terça-feira, 20 de agosto de 2024

Mídia - o bom, o mau e o feio

 

Reprodução de O Globo, 18/8/2024

Reprodução de O Globo, 18/8/2024


por Flávio Sépia

Em qualquer país que preza melhor distribuição de renda e mais justiça social, a criação de empregos é boa notícia. 

Não para a mídia dos oligarcas brasileiros. 

O Globo é um jornal que tem um discutível coerência histórica. Exemplos entre muitos? Foi contra o salário mínimo, combate qualquer aumento real das aposentadorias por pouco que seja e fez campanhas contra a instituição do décimo-terceiro salário. 

Os recortes reproduzidos acima são de edição recente. Uma notícia socialmente positiva sobre a atual e acentuada queda do desemprego e uma modesta recuperação do poder de compra dos trabalhadores é destacada como um espécie de catástrofe, um alerta histérico sobre um "abismo" à frente. 

O alinhamento do jornal com o mercado e com os lucros da especulação financeira é algo que chega a níveis de fanatismo neoliberal. "Vendem" o mercado como o "messias" que salva os despossuídos. Nem o sujeito que faz essa análise acredita nesse tipo de argumento que predomina entre os "economistas de mercado", a categoria acadêmica onde a mídia pesca analistas. Não se vê entre as bancadas de áulicos da especulação financeira como dogma um só economista com visão social. Isso apesar das evidências de que o edifício teórico de neoliberalismo apresenta rachaduras dramáticas no mundo inteiro. Por aqui persiste a teoria aloprada do mau e do feio da especulação acima de tudo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Na capa da Carta Capital...

 

Carta Capital analisa os impactos das próximas eleições para prefeitos e vereadores, que estão mais do que nunca contaminadas pela disputa presidencial de 2026. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Alexandre de Moraes é o cíclope que assombra a Folha e apavora a extrema direita



por José Esmeraldo Gonçalves 

Em meio à ofensiva coordenada contra o ministro Alexandre de Moraes e o STF - com foco na manipulação de informações passadas pela extrema direita bolsonarista, conectada com policiais paulistas e com o jornalista estadunidense Glenn Greenwald -, a Folha de São Paulo ultrapassou os limites da ética jornalística e deu um twist carpado na encomenda de provar uma tese inexistente. Agiu como um aplicativo de entregas jornalísticas, onde repórteres podem ser despachados para cumprir pautas demarcadas pelo oligarca controlador da empresa e fotógrafos podem, por indução natural, buscar imagens que façam um macabro pas des deux com o discurso da ultra direita que é o atual GPS ou, quem sabe, a "starlink" do jornal paulistano. Na sequência do "duro", os "informantes" tiraram a escada e deixaram a Folha segurando o pincel. Desde que soltou a falsa "bomba", ela tenta desdizer o que disse, mudar palavras e retocar frases.


No rescaldo do 8 de Janeiro golpista a Folha obrou a famosa a montagem da foto das vidraças do Planalto sobre a figura do Lula com estilhaços registrados em outro espaço da fachada e colados digitalmente sobre o coração do presidente, como se fosse o rastro de uma bala nem um pouco perdida.

O ministro Alexandre de Moraes Moraes, alvo atual de uma operação midiática orquestrada que parece ter o claro objetivo de anulação de provas em processos no TSE, foi agora retratado na capa como um cíclope ameaçador. Só uma análise técnica diria se há manipulação nessa imagem. Aparentemente há discrepâncias de incidência de luz, mas não necessariamente caracterizadas como consequência de manejo digital da foto. Como a Folha já falsificou antes uma imagem vendida como fotojornalismo, a suspeita é valida. A mensagem editorial das duas fotos, tal qual o jornal elaborou nas capas, supera as imagens e talvez até a concepção da autora. Por coincidência, ambas, a dos estilhaços aplicados sobre Lula e a da cena de um Moraes alucinado e ameaçador são da mesma fotógrafa, Gabriela Biló, uma caçadora de esquisitices no sanatório político do Planalto Central.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Um R.I.P para o "delfim" da ditadura

Jô Sôares (Dr. Sardinha) e Delfim Netto
na capa da Manchete em foto de Rolnan Pìmenta



por José Esmeraldo Gonçalves 

Delfim Netto, ex-ministro da ditadura, morreu ontem em São Paulo aos 96 anos. Em 1968, ele foi um dos signatários do AI-5, que, nos anos seguintes, resultou em brutal ampliação do número de prisões de opositores do regime militar, assassinatos e sessões de tortura. 

