por Gonça
A matéria do Fantástico flagrando a corrupção ao vivo e em cores foi um perfeito exemplo do legítimo jornalismo investigativo. Sem conotação de matéria política de "oposição" ou "situação", rotúlos que só favorecem os corruptos e acabam desqualificando muitas denúncias, a reportagem do jornalista Eduardo Faustini foi de alto interesse social. Revelou como funciona um "esquema" do qual, claro, se tem notícia, mas nunca assim, às claras, com a overdose de cinismo dos empresários envolvidos. Claro que o "esquema" identificado no Rio é padrão em muitos estados e municípios, governados por seja lá que partido for. A corrupção é endêmica. Nos últimos anos, a Polícia Federal desvendou o crime organizado em diversos setores. Há políticos de um lado e empresários do outro, grandes e pequenos empresários que geralmente são poupados até na exposição à mídia. Há várias lições a extrair. Uma delas, quanto à onda de terceirização desregrada, um dos instrumentos neoliberais, ao lado das privatizações, para o sonhado desmonte do Estado. É prática geral hoje e que parece passar longe de qualquer fiscalização. Governantes pregam a terceirização como uma forma de baixar custos. Falso. Quase sempre transfere recursos públicos para bolsos privados. Um exemplo recente? Uma empresa terceirizada contratada para fazer a manutenção de um frota de carros pública, no Rio, superfaturou tanto que o dinheiro desviado daria para repor toda uma frota nova de veículos. Há casos em que a terceirização se justifica, há casos em que representa custo maior. E é óbvio também que há centenas de empresas de serviços honestas. Mas não essas que se aproximam de políticos em geral, até financiam suas campanhas e ganham contratos privilegiados. A prppsito, o avanço exagerado da terceirização do setor público está diretamente ligado a essa "retribuição" devida pelo político àquele que abasteceu seu caixa de campanha.
Não foram poucas as empresas privadas que desmontaram setores inteiros e o entregaram a terceirizadas para descobrir, depois, que as despesas cresceram em vez de diminuir. Também são frequentes os casos de processos trabalhistas contra empresas terceirizadas que deixam de cumprir suas obrigações e com pepino das indenizações sobrando para o contratante, seja público ou privado. Outra lição a tirar do episódio relatado pelo Fantástico é quanto à atuação da Justiça. Normalmente, passada a indignação e a repercussão, os acusados são liberados, processos são arquivados e os envolvidos, como ficou demostrado agora, partem para novas operações ilegais. Dá a impressão de que a polícia e a sociedade estão engajadas na luta contra a corrupção mas parte do judiciário ainda não se motivou a fazer uma cruzada contra essas figuras. Quando da conhecida Operação Mãos Limpas, na Itália, o governo, por exigência da sociedade, criou uma força-tarefa de policiais, investigadores, juízes e promotores. Isolou os corruptos, buscou nas instituiçõe aqueles fichas-limpas e deu-lhes condições para agir. E, também lá, a luta continua. Hoje mesmo o Globo noticia uma ação da polícia contra magistrados que vendiam sentenças para a máfia.
A desfaçatez dos empresários mostrada no Fantástico só prova que essa turma tem costas quentes. Muito quentes.
Do ponto de vista jornalístico, outra observação a fazer: esse tipo de matéria investigativa praticamente sumiu do Jornal Nacional, que em outrtas fases marcou muito pontos nessa área. O Fantástico, programa de variedades, se destaca nesse segmento. E não é de hoje. O programa de domingo sempre levanta boas pautas na linha investigativa.
terça-feira, 20 de março de 2012
Raul Gil: uma lição de respeito aos calouros. A televisão precisa aprender
por Eli Halfoun
Programas de auditório sempre foram vistos com restrições pela crítica que os considera fora de moda e, na maioria das vezes, apelativos. Programas de auditório jamais sairão da moda e com eles os programas de calouros que supostamente procuram dar espaço para novos talentos, o que nunca aconteceu em grande escala. Duvido que alguém aponte um canto ou cantor de sucesso que tenha sido lançado e projetado por um programa de calouros (não vale quem consegue cantar fazer um showzinho aqui, outro ali). Nem por isso os programas deixam de ser importantes na medida em que ainda abrem espaço (pelo menos uma vez) para muitos sonhadores artísticos. Programas de calouros têm lugar cativo na televisão principalmente porque costumam ser de baixo custo de produção e que tem como “arma” o poder de fazer com que o público se transforme em torcedor e em crítico, escolhendo esse ou aquele candidato. A história da televisão brasileira está repleta de programas de calouros e nela cabe lugar de destaque para o “Programa Raul Gil” que sempre buscou encontrar calouros talentosos e não competidores que transformem o programa em um grande desrespeito e um humorístico de mau gosto. O “Programa Raul Gil” leva a sério o critério de entregar ao público e ao júri candidatos que se não chegarem a ser artistas de sucesso pelo menos podem mostrar (nem que seja uma única vez) que sabem cantar, inclusive tendo de enfrentar a opinião de jurados que ali estão muito mais para encontrar defeitos do que para reconhecer virtudes. Essa questão de jurados sempre foi complicada já que as opiniões são divergentes (só funciona se for assim) e de uma enorme responsabilidade se levarmos em conta que uma crítica mais contundente pode fazer um iniciante de talento desanimar de continuar tentando realizar seu sonho artístico. Nesse tipo de competição vocal e musical desistir também faz parte do jogo, mas estar consciente de que insistir é fundamental para quem quer seguir em frente. (Eli Halfoun)
Programas de auditório sempre foram vistos com restrições pela crítica que os considera fora de moda e, na maioria das vezes, apelativos. Programas de auditório jamais sairão da moda e com eles os programas de calouros que supostamente procuram dar espaço para novos talentos, o que nunca aconteceu em grande escala. Duvido que alguém aponte um canto ou cantor de sucesso que tenha sido lançado e projetado por um programa de calouros (não vale quem consegue cantar fazer um showzinho aqui, outro ali). Nem por isso os programas deixam de ser importantes na medida em que ainda abrem espaço (pelo menos uma vez) para muitos sonhadores artísticos. Programas de calouros têm lugar cativo na televisão principalmente porque costumam ser de baixo custo de produção e que tem como “arma” o poder de fazer com que o público se transforme em torcedor e em crítico, escolhendo esse ou aquele candidato. A história da televisão brasileira está repleta de programas de calouros e nela cabe lugar de destaque para o “Programa Raul Gil” que sempre buscou encontrar calouros talentosos e não competidores que transformem o programa em um grande desrespeito e um humorístico de mau gosto. O “Programa Raul Gil” leva a sério o critério de entregar ao público e ao júri candidatos que se não chegarem a ser artistas de sucesso pelo menos podem mostrar (nem que seja uma única vez) que sabem cantar, inclusive tendo de enfrentar a opinião de jurados que ali estão muito mais para encontrar defeitos do que para reconhecer virtudes. Essa questão de jurados sempre foi complicada já que as opiniões são divergentes (só funciona se for assim) e de uma enorme responsabilidade se levarmos em conta que uma crítica mais contundente pode fazer um iniciante de talento desanimar de continuar tentando realizar seu sonho artístico. Nesse tipo de competição vocal e musical desistir também faz parte do jogo, mas estar consciente de que insistir é fundamental para quem quer seguir em frente. (Eli Halfoun)
NBC lança e-books com programas e séries antigas
por JJcomunic
A NBC criou uma editora de e-books, a NBC Publishing, para lançar no mercado conteúdos de programas antigos. Pretende fornecer material livros carregados de vídeos para tablets e e-readers. A rede americana dá um bom exemplo para a Globo, Record (que ainda tem em arquivos imagens históricas), Canal 100, Cinédia e tantos outras empresas que detém parte da memória visual do país.
A NBC criou uma editora de e-books, a NBC Publishing, para lançar no mercado conteúdos de programas antigos. Pretende fornecer material livros carregados de vídeos para tablets e e-readers. A rede americana dá um bom exemplo para a Globo, Record (que ainda tem em arquivos imagens históricas), Canal 100, Cinédia e tantos outras empresas que detém parte da memória visual do país.
Carnaval de 1954: o Rio como ele era...
por Gonça
José Carlos Jesus, que coordenou muitas coberturas de Carnaval para a Manchete, Fatos & Fotos e Amiga, grande amigo da turma do blog, envia um link imperdível para um documentário sobre o carnaval carioca de 1954. Cenas do Rio, do velho Santos Dumont, de aviões da Panam, da folia na Rio Branco, escolas de samba e desfiles das alegorias das Grandes Sociedades. Imagens e sons de um época.
Veja o filme. Clique AQUI
José Carlos Jesus, que coordenou muitas coberturas de Carnaval para a Manchete, Fatos & Fotos e Amiga, grande amigo da turma do blog, envia um link imperdível para um documentário sobre o carnaval carioca de 1954. Cenas do Rio, do velho Santos Dumont, de aviões da Panam, da folia na Rio Branco, escolas de samba e desfiles das alegorias das Grandes Sociedades. Imagens e sons de um época.
