por Lenira Alcure
Pobre Sérgio Cabral (ou pobres de nós!) Depois de ofender um adolescente que cobrava o computador prometido, de chamar de vândalos os bombeiros revoltados com o silêncio das autoridades, o ilustre Governador do Rio de Janeiro hoje se confessa arrependido. No caso do bondinho desenfreado de Santa Teresa, pode parecer até comovente o seu 'mea culpa', não fosse dramática a situação de quem perdeu parentes e amigos e dos moradores que estão agora sem um transporte que não é só turístico como ele andou por aí falando. Bater no peito, cara de menino tristinho e nada mais? E o muy digno secretário de Transportes, mais quieto do que um gato fujão depois de estripulias, continua no cargo? No Japão, confissões como essas são sempre acompanhadas de um pedido de demissão, ou pior, de suicídio. Do outro lado do mundo, que é o nosso, deste Brasil 'tão cordial' o meliante faz que não é com ele. Me lembra o cara que ia escapando de uma visita ao alheio com um belo leitão às costas: "Porco? roubando, eu hein? Tire esse bicho daí, que eu nem tinha visto!" e eu nem tinha visto!"
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Questão de mídia...
por Gonça
O Superior Tribunal de Justiça acaba de condenar a revista Flash News a indenizar o ator Pedro Neschling em R$26 mil por publicar uma declaração supostamente feita em off. A frase teria sido dita depois de uma entrevista e nela o ator teria criticado o desempenho artístico do colega Gustavo Leão. O STJ julgou que independentemente de a frase ser verdadeira ou não, a revista comprometeu a boa-fé e a ética. A matéria analisada pelo tribunal é de entretenimento mas o fato levanta uma questão séria. Conceitualmente, a prática do off, que deve ter uso sempre comedido, destina-se a fornecer ao repórter pistas ou evidências que o ajudem a esclarecer determinado assunto. É uma dica. Cabe ao jornalista, a partir do off, apurar e comprovar a informação. Hoje, até em grandes veículos e em matérias ditas investigativas, é comum o repórter comodamente lançar no texto da reportagem o off pelo off transferindo ao leitor a conclusão. É usual a publicação de matérias inteiras baseadas em "fontes próximas", "amigos que frequentam o grupo tal", ou pior, há os que adotam liguagem de literatura infantil e mandam lá um suspeitíssimo "uma raposa felpuda ouviu"...
Como diria o comentarista Arnaldo Cesar Coelho, "a regra é clara": off é para ser apurado com duas ou mais fontes e não publicado tal qual recebido. Dá nisso: o jornalista cai em armadilhas ou pode virar peça de jogo de interesses. E nesse caso, corre o risco de virar marionete.
O Superior Tribunal de Justiça acaba de condenar a revista Flash News a indenizar o ator Pedro Neschling em R$26 mil por publicar uma declaração supostamente feita em off. A frase teria sido dita depois de uma entrevista e nela o ator teria criticado o desempenho artístico do colega Gustavo Leão. O STJ julgou que independentemente de a frase ser verdadeira ou não, a revista comprometeu a boa-fé e a ética. A matéria analisada pelo tribunal é de entretenimento mas o fato levanta uma questão séria. Conceitualmente, a prática do off, que deve ter uso sempre comedido, destina-se a fornecer ao repórter pistas ou evidências que o ajudem a esclarecer determinado assunto. É uma dica. Cabe ao jornalista, a partir do off, apurar e comprovar a informação. Hoje, até em grandes veículos e em matérias ditas investigativas, é comum o repórter comodamente lançar no texto da reportagem o off pelo off transferindo ao leitor a conclusão. É usual a publicação de matérias inteiras baseadas em "fontes próximas", "amigos que frequentam o grupo tal", ou pior, há os que adotam liguagem de literatura infantil e mandam lá um suspeitíssimo "uma raposa felpuda ouviu"...