Delfim não se incomodava com críticas que o ligavam à ditadura e não renegava o passado, mas tentou se justificar e foi capaz de dizer que não época "não sabia" que a ditadura torturava e matava opositores. Comandou a economia durante dois governos especialmente violentos: de Costa e Silva e Médici. Era tão poderoso que ganhou a alcunha de "czar". 

Ao fim do governo Médici, surgiram rumores discretos de que Delfim tinha apoio militar e poderia ser uma opção civil e confiável em um futuro, mesmo que distante, esgotamento da ditadura. Ernesto Geisel sacou sua carta e antes que o "delfim" de Médici lhe fizesse sombra o enviou para um cargo de luxo, ócio, e distante: embaixador em Paris. Anos depois, o economista foi ministro da Agricultura e ministro do Planejamento no período de João Figueiredo. Recentemente, em entrevista ao UOL, Delfim  afirmou que assinaria novamente o AI-5, aparentemente continuava ignorando torturas e assassinatos do regime militar. 

O economista conquistou bom trânsito e amigos jornalistas na mídia. Tornou-se uma espécie  de comentarista de estimação, em forma de frases tidas como espirituosas. Um desses jornalistas e admiradores o considerava um "frasista genial". Em abril de 2011, em uma das suas falas no progama Canal Livre, da Band, ele cometeu uma dessas genialidades: “Há uma ascensão social visível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais, ela desapareceu. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter". 

De certa forma, Jô Soares e a Manchete deram uma força à popularidade de Delfim. Em 1979, quando fazia sucesso na TV o personagem Dr. Sardinha, que ironizava o ministro, Delfim e Jô aceitaram conversar e posar juntos com exclusividade para a capa da revista. O Dr. Sardinha tranformava em piada a falta de intimidade do então ministro com frutas, legumes, cereais e grãos em geral. Delfim revelou na entrevista que ao receber o convite da Manchete para posar com  Jô pensou em recusar, "temia danos à imagem", segundo disse. Depois concluiu que era uma simples sátira. Ele tinha razão. Ao aderir ao humor e se deixar fotografar ao lado do Dr. Sardinha virou o efeito da gozação, mostrou até o jogo da cintura que não tinha e se tornou simpático diante da enorme audiência do programa do Jô na TV Globo.    

sábado, 10 de agosto de 2024

Tapem os narizes, isso pode acabar em lama. STF quer transparência no esquema do Orçamento Secreto. Bomba política que deixa o Congresso sob tensão é capa da Carta Capital

 


Comentário do blog - Orçamento Secreto, como se sabe, é o esquema financeiro criado no governo de Bolsonaro que permite a generosa distribuição de dinheiro pelo Congresso em um fluxo bilionário de difícil rastreamento. Também conhecido como "festa no interior".

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Com imagem congelada na baixa e saindo na mídia apenas por envolvimento em questões pessoais, Neymar investe pesado nas redes sociais.

