terça-feira, 1 de maio de 2012
Audiência mínima deixa Datena feliz e de pé na Bandeirantes
Para quem esperava audiência zero, o apresentador José Luiz Datena está radiante e surpreso com o índice de 3.0 de público que vem conquistando com o programa “Quem fica em pé?” na Bandeirantes. Datena tem planos mais ambiciosos na emissora, entre os quais o de comandar um programa de auditório ao vivo, o que, aliás, pode vir a acontecer ainda esse ano. O novo “Quem fica em pé?” não tem nada de novo: o mesmo e importado esquema foi utilizado pela Record com o comando de Milton Neves, que não ficou de pé como apresentador na emissora. (Eli Halfoun)
Dança da Galera: o Brasil na ponta dos pés
Mesmo quem não gosta (meu caso) de programas de auditório Não pode deixar de perceber beleza na “Dança da Galera” (Domingão do Faustão), competição que está sem dúvida aproximando o Brasil de todos os brasileiros. A galera mostra o quanto está o brasileiro é esforçado e musical. Reunir mais de mil pessoas em uma coreografia não é tarefa das mais fáceis ainda mais quando agrupa pessoas que certamente nunca experimentaram o “dois pra lá, dois pra cá”. Méritos para a coreógrafa que consegue um verdadeiro milagre e nos brinda com momentos de pura beleza e criatividade. Esse Brasil alegre e bailarino é que precisamos descobrir e valorizar cada vez mais. (Eli Halfoun)
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Da revista Fatos para o mundo: Gabriela Vidal flagrada na internet,...
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| Os "Aguinaltas" Nuno Santos, Susana Rocha, Magdalena Salinas, Aguinaldo Silva, Gabriela Vidal (de vermelho) e Paulo Andrade. Foto de Luiz Ferreira. Reprodução do site Aguinaldo Digital |
Confira no site do Aguinaldo Silva. Clique AQUI
A Fala do Rei
por deBarros
É incrível. Contando ninguém vai acreditar. Jamais poderia passar pela cabeça de alguém que um órgão da cinematografia fosse capaz de voltar seus esforços para acabar com um filme inglês premiado pela Academia de Cinema de Hollywood. Não só acabou com o filme mas acabou – o que foi o pior na minha opinião – com a arte de representar do artista. O filme de que se está falando é "O discurso do Rei " em tradução brasileira, porque na verdade o título deveria ser : "A fala do Rei ".Um jogo de palavras para dizer que o Rei da Inglaterra era gago. Além de não saberem traduzir a intenção do título ainda por cima dublam a fala do filme. Ora, além de intervir na essência da história desse filme, que é criado em cima da língua inglesa falada na Inglaterra, interveem tragicamente na criação do artista, que trabalhou exaustivamente o personagem que iria representar, estudou os seus movimentos e o seu falar, a sua maneira de andar, enfim tudo aquilo que viesse ajudar a ser o Rei Jorge VI, para esse órgão resolver o que? Resolver dublar o filme em língua portuguesa. Nunca houve na história da cinematografia um ridículo tamanho, que um filme premiado, um artista laureado com o maior prêmio do cinema mundial, o "Oscar", fosse ridicularizado e, talvez por isso, telespectadores tenham mudado de canal por não suportarem tanta bobagem. O filme é sobre o som da língua inglesa. Em cima da língua inglesa falada e sua influência no comportamento do povo inglês. Quem não sabe que o inglês, por si só já ser esnobe, se torna mais esnobe e afetado no seu falar. Esse é o jeito do inglês. A grande expectativa do povo inglês não era do conteúdo em si do discurso do seu Rei mas sim de como seria a fala dele se todos no reino Inglês sabiam da sua gagueira. O pior é que em nenhum momento a dublagem idiota conseguiu transmitir a gagueira do Rei.
