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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos - A Exposição Impossível - 2

Foto Gervásio Baptista

Foto Gervásio Baptsta.
Na foto do alto, em 1954, Tancredo, ao lado de D. Darcy e Alzira Vargas, discursa durante o enterro de Getúlio Vargas em São Borja (RS). Três décadas depois, em 1985, Gervásio - na época, licenciado da Manchete para servir ao presidente eleito -  voltou a fotografar Tancredo em circunstâncias dramáticas:  gravemente enfermo, o político mineiro posou em Brasília ao lado da equipe médica, poucos dias antes de morrer.

Foto Moacir Gomes. Manchete reuniu um quinteto literário de peso: Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Mário Quintana e Paulo Mendes Campos. Essa foto foi feita por Moacir Gomes na famosa cobertura de Rubem Braga, em Ipanema. É uma imagem bastante conhecida e muito utilizada em livros e documentários. 
Em setembro de 1969, dois meses depois de voltar da Lua, o astronauta Neil Armstrong veio ao Rio
e fez uma visita especial à Manchete, onde almoçou e conheceu o novo prédio da Rua do Russell. Lá, recebeu jornalistas brasileiros para uma coletiva. Hebe Camargo foi uma das entrevistadoras.

A foto de Tadeu Lubambo, do começo dos anos 1990, mostra a modernidade e
o amor adolescente em uma aldeia dos Waimiri-Atroari, na Amazônia. 



A célebre "pirâmide" do Tricampeonato, com Tostão, Pelé e Jairzinho,
A foto de Orlando Abrunhosa, eleita pela Fifa como a melhor
imagem da Copa de 1970, foi capa da Fatos & Fotos e da Paris Match.

Na mesma Copa, Orlando Abrunhosa fez essa foto de Tostão após o seu gol contra o Peru
arrancando para a comemoração.

Pelé em ação, apesar de dar a impressão de que está sentado na bola, disputa aquele que foi considerado o
jogo mais difícil do Brasil na Copa de 1970, contra a Inglaterra. Orlando Abrunhosa fotografou.

No Baile do Copacabana Palace, em 1955, Manchete fotografou o melhor da festa: Jayne Mansfield no momento em que a alça do vestido não resistiu ao peso. Para o fotógrafo não identificado na matéria foi difícil explicar na redação porque fez a foto só três milésimos de segundo após a atriz recolher os seus 102 cm de busto.


Vinte e um anos depois da Mansfield, foi a vez de Rachel Welch no Baile do Copa. O vestido resistiu.
Mais um belo ângulo do Carnaval. Com a Av. Presidente Vargas interrompida para as obras do metrô, as escolas de samba desfilaram na Av. Antonio Carlos, no Centro do Rio em 1974  e 1975. Nunca mais o desfile teve uma moldura tão luxuosa quanto essa do Pão de Açúcar. Um carnaval verdadeiramente carioca desde o enquadramento escolhido pelo fotógrafo da Manchete. Infelizmente, anônimo: o crédito foi  dado à "equipe".  

Neste segundo post da série, mais algumas fotos de várias épocas do acervo desaparecido da Manchete. A maioria das imagens foi reproduzida de revistas nem sempre em condições ideais. O objetivo é apenas registrar aqui, 65 anos depois do primeiro número da Manchete chegar às bancas, parte do trabalho de várias gerações de fotojornalistas que passaram pela Bloch.


sábado, 8 de abril de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos: A Exposição Impossível - 1

O dramático salvamento de um homem no Rio Maracanã, no Rio de Janeiro,
deu ao fotógrafo Antonio Andrade o Prêmio Esso de 1967. 


Também Prêmio Esso, este de 1961, a foto de Sérgio Jorge para Manchete mostrou
uma cena comovente: o desespero de um menino diante do "homem da
carrocinha" que apreendia o seu cachorro. 


O capitão Carlos Lamarca, no centro da foto, dá instrução
de tiro a bancárias. Pouco depois, Lamarca desertou do Exército e entrou na guerrilha
contra a ditadura.  A foto é de Manoel Motta, em 1969.

Já o fotógrafo Jáder Neves captou uma imagem de significado político para a época.
O ditador Costa e Silva sofrera um derrame. Em agosto de 1969, correu um boato de que
 o militar havia morrido e o regime enfrentava uma crise de disputa de poder. Em tempo de censura, a foto da Manchete, feita com uma teleobjetiva através de uma janela do Palácio das Laranjeiras, mostrou o militar muito doente, com sequelas do AVC, ao lado da mulher Iolanda. Costa e Silva morreu em dezembro daquele ano.


Em  março de 1964, no Rio, A Marcha da Família pede intervenção militar no Brasil. 

Quatro anos depois, também em março, uma multidão conduz o corpo
do estudante Edson Luís, assassinado por agentes da ditadura, no Rio.

Com os militares ainda no poder, o povo vai às ruas exigir Diretas-Já
em comício na Av. Presidente Vargas, no Rio. 


Em abril de 1964, João Goulart, derrubado pelo golpe militar,
deixa o Brasil rumo ao exílio. Manchete fotografou a cena com exclusividade. 

JK na Belém-Brasília em obras, 1959.
Foto de Armando Rozário


Riscos do fotojornalismo em 1968. De armas na mão, policiais investem contra fotógrafos diante da
embaixada americana no Rio. Os profissionais documentavam
a agressão a duas estudantes que pouco antes haviam sido feridas á bala naquele local.


Antiga sede da Bloch Editores, Rio de Janeiro.
Foto Gil Pinheiro
Manchete chegou às bancas no dia 23 de abril de 1952. Como parte de uma série de Memórias e Fotomemórias da Redação, este blog tem registrado momentos marcantes da trajetória da extinta revista, que estaria completando 65 anos.

Neste post, uma Exposição Impossível de fotos do acervo da Manchete, atualmente sumido e em condições de preservação desconhecidas.

Infelizmente, nem todas as imagens aqui reproduzidas foram originalmente publicadas na Manchete ou na Fatos& Fotos com o devido crédito. Mas aqui estão, nesta sala digital, como uma homenagem às centenas de fotógrafos que construíram uma valiosa história do  Fotojornalismo brasileiro.