sábado, 30 de julho de 2011

Gisele Bundchen em cartoon

Gisele Bundchen, heroina de desenho animado no Canal Cartoon.
Sucesso nas passarelas e nas objetivas dos grandes fotógrafos, Gisele Bündchen agora é heroina de desenhos animados do canal por assinatura Cartoon. Em 26 historinhas de 4 minutos, a modelo é a protagonista que defende o meio ambiente. A série estreia em setembro.

Anotações de viagem-1: Dublin

Em férias, a professora de Comunicação e jornalista Lenira Alcure - uma das autoras do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" - passou por Dublin. De lá, enviou para os amigos suas impressões de viagem, que o blog compartilha com seus leitores. Observem que o texto tem um saboroso - e saudoso - estilo de carta, que talvez seja mesmo o meio ideal e autêntico para transmitir os prazeres de uma viagem. Pois aí está a carta da Lenira. Cybercarta moderna, que chegou por email...

Dublin: em frente à sede gótica de um banco
por Lenira Alcure
Dublin: num primeiro momento, fiquei imaginando que as pessoas aqui
passam o dia comendo e bebendo, tantos bares e restaurantes, de todos
os tipos e origens, a preços convenientes. Engana-se quem pensar que
Dublin é uma opção para os mais velhos. Os jovens enchem a cidade,
com suas mochilas, as roupas descoladas e o gosto pelos contrastes que
o ambiente oferece.
Se Bordeaux é uma pequena Paris, a capital irlandesa é um cantinho de Londres. As duas cidades chegaram ao apogeu na mesma época (sécs18 e 19), graças às riquezas provenientes do comércio marítimo com o Novo Mundo. A arquitetura de uma e outra reflete as respectivas influências.
Aqui, como em Londres, os prédios cor de tijolo se alinham próximos às grandes construções de linhas e tons severos. O lúgubre dos granitos e outros tipos de pedras escuras está nos grandes prédios, muitos deles abrigam hoje grandes Bancos, os vampiros do mundo moderno: não por acaso Bram Stocker, o criador do Drácula, nasceu e viveu por aqui. Mas esse lado gótico que encanta jovens de todos os países se ilumina pela profusão das cores fortes em portas e janelas das casas adjacentes: grenás, verdes, amarelos, laranjas,vermelhos.
Meu hotel fica no Temple Bar, o local mais animado da cidade. Tive de trocar de quarto, porque o primeiro me fez ficar uma noite sem dormir. O atual dá para a Upper Exchange Street, uma ruazinha que o motorista árabe não encontrou no dia em que cheguei e acabou me deixando com duas malas na porta do Turkish Bar ao lado do letreiro Hotel e diante de uma campainha que ninguém atendia. O jeito foi deixar as malas sozinhas no bar e pedir ajuda ao garçom em outra sala. Foi quem me mostrou o caminho e ainda me serviu de carregador. Minha coluna sinceramente lhe será sempre grata. O quarto é ótimo. De bom tamanho, super confortável, banheiro novinho e com chuveiro!!! Nada como o terrível ‘telefone’ que encontrei no Les 4 Soeurs, o simpático hotel bordelês (ops! Não confundir, as irmãs fazem gênero família!).
O primeiro dia foi de programa light para compensar a terrível viagem: 13 horas entre vôo, táxis e aeroportos, fazendo e desfazendo as malas, jogando um bocado de coisas fora até chegar ao peso permitido (10 quilos na mão, uma só valise, sem bolsa nem nada, é uma só e 15 no porão. Saí do Rio com 14 quilos na maior e 9 na menor. Certo? Não, errado. Pagar o excesso? Compensar uma pela outra? A gentil ( não é ironia, era mesmo gentil) senhora do balcão da Ryanair foi taxativa: era preciso arrumar tudo de novo! Uma novela, abrir duas malas, trocar daqui e dali, duas, três vezes. Mas no final, deu certo. A Ryanair ganha dinheiro de todo o jeito. Os preços são realmente low, mas eles vendem tudo: comida no avião, loteria, perfumes, quinquilharias chinesas. Uma feira! E ainda tocam trombetas (literalmente!) na aterrissagem aos solavancos, mas rigorosamente no horário. A companhia se orgulha de vários recordes, o de menos acidentes e da pontualidade. Enfim, cheguei. E agora, vou conhecer a terra de James Joyce, Bernard Shaw, Johnathan Swift, Edna O’Brien, Oscar Wilde, para citar alguns. 
Para conhecer um pouco da inland do país, já havia escolhido uma excursão parte trem, parte ônibus. Pena que o dia amanheceu nublado e a vista do trem junto ao mar ficou prejudicada. Mas os locais visitados valeram a pena. Vi campos enormes, verdes e beges de todos os tipos, uma cidade medieval encantadora (Kilkenny). Nosso grupo de apenas 10 pessoas permitiu que se fizessem pequenos grupos: no meu, éramos três, uma japonesa, um de Taiwan e eu. Mas os demais também se relacionavam.
Hoje vou começar o tour de Dublin com o meu ticket 2 dias hip hop: ônibus de dois andares passam por 23 pontos da cidade a cada 15 minutos. Dá para descer, ver o que interessa e voltar a ronda. São tantas coisas que tenho pena de só ter mais 48 horas. Por isso, vou parando por aqui.