Ivete Sangalo em Gabriela: versão axé de Maria Machadão é criticada
Figurantes famosos na terceira versão do filme “Homens de Preto”
Nestlé, do Brasil, ganha novo presidente
Paris Hilton badala outra vez no Brasil com festival pop
Livro revela intimidades do lutador Anderson Silva
domingo, 29 de abril de 2012
Assembleia dos ex-funcionários da Bloch decide novos passos rumo à conquista de direitos trabalhistas
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| Os colegas da ex-Bloch reunidos no Sindicato dos Jornalistas na sexta-feira, 27 |
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| Na coordenação dos trabalhos, José Carlos Jesus, Nilton Rechtman e... |
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| Jileno Dias |
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| Na plateia, atenção e expectativa quanto... |
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| a informações sobre ações trabalhistas em andamento. |
Vanity Fair: as belas da TV
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| A Vanity Fair, edição de maio, é dedicada às das séries da TV americana. Na capa, Julianna Margulies (The Good Wife). Claire Danes (Homeland), Sofia Vergara (Modern Family' e Michelle Dockery (Abbey Downton). Reprodução Veja mais. Clique AQUI |
Internet: cuidados com direito autoral, queixas e processos
Leia a matéria completa. Clique AQUI
sábado, 28 de abril de 2012
Revista Manchete, 60 anos esta manhã
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| Capa da Manchete número 1: lançada por Adolpho Bloch, chegou às bancas na manhã de 28 de abril de 1952, há 60 anos |
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| A pagina 3, apresentação do conteúdo da nova revista |
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| Uma das reportagens do número 1: Meneghetti, o ladrão paulista que era uma lenda "romântica" da época |
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| Crônica de Carlos Drummond de Andrade no número 1: o poeta escreveu, emocionado, sobre seu neto |
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| A Câmara dos Deputados no número 1 |
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| Anúncio colorido, uma das modernidades oferecidas pela Manchete em 1952 |
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| Anúncio do Air-Wick |
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| Aparelho de barbear para subsituir as navalhas |
Saiu na coluna do Ancelmo: Muggiati, repórter investigativo...
Papa Bento XVI vem ao Brasil e dispensa encontros políticos
Brasileiro gasta 5 bilhões de reais só para beber
Lady Gaga: a energia que vem de uma chupeta de cristal
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Só uma campanha "Veta, Dilma" derrubará o insano Código Florestal. É a capa da Istoé que chega às bancas amanhã
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Portal IG: novos donos querem TV só de notícias
por Eli Halfoun
quarta-feira, 25 de abril de 2012
ESSE CHAPÉU É UM PERIGO...
GOL À MODA RAMIRES
Ontem, comentaristas esportivos declaram no ar a surpresa por receberem mensagens de muitos brasileiros que torciam pelo Chelsea e vibravam com a eliminação do time do craque Messi. Sem surpresas: foi o exagero e o cansativo e repetitivo deslumbramento diante do argentino que atraiu, diria, uma certa antipatia ao Barça. Mais tietes do que objetivos. Alguém já observou que Messi joga sem marcação especial em pelo menos oitenta por cento dos jogos. É craque e leva boa vida. Reparem. O Chelsea, beneficiado pela vitória no primeiro jogo, armou uma defesa competente - e os ingleses são bons nisso, que o diga Pelé na Copa de 70 -, especialmente depois que ficou com um jogador a menos. Mas a excessiva louvação do argentino continua. Ao ponto de nomearem o belo gol do brasileiro Ramires, um toque mágico de cobertura, como "um golaço à moda Messi". Meio ridículo isso. Pelé, Romário, Zico, Edmundo, e tantos, já fizeram essa moda em centenas de jogos. Outro dia, vi um cara fazer um gol desses no Aterro. Igualzinho. Manera, rapaziada.