Como diria o comentarista Arnaldo Cesar Coelho, "a regra é clara": off é para ser apurado com duas ou mais fontes e não publicado tal qual recebido. Dá nisso: o jornalista cai em armadilhas ou pode virar peça de jogo de interesses. E nesse caso, corre o risco de virar marionete.
Perdeu, Aldo Rabelo
por Gonça
O deputado do PCdoB, Aldo Rabelo, o relator do desastrado Código Florestal ruralista, queria uma vaga do Tribunal de Contas da União. Perdeu. Ganhou a deputada Ana Arraes. O eleitor tem quase nada a ver com isso, não é chamado a opinar, mas menos mal. Resta esperar que eleitores preocupados com o Meio Ambiente e as florestas que restam no Brasil não reconduzam o Rabelo à Câmara nas próximas eleições. Que ele, democraticamente, responda pelo mostruoso Código Florestal, que já foi aprovado pela Câmara. A esperança é que o Senado, que ainda vai votar, tenha um pouco mais de visão. Esperança pouca mas a penúltima que resta. A última, é Dilma Rousseff vetar esse código da destruição. Será?
O deputado do PCdoB, Aldo Rabelo, o relator do desastrado Código Florestal ruralista, queria uma vaga do Tribunal de Contas da União. Perdeu. Ganhou a deputada Ana Arraes. O eleitor tem quase nada a ver com isso, não é chamado a opinar, mas menos mal. Resta esperar que eleitores preocupados com o Meio Ambiente e as florestas que restam no Brasil não reconduzam o Rabelo à Câmara nas próximas eleições. Que ele, democraticamente, responda pelo mostruoso Código Florestal, que já foi aprovado pela Câmara. A esperança é que o Senado, que ainda vai votar, tenha um pouco mais de visão. Esperança pouca mas a penúltima que resta. A última, é Dilma Rousseff vetar esse código da destruição. Será?
Milícias financeiras: vai piorar antes de melhorar
por Gonça
Outro dia o Telecine exibiu o filme "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme". É cinema, claro, com os devidos descontos ao espetáculo, que mistura tensões pessoais com o obscuro jogo de bolsas de valores e a disseminação de notícias pela imprensa com objetivos de fazer subir ou cair determinadas ações. Mas é ficção com um pesado pé na realidade. Quer ver? Hoje, agências de risco rebaixaram as posições de importantes bancos americanos. A crise não tem fim. Governos de vários países já injetaram trilhões de dinheiro público no sistema privado. A alegação é que ou liberam os reforços de caixa ou será o caos. A globalização e a desregulamentação do sistema financeiro, a louvação dos Estados mais do que mínimos, a desburocratização de transferências financeiras em níveis astronômicos e a redução dos direitos trabalhistas a questão meramente cenográfica são algumas das bandeiras do neoliberalismo, ideologia claramente assumida da maior parte mídia brasileira e alardeada como a credencial para a entrada no paraíso desde o fim dos anos 90. Nessa onda-que-eu-vou, países grandes e pequenos se renderam aos especuladores. Virou a zona que aí está, com empregos sendo pulverizados, sistemas de saúde pública em choque, assistência social na parede e gigantescas transferências de dinheiro público para segurar o terremoto gerado por instituições financeiras descontroladas. Na prática, o neoliberalismo deixou o mundo na mão de verdadeiras milícias financeiras. O Brasil até que deu alguma sorte. O povo foi às urnas e apeou do poder o governo neoliberal. Não conteve mas diminuui os danos. Nos últimos anos, o país privilegiou o desenvolvimento, criou empregos, atraiu investimentos produtivos, distribuiu renda, priorizou o mercado interno, conquistou novos parceiros comerciais e diversificou exportações (no que, aliás, foi bastante criticado pela impensa que condenava o governo por não priorizar o mercado norte-americano. Pois é, imaginem os sábios e "especialistas" se o Brasil dependesse hoje para suas vendas apenas do mercado norte-americano que entrou em recessão?...).