Suspense na vida real... faltam 72 horas

Até terça-feira, dia 2, o Congresso americano deve aprovar, ou não, a elevação do endividamento público. Se Obama vencer a queda de braço, a moratória estará pelo menos adiada; se perder, as consequências serão mundiais. Os economistas e analistas de risco, a julgar pelos trôpegos comentários na TV, não estão bem certos do que vai acontecer. Por enquanto, praticam o velho esporte - são bons nisso - do chutômetro. Se houver o rebaixamento da classificação dos títulos da dívida americana, um dos países favorecidos deverá ser a Alemanha, que tem os seus “bunds” em alta conta. É o qaue dizem. Mas ao mesmo tempo alertam que se o volume de investidores for grande, faltarão "bunds" para os "refugiados". A China poderia ser outro destino, mas o fato de estar "pendurada" em títulos do governo americano não favorece a confiança dos investidores. Em tudo isso, é espantosa a posição dos republicanos. No poder, com Bush e companhia, os republicamos armaram essa arapuca financeira, gastando os tubos em guerras que buscavam "armas de destruição em massa" inexistentes. O que se vê agora é uma brutal reação às políticas sociais de Obama, à sua intenção de taxar grandes empresas em vez de penalizar o contribuinte, à sua reforma da saúde pública que de tão destroçada deixa cerca de 30 milhões de americanos desprotegidos e um toque de racismo. tal como já apareceu na campanha e, recentemente, quando para responder a ataques americanos, o presidente teve que mostrar sua certidão de nascimento para provar que é cidadão dos Estados Unidos. De olho na sucessão, a oposição torce pelo caos. Alguma semelhança?  

Neymar também guarda dinheiro na cueca. Muito

por Eli Halfoun
Não é, ainda, em campo, um craque mundialmente reconhecido (ele chega lá), mas de qualquer maneia nosso jovem jogador começa a seguir os consagrados passos de Cristiano Ronaldo e David Beckman: assim como o craque português e inglês, Neymar também será garoto-propaganda de cueca. Cristiano Ronaldo e Beckman posaram para a internacional Calvin Klein e Neymar aparecerá de cuequinha nas campanhas da brasileira Lupo: acaba de assinar contrato de quatro anos por R$4,4 milhões. Como se vê, esse negócio de guardar dinheiro na cueca dá certo. Quando é honesto. (Eli Halfoun)