NÚMEROS DE SEGUIDORES DO TWITTER SÃO PRETENSIOSOS, FALSOS E MENTIROSOS
UMA CENSURA IMPOSTA EM NOME DA JUSTIÇA
por Eli Halfoun
SE LIGA: FÁTIMA BERNARDES VEM AÍ EM JULHO
por Eli Halfoun
Presentear a mamãe sairá muito mais caro do que você imagina
terça-feira, 24 de abril de 2012
ASSEMBLÉIA DOS EX-EMPREGADOS DA BLOCH EDITORES. A LUTA CONTINUA!
O VERÃO DE KATE MOSS
A cada novo ensaio fotográfico a modelo Kate Moss faz questão de mostrar que está em excelente forma física, como provam as recentes fotos feitas para a capa e miolo da revista “Another Man”. Como é um ensaio de primavera-verão Kate usa e abusa de roupas curtas, além de ensaiar vários tipos de olhares provocantes. Ainda por cima fez uma capa ousada para provar que ainda não sofreu a ação da gravidade. (Eli Halfoun)
...É PRECISO PARECER MINISTRO
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Beatles: Maurício de Souza revela imagens de uma revista em quadrinhos que nunca existiu
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| Adicionar legenda |
De balão, na terra de Jorge...
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| Balões sobrevoam a Capadócia, Foto. J.Esmeraldo Gonçalves |
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| Montanhas e horizonte da Capadócia, terra de São Jorge Guerreiro. Foto: J.Esmeraldo Gonçalves |
Uma aventura na terra de São Jorge. Em outubro do ano passado, o Santo Guerreiro entrou no meu roteiro de viagem. Percorri a região onde nasceu e viveu o capitão do exército romano que se converteu ao cristianismo e desafiou o império. Não vi o santo. Havia muitos cavalos, ainda usados no deserto. Pelo menos um cavalo branco (seria descendente desse aí na ilustração à esquerda?) pastava em um pequeno curral, mas o dragão não estava lá, não na rota dos viajantes e das câmeras fotográficas, que devem incomodá-lo bastante. Infelizmente, a imagem mais próxima de figura passeriforme com traços de icterídea com que me deparei foi a de uma turista brasileira que criava caso por onde passava. Mas até aquela "mala" detestável era insignificante na imensidão da Capadócia, na Anatólia Central, República da Turquia, onde o pensamento voa. Se, por terra, a região impressiona, com suas casas e igrejas escavadas nas rochas, verdadeiras cidades subterrrâneas (na era romana a Capadócia foi abrigo dos cristãos), de cima, a paisagem lunar é deslumbrante. Nas cúpulas das pequenas capelas, sob a rocha vulcânica, há afrescos milenares que mostram a imagem do Guerreiro em traços e cores que o tempo e o vandalismo quase apagaram, bem semelhante ao retrato que chegou aos dias de hoje e, como é de lei, decora paredes em botequins cariocas. Impossível deixar de pensar que naquelas terras nasceu um mito que é venerado por católicos, que é o protetor Ogum ou Oxossi das religiões afro, que é padroeiro em Portugal, Inglaterra, Lituânia, da cidade de Moscou e guerreiro adorado nessa São Sebastião do Rio de Janeiro. Já repararam que é o único santo que o carioca, com intimidade de irmão, chama de Jorge? Pois é, Jorge estará até na Globo! É mole ou quer mais? É fonte de inspiração para a novela "Salve Jorge", de Glória Perez, que terá cenas filmadas na Capadócia e em Istambul. Salve!. Liberdade de expressão é um direito de todos os cidadãos, não apenas da mídia
Bom não confundir "liberdade de expressão" com "liberdade de transação", no caso da comercialização ou divulgação sem regras, ou "liberdade de agressão", tratando-se de ofensas, calúnias ou quadros de programas ditos humorísticos que investem no preconceito e no deboche.