Com imagem congelada na baixa, o jogo de Neymar por enquanto está na internet. Mais precisamente nas suas contas oficiais no You Tube, Facebook e Instagram. Tudo é divulgação.Um ponto de marketing praticado pela sua equipe é supervalorizar os treinos com bola e sem bola realizados atualmente pelo brasileiro na Arábia Saudita. Ele ainda não tem data para voltar a jogar, talvez setembro ou outubro. Outro, mais intenso, é acoplar a marca de Neymar a personalidades e atletas com imagem menos rejeitada. Por isso ele apareceu nas tribunas vendo os jogos da recente Copa América, no Estados Unidos. Como o Brasil não deslanchou, a tática foi abortada. O site oficial de Neymar voltou-se para as Olimpíadas e se apressou em parabenizar medalhistas como Rebeca, Gabriel, Raíssa, Bia etc. É uma estratégia conhecida entre gestores de imagem essa de pegar carona em momentos e celebridades menos polêmicas e mais favoráveis. Ocorre que, para voltar a ser protagonista, Neymar não depende das redes sociais. Ele precisará a mostrar em campo que se recuperou e ainda assim terá a desvantagem de estar jogando em um centro secundário do futebol. Quem liga para os clubes da Arábia Saudita? Apenas os jogadores que deixaram a Europa em troca de milhões de euros. Sabe-se que ele considera voltar à Europa. O problema é quando e onde receberá uma proposta. Voltar à seleção é outro objetivo crucial para ele. Todas as possibilidades, contudo, aguardam seu desempenho em campo.

Medida Provisória isenta de taxação prêmios dos atletas olímpicos. "Jabutis" já treinam para também subir nesse pódio. Vai uma carona aí?

Agência Brasil/Reprodução 

Comentário do blog - Nos últimos dias as redes sociais e até veículos jornalísticos que reproduzem conteúdo sem apuração criteriosa espalharam um notícisa falsa: Lula, segundo eles, cobraria imposto de renda em cima dos prêmios pecuniários dos atletas olímpicos brasileiros. 

Ocorre que essa lei foi instituida pela ditadura nos anos 1970. Por ocasião da Olimpíada de Tóquio, em 2021, o governo de Jair Bolsonaro cobrou o imposto dos atletas medalhistas, conforme a legislação. 

A máquina de fake news do fascismo bolsonarista abriu fogo sobre o ministro Haddad até que a Receita Federal explicasse a origem da lei. 

Ontem, Lula assinou uma Medida Provisória que abre uma exceção na taxação desses prêmios. O texto é especifico para premiações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro. 

Tudo certo, é justa a medida.

O problema pode começar no Congresso - o pior de todos os tempos no Brasil - quando a MP for analisada e votada. Uma prática comum entre deputados e senadores é inserir "jabutis" e "contrabandos" em projetos de lei e MPs. Na atual legislatura as iniciativas do governo federal podem ser deformadas por interesses particulares ou de bancadas que atendem a demandas em geral. Na última hora aparecem artigos que fazem a festa de setores ou indivíduos. 

A oposiçao de extrema direita é majoritária e aprova tudo. Vale a especulação: são enormes as chances de algum parlamentar sacar da cartola "jabutis" ou 'contrabandos" de estimação que podem ou não ter a ver com o conteúdo da MP. Um "izperto" poderá incluir prêmios recebidos por personalidades em seminários e encontros corporativos geralmente realizados em Nova York e Lisboa. Sempre se pergunta porque não escolhem como local para esses debates, por exemplo, a aprazível cidade de Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul. Os "jabutis" poderão despontar sobre as mais diversas pelagens e tamanhos. Um pastor que receba uma remuneração pecuniária de uma entidade estrangeira em uma competiação de soletração de versículos; um concurso na TV italiana sobre a vida da primeira-ministra de extrema direita Giorgia Meloni. Uma maratona em torno do cemitério de Petersburg, na Virgínia, onde está enterrado Olavo de Carvalho, o guru dos bolsonaristas. Agora, sério, é impossível prever até onde vai a criatitividade parlamentar, mas uma coisa é previsível: "jabutis" vão subir no pódio do Congresso quando essa MP for votada.  

Do newsletter Jornalistas&Cia - O colecionador de xícaras

 

Reprodução. Clique na imagem para ampliar a leitura

Em setembro, Jornalistas & Cia comemorará 29 anos de atividade. O diretor Eduardo Ribeiro anuncia uma reformulação editorial que marcará a data. O boletim informativo é uma leitura semanal indispensável aos profissionais que pretendem manter atualização permanente sobre o universo da comunicação e a movimentação do setor corporativo e do mercado em geral. É a nossa tecla F5, mas vai muito além disso. 