Oitentão, Silvio Santos ainda é um bem pago garoto-propaganda

por Eli Halfoun
Aos mais de 80 anos, Silvio Santos continua sem um garoto... e garoto propaganda bem pago: mesmo depois de concretizar a venda das lojas do Baú para a empresária Luiza Trajano (do Magazine Luiza), Silvio continuará ligado ao seu velho e pioneiro negócio: foi contratado para anunciar as lojas do Baú (até que virem Luiza) em seus programas no SBT. Silvio sempre foi, aliás, o mais constante garoto-propaganda na programação da emissora e faz esse trabalho com remuneração extra, ou seja. Recebe cachês como qualquer contratado de agência, o que significa desconto de Imposto de Renda na fonte. Essa é uma prática adotada também nas Organizações Globo em relação aos seus diversos e independentes economicamente segmentos: o jornal paga preço de tabela para anunciar na emissora e a emissora paga cash os anúncios publicados no jornal assim como os veiculados na Rádio Globo. O dinheiro corre de mão em mão, mas acaba sempre nas mesmas e poderosas mãos. (Eli Halfoun)

Gaveta neoliberal


Há surpresa nisso? Essas agências neoliberais criadas nos anos 90 vieram exatamente para isso. Todo o poder ao "mercado", o cidadão que se dane. A matéria saiu em O Dia. São mais de 10 mil reclamações de usuários de planos de saúde engavetadas pela ANS.
Conectado pelo MOTOBLUR™

E a eleição, estúpido

Aparentemente, a mídia e a oposição queriam Lula de pijama tomando sua cachacinha em São Bernardo. Caiu a ficha e agora a parceria está apreensiva. É freudiana a irritação da turma ao ver o operário fazendo política. Lula viaja, faz palestras, participa de inaugurações e não esquece o povão (ao contrário da palavra de ordem lançada pelo seu antecessor). Será que Lula está em campanha? Uau, agora descobriram: Lula está em campanha. Qual é a dúvida? Ano que vem tem eleição para prefeito. E as pesquisas apontam o operário como o político com maior capacidade de transferência de votos nas eleições municipais. Para redobrar o chilique da mídia, Lula foi convidado para a abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas. Fato raro, tratando de ex-presidente. Tem gente perdendo as penas tucanas hoje ao ler o jornal.

Conectado pelo MOTOBLUR™

Censura nacional



Primeiro, o DEM - partido que tem origem no DNA da Arena da ditadura - entrou com uma ação na Justiça; depois, o governo, através do Ministério da Justiça, agiu administrativamente e não emitiu a classificação para o filme, o que na prática impede sua exibição em circuito nacional. Isso tem um nome: é censura. E esta, sim, é obscena. Lembra os tempos em que Sarney proibiu o Je Vous Salue, Marie, além de outras intervenções da ditadura. O longa-metragem Serbian Film é polêmico, mas quem quiser vê-lo tem esse direito. E a classificação está aí precisamente para que obras como esse sejam indicadas somente para adultos. O filme dirigido pelo diretor Srdjan Spasojevic conta a história de um ator pornô aposentado que participa de uma produção erótica de arte. Sem saber, ele está, na verdade, em um snuff movie, produções onde há estupros reais e violência.  Mas Serbian Film é... um filme. Alô autoridades, as cenas são simuladas e em algumas delas são usados até robôs. Quem viu, diz que o filme é ruim. Se for ruim mesmo, a censura acaba chamando atenção para uma obra que nem merecia ser vista. O Brasil já passou por essas trevas, em que o governo dizia aos cidadãos o que podiam ler, ver e ouvir. Um tempo que não deixou saudades. 
Conectado pelo MOTOBLUR™

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Adriane Galisteu na Playboy: duas capas divulgadas

A versão ousada...