Veja o filme. Clique AQUI
Uma homenagem para Tonia Carrero. Em vida
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Tonia e Anselmo Duarte: cena do filme "Tico-Tico no Fubá". |
“Se tiver que fazer por mim que faça agora” – o trecho de um dos mais bonitos sambas de Nelson Cavaquinho é sem dúvida a melhor definição para essa digamos inconcebível tradição de só se homenagear as pessoas depois de mortas, quer dizer quando elas não participam da homenagem. Nesse momento em que escolas de samba e programas de televisão prestam homenagens aos nossos falecidos artistas (Dercy Gonçalves, Mário Lago e Luiz Gonzaga, entre outros) talvez seja uma boa homenagear os que estão entre nós e que foram importantes para a construção de nossa cultura. É, entre muitos outros, o caso de Tonia Carrero. Nossa mais bela atriz está com 90 anos e embora presa a uma cadeira de rodas permanece completamente lúcida, ou seja, em condições de receber e participar de uma homenagem ainda
Patrícia Abravanel: um vôo arrojado com as próprias asas
por Eli Halfoun
Comparações são inevitáveis e cruéis quando um filho decide seguir por talento ou influência a mesma profissão do pai. Em qualquer trabalho seu desempenho é sempre comprado ao do papai, o que muitas vezes a limita a ação e ascensão individual de um jovem iniciante, seja cantor, ator, o que for. Até o jovem conseguir impor sua presença individual será sempre reconhecido como o "filho de fulano", embora, como diz meu filho, talento não seja hereditário. Não foi diferente quando Patrícia Abravanel resolveu encarar a carreira de apresentadora. No início, podia parecer apenas uma brincadeira para agradar o papai Silvio Santos. Patrícia sabia que as comparações e a desconfiança de que estaria sendo protegida pelo pai seriam constantes. Mesmo assim ela seguiuem frente. Hoje deixou de ser a “filha de Silvio Santos” para impor sua presença e talento como uma apresentadora competente, carismática e que tem dado recado direito. Conquistou um ainda pequeno mas merecido espaço. Agora Patrícia terá de enfrentar outra barra difícil: mostrar que não chegou para ser a substituta de Silvio Santos e nem foi preparada em casa para isso. Entrou na carreira porque gosta e sem qualquer pretensão de um dia ser a substituta de seu pai, ainda o maior e mais importante apresentador da nossa televisão. Ainda que sofra a influência profissional do pai (todos os apresentadores são ou foram influenciados por Silvio Santos) Patrícia está mostrando que descolou as asas que estavam coladas nas do papai e tem todas as condições de voar sozinha. Como está fazendo e muito bem. (Eli Halfoun)
Comparações são inevitáveis e cruéis quando um filho decide seguir por talento ou influência a mesma profissão do pai. Em qualquer trabalho seu desempenho é sempre comprado ao do papai, o que muitas vezes a limita a ação e ascensão individual de um jovem iniciante, seja cantor, ator, o que for. Até o jovem conseguir impor sua presença individual será sempre reconhecido como o "filho de fulano", embora, como diz meu filho, talento não seja hereditário. Não foi diferente quando Patrícia Abravanel resolveu encarar a carreira de apresentadora. No início, podia parecer apenas uma brincadeira para agradar o papai Silvio Santos. Patrícia sabia que as comparações e a desconfiança de que estaria sendo protegida pelo pai seriam constantes. Mesmo assim ela seguiu
Televisão usa como arma de audiência o jornalismo que sempre condenou
por Eli Halfoun
A televisão e seus artistas sempre acusaram a imprensa de invadir suas privacidades e fazer do disse me disse um tipo de jornalismo condenável (o que absolutamente não é se for praticado com competência e respeito). Revistas queu fazem da cobertura artística o seu segmento sempre foram criticadas e chamadas pejorativamente, como se isso lhes diminuísse a importância, de “revistas de fofocas”, que, aliás, fazem sucesso em todo o mundo. Hoje esse bem sucedido tipo de jornalismo passou a ser chamado de ”revistas de celebridades”, o que convenhamos não mudou absolutamente nada embora todas as revistas do tipo realmente tenham melhorado muitoem qualidade. O noticiário-fofoca (na verdade qualquer notícia não deixa de ser uma fofoca) alimenta todos os setores da vida e está no interesse e na imaginação de todo tipo de leitor, mesmo o que jamais admite gostar de um bom mexerico. Estranho é constatar que as sempre condenadas "revistas de fofoca" acabaram ganhando um grande espaço na mídia eletrônica, ou seja, a mesma televisão que hoje deita e rola no noticiário-fofoca. TV Fama (Rede TV), “Muito +” (Bandeirantes) “Vídeo Show” (Globo) são os que podemos chamar de "revistas de fofocas" modernas, que abrem espaço em quase todos os programas de todas as emissoras. Resumindo: televisão e artistas falaram demais cuspiram para o alto e hoje estão comendo fartamente no mesmo prato. (Eli Halfoun)
A televisão e seus artistas sempre acusaram a imprensa de invadir suas privacidades e fazer do disse me disse um tipo de jornalismo condenável (o que absolutamente não é se for praticado com competência e respeito). Revistas queu fazem da cobertura artística o seu segmento sempre foram criticadas e chamadas pejorativamente, como se isso lhes diminuísse a importância, de “revistas de fofocas”, que, aliás, fazem sucesso em todo o mundo. Hoje esse bem sucedido tipo de jornalismo passou a ser chamado de ”revistas de celebridades”, o que convenhamos não mudou absolutamente nada embora todas as revistas do tipo realmente tenham melhorado muito
segunda-feira, 19 de março de 2012
Filme “Santos, 100 anos de Futebol Arte” tem pre-éstreia marcada para 27 de março em São Paulo
Para comemorar os 100 anos do Santos Futebol Clube, a produtora Canal Azul, em coprodução com a ESPN e o Grupo Bandeirantes de Comunicação, lança o filme “Santos, 100 anos de Futebol Arte” no dia 14 de abril - data em que o clube completa 100 anos. O filme tem direção e roteiro da cineasta Lina Chamie com produção de Ricardo Aidar. “Santos, 100 anos de Futebol Arte” contou com mais de um ano de pesquisa em acervos no Brasil e no exterior e ajuda a entender a projeção internacional que o clube obteve na era Pelé e que permanece em sua história até hoje. A narrativa é conduzida através da paixão e admiração dos seus torcedores por um clube que conquistou uma torcida 15 vezes maior que a população da sua cidade, além de ser considerado o time que mais marcou gols na história do futebol mundial. Para o produtor Ricardo Aidar, o Santos é um time mágico, quase sobrenatural com uma história coberta de glórias. “O Santos teve o maior jogador da história, parou uma guerra e foi o primeiro time do planeta a conquistar um bicampeonato mundial. Tem uma torcida que se espalha por todos os cantos da terra. Para o Canal Azul é uma grande honra produzir este filme”, enfatiza o produtor. Com 93 minutos, o longa traz depoimentos emocionantes de ídolos como Pelé, Robinho, Diego e Neymar, além de entrevistas com torcedores famosos como a jornalista Barbara Gancia, o apresentador Marcelo Tas, os escritores José RobertoTorero, José Miguel Wisnik e Xico Sá, além do rapper Mano Brown que “contracena” com Cosmo Damião, fundador da torcida jovem do Santos. A trilha sonora que embala as imagens é composta por nomes como Bee Gees, Pink Floyd, Prodigy e Darius Milhaud.
O filme é patrocinado pelo Carrefour e Besni, com o apoio cultural da Netshoes e Tenys Pé Baruel. Direção e Roteiro: Lina Chamie; Produção: Ricardo Aidar e Katia Lund; Produção-executiva: André Canto e Sylvio Rocha; Montagem: Ricardo Farias; Fotografia: Miguel Vassy; Coprodução:ESPN e Grupo Bandeirantes de Comunicação; Realização: Canal Azul. O filme sobre o centenário do Santos é o primeiro de uma série sobre o clube. “Meninos da Vila - a Magia do Santos” será dirigido por Katia Lund e já está em fase de produção e “Santos de todos os gols”, previsto para 2014, completam a trilogia produzidas pelo Canal Azul.
Visite o site do filme e veja uma entrevista com a diretora Lina Chamie. Clique AQUI
Relembre alguns gols de Pelé, a maioria com a camisa do Santos. Clique AQUI
Fonte: Rafael Miramoto, Assessor de Imprensa do Santos FC
O filme é patrocinado pelo Carrefour e Besni, com o apoio cultural da Netshoes e Tenys Pé Baruel. Direção e Roteiro: Lina Chamie; Produção: Ricardo Aidar e Katia Lund; Produção-executiva: André Canto e Sylvio Rocha; Montagem: Ricardo Farias; Fotografia: Miguel Vassy; Coprodução:ESPN e Grupo Bandeirantes de Comunicação; Realização: Canal Azul. O filme sobre o centenário do Santos é o primeiro de uma série sobre o clube. “Meninos da Vila - a Magia do Santos” será dirigido por Katia Lund e já está em fase de produção e “Santos de todos os gols”, previsto para 2014, completam a trilogia produzidas pelo Canal Azul.
Visite o site do filme e veja uma entrevista com a diretora Lina Chamie. Clique AQUI
Relembre alguns gols de Pelé, a maioria com a camisa do Santos. Clique AQUI
Fonte: Rafael Miramoto, Assessor de Imprensa do Santos FC
Charlize Theron é a rainha má na nova versão de Branca de Neve
A beleza como fonte de poder. É a razão da pergunta da rainha ao espelho. Charlize Theron no papel da poderosa que persegue Branca de Neve por temer que seja mais bonita do que ela. No papel de Branca de Neve, Kristen Stewart. Dessa vez, o espelho mágico errou. A bela Charlize dá de goleada na Kristen Stewart. A nove versão do filme, que se chama "Branca de Neve e o Caçador", tem mais ação do que emoção. Veja o trailer. Clique AQUI
domingo, 18 de março de 2012
Garota de Ipanema, 50 anos
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Na reprodução (Globo de hoje), Helô Pinheiro, em foto de Milan Alram na Praia de Ipanema, 1965 e... |
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...atravessando a Vieira Souto (Reprodução). |
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Na capa da Fatos&Fotos em 1962, foto de Hélio Santos. Ainda não identificada como a inspiradora da canção "Garota de Ipanema". |
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Tom e Vinicius em foto de Paulo Schneustuhl para a Manchete. Reprodução do Globo. |
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A garotna cinquentona é tema de matéria de joão Máximo no Globo de hoje |
A garota carioca mais cantada no mundo é cinquentona. O Globo de hoje publica uma matéria de João Máximo que conta a histórias e as histórias da canção e da musa Helô Pinheiro, que inspirou Tom e Vinicius. A "Garota de Ipanema" correu o muindo nas vozes de Dick Farney, Pery Ribeiro, Tim Maia, Elis, Nara Leão, Frank Sinatra, Nat King Cole, Steve Wonder, Ella Fitzgerald, Sara Vaugham, Amy Winehouse e centenas de cantores e idiomas. A música foi composta no primeiro semestre de 1962, mas só em 1964, a canção ganhou asas e e a garota globalizou-se. E aí a menina que a inspirou virou um alvo dos jornalistas. Curiosamente, Heloísa Eneida foi capa da Fatos&Fotos, aos 19 anos, em 1962, em uma matéria que não a relacionava com a canção. Era apenas "Helô, a garota de hoje", uma menina linda, de olhos azuis, cabelos pretos, que ilustrava uma reportagem de Ronaldo Bôscoli, fotografada por Hélio Santos, sobre comportamento e atitudes da nova geração de cariocas. Morava na rua Montenegro e costumava passar na calçada diante do bar Veloso. Só em setembro de 1965, Vinicius deu a pista da para a Manchete, que finalmente mostrou as linhas e curvas, nome e sobrenome da bela musa. Anos depois, o poeta escreveu um texto para Helô. Leia, abaixo, retirado do site oficial da Garota de Ipanema:
"Seu nome é Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mas todos a chamam de Helô.