Resumindo: se cruzar com um neoliberal, mude de calçada e tome cuidado com a carteira.
Outro dia o Telecine exibiu o filme "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme". É cinema, claro, com os devidos descontos ao espetáculo, que mistura tensões pessoais com o obscuro jogo de bolsas de valores e a disseminação de notícias pela imprensa com objetivos de fazer subir ou cair determinadas ações. Mas é ficção com um pesado pé na realidade. Quer ver? Hoje, agências de risco rebaixaram as posições de importantes bancos americanos. A crise não tem fim. Governos de vários países já injetaram trilhões de dinheiro público no sistema privado. A alegação é que ou liberam os reforços de caixa ou será o caos. A globalização e a desregulamentação do sistema financeiro, a louvação dos Estados mais do que mínimos, a desburocratização de transferências financeiras em níveis astronômicos e a redução dos direitos trabalhistas a questão meramente cenográfica são algumas das bandeiras do neoliberalismo, ideologia claramente assumida da maior parte mídia brasileira e alardeada como a credencial para a entrada no paraíso desde o fim dos anos 90. Nessa onda-que-eu-vou, países grandes e pequenos se renderam aos especuladores. Virou a zona que aí está, com empregos sendo pulverizados, sistemas de saúde pública em choque, assistência social na parede e gigantescas transferências de dinheiro público para segurar o terremoto gerado por instituições financeiras descontroladas. Na prática, o neoliberalismo deixou o mundo na mão de verdadeiras milícias financeiras. O Brasil até que deu alguma sorte. O povo foi às urnas e apeou do poder o governo neoliberal. Não conteve mas diminuui os danos. Nos últimos anos, o país privilegiou o desenvolvimento, criou empregos, atraiu investimentos produtivos, distribuiu renda, priorizou o mercado interno, conquistou novos parceiros comerciais e diversificou exportações (no que, aliás, foi bastante criticado pela impensa que condenava o governo por não priorizar o mercado norte-americano. Pois é, imaginem os sábios e "especialistas" se o Brasil dependesse hoje para suas vendas apenas do mercado norte-americano que entrou em recessão?...).
Resumindo: se cruzar com um neoliberal, mude de calçada e tome cuidado com a carteira.
Paraty em Foco: 7º Festival Internacional de Fotografia
De 21 a 25 de setembro, Paraty estará devidamente enquandrada por grandes fotógrafos e admiradores da Fotografia. O tema deste ano é #Futuro, assim mesmo, em formato twitter para ressaltar o digital. São cerca de 400 vagas em workshops coordenados por profissionais brasileiros e estrangeiros.
A Nikon patrocina encontros com fotógrafos “Nikonzeiros”, durante os quais os alunos poderão testar novos produtos. São eles:
• Kazuo Okubo – Tema: Corpo – 22 e 23 de Setembro
• Luciano Candisani - Tema: National Geographic Experience – 23, 24 e 25 de Setembro
• Luiz Garrido – Tema: Sempre Retrato – 24 Setembro
• Ayrton Camargo – Tema: Olhar 360 – 24 Setembro
A Nikon patrocina encontros com fotógrafos “Nikonzeiros”, durante os quais os alunos poderão testar novos produtos. São eles:
• Kazuo Okubo – Tema: Corpo – 22 e 23 de Setembro
• Luciano Candisani - Tema: National Geographic Experience – 23, 24 e 25 de Setembro
• Luiz Garrido – Tema: Sempre Retrato – 24 Setembro
• Ayrton Camargo – Tema: Olhar 360 – 24 Setembro
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Pra inglesa ver: revista feminina tem a ver com política...
por JJcomunic
É na Inglaterra, mas não demora a chegar aos marketeiros de campanhas eleitorais brasileiras. Os partidos políticos recorrem às revistas femininas para se aproximar das suas leitoras, segundo o jornal Guardian. Organogramas partidários têm agora um jornalista só para cuidar de revistas e canais de TV de entretenimento com foco em leitoras e telespectadoras. O voto feminino é cada vez mais influente no Brasil de Dilma Rousseff. E, ano que vem, teremos eleições municipais.
