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domingo, 8 de outubro de 2017

Futebol: no tempo das excursões internacionais, o dia em que o Vasco ganhou do time de Di Stéfano e a histórica turnê do Madureira em Cuba...

O Vasco na Europa. Reprodução
Manchete Esportiva
por José Esmeraldo Gonçalves 

Até os anos 1960, era intensa a programação de excursões de times brasileiros de futebol à Europa.

A partir da década seguinte, essa prática tornou-se esporádica, até cair em desuso. A Manchete Esportiva costumava acompanhar essas turnês.

Aí está parte de uma matéria sobre a excursão do Vasco. Em campo, em Paris, os jogadores saúdam a torcida antes do jogo contra o Racing a quem o Vasco derrotou por 4X1. Na partida seguinte, outra vitória. Em um disputado 3X2, o Vasco venceu o Espanyol, em Barcelona.

Com um detalhe: os dois gols do adversário foram marcados por ninguém menos do que Di Stéfano.

Mas o time brasileiro que fez a turnê mais épica da história do futebol foi o Madureira.

Em 1963, sem que as madames da direita mandassem, o Madureira foi pra Cuba.

Che e o Madureira. Foto do arquivo
pessoal do ex-jogador Farah. 
Che Guevara, como bom argentino, torcedor do Rosário Central, o time da sua cidade natal, assistiu a um dos jogos.

Foram cinco partidas, sendo duas contra a seleção de Cuba. O Madura ganhou todas. De Cuba, os cariocas seguiram para a Europa, Ásia e Estados Unidos. Deram a volta ao mundo e jogaram mais de 36 partidas no que foi a maior excursão de um time brasileiro ao exterior. Não fez feio: voltou com 23 vitórias, três empates e 10 derrotas.

Em 2013, um então vice-presidente de marketing do clube, Carlos Gandola, recordou o encontro do Madureira com Che Guevara, 50 anos antes, e lançou uma camisa comemorativa que virou cult e é sucesso de vendas.

Se o Madureira fez história, o Vasco, segundo levantamento do site oficial, é um dos clubes brasileiros que mais jogou no exterior. Desde 1931, foram 72 viagens para 54 países. Algumas dessas excursões duravam mais de 60 dias. Foram 396 jogos, com 204 vitórias. O levantamento não incluiu  competições oficiais como a Libertadores.

A bola rolou, o mercado mudou. Hoje, com os principais jogadores brasileiros atuando em clubes de todo o mundo, e principalmente na Europa, as jovens promessas carimbando passaportes aos 16 anos e o calendário apertado, sumiu o interesse em ver de perto os times brasileiros.

E as excursões nunca mais foram convocadas.