segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Os áudios da bandidagem golpista

O Fantástico expôs as vísceras podres de Bolsonaro na preparação do golpe. São impressionantes os diálogos dos meliantes fardados e civis ao detalhar o ataque à democracia. Gorilas falam como se fossem donos do país. É ressaltado também que as gravações revelam que Bolsonaro estava no topo da pirâmide dos fascistas que tentavam abrir um novo ciclo de ditadura no Brasil com o pacote completo de tortura, sequestros de opositores e naturalmente  a corrupção que o autoritarismo de 1964-1985 possibilitou e que enriqueceu muitos fardados e empresários que surfaram nas negociatas. 

O Brasil escapou por muito pouco  das garras desses pilantras na tentativa de implantar a ditadura.2. Os diálogos registram uma evidência já divulgada: o golpe só não prosperou porque  a maioria do Alto Comando do Exército e a Aeronáutica não apoiaram a bandidagem golpista.  Em paralelo, Lula não caiu na armadilha de decretar uma G.L.O (Garantia da Leu e da Ordem) que, para os golpistas seria a senha para botar tropas nas ruas e criar um fato consumado. Por tudo isso, anistia não. Ao contrário, cadeia para essa quadrilha antidemocrática.


sábado, 22 de fevereiro de 2025

O arrastão do golpe - Tem jornalista na denúncia do Mauro Cid

por O V.Pochê

A TV Fórum é o primeiro veículo a revelar o nome de um repórter da CNN Brasil  citado por Mauro Cid na sua delação sobre a conspiração golpista liderada por Bolsonaro. Trata-se de Leandro Magalhães que, segundo o delator, ajudou a forjar "provas" sobre Alexandre Moraes. Na redação ele é tido como protegido de Bolsonaro.

Há muitos outros no meio jornalístico que, embora não citados no que se conhece do dossiê, compõem uma linha auxiliar dos golpistas. O meio jornalístico os conhece, leitores e telespectadores os identificam. São os chamados "kid pretos" da imprensa alinhados com a extrema direita. Dá até para escalar o time titular, quantitativamente: Globo News tem dois comentaristas, um deles se dedica a pregar a anulação da delação de Cid; jornal O Globo tem BB pelo menos três articulistas engajados sem pudor na extrema direita; a Folha tem mais, uns quatro convocados; Estadão idem. Aliás, a "defensoria jornalística" da Folha parece estar em modo desespero para desmontar a argumentação da PGR junto ao STF. O patrão mandou?

Não vale a pena listar Jovem Pan, Oeste, Antagonista, sites e canais do YouTube de jornalistas impregnados de "kids pretos", além de "analistas" convidados que despejam o ideário extremista de olho nas eleições de 2026. Supõe-se que a falange midiática tem em comum,  junto com as idéias, pôsteres de Milei e Trump no banheiro.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Diploma de nazi

por Flávio Sépia 

É chocante a foto que mostra um estudante gaúcho, da UFRGS,  durante a cerimônia de formatura usando uma suástica pintada no rosto. O criminoso - sim, não parece, ninguém vai pra cadeia por isso - mas apologia do nazismo é crime no Brasil. Não vamos reproduzir aqui a imagem desse canalha. Trata-se de um formando em engenharia

É preciso ter muita convicção ideológica para receber um diploma usando uma suástica de maneira tão acintosa. O sujeito só pode ser um nazista raiz, é corajoso, assume o que faz, quer botar pra quebrar. Certamente vai arrumar emprego fácil em alguns bolsões do Sul. 

Uma análise a tirar desse triste acontecimento serve àqueles que pregam a "pacificação" do "Brasil dividido", a anistia, o abraço dos contrários, o fim da polarização. Não contem comigo. 

A essa altura, a pacificação é rendição. 

Desconfie dos editorias e das declarações desses "pacificadores" tão suspeitos que ainda não têm coragem de usar a suástica em público mas já ostentam o símbolo nos seus pijamas. 