Há três anos ela passava, ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, em demanda da praia, e nós a achávamos demais. Do nosso posto de observação, no Veloso, enxugando a nossa cervejinha, Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa.
O ar ficava mais volátil como para facilitar-lhe o divino balanço do andar. E lá ia ela toda linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial do seu balanceio quase samba, e cuja fórmula teria escapado ao próprio Einstein; seria preciso um Antônio Carlos Jobim para pedir ao piano, em grande e religiosa intimidade, a revelação do seu segredo.
Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez de nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros. Ela foi e é para nós o paradigma do broto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça mas cuja a visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da mocidade que passa, da beleza que não é só nossa - é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante.
Jornal no Facebook: um novo caminho para atrair leitores
por JJcomunic
Recentemente, o Facebook lançou um pacote de aplicativos para grupos de mídia. Os conteúdos da MTV, Huffington Post e outros já podem ser acessados e compartilhados pelos seus usuários. O que já se apresenta como um fenômeno é a audiência do jornal The Guardian: seis milhões de leitores no Facebook. Segundo pesquisas, usuários gastam cerca de 25 minutos por mês lendos sites de notícias e passam, no mesmo período, oito horas ligados no Facebook. Daí...quem não quer essa audiência?
Recentemente, o Facebook lançou um pacote de aplicativos para grupos de mídia. Os conteúdos da MTV, Huffington Post e outros já podem ser acessados e compartilhados pelos seus usuários. O que já se apresenta como um fenômeno é a audiência do jornal The Guardian: seis milhões de leitores no Facebook. Segundo pesquisas, usuários gastam cerca de 25 minutos por mês lendos sites de notícias e passam, no mesmo período, oito horas ligados no Facebook. Daí...quem não quer essa audiência?
Gonzagão reúne muito artistas em show que promete ser inesquecível
por Eli Halfoun
Que bom: o centenário de Luiz Gonzaga, que já inspirou o desfile campeão da Unidos da Tijuca, no Rio, ganhará também um grande espetáculo musical para ser transformado em DVD e CD. Ainda sem data para estrear (no momento está na fase de captação do autorizado patrocínio da Lei Rouanet, de R$ 1,2 milhões de reais), é certo que o super show terá a presença de vários artistas e também prestará homenagem a Zé Dantas, parceiro de Gonzaga em vários sucessos. Zé Dantas é avô da cantora Marina Elali, que é claro, estará no show. Esse será, sem dúvida, um espetáculo imperdível. (Eli Halfoun)
Que bom: o centenário de Luiz Gonzaga, que já inspirou o desfile campeão da Unidos da Tijuca, no Rio, ganhará também um grande espetáculo musical para ser transformado em DVD e CD. Ainda sem data para estrear (no momento está na fase de captação do autorizado patrocínio da Lei Rouanet, de R$ 1,2 milhões de reais), é certo que o super show terá a presença de vários artistas e também prestará homenagem a Zé Dantas, parceiro de Gonzaga em vários sucessos. Zé Dantas é avô da cantora Marina Elali, que é claro, estará no show. Esse será, sem dúvida, um espetáculo imperdível. (Eli Halfoun)
sábado, 17 de março de 2012
Flávio Lobo: "A caderneta de Norberto"
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Reprodução jornal O Estado de São Paulo |
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A matéria de Flávio Lobo no Estado de São Paulo/ Reprodução |
Flávio Lobo, jornalista e mestre em comunicação e semiótica pela PUC-SP, revelou em excelente matéria para o jornal O Estado de São Paulo um documento guardado há 42 anos: a carta de um jovem professor da Universidade de São Paulo (USP), morto pela ditadura. Um texto que provoca emoção e, certamente, muita reflexão. Recentemente o fotógrafo Silvado Leung Vieira - autor da famosa foto do jornalista Vladimir Herzog, espancado e morto nas dependências do DOI-Codi, em outubro de 1975 - desmascarou de vez a versão de "suicídio" montada pelo regime militar. Silvado tinha 22 anos na época e era aluno do curso de fotografia da Polícia Civil de São Paulo. Ele contou à Folha de São Paulo que foi chamado ao local para registar o “suicídio” de Herzog. Já a revista IstoÉ desmascarou há duas semanas a farsa da morte de Carlos Marighela com base em um depoimento do fotógrafo Sérgio Jorge que testemunhou, ao lado de vários colegas, a encenação do fim do guerrilheiro. A polícia montou um "teatro" que pretendia fazer crer que o guerrilheiro morreu em uma troca de tiros quando, na verdade, foi executado antes, em outro local.
Sob muitos argumentos e tantas pressões, governos que sucederam os militares defenderam a política de varrer para debaixo do tapete a memória dos anos de chumbo. Esqueceram que não há tapetes grandes o suficiente e não há como impedir que o Brasil reencontre o passado que não deve esquecer.
Como na matéria "A caderneta de Norberto", de Flávio Lobo.
Leia, a seguir:
Ela é pequena, leve e tem capa de plástico vermelho. No canto inferior direito da capa, a palavra“NOTE” ainda é fácil de reconhecer, apesar de a impressão ter esmaecido e de seu
provável dourado original estar agora mais para o cobre.Na parte de dentro, 42 folhas de papel quadriculado, do tipo usado em cadernos de desenho, estão coladas numa folha de papelão não muito grosso, presa à capa. As duas primeiras páginas e as 70 últimas estão em branco (amarelado). Nas restantes, há mais de quatro décadas lê-se uma carta de despedida. Em algum lugar na cidade de São Paulo, em meados de abril de 1970, o economista NorbertoNehring,de29anos, abriu a caderneta, virou a primeira página e começou a escrever para amulher e a filha: Ia e Marta,
Minhas adoradas Cheguei num sábado aqui na terra e, tristeza, já estou frito. Frito!
Norberto voltara ao Brasil havia poucos dias. Desembarcara no Aeroporto do Galeão, no Rio, com documentos falsos.O nome que constava nos papéis de identidade combinava com seus olhos claros e aascendência germânica. Já a nacionalidade argentina poderia levantar suspeitas. Mas não foi a esse ponto fraco que Norberto atribuiu sua triste situação, pelo que relataria a seguir:
Logo de cara dei com um conhecido da Pfizer, que arregalou os olhos. Isto deixou-me nervoso e também, por um anterior excesso de confiança, terminei por errar meu nome na portaria do hotel... Que besteira! Custou-me a vida.Militante da Aliança Libertadora Nacional, a ALN, grupo guerrilheiro que lutava para derrubar a ditadura militar e fazer a revolução socialista no País, Norberto sabia dos riscos que estava correndo. Vários de seus companheiros tinham sido mortos, entre eles o fundador e primeiro comandante da
organização, Carlos Marighella.Outros estavam presos ou desaparecidos. Nos cárceres,
as torturas eram brutais e sistemáticas. Norberto já tinha sido preso. Numa manhã de janeiro de 1969, policiais do Departamento de Ordem Política Social (Dops) cercaram a casa onde vivia com a mulher e o levaram. Nos dez dias que passou na carceragem, foi interrogado, sofreu ameaças, testemunhou torturas. Como seu grau de envolvimento com a guerrilha ainda não era de conhecimento do Dops, foi liberado para comparecer ao aniversário de 5 anos da filha. Só passou pela festa e fugiu. Logo foi para Cuba, onde iniciou treinamento militar com intenção de voltar ao combate no Brasil.
Maria Lygia, a "Ia" da carta de despedida, foi com a filha Marta para Cuba, encontrar Norberto. Técnico em química e graduado em economia pela USP, ele até foi convidado a permanecer na ilha trabalhando com petróleo. Mesmo ciente de que o precário treinamento militar que recebia por lá não seria muito útil no Brasil, ainda assim manteve a decisão de retornar ao País. Norberto, que antes de ser preso dava aulas na USP, acreditava que poderia semear a revolução fazendo trabalho de base, conscientizando trabalhadores e estudantes, articulando a luta política. Ao chegar, viu que seus planos dificilmente vingariam.
Imediatamente segui para Niterói, mas eles não desgrudaram mais de mim. Fiz o possível, mas são sempre muitos à distância e 4 ou 5 ao meu lado.No domingo já estava eu em Campos e depois Vitória e Belo Horizonte. E sempre eles, crendo que sou um "grande líder", armando emboscadas pelo caminho a fim de surpreender os meus salvadores (?).