Flamengo em "férias" antecipadas
Provocações antes de jogos decisivos são uma tradição do futebol. Quase sempre, acaba em tiro no pé do provocador. Dessa vez, o "otário" que se deu mal ao tirar onda foi o Wagner Love, que fez piada com o fato de o Vasco poder usar os titulares contra o Flamengo (cinco jogadores estão sob julgamento no TJD mas, como não há sentença, obtiveram efeito suspensivo). Love ironizou, disse que era melhor o Vasco jogar mesmo completo pois assim não teria desculpa diante da derrota. O mais mordido com a provocação foi o Felipe. Que, não por acaso, foi o melhor jogador em campo na vitória do Vasco por 3x2 contra a turma do R-10. Dizem que o Flamengo não vai demitir o Joel porque continua pagando salário a Wanderley Luxemburgo e, por contrato, também será obrigado a remunerar o "papai Joel" até o fim do seu compromisso formal. Ou seja: demitindo o "papai" teria que contratar outro treinador e passaria a pagar salário simultaneamente a três profissionais. Hilário, mas não seria possível. É o que dizem. O motivo? Assim faltaria dinheiro para pagar os pay-per-view para Wagner Love, R10 e patota assistirem ao Vasco pela TV nos próximos 30 dias de "férias" forçadas do Flamengo.
Mas há quem diga que no elenco da Gávea tem uma meia dúzia de jogadores que deram graças a Deus pelas férias que os vascaínos lhes proporcionam.Mais tempo para pagode, cerveja & cia.
Livro mostra que brasileiro usa uma cara em casa e outra na rua
Cerveja é um dos combustíveis financeiros do país
Tema musical de “Cheias de Charme” vira brincadeira na internet
Quando sair da cadeia Cachoeira quer legalizar os bingos
Quando sair da cadeia, o bicheiro Carlinhos Cachoeira já tem plano para executar: lutar pela legalização dos bingos. A informação foi revelada confidencialmente por Andressa, sua mulher. Extra-oficialmente ela também tem garantido que na penitenciária de Papuda, onde está preso, Cachoeira não pode ler jornal ou revistas e muito menos usar tablet ou telefone celular. Depois de tantas e reveladoras conversas grampeadas ele deve mesmo é quer distância de qualquer telefone (Eli Halfoun)
domingo, 22 de abril de 2012
Preciso aprender a votar
Conhece a Melô do Cachoeira?
Eu passo a vida recordando
de tudo quanto aí deixei
Cachoeira, Cachoeira
vim à sessão plenária
p'ra voltar e não voltei!
Mas te confesso na saudade
as dores que arranjei pra mim
pois todo o pranto destas mágoas
ainda irei juntar nas águas
do teu Nextelzim
Meu pequeno Cachoeira
vivo só pensando em ti
ai que saudade dessas terras
entre as termas doce jacuzi onde eu nascí!
Recordo a casa onde eu morava
o muro alto, o laranjal
meu jatinho na primavera
que bonito que ele era
dando sombra no quintal
A minha escola, a minha rua
os meus primeiros madrigais
ai como o pensamento voa
ao lembrar a Terra boa
coisas que não voltam mais!
(Falando)
- Sabe meu Cachoeira,
eu trouxe muita coisa de você, fogão, geladeira
e todas essas coisas me fizeram saber crescer
e hoje eu me lembro de você,
me lembro e me sinto senador outra vez
O Rio de Janeiro que conheci
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| Botafogo. Reprodução Google Maps |
Num restaurante chamado Bismarque – com que no final – na rua São Clemente, Botafogo, num dia do mês de abril, fui almoçar a convite de um velho amigo.
De Niterói, num confortável ônibus “executivo” saí para atender a esse chamado. Para mim foi uma viagem no tempo e por que não no espaço também.
Imagina, passar pela Rodrigues Alves, vendo os hoje envelhecidos e abandonados armazéns do cais do porto, que muitos anos atrás, pelas manhãs, ficavam cheios de estivadores aguardando serem selecionados pelos representante dos seus Sindicatos para trabalharem nas cargas e descargas dos navios atracados no cais.