Sério, dá para "pacificar" com esse elemento desprezível?

Wall Street Journal junta dois meliantes em uma mesma página


Do Wall Street Journal - Na Argentina, a vez do estelionatário Milei...


...no Brasil o cerco ao golpista e vendedor de jóias e relógios Bolsonaro.


Os dois líderes do fascismo no Cone Sul, Bolsonaro e Milei, têm muitas afinidades extremistas: são serviçais apaixonados por Donald Trump, cortejam as elites e têm visão própria e bastante flexibilizada do que é honestidade. Os dois acabam de sair graficamente juntos no Wall Street Journal classificados como golpistas e trambiqueiros. Bolsonaro por conspirar contra a democracia, além de já estar indiciado por afanar jóias e relógios caros do acervo da Presidência da República, e por de vários outros crimes. Milei foi protagonista explícito de um estelionato coletivo. Ele usou suas redes sociais para promover a criptomoeda Libra. Em poucas horas a moeda se valorizou para em seguida, caracterizada a fraude, despencar. Nesse intervalo o pessoal mais chegado ao estelionatário fascista Milei faturou milhões de dólares. As primeiras denúncias indicam que um assessor do presidente da Argentina recebeu um agrado de cerca de milhões de dólares. Seria a propina a ratear. A oposição quer a condenação de Milei. Difícil. Ele tem controle das instituições, tem apoio confortável no Congresso. O chamado mercado está com ele. Mais ou menos como acontece no Brasil. Os bolsonaristas trabalham por uma anistia que pode sair antes mesmo da conclusão dos processos que incluem Bolsonaro e sua organização criminosa.

Um detalhe curioso sobre o golpe financeiro que envolve Milei. A mídia internacional destacou a jogada. Já a mídia neoliberal brasileira , que ama Milei, minimizou o episódio e registrou mais a defesa do presidente argentino do que a acusação. Trump também não falou sobre os acontecimentos que envolve seus dois serviçais.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O cinema retratou Trump e Musk e você já viu esses filmes

"Trump" em trip delirante a maneira do Adenóide Hynkel de Charles Chaplin em o Grande Ditador.


"Musk" no trono da Casa Branca replica o Aladeen do filme O Ditador de Sasha Baron.

por Ed Sá 

Após Trump mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, o oligarca Elon Musk quer renomear o Canal da Mancha. "Aquela porção de água", como ele diz, "passará a se chamar Canal George Washington em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos".

A performance autoritária de Donald Trump e sua gangue de ultra direita tem produzido momentos ridículos que remetem a dois filmes. Um deles, com o ator Sasha Baron, é O Ditador. A trama se desenrola na República  de Wadiya comandada por pelo general Aladeen que se dedica a impedir que a democracia não chegue ao seu país. 

Ao estilo que Trump exibe, o ditador de Wadiya, entre outras megalomanias,  cria seus próprios Jogos Olímpicos. 

O outro filme é mais genial. O Grande Ditador, de Charles Chaplin, é uma sátira do nazismo de Adolf Hitler e do fascismo de Mussolini. Se tivessem vivido da Alemanha nazista, Trump e Musk nem precisariam fazer estágio na Juventude Hitlerista ou na temida SS. A julgar pelas atitudes e idéias de ambos, hoje, já estavam credenciados para o núcleo duro e íntimo do Fuhrer. O mais duro possível.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Vivemos pra ver isso - O elenco do BBB25 é tão ruim que está boicotando a própria Globo. O BBB26 pode não acontecer?

por O.V. Pochê

Para uma parte dos brasileiros, o tal BBB da Globo é irrelevante. Os números a cada audiência demonstram isso. Nem equivalem aos programas populares  da TV aberta do passado. Aliás a TV aberta é como o galã ou a estrela que fazem tantas plásticas, lipos e botox que se desfiguram até que as mães não o reconheçam. 