...e o close comportado

Agora a realidade precisa copiar a ficção. Urgentemente

Natalie (Deborah Secco) e Cortez (Herson Capri) em Insensato Coração. Foto TV Globo/Divulgação
Marco Aurélio (Reginaldo Farias) em Vale Tudo. Foto TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
Ainda há muito a fazer, mas não se pode negar que em matéria de impunidade as coisas começam mudar no país que, apesar dos pessimistas, está muito melhor em tudo. A recente cena da condenação do banqueiro Horácio Cortez (Hérson Capri) na novela “Insensato Coração” era inviável em outros tempos quando nem mesmo na ficção nenhum poderoso endinheirado desonesto era condenado. Autores de novelas costumam dizer que procuram fazer tramas que se aproximem ao máximo da realidade e se esse tipo de condenação ainda não é comum, a novela mostrou que estamos mesmo mudando: há alguns poucos anos os ladrões escapavam tranquilamente (em “Vale Tudo”, o desonesto personagem interpretado por Reginaldo Farias fugia tranquilamente e ainda por cima dava uma banana para o país). Agora o que se mostra é esses momentos estão chegando ao fim. Tudo bem que a realidade ainda não é assim em todos os casos. Se as novelas costumam copiar a realidade, vamos torcer para que pelo menos em matéria de roubalheira a realidade comece a copiar a ficção. Mais dia menos dias todos os ladrões e corruptos graúdos estarão na cadeia. Haja cadeia. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Novas fotos de Amy Winehouse: fotógrafo Terry Richardson abre seus arquivos

Amy Winehouse. Fotos de Terry Richardson. Reproduções do site

O fotógrafo Terry Richardson publica no seu site uma série de imagens menos conhecidas da cantora Amy Winehouse. Veja mais. Clique no link acima.

Terrorista norueguês

A cabeça do terrorista norueguês Anders Behring Breivik guarda um coquetel batido com as piores misturas. E com dose dupla de ingredientes fatais: é de direita e religioso fanático. Deu no que deu.

PSDB na base aliada?

Quem diria, hein?, o PSDB - através do ministro Nelson Jobim, aquele que foi flagrado pelo Wikileaks em conversa de comadre com o embaixador americano, tem um pé no governo. Jobim que declarou seu voto em Serra, contra Dilma, nas últimas eleições, é ligado a FHC, de quem foi ministro e por quem foi nomeado para o STF. E foi deputado federal e líder da bancada do PMDB, partido ao qual é filiado.

Vera Fischer: um exemplo

por Eli Halfoun
A notícia publicada (hoje, 28/7) em O Globo e na Folha de São Paulo de que Vera Fischer, 60 anos, teria sido internada em uma clínica para dependentes químicos, na Barra da Tijuca, Rio, pode (e vai) a princípio gerar um monte de comentários criticando a atriz que, aliás, nunca escondeu a utilização de drogas. A atitude de Vera Fischer nesse momento só merece elogios: o fato de ter pedido para internar-se (dependentes químicos só fazem esse tipo de tratamento quando querem e nunca quando são obrigados) é um bom exemplo para outros doentes que como ela necessitam de tratamento, mas na maioria das vezes não conseguem ou não querem admitir isso. Mais uma vez Vera Fischer assume publicamente seu problema (o que também é muito difícil e complicado) e mais do que isso pede a ajuda de todos nessa cruel batalha que é vencer (ou pelo menos brigar contra) a mortal dependência química. (Eli Halfoun)

Tiririca volta ao antigo picadeiro, mas sem deixar o novo

por Eli Halfoun
Sempre no picadeiro: engana-se quem pensa que o fato de ter sido eleito o deputado federal com a maior votação do país fará com que Tiririca deixe de ser palhaço e abandone a carreira artística. Está voltando para integrar o elenco de “O Curral”, paródia que Tom Cavalcanti faz do programa “A Fazenda” na Rede Record. Tiriirica será presença fixa no “Curral” com o personagem “Cumpade”, uma paródia ao cantor Compadre Washington. Tiririca está feliz da vida: circo por circo tanto faz que seja em São Paulo ou em Brasília. (Eli Halfoun)