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| A revista "Red" não deixa suas leitoras à margem das campanhas políticas |
É na Inglaterra, mas não demora a chegar aos marketeiros de campanhas eleitorais brasileiras. Os partidos políticos recorrem às revistas femininas para se aproximar das suas leitoras, segundo o jornal Guardian. Organogramas partidários têm agora um jornalista só para cuidar de revistas e canais de TV de entretenimento com foco em leitoras e telespectadoras. O voto feminino é cada vez mais influente no Brasil de Dilma Rousseff. E, ano que vem, teremos eleições municipais.
Lula aposta na reeleição de Dilma
por Eli Halfoun
Não se sabe se é apenas para disfarçar, mas o fato é que o ex-presidente Lula continua garantindo que não faz parte de seus planos, pelo menos os imediatos, de novamente disputar eleição para a Presidência da República. Agora, para reforçar essa sua não intenção, Lula faz questão de, em conversas com amigos ou partidários (que nem sempre são amigos), afirmar que aposta sem medo de perder que Dilma Roussef será reeleita com facilidade. Ainda é cedo para fazer esse tipo de previsão, mas de qualquer maneira a experiência política de Lula não é para ser desprezada. Nunca. (Eli Halfoun)
Não se sabe se é apenas para disfarçar, mas o fato é que o ex-presidente Lula continua garantindo que não faz parte de seus planos, pelo menos os imediatos, de novamente disputar eleição para a Presidência da República. Agora, para reforçar essa sua não intenção, Lula faz questão de, em conversas com amigos ou partidários (que nem sempre são amigos), afirmar que aposta sem medo de perder que Dilma Roussef será reeleita com facilidade. Ainda é cedo para fazer esse tipo de previsão, mas de qualquer maneira a experiência política de Lula não é para ser desprezada. Nunca. (Eli Halfoun)
Nova pesquisa bota Lula nas alturas. Mais uma vez
por Eli Halfoun
Mesmo afastado da Presidência da República, Lula continua em alta ocupando cada vez maso espaço na mídia e na boca do povo que ainda o considera o presidente que fez o melhor governo popular da história do Brasil. Não é papo de botequim: a popularidade de Lula acaba de ser novamente confirmada em pesquisa que será divulgada nos próximos dias e na qual ele teve 90% de aprovação, que é o seu maior índice e o maior de qualquer governante ou ex-governante na história do país. O resultado da pesquisa já chegou às mãos de alguns assessores do ex-presidente que, é claro, vibraram com o resultado. Alguns chegaram até a dizer que “agora só falta ele ser beatificado”. Menos, menos. (Eli Halfoun)
Mesmo afastado da Presidência da República, Lula continua em alta ocupando cada vez maso espaço na mídia e na boca do povo que ainda o considera o presidente que fez o melhor governo popular da história do Brasil. Não é papo de botequim: a popularidade de Lula acaba de ser novamente confirmada em pesquisa que será divulgada nos próximos dias e na qual ele teve 90% de aprovação, que é o seu maior índice e o maior de qualquer governante ou ex-governante na história do país. O resultado da pesquisa já chegou às mãos de alguns assessores do ex-presidente que, é claro, vibraram com o resultado. Alguns chegaram até a dizer que “agora só falta ele ser beatificado”. Menos, menos. (Eli Halfoun)
"Honoris Causa"?