Mas há quem curta as fofocas agora bombadas pelas redes sociais.  O BBB25 parece ser um desastre para a Globo. Os personagens da casa são insuportáveis, segundo os números da audiência claudicante. Não seriam convidados para uma festinha de subúrbio tal a irrelevância. Se fossem para um churrasco no sítio do Zeca Pagodinho, em Xerém, jogariam no chão a fama de animação dos churrascos do cantor. O pessoal é chato. Tem um par de irmãos ex-atletas que de tão pentelhos comprometeram o astral até da quadra da Mangueira em festa de comemoração de título de campeã. E como falam de doenças e traumas e dramas. Algum marqueteiro de realities deve ter dito para eles que desgraça dá ibope. Para a Globo, o castigo veio de dentro. Sem dúvida, o reality passará por avaliação ao fim da trmporada. Até aqui o elenco do BBB25 é tão ruim em comparação com muitas das edições anteriores que deixa no ar o risco de não haver BBB26. Afinal o programa é uma potência em faturamento publicitário e os anunciantes também assistem ao eventual fracasso 


Carnaval Carioca - Bloco Imprensa que Eu Gamo faz seu último desfile

O Imprensa na volta de despedida.
Foto de Jussara Razzé. 


"Valeu, Rio". Foto de Jussara Razzé 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Alegria, como sempre, mas em clima de despedida. Há 30 anos, um grupo de jornalistas criou o bloco Imprensa que Eu Gamo. As mesas dos bares instalados no Mercadinho São José, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, foram testemunhas. Para os fundadores, chegou a hora de parar. Depois de três décadas, o Imprensa Que Eu Gamo fez seu último desfile no circuito Laranjeiras-Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no sábado,15. Rita Fernandes, presidente do Imprensa e da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana), relatou ao G1 alguns motivos para o adeus do Imprensa. Segundo ela, "alto custo do carnaval, excesso de burocracia, falta de pessoas na organização, mudança de público". 

O Imprensa, que nunca foi corporativo e nem exigiu crachá, (sempre recebeu todos os públicos) fechou sua trajetória que, ao longo de três décadas, reuniu várias gerações de jornalistas. Alguns coleguinhas só se encontravam uma vez por ano durante o desfile. Uma jornalista brincou: "estamos fazendo prova de vida".


O ritmista Nilton Retchman, ex-Manchete e ex-Furiosa, a bateria do Salgueiro. Foto Arquivo Pessoal 

Na bateria do Imprensa, um integrante lembrava na camiseta uma publicação identificada com o carnaval carioca.  Era o ex-funcionário da Bloch Nilton Retchman, ritmista que fez parte da lendária Furiosa do Salgueiro.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A revista que se recusa a desaparecer - Manchete volta às bancas


2008 - A capa da última edição da Manchete. Foto de Dani Barcelos


por José Esmeraldo Gonçalves 

 O jornalista Roberto Muggiati, o editor que por mais tempo esteve à frente da Manchete, costuma dizer que a revista parece ter um pacto de ressurreição com o príncipe romeno Vlad III, aquele que atendia pela alcunha de Conde Drácula. A Manchete saiu das bancas quando atingida no peito por uma estaca representada pela falência da Bloch Editores (em agosto de 2000), mas se recusou a deixar o imaginário de muitos leitores. 

Seu conteúdo gerou dezenas de livros e teses universitárias. Seu arquivo de fotos construído por gerações de fotojornalistas permanece desaparecido, mas o sumiço não impede que imagens marcantes sejam reproduzidas em jornais, revistas e até em documentários sobre fatos e personagens presentes nas coberturas da revista. 

Digitalizada pela Biblioteca Nacional a coleção da Manchete de abril de 1952 ao ano 2000 venceu o tempo e pode ser consultada por pesquisadores, jornalistas, antigos leitores, historiadores, estudantes etc.