Me lembrei que da Ponte, quando de carro por ela passava, rumo à redação da Manchete, onde trabalhava, pude acompanhar o nascimento do novo porto de container, bem ao lado desse viaduto fantástico que liga Niterói ao Rio, que iria, mais tarde, acabar com o velho Porto do Rio de Janeiro e como consequência uma tragédia maior: extinguir a figura do estivador. O progresso cobra o seu preço. Com esse novo porto, um homem só, no comando de um poderoso guindaste, em poucas horas, carrega e descarrega centenas de containers em um navio.
Da Rodrigues Alves o ônibus entrou numa rua que no fim contornando a igreja do Santo Cristo subia um outro viaduto que passava por cima da Presidente Vargas, e dele vi os novos prédios que surgiram nesses últimos anos – mas o velho “treme-treme”, firme e poderoso cheio de histórias para contar, ainda estava lá – para logo mergulhar no túnel Santa Bárbara reaparecendo nas Laranjeiras, na Praça José de Alencar, entrando na Marquês de Abrantes para romper mais adiante na Praia de Botafogo.
A velha Praia de Botafogo com seus enormes canteiros de grama e os monumentos como a escultura de uma jovem mãe deitada no chão acalentando seu bebê além de outras estátuas compunham o ambiente emoldurado ao fundo pela enseada de Botafogo e o Pão de Açúcar.
Nunca entendi, desde o tempo do bonde, quando por ali passava, o porque da estátua de um índio Pele Vermelha com seu “tomawak” atacando um leão da Montanha. Por que índio norte-americano?
O “Manequinho”, o menino fazendo xixi ainda estava no mesmo lugar, desta vez sem a camisa do Botafogo. Velho reduto botafoguense, com sua sede e campo de futebol bem perto mas que achei um pouco triste a sacro santa arena alvinegra.
Infelizmente, o “executivo” não fez o seu trajeto pela Praia do Flamengo, onde a “nação rubro negra” tinha a sua velha sede e não pude rememorar as comemorações dos tricampeonatos conquistados por esse meu glorioso clube.
Foram imagens do meu passado que acordaram na minha memória dentro do ônibus em que viajei de Niterói até ele me deixar em frente ao restaurante Bismarque, na rua São Clemente, em Botafogo.
Nas poucas vezes que fui a esse restaurante almoçar ao ler o seu nome da porta, sempre me vem à memória a célebre batalha naval da esquadra inglesa contra navios de guerra da Alemanha Nazista, que acabou com o afundamento do maior encouraçado do mundo e a frase com que Winston Churchil, Primeiro Ministro Britânico, fez marcar esse feito com a frase que se tornou famosa: “Sink the Bismark”, “Sink the Bismark”: “Afundem o Bismark”, “Afundem o Bismark”.
A Coroa Britânica afundou o “Bismarck”.
Não, não bebo mais apesar do tentador pedido do vinho “Piriquita” que sempre faz o meu amigo para acompanhar o seu almoço. Fiquei na Coca-Cola mesmo.
A volta foi mais enternecedora ao pegar o metrô na estação Botafogo a poucos metros do “Bismarque”. Apesar das modificações com a criação da linha 2, tudo continuava o mesmo. Saltando na estação Largo da Carioca, me vi diante do Edifício Central – onde às vezes almoçava no Bob’s saboreando um suculento “Hot Dog” – e atravessava seus corredores da Rio Branco para o Largo da Carioca, que conheci quando era chamado de “Tabuleiro da Baiana”. Por que era assim chamado até hoje não sei.
Atravessei a Rio Branco e cheguei na velha rua São José. Ah!, rua São José da minha adolescência. Das minhas voltas noturnas das baladas a caminho das Barcas. Dos seus restaurantes e lojas comerciais que abertos durante o dia enchiam a rua de pessoas que iam e vinham falando, olhando, comprando e pra casa se dirigiam. Ah!, rua São José dos meus flertes e amores.