Depois de tudo, decidi vir para S. Paulo simplesmente pq tanto me fazia vir para cá como ir para qq outro lugar.Sem perspectiva de fuga e pressentindo o desfecho da perseguição, Norberto virou mais uma folha da caderneta e escreveu:
Minhas adoradas, perdoem-me por isto - quer dizer, por morrer ou ir preso (e eventualmente morrer lá). Nesta vida a senda é estreita. Pisou fora, morreu.Ainda escreveu mais três páginas. Ao final, se despediu da mulher e da filha, que ainda estavam em Cuba, mas iriam para a França. Pediu a Maria Lygia para que não voltasse ao Brasil por uns tempos, que ficasse com Marta na Europa. No verso da última página, registrou outro pedido: que a caderneta fosse entregue a sua mãe, Nice Monteiro Carneiro Nehring, numa repartição da Justiça do Trabalho, em São Paulo.
Passados 42 anos, na tarde de 1º de março de 2012 a carta de Norberto finalmente chegou a um tribunal. Em julgamento na Justiça Federal de São Paulo, o desembargador Rubens Calixto leu, emocionado, trechos da caderneta. Estava em jogo um recurso da União, condenada em primeira instância a pagar indenização por danos morais e materiais à mulher e à filha da vítima.
Por decisão unânime de três juízes desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, foi mantida a condenação por danos morais, fixada em R$ 200 mil, e refutada a indenização por danos materiais. Convencidos de que Norberto foi assassinado por agentes do Estado, os magistrados confirmaram o dever de reparação dos sofrimentos causados à família. Mas, como nos meses anteriores a sua morte, Norberto vivia na clandestinidade, sem trabalho e renda, acharam não ser cabível a segunda indenização.
Presente ao julgamento, Maria Lygia Quartim de Moraes, professora titular de sociologia da Unicamp, sentiu-se aliviada pelo reconhecimento judicial de pontos que considera fundamentais: a responsabilização do Estado, o direito a reparação e o registro, ainda que incompleto, da verdade factual. Verdade encoberta pelos perseguidores do marido, que armaram uma farsa para esconder as circunstâncias reais da sua morte.
Como queria Norberto, a carta foi entregue a sua família (quem a recebeu da polícia foi seu sogro, Neddy Quartim de Moraes). De acordo com a versão oficial, baseada em inquérito da Polícia Civil, a caderneta fora encontrada em um quarto de hotel no centro de São Paulo, onde ele teria se enforcado com uma gravata. A despedida se explicaria, portanto, pela decisão do suicídio.
Coube a Maria Lygia e Marta - com o apoio de amigos como Paulo Vanucchi, ex-titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos no governo Lula, os advogados Belisário dos Santos Junior e Rubens Naves, organizações como a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, além de Paulo de Tarso Venceslau e outros ex-integrantes da ALN - esclarecer a morte de Norberto e lutar pelo reconhecimento oficial de seu assassinato por agentes da repressão.
Seu corpo foi enterrado no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, com o nome que constava nos documentos falsos - Ernest Snell Burmann - o que só foi informado à família três meses depois, quando a identificação das marcas de tortura já não era mais possível. O reconhecimento deu-se pelo exame da arcada dentária. Vários anos depois, Marta descobriria no IML a existência de duas fichas registrando diferentes causas de morte, "asfixia mecânica" e "afogamento". Fotografias certamente feitas pela perícia jamais foram encontradas.
Depoimentos à Justiça Militar de dois presos políticos também ajudaram a desconstruir a versão de suicídio. Diógenes Arruda Câmara e Paulo de Tarso Venceslau denunciaram a morte do companheiro nas dependências da Operação Bandeirantes, a Oban, famigerado centro de tortura, de onde seu corpo teria saído em caixão.
Em julho de 2002, o atestado de óbito de Norberto foi o primeiro a ser retificado com base na Lei 9.140, de 1995, pela qual o Estado reconheceu sua responsabilidade por mortes e desaparecimento de presos políticos. Oficialmente, desde então, sua morte consta como tendo ocorrido "por causas não naturais em dependências policiais ou assemelhadas". Mas as circunstâncias exatas de como tudo aconteceu ainda estão por ser esclarecidas.
Recuso-me a procurar a família, não vou envolver ninguém nisto, neste momento e nesta situação.Quem, diante da ameaça iminente de morte e suplício, não gritaria por socorro para proteger os outros? Norberto fez isso. Até hoje o jornalista Juca Kfouri, que naquele momento ajudava companheiros da ALN a fugir do Brasil, pensa que, se tivesse recebido algum contato da parte dele, poderia ter salvado a vida de seu amigo e compadre.
"The course of true love runs never smooth"Ao ler as palavras, bem no início da carta, Maria Lygia soube que vinham do marido. A frase é de Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare (no original, The course of true love never did run smooth, o curso do amor verdadeiro nunca é suave) e, por ironia, foi citada, séculos depois de escrita pelo bardo célebre, por Karl Marx, em O Capital.
O gosto pela literatura e pela teoria marxista, tanto quanto pelas tiradas irônicas, eram traços de Norberto. Ele e Ia haviam combinado que aquela frase seria um selo de autenticidade da comunicação entre eles.
Estejam certas que qq seja meu destino, amei-as como poucos puderam gostar tanto da esposa e da filha. Da Martinha tenho três desenhos e guardo comigo teu isqueiro, Ia amada. Com vocês tive os melhores momentos da minha vida...7 anos de casamento com altíssima e grande felicidade, mas enfim é a sensibilidade e o sentimento de indignação que nos leva ao protesto.Quando soube da morte do pai, a hoje roteirista e professora de cinema Marta Nehring tinha 6 anos. Desde então passou a guardar, "como uma caixa de joias", alguns objetos pessoais de Norberto e um boneco do Visconde de Sabugosa que ele mesmo fizera de sabugo de milho e madeira, de presente para ela. Mas a caderneta com a carta, Marta só pegou para ler, sem intermediários, na adolescência. Em 1996, a filha de Norberto codirigiu com Maria de Oliveira o documentário 15 Filhos, com depoimentos de filhos de militantes perseguidos, presos, torturados e mortos na ditadura. O filme, premiado no Brasil e no exterior, encontra-se disponível no YouTube.
Veja o documentário 15 Filhos. Clique AQUI
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Deu no Observatório da Imprensa: o encontro dos "JotaBnianos"
(do Observatório da Imprensa) No sábado (10/3), JotaBenianos e simpatizantes comemoraram no restaurante La Fiorentina, no Rio de Janeiro, os 80 anos de idade e 60 de jornalismo de Dines. Representantes de várias gerações de jornalistas encheram dois salões do restaurante e ocuparam mesas no calçadão da Avenida Atlântica para trocar lembranças e afeto – jornalistas, apesar de fingirem o contrário, são humanos, humaníssimos.
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Jaqueline do vôlei na revista Alfa de março
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Jaqueline na Alfa. Foto Divulgação |
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Foto Divulgação revista Alfa |
Jaqueline, que promete se destacar nos Jogos Olímpicos de Londres, está na revista Alfa de março. “Corpo é para usar, não tenho medo de cair, de me jogar. O que tiver de acontecer vai acontecer. Eu quebro tudo, vou pra cima, principalmente das cubanas. Elas merecem”, diz ela.