Aquela estaca da falência em 2000 não conseguiu encerrar a trajetória da Manchete. Em periodicidade semanal, a revista voltou às bancas em 2001 editada por Roberto Barreira e Lincoln Martins à frente de uma cooperativa de jornalistas formada por ex-funcionários da Bloch. O expediente citava então que a publicação era autorizada pela Massa Falida da Bloch Editores e supervisionada por um Conselho Curador formado por Murilo Mello Filho, Roberto Barreira, Lincoln Martins, José Rodolpho Câmara, Roberto Antunes, Marcos Salles e Elço Ferreira. Em fevereiro de 2001, a tradicional Manchete de carnaval chegava às bancas de todo o Brasil. Especialistas com DNA do sambódromo, como Wilson Pastor, David Junior, Jussara Razzé, Alex Ferro, Armando Borges, João Mário, Alexandre Loureiro, Orlando Abrunhosa, Alberto Carvalho, José Carlos Jesus, Maurício Chicrala, Maria Alice Mariano, J. A. Barros, Orestes Locatel, Regina D'Almeida,  Marcelo Horn, Pedro Borgeth, Eliane Peixoto, Enilson Costa, Renato Sérgio e Vicente Datolli,  entre tantos outros colaboradores, abriram alas para épicas, novamente, edições de carnaval.  

Os jornalistas que bancaram aquela volta resistiram o quanto puderam, até que mais uma estaca, dessa vez financeira, retirou a revista da bancas. 

Tempos depois o editor e empresário Marcos Dvoskin arrematava em leilão alguns títulos da Bloch, incluindo Manchete. A partir de 2004 a Editora Manchete, de Dvoskin, lançou edições de Carnaval até 2008. Após isso, a publicação  - a última capa está reproduzida no alto - saiu das bancas mais uma vez.

Agora a Manchete ressuscita. Sites especializados noticiam que o jornalista Marcos Salles - que, a propósito, como citado acima, fez parte do Conselho Curador das edições pós-falência -, acaba de adquirir de Marcos Dvoskin o título Manchete. Salles, que foi diretor de O Dia e até recentemente esteve à frente do Correio da Manhã, relançará a revista no dia 17 de março, em apresentação festiva no Teatro Adolpho Bloch, no edifício que sediou as redações da Bloch Editores, na Rua do Russell, Rio de Janeiro. 

Manchete volta em edição mensal, impressa. Além disso, os vídeos das entrevistas poderão ser acessados por QR Code nas páginas da revista que levam ao portal R7, do Grupo Record e serão exibidos na TV Max, na NET. 

Segundo as informações divulgadas, a primeira edição trará uma grande reportagem sobre o Carnaval. Uma referência simbólica a um tipo de pauta, entre tantas outras especiais, que marcaram a trajetória da Manchete.   

Panis cum Ovum surgiu há quase 16 anos como expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", coletânea que reuniu textos de jornalistas e fotógrafos que trabalharam na Bloch. Temos a revista na veia e, agora, exclusivamente na memória. 

O mercado mudou, mas muitas publicações impressas encontraram seus espaços no novo mercado. O blog deseja sucesso à iniciativa. Força, equipe. Que Manchete aconteça mais uma vez.

"Justiça Feita" é a chamada da edição da Fórum. Só que o bolsonarista que assassinou o petista Marcelo Arruda não esquentou lugar na cadeia. Ele foi condenado a 20 anos de prisão em regime inicial fechado mas a caneta rápida de um desembargador o mandou para prisão domiciliar. A Justiça ainda não chegou

 


por José Esmeraldo Gonçalves 

A capa da Fórum dessa semana registra a condenação do assassino bolsonarista e ex-policial penal  Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipa e ex-tesoureiro do PT Marcello Aloizio de Arruda. 

Na quinta-feira, 13, após  decisão do juri popular, a juíza Mychelle Pacheco Stadler determinou uma pena de 20 anos para o homicida, em regime inicial fechado. Guaranho foi encaminhado ao presídio, mas nem chegou a esquentar o chão da cela. Um dia depois de receber a pena (em 14/2) e antes mesmo do lançamento da edição da Fórum, o desembargador Garnaliel Seme Scaff, provavelmente a caneta mais rápida da Justiça do Paraná (TJPR), ordenou que o assassino voltasse para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa argumentou que o criminoso bolsonarista tinha problemas de saúde e Scaff aceitou o argumento. Cabe recurso. 