deBarros
Essa tal de "Honoris Causa" – na minha opinião – nunca mais será a mesma. Cruz Credo!!!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Cinema argentino
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| "Um Conto Chinês": Ignacio Huang e Ricardo Darín. Foto: Divulgação |
O que o cinema argentino tem, que o nosso não tem? Fui ver ‘Um Conto Chinês’, produção hispano-argentina com Ricardo Darín, no papel do solteirão que esconde, sob a capa de ranzinza, um autêntico sentimental. Darín é o Gerard Depardieu da Argentina, mais em forma e com olhos incríveis... Está em todas, quero dizer, em quase todos os bons filmes que nos chegam de lá. Não vou contar a história (quem quiser, que vá ao cinema), mas a narrativa prende, nos faz rir, emociona, seduz. Dizem que é baseada em fatos reais, pode ser, o real é geralmente extraordinário, como afirmava o nosso Nelson Rodrigues em suas crônicas da ‘Vida como ela É’. Me solidarizei com o personagem que tem o hobby de recortar páginas e páginas de jornais com notícias que até parecem absurdas. De um certo modo, embora sem o método dele, faço isso também (não apenas eu, mas muita gente aqui no Panis) e constato que o mais interessante no dia-a-dia é justamente o seu contrário, ou seja, o incrível que nos rodeia.
Voltando à comparação com a produção nacional: com honrosas exceções, a indústria brasileira de ficção (a realização de documentário é de ótima qualidade) não prima por bons argumentos fora dos padrões comédia ligeira ou até a neopornochanchada, agora levada a sério(?). No mesmo dia em que assisti a ‘Um Conto Chinês’, o trailer de um filme financiado pela Petrobras e pelo BNDEs exibia mais uma vez o submundinho safado, que entorpece a plateia brasileira, na TV e no cinema, com Big Brothers e assemelhados. Não sou contra o filme, há gosto para tudo, mas financiar para quê? O que é bom se sustenta, vide sucesso de ‘Cordel Encantado’, que pode (e deve) virar um bom filme de exportação. Não é preciso apoiar só ‘filme cabeça’ ( esses, até temos, desde os tempos imemoriais do Cinema Novo), mas de contar boas histórias usando a mágica do cinema. ‘Um Conto chinês’ é uma prova disso.
Essa é boa: Erasmo Carlos trollando a evangélica Record...
Bom carioca, Erasmo faz gozação hilária no programa da Gianne Albertoni na Record. Veja:
Clique AQUI
domingo, 18 de setembro de 2011
Video de Amy Winehouse cantando com Tony Bennett, bom para ver e ouvir neste domingo
Duas grandes vozes cantam Body and Soul. Clique AQUI
Giannechini fotografado pela Veja
Veja mostra Reynaldo Giannechini, que está fazendo radioterapia contra um câncer linfático. Em busca da cura, o ator também recorre ao espiritismo.
ONGs e Organizações Sociais: a alegre caçada às verbas públicas
por Gonça
O Brasil costuma desmoralizar alguns conceitos admiistrativos. Privatiza certas áreas, mas o custo dos investimentos continua com o Estado; terceiriza mão-de-obra a pretexto de baixar despesas e melhorar eficiência mas o que cresce é o superfaturamento e o que cai é a qualidade dos serviços prestados; muitas das entidades que surgiram no mundo como Organizações Não-Governamentais, como o nome diz, aqui se tranformam em pouco fiscalizadas receptadoras de recursos públicos; e agora, nesse veloz trem da alegria de desmonte do Estado que começou a circular no fim dos neoliberais anos 90, serviços de saúde pública são transferidos para obscuras Organizações Sociais. ONGs formadas por políticos, parentes de políticos, vizinhos de políticos, amigos de políticos e empresários que "jogam nas onze" recebem bilhões dos cofres federais, estaduais e municipais e, pelo que se viu nas últimas denúncias, apenas fingem que gerenciam projetos. Às vezes, nem fingem. Por trás de certas organizações, há igrejas e seitas, universidades, associações de classe, braços operacionais de empresas, pessoas jurídicas fantasmas, nebulosos "centros sociais" e ninhos de cabos eleitorais. Em nome da transparência, pelo menos que essas tais OS sejam obrigadas a divulgar seus contratos sociais (como surgiram, quam as registrou, quem as dirige, como aplicam os recursos). Dizem que são organizações "sem fins lucrativos". Que sejam. Seus dirigentes receberão salários ou, como se espera, trabalharão apenas pela honra de colaborar com a sociedade em uma área tão sensível quanto a da saúde?