Jogue fora tudo o que aprendeu na infância: carne é a nova vilã da saúde
por Eli Halfoun
Lembra? Desde criança aprendemos na escola e em casa que para ter uma boa saúde três alimentos são essenciais: carne, ovos e leite. O que antes parecia ser fundamental para uma boa alimentação, hoje é um veneno. Mais uma vez a ciência transforma o dito em não dito: estudo divulgado há dias na revista (Jama) da Associação Médica Americana afirma que o consumo de carne vermelha e de carnes processadas é responsável por um maior número de mortes em consequência de câncer e problemas cardiovasculares. O estudo foi concluído recentemente depois de dez anos de pesquisas que acompanharam 500 mil norte-americanos entre 50 e 71 anos. Durante os dez anos(período em que certamente os pesquisadores comeram muita carne) morreram mais 40 mil homens e mais de 23 mil mulheres que segundo conclusão dos especialistas poderiam ter as mortes adiadas se tivessem reduzido o consumo de carne vermelha para nove gramas do produto a cada mil calorias. A pesquisa garante também que o risco de doenças cardiovasculares pode diminuir muito se houver redução de consumo de carne. A pesquisa pode até ter credibilidade, mas o que será de quem comeu carne até hoje achando que assim estava deixando a saúde mais forte e o corpo melhor alimentado. O fato é que ultimamente as pesquisas só têm nos mostrado que tudo o que antes a ciência recomendava como saudável nunca foi bom. Não é tão difícil assim tirar ou diminuir a quantidade de carne da alimentação diária. Difícil mesmo (e cada vez mais) é conviver com as novas pesquisas que nos tiram a paz, o alimento da boca e nos deixam doentes por termos feito tudo errado no passado e com as terríveis conseqüências que sofreremos no futuro. Isso se as pesquisas não concluírem antes que já estamos mortos, embora pensemos estar vivos. (Eli Halfoun)
Lembra? Desde criança aprendemos na escola e em casa que para ter uma boa saúde três alimentos são essenciais: carne, ovos e leite. O que antes parecia ser fundamental para uma boa alimentação, hoje é um veneno. Mais uma vez a ciência transforma o dito em não dito: estudo divulgado há dias na revista (Jama) da Associação Médica Americana afirma que o consumo de carne vermelha e de carnes processadas é responsável por um maior número de mortes em consequência de câncer e problemas cardiovasculares. O estudo foi concluído recentemente depois de dez anos de pesquisas que acompanharam 500 mil norte-americanos entre 50 e 71 anos. Durante os dez anos(período em que certamente os pesquisadores comeram muita carne) morreram mais 40 mil homens e mais de 23 mil mulheres que segundo conclusão dos especialistas poderiam ter as mortes adiadas se tivessem reduzido o consumo de carne vermelha para nove gramas do produto a cada mil calorias. A pesquisa garante também que o risco de doenças cardiovasculares pode diminuir muito se houver redução de consumo de carne. A pesquisa pode até ter credibilidade, mas o que será de quem comeu carne até hoje achando que assim estava deixando a saúde mais forte e o corpo melhor alimentado. O fato é que ultimamente as pesquisas só têm nos mostrado que tudo o que antes a ciência recomendava como saudável nunca foi bom. Não é tão difícil assim tirar ou diminuir a quantidade de carne da alimentação diária. Difícil mesmo (e cada vez mais) é conviver com as novas pesquisas que nos tiram a paz, o alimento da boca e nos deixam doentes por termos feito tudo errado no passado e com as terríveis conseqüências que sofreremos no futuro. Isso se as pesquisas não concluírem antes que já estamos mortos, embora pensemos estar vivos. (Eli Halfoun)
Palocci não pede (e não dá) dinheiro para campanha paulista de Haddad
por Eli Halfoun
Em política o que era bom ontem pode deixar de ser bom hoje e para o futuro. O ex-ministro Antonio Palocci está dando mais um exemplo das reviravoltas, principalmente financeiras, que a política pode ter: tem recusado todos os convites para que volte a ser a chave-mestre do PT na abertura de portas para conseguir financiamento de campanha para a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Palocci tem dois motivos para não mais funcionar como uma espécie de chave mágica: primeiro, é uma maneira de mostrar sua mágoa contra os que não o apoiaram no episódio de consultoria que o afastou vergonhosamente do governo Dilma Roussef. O outro motivo é ainda mais forte: mesmo afastado do governo, ele continua operando sua empresa de consultoria e faturando alto “sem ter que enfrentar qualquer estresse de uma campanha ou um candidato”. Pelo menos até a eleição presidencial, quando Dilma deve entrar novamente em cena como candidata. E deve levar de barbada. (Eli Halfoun)
Em política o que era bom ontem pode deixar de ser bom hoje e para o futuro. O ex-ministro Antonio Palocci está dando mais um exemplo das reviravoltas, principalmente financeiras, que a política pode ter: tem recusado todos os convites para que volte a ser a chave-mestre do PT na abertura de portas para conseguir financiamento de campanha para a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Palocci tem dois motivos para não mais funcionar como uma espécie de chave mágica: primeiro, é uma maneira de mostrar sua mágoa contra os que não o apoiaram no episódio de consultoria que o afastou vergonhosamente do governo Dilma Roussef. O outro motivo é ainda mais forte: mesmo afastado do governo, ele continua operando sua empresa de consultoria e faturando alto “sem ter que enfrentar qualquer estresse de uma campanha ou um candidato”. Pelo menos até a eleição presidencial, quando Dilma deve entrar novamente em cena como candidata. E deve levar de barbada. (Eli Halfoun)
Cuidado: no caso do cigarro proibir pode ser incentivar
por Eli Halfoun
Não dá para acreditar com convicção que a recente decisão da Anvisa proibindo a venda de fumo “batizado”, ou seja, com sabores artificiais, será realmente cumprida. A poderosa indústria do fumo que sempre ganha todas as brigas está chiando e certamente encontrará (sempre encontra) uma maneira de não cumprir a lei, ou se preferirem, "recomendação". Além do mais, o cumprimento da nova decisão só será obrigatório dentro de 18 e mais meses, tempo suficiente para que a indústria do fumo descubra alternativa e para que a “pirataria” do fumo, que já não é pequena, também se organize para colocar no mercado clandestino cigarros, cigarrilhas e fumos para cachimbo fabricados, como tantos outros produtos de fabriquetas de fundo de quintal. É necessário, sim, afastar os jovens da curiosidade em relação ao maléfico tabaco e também os idiotas adultos que, como eu, ainda “queimam dinheiro”. Não sei se o cigarro fica ainda pior quando é "batizado": na maioria das vezes o que aumenta no suposto cigarro com sabor é só cheiro porque o gosto é ruim sempre e com exceção do cigarro mentolado os outros realmente não deixam acentuado o gosto de canela, mel, chocolate, seja lá o que for. Na penúltima (a última está sendo trabalhada na minha cabeça) vez em que decidi parar de fumar, troquei o fumo convencional pelo cigarro mentolado, que não me fez fumar nem mais nem menos. O fumo jamais será totalmente proibido (paga muitos impostos). Portanto, não dá mesmo para acreditar que a nova determinação da Anvisa realmente diminuirá o interesse dos jovens pelo cigarro. Corre o risco de até aumentar esse interesse se levarmos em conta que os jovens adoram coisas proibidas, o que de certa forma até explica o interesse burro pela chamada droga ilícita, que é o que querem fazer com o cigarro "batizado", que é, ao lado do álcool, a pior das drogas que o homem encontra pela vida, ou melhor, pela morte. (Eli Halfoun)
Não dá para acreditar com convicção que a recente decisão da Anvisa proibindo a venda de fumo “batizado”, ou seja, com sabores artificiais, será realmente cumprida. A poderosa indústria do fumo que sempre ganha todas as brigas está chiando e certamente encontrará (sempre encontra) uma maneira de não cumprir a lei, ou se preferirem, "recomendação". Além do mais, o cumprimento da nova decisão só será obrigatório dentro de 18 e mais meses, tempo suficiente para que a indústria do fumo descubra alternativa e para que a “pirataria” do fumo, que já não é pequena, também se organize para colocar no mercado clandestino cigarros, cigarrilhas e fumos para cachimbo fabricados, como tantos outros produtos de fabriquetas de fundo de quintal. É necessário, sim, afastar os jovens da curiosidade em relação ao maléfico tabaco e também os idiotas adultos que, como eu, ainda “queimam dinheiro”. Não sei se o cigarro fica ainda pior quando é "batizado": na maioria das vezes o que aumenta no suposto cigarro com sabor é só cheiro porque o gosto é ruim sempre e com exceção do cigarro mentolado os outros realmente não deixam acentuado o gosto de canela, mel, chocolate, seja lá o que for. Na penúltima (a última está sendo trabalhada na minha cabeça) vez em que decidi parar de fumar, troquei o fumo convencional pelo cigarro mentolado, que não me fez fumar nem mais nem menos. O fumo jamais será totalmente proibido (paga muitos impostos). Portanto, não dá mesmo para acreditar que a nova determinação da Anvisa realmente diminuirá o interesse dos jovens pelo cigarro. Corre o risco de até aumentar esse interesse se levarmos em conta que os jovens adoram coisas proibidas, o que de certa forma até explica o interesse burro pela chamada droga ilícita, que é o que querem fazer com o cigarro "batizado", que é, ao lado do álcool, a pior das drogas que o homem encontra pela vida, ou melhor, pela morte. (Eli Halfoun)
Drauzio Varella ensina a enfrentar os acidentes domésticos
por Eli Halfoun
Mesmo que seja um médico respeitado e sério, é difícil saber se as, digamos, consultas dominicais que Drauzio Varella tem dado repetidas vezes no “Fantástico” realmente ajudam (ou assustam ainda mais) os telespectadores. Uma coisa é certa: o "hospital" Globo está feliz com o resultado clínico da atuação de Drauzio que, em abril, voltará a ocupar espaço no “Fantástico” para falar e orientar sobre acidentes domésticos como queimaduras, choques elétricos, quedas e mais outros acidentes comuns e diários. Não costumamos dar muita importância aos acidentes domésticos, mas devíamos: uma aparentemente simples queda, queimadura ou choque muitas vezes pode ser fatal. Ainda mais em um país em que o atendimento de saúde de urgência não costuma funcionar com nenhuma urgência. Deve ser por isso que deixam os doentes durante horas ou dias deitados em uma maca no corredor. (Eli Halfoun)
Mesmo que seja um médico respeitado e sério, é difícil saber se as, digamos, consultas dominicais que Drauzio Varella tem dado repetidas vezes no “Fantástico” realmente ajudam (ou assustam ainda mais) os telespectadores. Uma coisa é certa: o "hospital" Globo está feliz com o resultado clínico da atuação de Drauzio que, em abril, voltará a ocupar espaço no “Fantástico” para falar e orientar sobre acidentes domésticos como queimaduras, choques elétricos, quedas e mais outros acidentes comuns e diários. Não costumamos dar muita importância aos acidentes domésticos, mas devíamos: uma aparentemente simples queda, queimadura ou choque muitas vezes pode ser fatal. Ainda mais em um país em que o atendimento de saúde de urgência não costuma funcionar com nenhuma urgência. Deve ser por isso que deixam os doentes durante horas ou dias deitados em uma maca no corredor. (Eli Halfoun)
sexta-feira, 16 de março de 2012
A Fifa tem razão: só pé na bunda mesmo...
O Brasil se candidatou à Copa, aceitou - aliás, como é regra para todos os países - as condições do contrato. Mas quando uma lei, como a Lei Geral da Copa, passa a depender do nosso Congresso perna-de-pau, nada é regra, tudo pode acontece em meio a interesses políticos, econômicos e até religiosos, como se fôssemos um república fundamentalista. A África do Sul conseguiu aprovar todas as leis cinco anos antes da sua Copa. O Brasil patina nesse e em outros itens dando uma mega demonstração de incompetência. Esse negócio de proibir bebida em estádio é hipocrisia. A violência e as brigas entre torcidas são caso de polícia, de vigilância, de investigação e, principalmente, de punição e condenação dos acusados, esses mesmos que a polícia prende e a justiça solta no dia seguinte.
Acontece... a mesma foto na primeira página de três jornais
por JJcomunic
Os editores da primeira página do Washington Post, New York Times and Wall Street Journal se impressionaram com a mesma foto. É fato raro em grandes jornais, mas acontece. A foto, de Rodrigo Abd, mostra um jovem ao lado do seu pai morto por um franco-atirador. Uma das milhares de tragédias da Síria nesses dias de sangue e bombas.
Os editores da primeira página do Washington Post, New York Times and Wall Street Journal se impressionaram com a mesma foto. É fato raro em grandes jornais, mas acontece. A foto, de Rodrigo Abd, mostra um jovem ao lado do seu pai morto por um franco-atirador. Uma das milhares de tragédias da Síria nesses dias de sangue e bombas.