O crime aconteceu em 9 de julho de 2022, a poucos meses das eleições presidenciais. Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos e o assassino passou de carro diante do salão de festas, por duas vezes, em atitude provocativa, tocando músicas de apoio a Bolsonaro. Houve uma discussão e pouco depois Guaranho invadiu a festa e atirou em Arruda. O petista, caído e mortalmente ferido, chegou a revidar e atingir o assassino, mas faleceu no hospital.  Arruda deixou viúva Pâmella Silva e os quatro filhos do casal. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Trump já tem um campo de concentração pra chamar de seu

 


Reprodução Folha de São Paulo. Charge de Cláudio Mor. Guantánamo e a simetria criticada.

Trump já dispõe de um campo de concentração para chamar de seu (Guantánamo). Seu espaço  para desovar traficantes, estupradores e pedófilos, como ele acha que todos os morenos são.  O empreendimento do oligarca estadunidense não tem vagões de trem para transportar levas de latinos,  mas usa jatos militares abarrotados que despejam os rejeitados além fronteiras. A capa da Libération o chama de Agente do Caos. Errado. Caos é algo fora de controle. Trump, ao contrário, sabe o que quer. Está cercado de oligarcas de extrema direita e cada uma das suas ações tem correlação com um dos períodos mais cruéis da história da humanidade. Você já identificou o nome dessa era. Agora, o magnata decidiu anexar Gaza e expulsar mais de dois milhões de palestinos. Pretende construir sobre os mortos condomínios de luxo, resorts, campos de golfe, marinas, hotéis, restaurantes, saúnas, centro de convenções etc. Será a "Riviera" do Oriente Médio. A essa altura, seus arquitetos, como "Alberts Spears" resgatados do inferno, já desenham o luxo que vai ser erguido sobre cadáveres de milhares de mães, pais e crianças.

Já a charge publicada pela Folha de São Paulo, que sugere o campo de concentração de Guantánamo com um portal de Auschwitz, mostra a mais nova Trump Tower. Registre-se que a charge foi criticada por relacionar o presídio para imigrantes com a estrutura de extermínio concebida por Hitler. Trump certamente não está preocupado com isso. Ele dá sinais de que fará essa simetria ideológica muitas vezes durante o seu governo

Deu no Washington Post, hoje. Fernandinha é favorita. Só não ganha se o VAR for trumpista. Queremos voto impresso

 


Viu isso? Rabinos e judeus leigos publicam manifesto no New York Times contra a limpeza étnica que Trump quer promover na Palestina

 

Reprodução 

JK foi assassinado? Um caso que ainda está aqui...

Fatos & Fotos, agosto de 1976.

por José Esmeraldo Gonçalves 

A Comissão Especial sobre Mortos e Desparecidos Políticos do Ministério dos Direitos Humanos avalia a possibilidade de reabrir uma investigação sobre a morte de Juscelino Kubitscheck ocorrida em 22 de agosto de 1976. 

Em 2021, o Ministério Público Federal havia descartado a hipótese de uma colisão entre um ônibus e o carro que conduzia JK e o seu motorista Geraldo Ribeiro como causa do acidente na Via Dutra, que vitimou os dois ocupantes. A colisão de fato aconteceu, mas o MPF registrou em inquérito que foi "impossível afirmar ou descartar" a hipótese de um atentado político a partir de uma sabotagem no Opala que tenha levado ao descontrole e capotagem do carro.  Essa suposição é conhecida, foi amplamente explorada por jornais, revistas e até no livro "O Beijo da Morte", de Carlos Heitor Cony e Anna Lee. Juscelino Kubitscheck, como João Goulart, então exilado no Uruguai, e Carlos Lacerda (este apesar de ser um dos mentores civis do golpe e da ditadura de 1964 não era mais figura de confiança dos "gorilas" desde que tentou organizar uma frente política contra o governo militar) eram alvos do regime. Jango morreu em dezembro de 1976 e Lacerda em maio de 1977.   