O Brasil costuma desmoralizar alguns conceitos admiistrativos. Privatiza certas áreas, mas o custo dos investimentos continua com o Estado; terceiriza mão-de-obra a pretexto de baixar despesas e melhorar eficiência mas o que cresce é o superfaturamento e o que cai é a qualidade dos serviços prestados; muitas das entidades que surgiram no mundo como Organizações Não-Governamentais, como o nome diz, aqui se tranformam em pouco fiscalizadas receptadoras de recursos públicos; e agora, nesse veloz trem da alegria de desmonte do Estado que começou a circular no fim dos neoliberais anos 90, serviços de saúde pública são transferidos para obscuras Organizações Sociais. ONGs formadas por políticos, parentes de políticos, vizinhos de políticos, amigos de políticos e empresários que "jogam nas onze" recebem bilhões dos cofres federais, estaduais e municipais e, pelo que se viu nas últimas denúncias, apenas fingem que gerenciam projetos. Às vezes, nem fingem. Por trás de certas organizações, há igrejas e seitas, universidades, associações de classe, braços operacionais de empresas, pessoas jurídicas fantasmas, nebulosos "centros sociais" e ninhos de cabos eleitorais. Em nome da transparência, pelo menos que essas tais OS sejam obrigadas a divulgar seus contratos sociais (como surgiram, quam as registrou, quem as dirige, como aplicam os recursos). Dizem que são organizações "sem fins lucrativos". Que sejam. Seus dirigentes receberão salários ou, como se espera, trabalharão apenas pela honra de colaborar com a sociedade em uma área tão sensível quanto a da saúde?
Haja cadeia para quem dá informações falsas
por Eli Halfoun
A Justiça de Minas Gerais condenou o empresário Marcos Valério, aquele do mensalão, a seis anos de cadeia (mas pode recorrer em liberdade), por prestar informações falsas ao Banco Central para beneficiar-se financeiramente. A sentença mostra uma vez mais que o Brasil está mudando devagar e sempre em relação aos crimes de colarinho branco. Talvez essa sentença crie jurisprudência para colocar atrás das grades grande parte de senadores, deputados, vereadores e outros mais (incluindo muitos empresários) que também vivem prestando informações falsas para benefício próprio, quer dizer, de suas contas bancárias. Prometer o que jamais se irá cumprir é mentir, exercer propaganda enganosa e juntando tudo isso prestar informações falsas para exclusivamente para beneficiar-se financeiramente às nossas custas. Se em termos de combate a corrupção e aos enganadores o Brasil estiver melhorando mesmo não demora muito o senhor Marcos Valério poderá ter muitos (bota muitos nisso) colegas de cela. (Eli Halfoun)
A Justiça de Minas Gerais condenou o empresário Marcos Valério, aquele do mensalão, a seis anos de cadeia (mas pode recorrer em liberdade), por prestar informações falsas ao Banco Central para beneficiar-se financeiramente. A sentença mostra uma vez mais que o Brasil está mudando devagar e sempre em relação aos crimes de colarinho branco. Talvez essa sentença crie jurisprudência para colocar atrás das grades grande parte de senadores, deputados, vereadores e outros mais (incluindo muitos empresários) que também vivem prestando informações falsas para benefício próprio, quer dizer, de suas contas bancárias. Prometer o que jamais se irá cumprir é mentir, exercer propaganda enganosa e juntando tudo isso prestar informações falsas para exclusivamente para beneficiar-se financeiramente às nossas custas. Se em termos de combate a corrupção e aos enganadores o Brasil estiver melhorando mesmo não demora muito o senhor Marcos Valério poderá ter muitos (bota muitos nisso) colegas de cela. (Eli Halfoun)
Com o coração do Vasco, a vitória de um futebol solidário. No campo e na vida
por Eli Halfoun