Live blogging: mais tarefas para o repórter
por JJcomunicO mundo multimídia resulta em multitarefas para os jornalistas. É yum tal de escrever, tuitar, fotografar, gravar vídeo... A prática do live blogging, por exemplo, chega pra ficar. Nas grandes coberturas jornalísticas, os repórteres já são convocados a atualizar seus blogs do próprio local do evento seus blogs. É que pesquisas detectaram que os leitores querem assistir aos acontecimentos como se fosse um telejornal. No dia seguinte, os interessados em aprofundar o assunto procuram o meio impresso. Conclusão: repórter tem que blogar ao vivo. A dúvida é se enquanto está blogando e o evento rolando o jornalista não perde alguma coisa.
Luísa Mel quer ser vereadora em nome dos animais
por Eli Halfoun
O fato de estar afastada há mais de um ano de suas atividades na televisão, o que é um desperdício, não fez a apresentadora Luísa Mel abandonar o excelente trabalho de proteção e amparo aos animais ao qual se dedica com grande e carinhoso entusiasmo. É por conta desse trabalho, aliás, que ela deve concorrer (não escolheu ainda o partido) já na próxima eleição a uma vaga de vereadora na Câmara Municipal de São Paulo. Luísa, que casou recentemente com o empresário Gilberto Zaborowski (dono da Zarbo Construtora) acredita que será eleita até com certa facilidade. Se cachorros (os que latem de verdade) e gatos (os que miam mesmo) pudessem votar seria realmente uma barbada. Só que aí ela teria de espalhar postes e mais postes por toda São Paulo. Afinal, cães adoram um poste. Bicheiros também. (Eli Halfoun)
O fato de estar afastada há mais de um ano de suas atividades na televisão, o que é um desperdício, não fez a apresentadora Luísa Mel abandonar o excelente trabalho de proteção e amparo aos animais ao qual se dedica com grande e carinhoso entusiasmo. É por conta desse trabalho, aliás, que ela deve concorrer (não escolheu ainda o partido) já na próxima eleição a uma vaga de vereadora na Câmara Municipal de São Paulo. Luísa, que casou recentemente com o empresário Gilberto Zaborowski (dono da Zarbo Construtora) acredita que será eleita até com certa facilidade. Se cachorros (os que latem de verdade) e gatos (os que miam mesmo) pudessem votar seria realmente uma barbada. Só que aí ela teria de espalhar postes e mais postes por toda São Paulo. Afinal, cães adoram um poste. Bicheiros também. (Eli Halfoun)
Maurício de Sousa: um parque cultural para Mônica e toda a sua turma
por Eli Halfoun
Os muitos e bons desenhistas brasileiros continuam reclamando da dificuldade que é lançar histórias em quadrinhos criadas por aqui em um mercado dominado por produtos importados. Mesmo assim não se pode deixar de reconhecer que Mauricio de Sousa, o pai da Mônica, mudou esse mercado com a criação de 200 personagens que estão sem dúvida abrindo espaço para os nossos “bons de traço”. Maurício foi além: o sucesso de suas criações faz com que ele tenha no momento exatos 290 produtos licenciados (seus personagens dão nome a fraldas, perfumes, alimentos e muitos outros). Mauricio de Sousa também está com revistas e produtos em mais de 32 países. É bom, mas ainda é pouco para seus sonhos. Agora o nosso mais bem sucedido desenhista de quadrinhos planeja lançarem São Paulo um complexo de diversão e arte que abrigará parque de diversões, escola de arte para a formação de crianças, estúdio, teatro e um museu para reunir a história de todos os seus personagens. A importância de Mauricio também para a indústria brasileira de brinquedos está sendo reconhecida pela Abring (Associação Brasileira de Brinquedo) que o homenageará com um jantar na próxima terça-feira, dia 13. Homenagem mais do que merecida para quem conseguiu dar vida própria a personagens brasileiríssimos e do bem. (Eli Halfoun)
Os muitos e bons desenhistas brasileiros continuam reclamando da dificuldade que é lançar histórias em quadrinhos criadas por aqui em um mercado dominado por produtos importados. Mesmo assim não se pode deixar de reconhecer que Mauricio de Sousa, o pai da Mônica, mudou esse mercado com a criação de 200 personagens que estão sem dúvida abrindo espaço para os nossos “bons de traço”. Maurício foi além: o sucesso de suas criações faz com que ele tenha no momento exatos 290 produtos licenciados (seus personagens dão nome a fraldas, perfumes, alimentos e muitos outros). Mauricio de Sousa também está com revistas e produtos em mais de 32 países. É bom, mas ainda é pouco para seus sonhos. Agora o nosso mais bem sucedido desenhista de quadrinhos planeja lançar
quinta-feira, 15 de março de 2012
Na Gazeta do Povo, o jornalista Roberto Muggiati, ex-diretor da revista Manchete, escreve sobre seus 58 anos de carreira. Com direito a uma galeria de fotos pessoais e vídeo de slide show.
por Roberto Muggiati (para a Gazeta do Povo)
Na noite de 15 de março de 1954, uma segunda-feira, subi as escadas do casarão da Praça Carlos Gomes para meu primeiro dia de trabalho na Gazeta do Povo. Não tinha, como o imperador Júlio César, um vidente a me alertar “Cuidado com os idos de março!” Só depois vim a saber que “os idos de março” eram precisamente o dia 15. César não deu ouvidos ao adivinho e morreu apunhalado naquele dia exato, em 44 a.C. – 1.998 anos antes de eu atravessar o umbral daquele sobrado que me abriria as portas da profissão e da vida. Não sofreria punhaladas fatais, como as de César: mais sutis e traiçoeiras, elas exerceriam um efeito moral e emocional que, absorvido ao longo destes 58 anos, me ensinou a conviver melhor com a besta humana.
Toda manhã, como o leite e o pão, nosso jornal era entregue nas casas dos cidadãos e nas bancas. Em termos de tecnologia, estávamos mais próximos da prensa de Gutemberg, de 500 anos antes, do que da mídia globalizada de McLuhan, apenas dez anos à nossa frente. Ainda não tínhamos teletipo e as notícias caíam literalmente do céu: um velho senhor entalado num cubículo, a cabeça curvada por enormes fones de ouvido, recebia os últimos despachos em código Morse e os decodificava, teclando numa velha Remington. Por coincidência, o telegrafista Vergès era um kardecista convicto e tudo aquilo me parecia uma operação espírita. O tipo de texto que me chegava às mãos: “DEPUTADO DIX-HUIT ROSADO AVIONOU DF APRESENTAR PROJETO PELÁCIO TIRADENTES.” Eu tinha de colocar a notícia num português legível e era mais rápido colar o despacho do Vergès numa lauda (na verdade, uma apara de bobina, áspera como lixa e porosa como mata-borrão) e corrigir à caneta-tinteiro. Tesoura, pincel e goma arábica ainda eram ferramentas preciosas do nosso ofício. Quem tinha de decifrar todas essas charadas era um pobre revisor: com a clássica pala verde na testa, ocupava um mezanino, espécie de purgatório entre a redação (no primeiro andar) e a oficina (no térreo). Num pequeno galpão no térreo, as fotos eram transformadas em clichês por um ex-soldado russo, Konstantin Tchernovaloff, que lutara contra os comunistas no exército branco e parecia um cossaco diabólico em meio aos clarões do seu arco voltaico. Os clichês seguiam para a oficina, que envolvia com seus vapores de chumbo a bateria de linotipistas disposta perto das páginas – parafusadas em molduras de ferro, como nos pasquins do Velho Oeste – e da prensa plana obsoleta que imprimia nossas verdades absolutas de todo dia. Que tipo de notícias oferecia o mundo em 1954? A Guerra Fria, a Bomba H, a caça às bruxas e a segregação racial nos EUA, a derrota militar da França na Indochina, as lutas de independência anticoloniais na África – se levássemos a sério as manchetes viveríamos à beira do Apocalipse. No Brasil, 1954 foi um ano trágico. A crise política, depois do atentado da Rua Tonelero contra Carlos Lacerda, culminou com o suicídio do presidente Vargas, em 24 de agosto, no Palácio do Catete. Naquele dia, fui recebido no Colégio Estadual do Paraná pelos gritos dos colegas: “O Getúlio morreu!” Um instinto animal me fez correr para a redação da Gazeta, onde colheria os louros da minha primeira edição extra. Em contrapartida, descobri que o jornalista é escravo da notícia, um ser atrelado à vida e à morte dos outros. (Anos depois, editor da Manchete, quando morreu JK, eu passei 27 horas seguidas na redação, com raros intervalos para ir ao banheiro, – os sanduíches eram mordiscados entre a definição das pautas e o fechamento dos leiautes.)
Leia a matéria completa. Clique AQUI
Na noite de 15 de março de 1954, uma segunda-feira, subi as escadas do casarão da Praça Carlos Gomes para meu primeiro dia de trabalho na Gazeta do Povo. Não tinha, como o imperador Júlio César, um vidente a me alertar “Cuidado com os idos de março!” Só depois vim a saber que “os idos de março” eram precisamente o dia 15. César não deu ouvidos ao adivinho e morreu apunhalado naquele dia exato, em 44 a.C. – 1.998 anos antes de eu atravessar o umbral daquele sobrado que me abriria as portas da profissão e da vida. Não sofreria punhaladas fatais, como as de César: mais sutis e traiçoeiras, elas exerceriam um efeito moral e emocional que, absorvido ao longo destes 58 anos, me ensinou a conviver melhor com a besta humana.
