Segundo a BandnewsFM, o Hotel Novo Mundo, um dos mais tradicionais do Rio, fechará as portas no próximo dia 23 de março. Inaugurado em 1950 para receber delegações e visitantes para a Copa, o hotel tornou-se uma espécie de puxadinho informal da Manchete.
Mais precisamente, o bar era o posto avançado etílico das redações da Bloch.
O anfitrião era o discreto barman Martins, que trabalha lá até hoje.
Quando apagar a luz e deixar o seu posto, Martins levará muitas histórias de várias gerações de jornalistas. Assim como o leão silencioso (*) que guarda a portaria, o barman mais longevo do Rio foi uma testemunha daquele universo paralelo à Manchete.
Os incontáveis bate-papos jogados fora e que ecoaram ou foram sussurrados naquele bar mereciam o título de patrimônio imaterial dos bastidores do jornalismo carioca.
Para a cidade, é uma referência histórica e cultural que passa o ponto.
(*) Sobre os leões (são dois) que vigiam a entrada: foram doados ao hotel em 1960 por uma entidade francesa e seriam obras do escultor francês Henri Alfred Jacquemart, do Século XIX, que tem várias esculturas em jardins e museus parisienses.