Jornais americanos querem conquistar leitores brasileiros

por Eli Halfoun
Parece que pelo menos os americanos ligados à comunicação não acreditam muito na velha lenda de que o “brasileiro não lê jornal”. Tanto lê que fortes publicações americanas estão decididas a fincar um pé no país: o Financial Times quer imprimir uma edição diária do jornal em São Paulo. Será a mesma edição que circula nos EUA com a vantagem de chegar para os assinantes brasileiros no mesmo dia. Também o Hotting Post está de olho no nosso mercado editorial e planeja lançar, talvez ainda esse ano, uma edição em português. Os bons jornais brasileiros que se cuidem. Ou melhorem. (Eli Halfoun)

Arrogância marca presença de Tainá Muller em “Insensato Coração”

Paula (Tainá Muller) e Andressa Natália Rodrigues. Foto TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
A personagem poderia ser vista apenas como “figurante de luxo” se a atriz Tainá Muller não estivesse dando para Paula Cortez toda a antipatia e arrogância que os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares imaginaram. O bom trabalho em “Insensato Coração” garante sem dúvida um lugar em futuras novelas da Globo. Embora Paula seja o seu segundo trabalho na televisão (o primeiro foi em “Eterna Magia"), Tainá é uma atriz experiente no cinema participando de, entre outros, “Cão sem dono” e “Tropa de Elite”. Além dos elogios à sua atuação Tainá também é elogiada pela beleza – uma beleza que nem a arrogância de Paula consegue ofuscar. Já, já acaba nas páginas da Playboy. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ética? Tem mas viajou...


por JJcomunic
É um desfile de notícias geralmente acompanhadas de justificativas cínicas. O governador que pega carona em jatinho de empresário que tem negócios com o estado; o ministro do STF convidado em boca-livre total para o casamento do advogado amigo, em Capri. Advogado este que defende causas relatados pelo dito ministro; juízes que viajam anualmente para um alegre resort com tudo pago por empresas especialmente campeãs de ações que estão nas mesas dos referidos magistrados; políticos que moram em apartamentos emprestados por amigos etc etc. Bom que essas denúncias venham a público. Mas a cultura do jabá e da boca-livre vai muito além. Alcança a mídia. A reprodução acima é da revista Viagem. No pequeno texto, a publicação avisa que é o único veículo especializado em turismo que não aceita viagens a convite e que paga suas próprias contas. "Isso significa que viajamos de forma independente, como você. Nenhum dos endereços citados nas reportagens é publicidade disfarçada". Um exemplo a ser seguido por muitos jornais, revistas, rádios, TVs e portais. A regra na mídia, em geral, vai no sentido oposto. Poucas editorias escapam. Com hotéis, passagens, transporte local e refeições pagas pela parte interessada, no mínimo uma certa "boa vontade" jornalística estará garantida. Seja na cobertura de lançamentos de produtos, empreendimentos ou roteiros turísticos ou no apoio ao "marketing empresarial" de um setor de negócios (por exemplo, um grupo acusado de agredir o meio ambiente convida a imprensa, em boca livre, para conhecer seus projetos de sutentabilidade). É comum jornalistas viajarem a convite de governos, entidades, ongs, associações de classe, promotores de eventos, seminários e congressos. Não é difícil imaginar que tal prática embute graves conflitos de interesses. Nesse choque, geralmente a informação e a ética saem perdendo. O passaporte pode ser verde, azul ou vermelho... mas a "chapa" não engana... é "branca".
Conectado pelo MOTOBLUR™

