014 o novo espetáculo de pirotecnia venha superar o que se viu nessa virada do ano. Mesmo quem acompanha há anos a chamada queima de fogos foi surpreendido nessa virada do ano com um deslumbrante espetáculo de cor, luxo e extrema beleza. Se os fogos brilham no céu a população brilha na terra fazendo uma festa de alegria e entusiasmo durante seguidos três ou quatro dias até o momento de olhar para o céu e sentir-se realmente abençoado. O espetáculo de barracas erguendo-se na branca areia de Copacabana – mais branca ainda com pessoas vestidas de branco, também é um espetáculo indescritível: em poucos minutos surgem vários “condomínios” na areia a nos mostrar que talvez essa seja uma solução para resolver o problema da moradia com um programa que poderia ser o “minha barraca, minha vida”. Pelo menos no final do ano ninguém fica sem lugar para dormir e comer o farto e diversificado cardápio levado por uns é dividido entre todos. Depois da confraternização de beijos, abraços e deslumbramento é permitido deitar e sonhar no imenso e macio colchão de areia branca que abriga com harmonia todos os corpos, todas as raças e nessa noite em especial todos os sonhos. (Eli Halfoun)

2014 iluminado

Chegou o ano da Copa!

Réveillon 2013/2014 Copacabana

2014

Rio Ano Novo

Chegou!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O crime impune do Bateau Mouche. Foi há 25 anos. No dia 31 de dezembro de 1988, as equipes da Manchete que cobriam as festas da virada do ano foram deslocadas para o cenário da tragédia...

/Manchete: a tragédia na capa que deveria ter sido festiva. 

A Amiga homenageou a saudosa atriz Yara Amaral, vítima do naufrágio. 

Nas edições seguintes, Manchete acompanhou a investigação do criminoso naufrágio e, em custosa produção, foi um dos poucos veículos a colocar fotógrafos com equipamentos e câmeras especiais para documentar o resgate da embarcação no fundo do mar. . 
(da redação da JJcomunic)
Pouco antes da meia-noite de 1988, 153 pessoas navegavam no Bateau Mouche em direção a Copacabana para assistir à queima de fogos. Em vez do espetáculo, encontraram a tragédia a meio caminho, entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca, em frente à Praia Vermelha. A barco navegava com o dobro da capacidade ( a lotação permitida era de apenas 62 passageiros e tripulantes) e ao afundar matou 55 pessoas. À tragédia soma-se, hoje, a vergonha: apenas os três sócios estrangeiros da empresa proprietária do barco foram condenados e, mesmo assim fugiram para a Espanha. Como o Brasil não tinha tratado de extradição com aquele país, ficaram livres. Outros indiciados foram inocentados. Só em 2003 o STJ bloqueou os bens dos condenados. Poucas famílias de vítimas receberam indenizações. Ainda há ações pendentes e o STJ ainda tem na mesa, neste 2013 que chega ao fim, até mesmo recursos pendentes dos condenados.  Nessa luta perdida, as famílias das vítimas e os sobreviventes constataram que um Brasil mais justo e menos vulnerável ao poder econômico também naufragou naquele triste réveillon. Por outro lado, muitos, pelo menos 30 pessoas, devem as suas vidas a tripulantes e passageiros de alguns barcos de pequeno porte e de simples pescadores que ajudaram a resgatar sobreviventes. Se as instituições podem falir e não punem culpados, a solidariedade do povo, que não se omite nessas ocasiões, é um alento a mostrar que nem tudo está perdido.  
Naquele ano, as equipes da Manchete e da Amiga foram a Copacabana cobrir as festas sofisticadas, a comemoração popular, o show de fogos, a devoção dos fiéis a Iemanjá, e a alegria de famosos e anônimos (a outra semanal da Bloch, a Fatos & Fotos, que também historicamente participava dessas coberturas, já estava com a circulação suspensa sendo editada apenas por ocasião do Carnaval).
O naufrágio ocorreu a aproximadamente 15 minutos antes da meia-noite. Só por volta de 1h da manhã, a notícia circulou em Copacabana e parte da equipe de repórteres e fotógrafos foi avisada da tragédia e deslocada para o cais do serviço de salvamento, em Botafogo. 
De festivas, aquelas edições passaram a espelhar uma profunda tristeza.
Que as vítimas estejam em eterna paz.

Deu no Observatório da Imprensa: Gabriel Priolli escreve sobre a sincronia da mídia com PSDB-DEM-PPS

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Há 61 anos, a revista Manchete cobria seu primeiro Réveillon. Veja como o Rio celebrou a chegada de 1953