Hoje, na rua São José, onde é o Edifício De Paoli, existia um restaurante que ficava aberto durante toda a noite e varava madrugada. Era onde, voltando das “boites” em Copacabana e dos ccabarés da Lapa tomava a sopa de “Canja de Galinha” ou a de “Caldo Verde”. Então a noite ficava completa e só restava pegar a velha barca e ir para casa
Antes passei pela rua da Assembléia, caminho que tomava muitas vezes, quando resolvia jantar no restaurante especializado em galetos na brasa. Gostava mais da rua São José. Achava mais animada, mais alegre. A rua da Assembléia era para mim um pouco triste.
Precisava voltar para casa e no terminal Menezes Cortes, não tão antigo, que lembranças maiores trazia mas também não tão novo que não deixasse suas marcas, peguei o “executivo” e através da Graça Aranha, velho caminho onde em um dos seus prédios trabalhei em uma agência de publicidade, e bem moço ia aos bailes de formatura no Ginástico Português. Quantos bailes ao som de orquestras famosas dancei nesse Ginásio. Mas o bailes maiores e mais quentes eram no salão da Galeria dos Empregados do Comércio, com a Orquestra Tabajara de Severino Araújo, e o seu famoso “Crooner”, Jamelão.
Da Graça Aranha o “executivo” pegou a Avenida Beira Mar e contornando o viaduto do aeroporto chegou na Perimetral. Dela pude ver a Estação das Barcas, na Praça XV, onde tantas e tantas vezes embarquei e desembarquei nas barcas e hoje ostenta, nessa histórica praça, a estátua equestre de um rei, que um dia, fugindo do seu reino, veio se refugiar na então colônia que se chamava Brasil.
Perimetral, viaduto que hoje querem implodir, em nome de uma estética urbana mas que é o caminho mais rápido para se para chegar a Avenida Brasil e a Ponte. Por que essa febre de apagar o passado? Por que não manter esse caminho que a tantos tem servido e bem servido levando para casa homens e mulheres cansados depois de um dia de trabalho? Tradição não se apaga. Se mantém e conserva.
O “executivo” desceu da Perimetral na altura da Candelária e para minha alegria entramos na Presidente Vargas. Avenida, ainda em obras, que um dia vi desfilar – pendurado em um dos seus postes – os pracinhas brasileiros que voltavam da Itália, dos campos de batalha da Europa. O imponente e clássico prédio do antigo Ministério da Guerra fazendo sombra ao edifício da Central do Brasil. A Praça Onze dos Carnavais do meu tempo coroada pelo Busto de Zumbi dos Palmares. Os velhos casarões do Mangue”, das putas e polacas, importadas pela “Zig Migdal”, que hoje não existem mais, destruídos pelas imobiliárias e construtoras. Logo depois a casa do Relógio, o Viaduto dos Marinheiros e em seguida a Francisco Bicalho, a velha estação da Leopoldina tendo à sua frente o Canal do Mangue então à descoberto com seu cheiro pútrido poluindo o ar. Logo o ônibus “executivo” subia o viaduto do Gasômetro, cartão postal que marcava o limite da cidade com o início do subúrbio do Rio de Janeiro. Eram enormes balões de gás, que um dia, “nacionalistas extremados” quiseram explodir. Não explodiram, mas anos mais tarde esses enormes balões prateados foram demolidos. Mais uma imagem que marcava a entrada do Rio foi riscada do mapa e entrei na Ponte.
Estava chegando em casa. A viagem através do tempo terminava. Obrigado meu amigo por me ter tirado da concha onde estava escondido e ao meu passado voltado.
Sei que aquele época não volta mais mas na minha memória permanecerá para sempre o Rio de Janeiro dos meus tempos.
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| Rua São José, Barcas. Centro do Rio. Reprodução Google Maps |



