Assim como no futebol (um time só é bom quando joga em conjunto) também no campo da vida a solidariedade é fundamental. Ou seja, jogar (viver) em conjunto em busca de gols de vida é que faz as pessoas se entenderem melhor em tudo, no campo profissional ou no pessoal. No dia a dia, as pessoas costumam ter uma solidariedade mais inteira e transparente quando algo de grave acontece. No futebol não tem sido diferente. Pelo menos no futebol do Vasco: jogadores, técnico, diretores e fundamentalmente as torcidas uniram-se para prestar solidariedade ao técnico Ricardo Gomes, vítima de um acidente vascular cerebral do qual felizmente vai se recuperando com a mesma garra com que como zagueiro enfrentou os maiores adversários do mundo. A solidariedade dedicada ao técnico Ricardo Gomes (não demora muito ele volta a frequentar a beira do gramado porque estará novamente dentro e no centro do campo e da vida) é que está fazendo o Vasco superar-se desde que ficou praticamente sem comando. Cristóvão Borges, o técnico interino, está lá usando o que aprendeu com Ricardo Gomes; os jogadores vestiram, não só o uniforme do clube, mas também e principalmente uniformizaram o coração com a Cruz de Malta. Estão mostrando com as bola nos pés que com solidariedade e união é possível vencer qualquer partida. Sempre e mesmo que outras derrotas passageiras surjam no caminho. Do campo e da vida. (Eli Halfoun)
Assim como no futebol (um time só é bom quando joga em conjunto) também no campo da vida a solidariedade é fundamental. Ou seja, jogar (viver) em conjunto em busca de gols de vida é que faz as pessoas se entenderem melhor em tudo, no campo profissional ou no pessoal. No dia a dia, as pessoas costumam ter uma solidariedade mais inteira e transparente quando algo de grave acontece. No futebol não tem sido diferente. Pelo menos no futebol do Vasco: jogadores, técnico, diretores e fundamentalmente as torcidas uniram-se para prestar solidariedade ao técnico Ricardo Gomes, vítima de um acidente vascular cerebral do qual felizmente vai se recuperando com a mesma garra com que como zagueiro enfrentou os maiores adversários do mundo. A solidariedade dedicada ao técnico Ricardo Gomes (não demora muito ele volta a frequentar a beira do gramado porque estará novamente dentro e no centro do campo e da vida) é que está fazendo o Vasco superar-se desde que ficou praticamente sem comando. Cristóvão Borges, o técnico interino, está lá usando o que aprendeu com Ricardo Gomes; os jogadores vestiram, não só o uniforme do clube, mas também e principalmente uniformizaram o coração com a Cruz de Malta. Estão mostrando com as bola nos pés que com solidariedade e união é possível vencer qualquer partida. Sempre e mesmo que outras derrotas passageiras surjam no caminho. Do campo e da vida. (Eli Halfoun)
O novo ministro do Turismo já tem um nome sugestivo: Gastão
por Gonça
O anterior, Pedro Novais, gastava um graninha pública em moteis. O recém-nomeado, Gastão Vieira, mesmo tendo pedido licença da Câmara, em 2009/2010, manteve uma filha morando no apartamento funcional de deputado. Em comum, são "soldados" da tropa do Sarney. Dizem que o Gastão foi escolhido por sua "experiência em gestão" como secretário de Planejamenento e de Educação no governo Rosaana Sarney. Gestão, como assim? O Maranhão não sabe oque é isso. Tem índicadores sociais vergonhosos, há décadas. Disputa pau a pau ali com a Somália.
O anterior, Pedro Novais, gastava um graninha pública em moteis. O recém-nomeado, Gastão Vieira, mesmo tendo pedido licença da Câmara, em 2009/2010, manteve uma filha morando no apartamento funcional de deputado. Em comum, são "soldados" da tropa do Sarney. Dizem que o Gastão foi escolhido por sua "experiência em gestão" como secretário de Planejamenento e de Educação no governo Rosaana Sarney. Gestão, como assim? O Maranhão não sabe oque é isso. Tem índicadores sociais vergonhosos, há décadas. Disputa pau a pau ali com a Somália.