Páginas reproduzidas da edição número 38 da revista Manchete
(da redação da JJcomunic)
A Manchete chegou às bancas, pela primeira vez, em abril de 1952. O foco da revista era, especialmente no começo da sua trajetória, o Rio. Então capital federal, a Cidade Maravilhosa era a referência nacional. A televisão ainda engatinhava, a Rádio Nacional era a "Globo" da época. A agilidade em mostrar imagens do cotidiano, os eventos, a moda, as tendências de comportamento, o futebol, os fatos políticos, as estrelas de cinema etc, ficava por conta principalmente de O Cruzeiro, da Revista da Semana e alguns cinejornais (que levavam alguns dias para chegar aos cinema). Os grandes diários e vespertinos da época usavam com parcimônia o recurso da foto, até pela qualidade precária de impressão.  Assim, as publicações em rotogravura investiam, com sucesso, no jornalismo ilustrado. Manchete nascia para buscar esse segmento e, pouco mais de uma década depois, superaria O Cruzeiro, então líder nas bancas. A cobertura do Réveillon de 1953 (curiosamente, a revista chamava de "Réveillon de 1952, preferia considerar que a festa era no dia 31, o último do ano) chegou às bancas no dia 3 de janeiro de 1953, na edição de número 38. As reportagens e fotos ficaram a cargo de Darwin Brandão, Yllen Kerr, Aymoré Marella e Antonio Rocha. A equipe se dividiu entre os salões da ABI, o principal baile da virada, a boate Beguin e a praia de Copacabana, onde milhares de pessoas levaram flores para Iemanjá, tradição que persiste. As "celebridades" da época se reuniram no Vermelhinho, em festa organizada por Rubem Braga, Danuza Leão, Santa Rosa, Heitor dos Prazeres e Jacinto de Thormes. Nos salões elegantes, nomes como Darcy Vargas e José Lins do Rêgo eram destacados na reportagem. Um trecho do texto traduzia o clima da virada: "O Réveillon de 1952 no Rio pode não ter sido o mais animado mas foi, sem dúvida nenhuma, o mais quente. O calor (37° à sombra) aumentou o consumo de gelo e o uísque foi mais disputado. Isso nas boites e nas casas particulares. Na rua, o povo saiu pulando, o suór ensopando as roupas. Depois, o refrigerante acabou em em alguns lugares nem mesmo água havia. Mas houve muitas outras coisas diferentes no Réveillon de 52: o aumento de crentes na macumba. O grã-finíssimo smoking quase que desapareceu totalmente. Em seu lugar, os homens grã-finos passaram a usar mesmo foi o sumer mais democrático e menos quente.O carioca encerrou bem o ano 1952 e entrou alegre em 53. Esperando melhor sorte, mais água, mais luz, melhores ordenados, vida mais barata. Seria o caso de concentração de recolhimento. Mas o carioca é alegre e pulou bem. Na avenida houve carnaval autêntico. As escolas de samba desceram dos morros, vieram dos subúrbios com suas pastoras e seus tamborins. Alguns invadiram os salões grã-finos e foram alegrar a festa dos ricos".
Para comparar os tempos, a edição da Manchete, a primeira de 1953, trazia uma capa sobre "Moda Brasileira", uma matéria sobre o promotor Cordeiro Guerra, anunciado como um "colecionador de grades", pela sua "arte de acusar", um reportagem sobre a Rua do Ouvidor ("Quatro Séculos de Tradição"), uma entrevista com Nássara, uma matéria que sob o título "Militares Famosos" perfilava Mascarenhas de Morais, Eurico Dutra, Nero Moura, Eduardo Gomes, Juarez Távora, Cordeiro de Farias, Pena Botto, entre outros. A revista custava 5 cruzeiros e trazia pouco anúncios; Aerovias Brasil, Lâminas Gilette Azul, e produtos de beleza Margareth Duncan.

Que em 2014 os fotógrafos consigam proteger seus acervos. Um exemplo? A foto abaixo, de Paulo Scheuenstuhl, que foi da Manchete, é uma das mais pirateadas do Brasil. Na cara-de-pau, é publicada como "Acervo Pessoal"... Essa aí saiu no site da Trip em artigo de Carlos Nader sobre Nelson Motta

(da redação da JJcomunic)
O fotógrafo Paulo Scheuenstuhl, da Manchete, fez a foto exclusiva para a revista em agosto de 1967. Estão aí os maiores nomes da MPB. O motivo da reunião no terraço da casa de Vinicius de Moraes era, segundo o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", combinar uma campanha para resgatar as marchinhas de carnaval. Com o devido crédito, a foto foi reproduzida entre outras imagens históricas no citado livro lançado pela Desiderata, hoje esgotado e disponível apenas em alguns sites na internet.  Publicada pela Trip (clique AQUI) , até com o diagrama da edição original que identificava os artistas, a foto foi creditada com um genérico "Acervo Pessoal". ena. Fica o registro em apoio a um dos grandes fotógrafos brasileiros. E um adendo: os fotógrafos que trabalharam na Manchete ainda lutam para localizar o acervo que pertenceu à Bloch e que foi leiloado pela Massa Falida da empresa. Eles revindicam informações sobre condições de preservação do material e um contato com o arrematante do arquivo de mais de 10 milhões de imagens. Pela lei, o arrematante é detentor dos direitos patrimoniais, enquanto que pertencem aos fotógrafos os direitos autorais. Em nome da preservação de cenas históricas da vida brasileira, seria bom que 2014 possibilitasse um desfecho mais racional para essa polêmica. A memória nacional agradeceria.