Toda manhã, como o leite e o pão, nosso jornal era entregue nas casas dos cidadãos e nas bancas. Em termos de tecnologia, estávamos mais próximos da prensa de Gutemberg, de 500 anos antes, do que da mídia globalizada de McLuhan, apenas dez anos à nossa frente. Ainda não tínhamos teletipo e as notícias caíam literalmente do céu: um velho senhor entalado num cubículo, a cabeça curvada por enormes fones de ouvido, recebia os últimos despachos em código Morse e os decodificava, teclando numa velha Remington. Por coincidência, o telegrafista Vergès era um kardecista convicto e tudo aquilo me parecia uma operação espírita. O tipo de texto que me chegava às mãos: “DEPUTADO DIX-HUIT ROSADO AVIONOU DF APRESENTAR PROJETO PELÁCIO TIRADENTES.” Eu tinha de colocar a notícia num português legível e era mais rápido colar o despacho do Vergès numa lauda (na verdade, uma apara de bobina, áspera como lixa e porosa como mata-borrão) e corrigir à caneta-tinteiro. Tesoura, pincel e goma arábica ainda eram ferramentas preciosas do nosso ofício. Quem tinha de decifrar todas essas charadas era um pobre revisor: com a clássica pala verde na testa, ocupava um mezanino, espécie de purgatório entre a redação (no primeiro andar) e a oficina (no térreo). Num pequeno galpão no térreo, as fotos eram transformadas em clichês por um ex-soldado russo, Konstantin Tchernovaloff, que lutara contra os comunistas no exército branco e parecia um cossaco diabólico em meio aos clarões do seu arco voltaico. Os clichês seguiam para a oficina, que envolvia com seus vapores de chumbo a bateria de linotipistas disposta perto das páginas – parafusadas em molduras de ferro, como nos pasquins do Velho Oeste – e da prensa plana obsoleta que imprimia nossas verdades absolutas de todo dia. Que tipo de notícias oferecia o mundo em 1954? A Guerra Fria, a Bomba H, a caça às bruxas e a segregação racial nos EUA, a derrota militar da França na Indochina, as lutas de independência anticoloniais na África – se levássemos a sério as manchetes viveríamos à beira do Apocalipse. No Brasil, 1954 foi um ano trágico. A crise política, depois do atentado da Rua Tonelero contra Carlos Lacerda, culminou com o suicídio do presidente Vargas, em 24 de agosto, no Palácio do Catete. Naquele dia, fui recebido no Colégio Estadual do Paraná pelos gritos dos colegas: “O Getúlio morreu!” Um instinto animal me fez correr para a redação da Gazeta, onde colheria os louros da minha primeira edição extra. Em contrapartida, descobri que o jornalista é escravo da notícia, um ser atrelado à vida e à morte dos outros. (Anos depois, editor da Manchete, quando morreu JK, eu passei 27 horas seguidas na redação, com raros intervalos para ir ao banheiro, – os sanduíches eram mordiscados entre a definição das pautas e o fechamento dos leiautes.)
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terça-feira, 13 de março de 2012
Deu na Veja SP: é o cafofo do dono da RedeTV
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Reprodução Veja SP |
A casa que Amilcare Dallevo está construindo tem mais de 17 mil metros quadrados, hangar para quatro helicópteros, 50 vagas para estacionamento, escritórios privados, aqúario, piscinas. A RedeTV atrasou salários dos seus funcionários. Aparentemente, pelo ritmo das obras, os operários que constroem o cafofo estão com o pagamento em dia.
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Lembra da Geisy Arruda, a jovem pink que foi perseguida por alunos "talibãs" de uma universidade?
O Tribunal de Justiça de São Paulo mandou a Uniban pagar indenização de R$ 40 mil por danos morais a Geisy Arruda, a jovem que foi xingada nos corredores da faculdade por usar um minivestido rosa. Melhor a Uniban rachar a conta com os alunos manés-moralistas da faculdade.
Heather Morris: mais um vítima dos hackers de celulares...
Depoois do BBB, Globo estreia reality show com lutadores do UFC
O reality show ‘The Ultimate Fighter’ estreia na Rede Globo no dia 25, em sua primeira edição realizada fora dos Estados Unidos. A versão nacional vai revelar dois novos lutadores – um peso médio e outro peso pena – que passam a integrar o seleto grupo do UFC e recebem um contrato com a organização. O programa de 13 episódios tem como técnicos os ídolos brasileiros Wanderlei Silva e Vitor Belfort. O episódio de estreia será exibido logo após o último domingo do ‘Big Brother Brasil 12’. Um grupo de 32 lutadores se enfrenta par decidir os 16 que ficam confinados na casa do reality. Entre os 32 participantes, há representantes de 15 estados. Os 16 selecionados são divididos entre “Time Vitor” e “Time Wanderlei”, sendo quatro atletas da categoria pena (até 66 kg) e quatro da categoria médio (até 84 kg). Os participantes são distribuídos aleatoriamente pelos cinco quartos da casa. Eles são responsáveis por cozinhar e manter a casa em ordem. Com circulação restrita, os escolhidos só podem sair da casa para o Centro de Treinamento, onde treinam e lutam em um octógono oficial do UFC. Em cada um dos episódios semanais, sempre exibidos aos domingos após ‘Domingo Maior’, uma luta final elimina um dos candidatos.
Fonte: Central Globo de Comunicação
Fonte: Central Globo de Comunicação
Mil reais para limpar o suor com “toalhinhas milagrosas”. Não caia nessa
por Eli Halfoun
Nada contra a fé de quem quer que seja, mas não há nenhum exagero quando se diz que algumas igrejas evangélicas estão sendo transformadas em um grande balcão de negócios. Agora o pastor (não seria coletor de dinheiro?) Valdemiro Santiago, da Igreja do Poder de Deus, está vendendo toalhinhas idênticas às utilizadas para limpar o suor em suas pregações. As toalhinhas são oferecidas com a promessa de “tirar do corpo e do rosto os maus fluidos e afastar os demônios que ficam impregnados”. Cada toalhinha, que é vendida no mercado por no máximo um ou dois reais, na igreja-shopping custa mil reais. Com milagre e tudo. A toalhinha está sendo vendida por todos os pastores da Poder de Deus que como o pastor-mor oferecem também outro produto: um martelo dourado (também custa mil reais) que promete “quebrar todas as pedras que aparecerem no caminho dos fiéis”. Para adquirir o martelo supostamente milagroso é preciso fazer depósito no Banco do Brasil. Só depois da confirmação de depósito (como acontece nas lojas) o martelo milagroso é entregue. Seria mais útil se o pudesse ser usado para quebrar falsas promessas de quem enriquece as custas da fé dos inocentes (Eli Halfoun)
Nada contra a fé de quem quer que seja, mas não há nenhum exagero quando se diz que algumas igrejas evangélicas estão sendo transformadas em um grande balcão de negócios. Agora o pastor (não seria coletor de dinheiro?) Valdemiro Santiago, da Igreja do Poder de Deus, está vendendo toalhinhas idênticas às utilizadas para limpar o suor em suas pregações. As toalhinhas são oferecidas com a promessa de “tirar do corpo e do rosto os maus fluidos e afastar os demônios que ficam impregnados”. Cada toalhinha, que é vendida no mercado por no máximo um ou dois reais, na igreja-shopping custa mil reais. Com milagre e tudo. A toalhinha está sendo vendida por todos os pastores da Poder de Deus que como o pastor-mor oferecem também outro produto: um martelo dourado (também custa mil reais) que promete “quebrar todas as pedras que aparecerem no caminho dos fiéis”. Para adquirir o martelo supostamente milagroso é preciso fazer depósito no Banco do Brasil. Só depois da confirmação de depósito (como acontece nas lojas) o martelo milagroso é entregue. Seria mais útil se o pudesse ser usado para quebrar falsas promessas de quem enriquece as custas da fé dos inocentes (Eli Halfoun)
Visão exagerada só ajuda a aumentar o preconceito. Qualquer preconceito
por Eli Halfoun
Não adiante nos enganarmos: o Brasil é sim um país preconceituoso (alimenta e exerce principalmente o preconceito social) e com a desculpa de combater o preconceito, às vezes comete exageros como, por exemplo, o de enxergar preconceito onde ele nem existe. É o caso do azeite Galo, que está retirando do ar um comercial no qual diz que é rico e que a garrafa escura é o segurança. Pronto: bastou essa frase para que entidades que defendem o fim do preconceito contra os negros vissem um subjetivo preconceito onde ele realmente não existe e muito menos vindo de um produto português. Procurar atitudes preconceituosas em tudo é mais do que um exagero. É uma maneira de perpetuar o preconceito, qualquer tipo de preconceito. A luta contra o preconceito só será inteiramente vitoriosa quando pararmos de procurar (como se estivéssemos com uma lupa nas mãos) preconceito em tudo o que se faz, se diz, se escreve e se ouve. Esse tipo de conduta só faz aumentar o preconceito porque chamas atenção para ele até onde não existe e jamais foi sequer insinuado. Estão fazendo uma salada com o azeite que não escorregou em seu criativo anúncio. (Eli Halfoun)
Não adiante nos enganarmos: o Brasil é sim um país preconceituoso (alimenta e exerce principalmente o preconceito social) e com a desculpa de combater o preconceito, às vezes comete exageros como, por exemplo, o de enxergar preconceito onde ele nem existe. É o caso do azeite Galo, que está retirando do ar um comercial no qual diz que é rico e que a garrafa escura é o segurança. Pronto: bastou essa frase para que entidades que defendem o fim do preconceito contra os negros vissem um subjetivo preconceito onde ele realmente não existe e muito menos vindo de um produto português. Procurar atitudes preconceituosas em tudo é mais do que um exagero. É uma maneira de perpetuar o preconceito, qualquer tipo de preconceito. A luta contra o preconceito só será inteiramente vitoriosa quando pararmos de procurar (como se estivéssemos com uma lupa nas mãos) preconceito em tudo o que se faz, se diz, se escreve e se ouve. Esse tipo de conduta só faz aumentar o preconceito porque chamas atenção para ele até onde não existe e jamais foi sequer insinuado. Estão fazendo uma salada com o azeite que não escorregou em seu criativo anúncio. (Eli Halfoun)