A seção Memórias da Redação, por exemplo, recupera "causos" e casos - geralmente bem-humorados - dos bastidores do jornalismo e da atuação dos repórterese e fotógrafos de várias gerações. 

A mais recente edição traz um texto do jornalista Walterson Sardenberg Sobrinho, o Berg, que foi repórter da Manchete e Fatos & Fotos e editor em outras importantes publicações. Reproduzimos acima "Um cafezinho com  Mário Américo" (José Esmeraldo Gonçalves)   


quarta-feira, 7 de agosto de 2024

TBT Suzy Rego - Ex-miss Pernambuco, atriz conta história de bastidores de uma capa da Manchete

 

Em 1984, Suzy Rego concorreu ao Miss Brasil e perdeu o título por apenas um voto. Logo depois do anúncio do resultado, ele posou para a tradicional capa que a Manchete fazia do concurso. Estava triste, segundo contou à TV Cultura em vídeo reproduzido na sua conta no Instagram (centralsuzyrego) ou no Facebook. Ela não sabia que aquele segundo lugar (a Miss Brasil daquele ano foi Ana Elisa Flores, de São Paulo) mudaria sua vida. 

Suzy Rego logo engrenou uma carreira de atriz de teatro e de novelas da Globo. onde trabalhou como contratada durante 18 anos. No vídeo que pode ser acessado no link abaixo ela conta uma história de bastidores daquela sessão de capa da Manchete

https://www.instagram.com/p/C7UcZtSOv2v/

https://www.facebook.com/reel/794256682753211

domingo, 4 de agosto de 2024

"La mano, cadê o eco, la mano". Incidente nada convencional na convenção bolsonarista

Imagem de divulgação reproduzida do Instagram 


Imagem de divulgação reproduzida do Instagram 

O governo de Santa Catarina demitiu funcionário Samuel Moro Jacques, assessor de comunicação digital. Motivo: ele publicou um vídeo em a mão esquerda do governador Jorginho Mello (PL) aparentemente escorrega na zona de segurança de Michelle Bolsonaro durante uma convenção do partido boldonarista PL. Até o momento em que escrevo esse post o governador pernanecia no cargo. O vídeo publicado na página oficial do PL de Santa Catarina viralizou nas redes sociais.

Se Mário Vianna fosse vivo teria pedido a falta - "la mano, cadê o eco, la mano".

*Informação para a geração Z: Mário Vianna era comentarista de arbitragem da Rádio Globo nas décadas de 1960/70. O "lá mano" era um dos seus famosos bordões.

People e Time "descobrem" o fenômeno Rebeca

 





A mídia estadunidense reconheceu Rebeca Andrade como a ginasta que desafia Simone Biles. Mais do que isso, como a Reuters definiu, a brasileira é a atleta que causa "stress" na Biles.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Olimpíada não tem pódio para religião, mas proselitismo de crenças se infiltrou em Paris 2024

Foto COI/Divulgação
por José Esmeraldo Gonçalves

A Carta Olímpica, uma espécie de Constituição da Olimpíada, é clara: o Artigo 50 do documento estabelece que não é permitida em qualquer instalação olímpica qualquer forma de manifestação ou propaganda política, religiosa ou social. A Carta é um guia para todos os países que participam das competições. 

Apesar disso, o exibicionismo religioso tem tentado nesta edição dos Jogos, quebrar esse princípio. A Olimpíada reúne atletas das mais diversas culturas, fé, ideologia e raças. Contaminar uma festa universal de congraçamento esportivo com proselitismos particulares equivale a introduzir no ambiente esportivo gatilhos de divisão, conflito e até ódio.