O que este blog acrescentou ao chamado mistério da morte de JK foram relatos exclusivos de acontecimentos igualmente suspeitos ou, no mínimo, estranhos, que agitaram os bastidores do velório de JK e Geraldo Ribeiro no hall do prédio da Bloch na Rua do Russell, Glória, Rio de Janeiro. 

Se o leitor tiver interesse em conferir uma ponta erguida do tapete que abafou alguns sinais inusitados do caso, pode conferir no link abaixo uma matéria de Carlos Heitor Cony e José Esmeraldo Gonçalves sobre o fato histórico em aberto. 

https://paniscumovum.blogspot.com/2016/08/memorias-da-redacao-ha-40-anos-morria.html

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Do Meia Hora: uma forma de dar uma notícia ..


 

Israel: Gaza é aqui! • Por Roberto Muggiati

 

Bandeira de Israel: simbolo do território ocupado na
Zona Norte do Rio de Janeiro. Foto:Reprodução X.

Na imagem do Google Maps, a "terra prometida" do narcopentecostalismo. 

A violência nossa (carioca) de todo dia abalou esta manhã o Complexo de Israel, provocando o fechamento da Avenida Brasil e da Linha Vermelha. As polícias Civil e Militar foram acionadas após receberem informações de que o 
traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão,– um dos criminosos mais procurados do Rio – estaria escondido lá. Atingido pelos bandidos, um helicóptero da PM fez um pouso de emergência. Entre os feridos na confrontação, os mesmos de sempre: três pais de família da periferia na penosa e perigosa jornada para o trabalho

Cidade Alta, Vigário Geral, Cinco Bocas, Pica-pau e Parada de Lucas (onde ficava o parque gráfico da Manchete) são as cinco comunidades que compõem o complexo. Juntas, abrigam uma população de 135 mil pessoas.

Bandidos atearam fogo a barricadas, a um caminhão e a uma passarela para dificultar a entrada dos agentes nas comunidades. Também conhecida como Tropa de Arão, a facção narcopentecostalista do Complexo de Israel usa a pregação religiosa como uma de suas táticas, exigindo a conversão e práticas religiosas específicas para adesão e permanência na organização. Enquanto Peixão não cai na rede, o povo pena...

O "Kama Sutra" das celebridades ou o "Carlos Zéfiro" dos famosos

por Clara S. Britto

A antiga mídia impressa do segmento Celebridades já foi acusada de apelar para "revelações" sobre a vida de artistas com o objetivo de vender revistas. Esse tempo passou. Atualmente, as próprias "celebridades" despejam as notícias  mais íntimas em sites, canais do You Tube, podcasts e redes sociais em geral. O 'mensageiro", principalmente publicações como Caras, Contigo, Quem, foi abduzido pelo mercado, perdeu relevância e espaço. Alguns títulos impressos resistem, mas  exibem números risíveis se comparados com a circulação que alcançavam nos anos 90 e 00. Contudo, o interesse do público pela "intimidade" dos "famosos" permanece voraz. A diferença é que as próprias celebridades e princpalmente as subcelebridades agora se encarregam de saciar a massa. Vejam o BBB 25. Um ex-atleta, por exemplo, já não sabe mais o que contar sobre traumas, acessos de pânico, humilhações, injustiças, traumas etc que sensibilizem a audiência. Aparentemente, o "coitadismo" funciona junto ao público. O dito ex-atleta seria um dos favoritos para ganhar o prêmio.