Neymar não pode ganhar o jogo sozinho. Precisa de uma seleção de verdade
por Eli Halfoun
Ninguém tem dúvidas de que mais dia menos dia o futebol mágico de Neymar ganhará os campos da Europa. O que parece estranho, muito estranho, no momento é que o técnico da seleção, Mano Menezes, esteja querendo empurrar Neymar imediatamente para longe do Brasil com o fraco argumento de que assim ele será mais útil para o nosso time. Jogar no competitivo futebol europeu repleto de craques será sem dúvida uma excelente e inevitável experiência para nosso garoto e ouro, mas isso não significa absolutamente que assim ele será melhor para o selecionado canarinho. Não á para acreditar com convicção que afastar Neymar, ainda um menino brincalhão de 20 anos, venha a ser tão benéfico assim: a imediata transferência de Neymar para a Espanha, Itália ou outro país de milionário futebol é um imenso risco emocional já que o craque juvenil terá de ficar longe da família e especialmente do pai, de quem é dependente emocional e profissional já que é “Neymarzão” que orienta (e bem) a carreira e a vida do menino que ainda brinca com a bola. Em relação a seleção brasileira, parece que o problema é outro: estão querendo jogar nas costas do menino a responsabilidade adulta e absurda de ter que resolver sozinho um problema que não é dele, mas sim de um time sem comando, sem tática e sem entusiasmo. Neymar é bom demais, mas por melhor que seja jamais será capaz de ganhar um jogo sozinho: futebol é um esporte coletivo que depende de onze atletas e de quem os comanda fora de campo. Quando o Brasil tiver novamente um time acertado para a Copa do Muno de 2014 aí sim Neymar será mais útil ao coletivo, jogando aqui ou na Europa. Até lá e covardia transferir para um menino de 20 anos uma responsabilidade (ganhar os jogos sozinho) que ele não pode ter. Nem ele e nem outro jogador. (Eli Halfoun)
Ninguém tem dúvidas de que mais dia menos dia o futebol mágico de Neymar ganhará os campos da Europa. O que parece estranho, muito estranho, no momento é que o técnico da seleção, Mano Menezes, esteja querendo empurrar Neymar imediatamente para longe do Brasil com o fraco argumento de que assim ele será mais útil para o nosso time. Jogar no competitivo futebol europeu repleto de craques será sem dúvida uma excelente e inevitável experiência para nosso garoto e ouro, mas isso não significa absolutamente que assim ele será melhor para o selecionado canarinho. Não á para acreditar com convicção que afastar Neymar, ainda um menino brincalhão de 20 anos, venha a ser tão benéfico assim: a imediata transferência de Neymar para a Espanha, Itália ou outro país de milionário futebol é um imenso risco emocional já que o craque juvenil terá de ficar longe da família e especialmente do pai, de quem é dependente emocional e profissional já que é “Neymarzão” que orienta (e bem) a carreira e a vida do menino que ainda brinca com a bola. Em relação a seleção brasileira, parece que o problema é outro: estão querendo jogar nas costas do menino a responsabilidade adulta e absurda de ter que resolver sozinho um problema que não é dele, mas sim de um time sem comando, sem tática e sem entusiasmo. Neymar é bom demais, mas por melhor que seja jamais será capaz de ganhar um jogo sozinho: futebol é um esporte coletivo que depende de onze atletas e de quem os comanda fora de campo. Quando o Brasil tiver novamente um time acertado para a Copa do Muno de 2014 aí sim Neymar será mais útil ao coletivo, jogando aqui ou na Europa. Até lá e covardia transferir para um menino de 20 anos uma responsabilidade (ganhar os jogos sozinho) que ele não pode ter. Nem ele e nem outro jogador. (Eli Halfoun)
segunda-feira, 12 de março de 2012
Ops! País rico também subsidia setores da economia..
Você já deve estar careca de ler na mídia críticas ao país por subsidiar alguns setores, que isso é coisa de quem não tem economia competitiva, vício de economia fechada, atrasada, blá, blá, blá. Só que na guerra comercial não há lugar para frufru nem pra trouxas, é briga de cachorro grande. E não é que a OMC descobriu que duas gigantes da indústria de aviação, a Boeing e a Airbus recebem gordos subsídios disfarçados em itens "inocentes"? E agora? Vão dizer que esse é o "subsídio do bem"? Deu no IG>
Saída de Ricardo Teixeira é uma festa para o futebol
por Eli Halfoun
Raros são os procedimentos e as ações que merecem a unanimidade da imprensa e do público. Ricardo Teixeira pode incluir em seu manchado currículo um novo fato: é o primeiro e único brasileiro a ganhar uma entusiasmada unanimidade. Sua saída (até que enfim) da presidência da CBF foi (ainda está sendo) comemorada por toda a imprensa, torcida e evidentemente por todos os dirigentes que acreditam em necessárias mudanças na gestão do nosso esporte maior que deve ser mais transparente, o que convenhamos será muito difícil de acontecer. Durante os muitos anos em que dirigiu e engordou (física e financeiramente) como presidente da CBF o nome de Teixeira esteve envolvido nos mais diversos escândalos com todo tipo de denúncias em toda a mídia que pelo visto nesse aspecto não errou. Não acompanho de perto os bastidores da política no futebol, mas basta ler o noticiário envolvendo o nome de "Ricardo Sujeira", ou seja, Teixeira, nos últimos anos para ter certeza que o Brasil pode até não ganhar aqui a Copa do Mundo de 2014, mas já ganhou o seu maior troféu ao livrar-se de um verdadeiro perna-de-pau do esporte que tem cada vez menos espaço para os pernas-de-pau. Agora falta ficarmos livres também de técnicos e de jogadores que nada acrescentam à nossa seleção e ao futebol brasileiro de uma forma geral. (Eli Halfoun)
Tigre: conexão do humor
Jornalista demitida da RedeTV porque reclamou de salários atrasados estréia hoje no SBT
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Rita Lisaukas em ação. Divulgação SBT |
Rita Lisaukas, a jornalista e ex-âncora do Rede TV News que denunciou no Facebook o atraso de salários na emissora, estréia hoje no SBT Repórter. No programa apresentado por César Filho, ela fará reportagens. Boa sorte para a profissional que teve a coragem de mostrar como parte do setor de comunicação no Brasil ainda abriga aventureiros. A RedeTV tem "histórico": adquiriu em operação triangular as concessões que pertenceram à Rede Manchete e até hoje não pagou os direitos trabalhistas dos ex-empregados. Recentemente, perdeu para a Band o Pânico na TV por atrasar os salários do elenco e equipe.
Ricardo Teixeira deixa a CBF. "Zé da Medalha" assume
Depois de 23 anos no comando do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira tira o time de campo. Problemas de saúde e acusação de corrupção estão entre os motivos da renúncia anunciada. Nesta segunda-feira, o presidente em exercício da CBF, José Maria Marin, anunciou que o dirigente também deixa o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. Se Teixeira é alvo de acusações, Marin tem currículo polêmico: começou sua carreira política no partido fundado pelo integralista Plinio Salgado, foi governador de SP nos tempos da ditadura e, em janeiro passado, foi flagrado pelas câmeras de TV, durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Junior, embolsando a medalha que seria do jogador Mateus, do Corinthians. Virou o Zé da Medalha". Ele nega, diz agora que foi um "presente" da Federação Paulista de futebol. Mas antes, questionado, deu outras versões, inclusive a de que estava "distraído". Essa é a peça que vai se "distrair" na CBF. Brasil, zil, zil!!!
Reveja o vídeo que mostra Marin disfarçando e botando a medalha no bolso distraído... Clique AQUI
Reveja o vídeo que mostra Marin disfarçando e botando a medalha no bolso distraído... Clique AQUI
Para Otávio Mesquita, traseiro de Silvio Santos é a "porta da esperança"
por Eli Halfoun
Cirurgias plásticas sem dúvida ajudam muito, mas o bom humor é fundamental para manter uma pessoa sempre aparentemente jovem. É o caso do apresentador Otávio Mesquita que, aos 53 anos, faz questão de ser visto como um brincalhão, embora leve seu trabalho muito a sério. É no mínimo divertida a entrevista de Mesquita para a revista Playboy (nas bancas). Com bom humor, ele diz (e não está longe da verdade) que o que "o Pânico faz hoje eu já fazia nos anos 90". Revela também que o hoje consagrado e bom caráter Luciano Huck começou com ele e faz uma revelação sobre Silvio Santos ao contar que é o único apresentador que apertou o traseiro de Silvio Santos. Aconteceu quando Silvio desfilou como enredo em uma escola de samba no Rio. Mesquita conta que para ajudá-lo a subir no carro alegórico "peguei na bunda dele para empurrá-lo. Não resisti e gritei: estou vendo a porta da esperança". Viu, tocou, mas não levou: continuou na Bandeirantes. (Eli Halfoun)
Grupo CVC “viaja” nos móveis e brinquedos
por Eli Halfoun
Se depender do otimismo com que grupos estrangeiros decidiram investir por aqui, podemos realmente acreditar que o Brasil está numa boa, embora ainda tenhamos muitas coisas para fazer (e faremos). O Carlyle, poderoso grupo americano que já comanda a CVC, maior empresa em venda de passagens do Brasil, está decidido a ampliar sua atuação abrindo outras frentes de mercado e negócios. O grupo anda querendo comprar fábrica e lojas do grupo Tok & Stok. Também quer brincar de faturar: tenta adquirir
as lojas de brinquedos Ri Happy, para as quais tem planos ambiciosos entre os quais instalar lojas do grupo nos Estados Unidos para concorrer com a Hi Happy, maior segmento de lojas de brinquedos dos Estados Unidos. Embora os Estados Unidos ainda atravesse uma fase econômica muito difícil os americanos não estão de brincadeira na hora de investir no Brasil.(Eli Halfoun)
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