Um assunto que dominou a mídia e as redes sociais foi um dos elementos artísticos da abertura oficial dos Jogos. Católicos e evangélicos reagiram com desproporção equivocada a uma suposta releitura da "Última Ceia", que incluía um "ofensivo" painel da diversidade de gênero. A intolerância levou os religiosos a uma interpratação deturpada da representação artística. Segundo o cerimonialista e diretor criativo da cerimônia inaugural, Thomas Jolly, o que o fundamentalismo viu como paródia da "Última Ceia" foi uma cena de banquete de Dionísio. Representado pelo ator francês Philippe Katerine o deus grego surgiu pintado de azul em uma mesa - móvel comum a qualquer banquete e não apenas à citada ceia - cercado de drags queens e dançarinos em uma festa pagã. "A ideia era fazer uma grande celebração ligada aos deuses do Olimpo", disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM. "Eu queria uma cerimônia que unisse as pessoas, que as reconciliasse, mas também uma cerimônia que afirmasse nossos valores de liberdade, igualdade e fraternidade". Ele acrescentou que tudo isso estava claro na representação. "Dionísio apareceu nessa mesa como o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena". Historiadores confirmaram nas redes sociais a presença de detalhes do quadro a "Festa dos Deuses", de Giovanni Bellini (1514). Em todo caso, os organizadores da cerimônia pediram desculpas diante de eventuais interpretações mesmo erradas e negaram intenção de desrespeitar religiosos. 

A propósito, releituras da Última Ceia nem são novidade e nem carregam obrigatoriamente ofensa à fé de quem quer que seja. Veja, abaixo, alguns exemplos dessas paródias bem-humoradas. Além do que as reproduções mostram, há muitas paródias. O histórico painel de Ziraldo nas paredes do Canecão mostrando a chopada dos personagens cariocas é uma dessas inspirações que vêm da bíblia para o humor contemporâneo..

Turma da Mônica/Divulgação  
Super-heróis. Do site Sanatório da Imprensa/Criação: Wanderley Freitas

Aparentemente sem ligação com o episódio da abertura da Olimpíada, mas em direção contrária à laicidade da Olimpíada, o  COB (Comitê Olímpico do Brasil) teve seu dia de exibiconismo religioso. Acompanhando uma foto de integrantes de delegação (abaixo) uma das integrantes da direção assinou um post de caráter religioso. 

Reprodução/Time Brasil

Reprodução TV/COI

A skatista Raissa Leal, medalha de bronze nos jogos de Paris, quebrou o protocolo ao mandar um mensagem religiosa usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Não se sabe se por iniciativa própria ou a pedidos a atleta de 16 anos, em plena apresentação, divulgou a mansagem "Jesus é o caminho, a verdade e a vida". 

Agora imagine o que seria a Olimpíada se muçulmanos, israelitas, praticantes de religiões de matriz afro, budistas, sikhistas, espíritas, baharistas etc  usasem parte dos seus tempos de prova na divulgar suas crenças.

Atualização em 30/07/2024: Barbara Butch, a DJ francesa que participou da performance atacada por radicais (ela aparece com enfeite dourado na cabeça na cena da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris) está recebendo ameaças  de morte por parte da extrema direita religiosa da França.

Atualização em 31/07/2024 - O COI aceitou a alegação de Raíssa Leal de que desconhecia a proibição de fazer proselitismo de religião em ambiente olímpico. A atleta receberá apenas uma advertência.  O COI ainda manifesta seu apoio à liberdade de expressão em entrevistas ou declarações dos atletas fora das competições em respeito à Carta Olímpica.

Paris 2024: Jérôme Brouillet, da AFP, faz a foto olímpica do voo de Gabriel Medina

 


Na capa do Globo, Gabriel Medina sobre as ondas. A foto feita por Jérôme  Brouillet, da France Press, em Teahupoo, globalizou nas redes sociais e nos principais jornais. O francês estava em um barco com mais nove fotógrafos, mas só ele captou o exato milésimo de segundo em que Medina decolou após sair de um tubo que lhe valeu uma pontuação de 9,90, a maior até aqui em Olimpíada.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

São Paulo tem agora uma nova ameaça nas ruas: o Porsche assassino

Carros de luxo são a nova arma de playboys da elite paulistana contra os desfavorecidos? Em dois casos recentes Porsches assassinos mataram um motorista de aplicativo e um motociclista. Provavelmente com seus condutores aditivados de álcool ou drogas, além da raiva. Desentendimentos em trânsito já figuram como agentes de homicídios nas estatísticas após o derrame de armas promovido pelo governo Bolsonaro. O sujeito leva uma fechada e sai do carro de pistola em punho ou até um fuzil também liberado para civis aloprados. Um espelho retrovisor quebrado pode significar uma sentença de morte. A novidade é que, se houver falta de bala, um Porsche com calibre de guerra serve como arma na mão desses playboys desvairados. Aparentemente, quanto maior a conta bancária, mais os portadores dos carros vingadores pensam que têm licença para matar.