terça-feira, 26 de julho de 2011

Técnico de futebol também ganha jogos

deBarros
Ora direis, ver jogos de futebol sem ser tomado pela paixão. Como não se apaixonar e não ser tomado de raiva quando vê a sua seleção brasileira perder uma Copa América por não ter um verdadeiro técnico de futebol?
Vamos ver o que é um técnico de futebol.
Nessa Copa América, todos os participantes sabiam que o Paraguai iria jogar para o empate e ganhar nos pênaltis. Isso em todos os jogos. Não deu outra. O Paraguai se classificou para a final nos pênaltis.
O técnico brasileiro não sabia ou nem desconfiou que essa seria a tática do time paraguaio. Na prorrogação, já na certeza que a decisão iria pra os pênaltis, substitui os jogadores de ataque como Neymar, Ganso e Pato, que sabiam bater pênaltis. O Brasil não conseguiu converter um pênalti sequer.
Vamos ver como procedeu um técnico de futebol.
O que fez o técnico do time uruguaio? Mandou os seus jogadores atacarem sem dó o time paraguaio. Nos primeiros 12 minutos, o Uruguaio impressou o time paraguaio no seu campo de defesa até chegar ao gol. Diante desse imprevisto na sua tática, os paraguaios, na busca do empate que os levaria para os pênaltis, partiram para cima dos uruguaios, que em contra ataques mortais venceram a partida por 3 a 0, sagrando-se campeões da Copa América.
Esse é o trabalho de um técnico de futebol que usa táticas inteligentes para vencer e ganhar Copas de Futebol.
Será que o atual técnico de futebol, que perdeu a Copa América, por não saber ser técnico de futebol, vai continuar técnico da Seleção?
Não sabemos. Apenas sabemos que por ser protegido pelos comentaristas esportivos da mídia
pode continuar a não saber ser técnico de Seleção até a próxima Copa. Amém!

Memória: você se lembra do cartão perfurado da Loteria Esportiva?

por José Esmeraldo Gonçalves
Acima, um jurássico cartão perfurado. Sabe o que é isso?  Fez 40 anos no ano passado, que passou em branco. Em abril de 1970 foi realizado no então Estado da Guanabara o primeiro "teste". Assim eram chamados os concursos da Loteria Esportiva lançada pela Caixa Econômica em plena ditadura para aproveitar o embalo da Copa do Mundo que se aproximava. O teste experimental foi feito na Cinelândia, Rio de Janeiro. Uma barraca recolhia as apostas enquanto funcionários da Caixa ajudavam os apostadores a entender o processo. O candidato a milionário preenchia nome e endereço em um "volante" onde apontava vencedor ou empate - jogos escolhidos pela Sport Press - e uma perfuradora (a máquininha Port a Puch) transferia a aposta para dois cartões perfurados, um ficava com o apostador outros seria enviado para as "leitoras" dos grandes computadores IBM. O prêmio do primeiro teste foi de cento e tantos ou 200 mil cruzeiros novos, por aí. A aposta mínima custava um cruzeiro novo.
As "zebras" nasceram praticamente junto com a Loteca - como o povo passou a chamar o jogo - mas a personagem Zebrinha criada por Borjalo e que anunciava os resultados no Fantástico só apareceria quase dez anos depois. Nos anos 80, a revista Placar apurou e denunciou a "Máfia da Loteria Esportiva". Os repórteres levantaram provas de manipulação de resultados. Mais de 100 pessoas foram indiciadas posteriormente. Havia jogadores, dirigentes e árbitros envolvidos. Ninguém foi condenado. A partir daí a Loteria Esportiva entrou em progressiva decadência. Há alguns anos, a Caixa criou a Timemania, que não decolou.
Especialistas apontam os sistemas das loterias informatizadas como responsáveis pela desenvoltura e naturalidade com que os brasileiros de todas as faixas etárias passaram a operar caixas bancários eletrônicos, a fazer imposto de renda pelo computador, votar on line, proceder transferências de valores de casa ou simplesmente navegar em redes sociais (o país é um dos líderes mundiais no item). O aprendizado nacional começou aí.
O escriba que vos fala apostou no primeiro "teste" (veja o cartão acima reproduzido), de número de série 001, 1970, no posto de recolhimento de apostas 001. Não ganhou na ocasião nem nas megassenas posteriores. Paciência.  Foi esquecido pela Zebrinha. Já o "volante" e o "cartão" da antiga Loteca ficaram na memória.