quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Onde Balzac se escondeu...
Para fugir dos credores, Balzac alugou esta casa com nome falso. No centro de Paris, o cafofo tinha saída de "emergência" contra visitas indesejáveis. Hoje é museu e centro de leitura.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
No The Times o assunto Nelsinho Piquet ainda vale página dupla
E o piloto brasileiro continua sem noção, acha que prestou um grande serviço ao esporte mas acabou como a "maior vítima". Como se ele não tivesse sido o autor da batida.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
A "Casinha"
A "Casinha"tem um capitulo à parte na história do homem na sociedade em que vive. Primeiro precisamos saber o que é a "Casinha". Nós aqui no Novo Mundo, herdamos do Velho Mundo, trazidos pelos portugueses, nossos conquistadores, todas as suas tradições, modismos e manias de sua milenar civilização. Por explicada razão, o homem tinha o maior desprezo e nojo de suas necessidades fisiológicas. Em razão dessa repulssa natural, procurava sempre se manter longe do local onde se desfazia delas e para tal, escolheu o quintal de sua casa, quando não havia um matagal por perto. Para isso, construiu no quintal um pequeno comodo, em principio de madeira, onde só cabia uma pessoa e lá dentro abriu um pequeno buraco – bem fundo – onde o seu emprestável material orgânico era despejado. Mais tarde, com o aparecimento do vaso sanitário, que veio substituir o buraco, essa construção assumiu ares mais importante e passou a ser identificado como a "Casinha".
Na Idade Média, as famílias usavam palhas no chão de suas casas para ocultar e diminuir o mau cheiro decorrente dessas necessidades. No final do século XIX e no ínicio do século XX, nos sobrados de beira-de-rua, como não tinham quintal o uso urinol era largamente explorado e quando estavam cheios o seu conteudo era imediatamente jogado, a qualquer hora do dia ou da noite, pela janela de suas casas, indo cair no meio da rua, não raro atingindo algumas pessoas, que por falta de sorte, passavam pela rua naquele trecho e naquela hora, deixando-as emprequetadas dos pés à cabeça.
Com o tempo, a modernização dos costumes e da arquitetura levou para dentro das casas a famosa "Casinha". Sim, foi para dentro das casas mas, como o seu último cômodo, em compensação ganhou um elegante vaso sanitário no lugar do primitivo buraco. Os banhos de corpo inteiro continuaram a ser tomados em elegantes bacias dentro dos quartos de dormir. Mais tarde vieram as banheiras, com pinturas agrestes nos seus lados, que pudemoa apreciar nos filmes de "far west" americanos, onde os mocinhos se lavavam apreciando um charuto, acompanhado de doses de uísque e o inseparável "Colt 45" pendurado em uma cadeira ao alcance de sua mão.
Mas, o mundo caminha a passos muito largos. Diante da modernidade que velozmente modificava o comportamento da sociedade, o homem entendeu, que a "Casinha" – agora com um novo nome, passou a ser chamada de "Banheiro" – deveria não só estar dentro de casa como o seu lugar certo seria dentro do quarto de dormir. E assim foi e hoje temos banheiro em todos os quartos de dormir.
Dessa maneira o homem se vingava do castigo de por séculos se ver obrigado a usar um buraco dentro de uma "casinha", fora do abrigo de sua casa, enfrentando um sol abrasador ou temporais diluvianos para satisfazer as suas necessidades fisiológicas.
sábado, 3 de outubro de 2009
Anti-semitismo em Praga
Pichação na vitrine de uma loja de artigos judaicos, em frente à sinagoga. O Panis fez o registro minutos antes de ser apagado.
Mega churrasquinho
Este pernil de porco, servido com pão preto fatiado, é vendido aos montes em uma barraca na praça da Cidade Velha. Deve ser o recordista em calorias e colesterol. Haja coração!
Cena urbana
Em Praga, na Praça da Prefeitura da Cidade Velha, noivos posam para o tradicional e universal 'album de fotos do casamento. A câmera paparazzo à direita e' da J.Razze
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
O Carteiro
Essa última greve dos Correios me fez lembrar os meus anos de infância e juventude, lá pros idos de 30 e 40 quando a vida era mais tranquila e sem muitos problemas, apesar da segunda guerra mundial, que se travava em terras européias. Naquela época, existiam os entregadores de pão, de leite, de legumes e os Carteiros. Muito cedo, esses entregadores deixavam nas portas de nossas casas o pão e o leite para tomarmos o café da manhã e os legumes para o almoço.
Dentre eles, destacava-se o Carteiro. Uma figura muito importante nas nossas vidas porque era ele que fazia o elo entre os parentes e amigos em terras distantes com a cartas, que era talvez, o único meio e o mais certo de comunicação entre as pessoas naquela época. O telefone era muito mais que luxo. Praticamente não existia. O Carteiro existia. Depositário fiel das cartas que traziam as confidências da mulher amada, do choro do amante saudoso, da saudade do amigo correndo o mundo, das lágrimas de dor do filho ausente. Enfim, as cartas que encerravam todas as dores e todas as alegrias do mundo eram confiadas a ele para entregar a uma mãe saudosa as palavras de amor do filho longe, do noivo em serviço militar, da declaração de amor do jovem apaixonado e por isso era, ansiosamente, aguardado nos portões de nossas residências.
Assim, se tornou o Carteiro uma figura tradicional e respeitado na sociedade de então.
O Correio foi a instituição mais consagrada e respeitada em todo o mundo pela importância de seu serviço e ele, o Carteiro, passou a ser a figura heróica e representativa desse trabalho.
Nos Estados Unidos da América, William Cody, mais conhecido por Buffalo Bill, o herói do Oeste Selvagem foi o primeiro carteiro, montado à cavalo, entregando cartas, em todo Oeste, fugindo dos Índios selvagens para cumprir a sua tarefa.
No Brasil tivemos o CAN, Correio Aéreo Nacional, que sem cavalos, mas com aviões cumpria a tarefa de distribuir a correspondêcnia em todo território nacional
Esses pilotos também se sacrificavam, porque era um trabalho sem muito apoio técnico, com pistas de pouso improvisadas, arriscavam as suas vidas para cumprir a missão de entregar a correspondência a tempo e a hora em povoados distantes.
Saknt-Exuperry, além de escritor também foi piloto de Correios. Conta ele em seus livros a aventura que era atravessar os Andes para entregar correspondência no Chile.
A figura do Carteiro hoje, faz parte da história do homem e da humanidade.
A imagem do Carteiro daqueles tempos estava sempre associada à imagem do cão correndo atrás dele, quando fazia a entrega das cartas nas residências. Por uma razão qualquer, os cães odiavam os Carteiros. Talvez Freud explique esse comportameneto canino.
Os Carteiros daqueles tempos eram tão folclóricos, que contavam casos deles com respeitáveis senhoras, que tinham sucumbido aos encantos pessoais desses galantes funcionários da mala postal. Não raro alguns desses casos os amantes eram flagrados em plena cama conjugal pelo marido ultrajado em sua honra.
Hoje, esse encanto, essa saga de um profissional entregador de cartas não existe mais. O mundo moderno acabou com as casas, seus portões de ferro trabalhados, suas varandas e seu jardins, os cães de guarda e o Carteiro daqueles tempos cedeu lugar a uma criatura fria, sem nenhuma poesia e romantismo que quer mais é entregar a correspondência aos porteiros de prédios sem varandas, sem jardins, livres dos cães de guarda, que ameaçaam morder as suas pernas e sair correndo para ir para casa e não perder a novela das 8.
Primavera de 2009
deBarros
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