domingo, 28 de julho de 2024

A ira contra a democracia

Reprodução
de imagem da NBC

Trump foi muito claro. Se depender dele essa será a última vez que os estadunidenses vão votar para presidente. O magnata, que é criminoso condenado em um dos muitos processos criminais a que responde, está  confiante depois de tomar um estilhaço de bala na orelha. Ele se entroniza como o líder da extrema direita e ameaça mais uma vez a democracia. Depois do ataque ao Capitólio, quando instigou seus adeptos à extrema violência, Trump revela um objetivo diabólico: construir uma teocracia absoluta. 

* "Cristãos, saiam e votem! Só desta vez - vocês não terão que fazer isso mais". 

*  "Querem saber de uma coisa? Tudo será consertado! Vai ficar tudo bem. Vocês não precisarão mais votar, meus lindos cristãos. Eu amo vocês."

Essas foram as palavras de Trump dirigidas a um grupo radical de cristãos chamado Turning Point Action em West Palm Beach, no estado da Flórida.

sábado, 27 de julho de 2024

Na capa da Veja: o clone bolsonarista

 

Comentário do blog - Esse elemento aí é o Bolsonaro 2.0. Tem o mesmo ideário neofascista, o mesmo impulso para vender bens públicos a preço de banana. O mesmo desprezo por políticas sociais, ambientais, de saúde pública. É a aposta dos oligarcas da mídia brasileira para 2026. É o "Aécio" da vez, o "Collor" da temporada. O "Sarney" do momento. A mesma mídia que já fechou com ditatores. Uma escolha que revela o critério de sempre. Estadão, Folha, Globo,Record, Band, SBT, a extrema direita na internet, ongs corruptas que se beneficiam das verbas públicas, emendas, emendões e emendinhas, tudo isso está está, como sempre, com quem dá mais. O candidato escolhido nos mais escuros gabinetes é o guardião das elites, o defensor dos subsídios que transferem dinheiro público para bolsos privados, da lucrativa privataria. Agora, também conta a religião. Quando mais fanático e "talibã" mais o candidato conta pontos. Mas é o que temos como prato principal da mídia conservadora e dos sites das fascistas. Juntos, são a desgraça do país.

Na capa da IstoÉ: a promotora contra o condenado

 


Na capa da Carta Capital: a escolha entre a democrata e o criminoso neofascista

 

 

Comentário do blog - Pela primeira vez os delegados estaduais. Sim, porque no confuso sistema eleitoral, o eleitor não decide; o vencedor no voto popular pode ser superado pelo voto dos delegados. O legislador demonstrou não confiar no povo e colocou uns trava para regular a vontade dos cidadãos e evitar surpresas fora do bipartidarismo dominante. Kamala Harris tem chance, mas precisa conquistar mais delegados do que Trump, de preferência abrir uns vantagem segura. Trump mesmo na sua disputa contra Hillary Clinton perdeu no voto popular e venceu entre os delegados estaduais. Dependendo do estado, o voto do eleitor vale menos ou mais. No que lhe compete, o eleitor estadunidense vai escolher entre um condenado que não hesita em manifestar suas posições neofascistas na política externa, no ambientalismo, na imigração, nos costumes, na política econômica que privilegia os grandes grupos, na liberação das armas e na contaminação religiosa do Estado. Um segundo mandato de Donald Trump.cai impactar os Estados Unidos por décadas. O magnata poderá dar à Côrte Suprema uma poderosa marca conservadora e neofascista; poderá dar um aval a Israel para a limpeza étnica definitiva do, para a extrema direita israelense, incômodo povo palestino. Aparentemente, Kamala equilibrou a disputa. Mas o suspense persistirá até novembro.