Pedágios extorsivos, lucros nas alturas e falta de investimentos: a festa continua
por Gonça
A festa não tem fim. Começou no final dos anos 90, quando a moeda podre comprou empresas e concessões. A partir daí, dizia-se na época, seria o paraíso. O governo deixaria de investir em estradas, as empresas privadas cuidariam disso, e o dinheiro assim economizado iria para saúde, educação etc etc. O tempo se encarregou de mostrar a quilometragem da mentira. Pedágios extorsivos corrigidos por contratos que não podem ser alterados, falta de investimento, e de estrutura de atendimernto ao usuário (um bom exemplo foi o brutal engavetamento na Imigrantes, sem sinalizaçaõ de emergência, sem que os empresários interrompessem o trânsito na rodovia em meio à neblina). Só o lucro trafega em pista livre. Reportagem do Globo de hoje finalmente aborda esse escândalo das rodovias privatizadas. As tais agências de (des) regulamentação (outra criação nefasta da época), parecem agir mais como braços administrativos das empresas do que na defesa dos direitos dos usuários. Surpresa? Nenhuma. Segundo o jornal, sem investimento, o número de acidentes nas rodovias privatizadas aumentou 190%. Obras previstas em contratos são adiadas e nem assim cai o preço do pedágio, que já é um dos mais altos do mundo. O Ministério Público define a situação como "aberração jurídica". Na verdade, tem outro nome.
A festa não tem fim. Começou no final dos anos 90, quando a moeda podre comprou empresas e concessões. A partir daí, dizia-se na época, seria o paraíso. O governo deixaria de investir em estradas, as empresas privadas cuidariam disso, e o dinheiro assim economizado iria para saúde, educação etc etc. O tempo se encarregou de mostrar a quilometragem da mentira. Pedágios extorsivos corrigidos por contratos que não podem ser alterados, falta de investimento, e de estrutura de atendimernto ao usuário (um bom exemplo foi o brutal engavetamento na Imigrantes, sem sinalizaçaõ de emergência, sem que os empresários interrompessem o trânsito na rodovia em meio à neblina). Só o lucro trafega em pista livre. Reportagem do Globo de hoje finalmente aborda esse escândalo das rodovias privatizadas. As tais agências de (des) regulamentação (outra criação nefasta da época), parecem agir mais como braços administrativos das empresas do que na defesa dos direitos dos usuários. Surpresa? Nenhuma. Segundo o jornal, sem investimento, o número de acidentes nas rodovias privatizadas aumentou 190%. Obras previstas em contratos são adiadas e nem assim cai o preço do pedágio, que já é um dos mais altos do mundo. O Ministério Público define a situação como "aberração jurídica". Na verdade, tem outro nome.
sábado, 17 de setembro de 2011
11 de Setembro: a data passou, ficaram as capas de revistas. Dê uma olhada...
por JJcomunic
Exercícios em torno do mesmo tema. Foi o desafio que os 10 anos do atentado terrorista ao World Trade Center impôs às grandes revistas americanas. Praticamente uma unanimidade. Expostas nas bancas e lojas, as capas lembravam uma mostra temática. Algo semelhante teria acontececido apenas quando do fim da Segunda Guerra Mundial.
Veja mais capas. Clique AQUI
Exercícios em torno do mesmo tema. Foi o desafio que os 10 anos do atentado terrorista ao World Trade Center impôs às grandes revistas americanas. Praticamente uma unanimidade. Expostas nas bancas e lojas, as capas lembravam uma mostra temática. Algo semelhante teria acontececido apenas quando do fim da Segunda Guerra Mundial.
Veja mais capas. Clique AQUI
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