Houve uma época que as revistas corriam atrás de depoimentos sobre "síndrome do pânico". rolava uma espécie de epidemia no meio artístico. Atualmente, revelar assédios sexual e moral também marcam pontos.  Intolerância à lactose dá algum "ibope", mas não bomba.  Revelar os "podres" da Globo, geralmente em entrevistas de ex-globais e apenas quando convenientemente demitidos, faz sucesso nas redes. Um programa de entrevistas de uma humorista global também aborda desejos incendiários que as redes sociais frequentemente repercutem. Ocorre que a entrevistadora é especializada em escavar os porões sexuais das celebridades. Com habilidade, ela arranca algumas liberalidades das atrizes, como abrir acesso preferencial à back door, participar de trisal, se posicionar sobre o dilema "cospe ou engole". A lista é longa, a turma parece saber tudo sobre o Kama Sutra. Alfred Kinsey, o homem do Relatório Kinsey, um extenso dossiê sobre comportamento sexual que abalou os anos 1950, adoraria. 

Os podcasts vão mais fundo: arrancam dos entrevistados que já perderam a esperança de voltar à emissora-líder especulações vagas - eles têm o cuidado de não personalizar as supostas revelações - sobre uma série de "quartos" mantidos nos estúdios, o do "pó" e o do "sofá" entre outros. Jamais dizem que frequentaram tais  ambientes, mas sabem de alguém que foi lá.  

Em tempos já jurássicos, as revistas eram procuradas por celebridades ou assessores que ofereciam pautas sobre lançamentos de seus filmes, livros, peças, turnês, músicas. Por conta da divulgação muitos topavam dar entrevistas, mostrar as casas, permitir fotos em viagens etc. Nunca iam tão longe nas "revelações". Agora o buraco, não me interpretem mal, é mais embaixo. Qual o caminho para emplacar  "ganchos" que se transformem em pautas para podcasts, páginas de influenciadores com milhões de seguidores e canais do You Tube ou programas de fofocas da TV? Dizer que o entrevistado "topa falar sobre tudo? Parece.          

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

As previsões econômicas da "Madame Valéria" do Globo

 


Suspeita-se que esse editorial do Globo foi escrito por "Madame Valéria". Consigo imaginar o sujeito sob a luz difusa da redação quase vazia jogando tarô antes de formatar suas terríveis previsões. Jornalistas e economistas ligados à extrema direita parecem produzir "análises" enquanto acometidos de transe esotérica. Esse aí não deve conhecer o desespero de um desempregado sem condições de levar comida para casa. Quando consegue emprego, como aconteceu com milhões ao longo de 2024, pode experimentar uma "sensação ilusória", escreveu o editorialista. Geralmente esses *analistas" do caos erram. Dessa vez o fulano usou uma notícia claramente positiva para derramar sua amargura replicando o discurso rentalista e especulativo do "mercado". 

Povo,   arrume as malas. O Globo anuncia o apocalipse financeiro que vai engolfar o Brasil. Não restará Pix sobre Pix. Não dá para emigrar para os Estados Unidos, - que Trump aguarda com o chicote e sua Gestapo da fronteira -, nem para Portugal onde até turista é xingado nas ruas, e é bom evitar apanhar na Irlanda se falar português em voz alta. Segundo as "Madames Valérias" o caminho deverá ser a Argentina que o "mito" Milei em breve transformará em terra prometida do fundamentalismo neoliberal. Não agora, que os hermanos estão sofrendo com salários baixos e preços altos. Daqui a pouco, dizem, o país será um tigre austral da bonança.

Curiosamente, o editorial do Globo teve o cuidado não falar sobre o denso nevoeiro, esse sim real e ameaçador, que emana do Salão Oval onde Trump dança com o globo terrestre. Os editorialistas do New York Times e do Washington Post estão perplexos com os "atos institucionais" emitidos pelo oligarca. Perdão, "atos executivos" que ele dispara contra o seu maior inimigo, o mundo. Mesmo perplexos não ousam fazer previsões. Trump é errático e pode atirar para todos os lados. Deveriam pedir ajuda às "Madames Valérias" brasileiras que são capazes de antecipar em detalhes todas as desgraças econômicas principalmente aquelas que seus desejos ardentes projetam.