por Pedro Juan Bettencourt
Eu me recuso a acreditar que o Big Brother Brasil é um espelho fiel do país. Principalmente porque entre milhares ou milhões de inscritos é feita pela produção uma seleção com base em critérios próprios. Pessoas capazes de criar polêmicas e confusões predominam. Mesmo estes, se estão tímidos, são turbinados com bebidas durante as seguidas festas. Daí brotam situações de racismo, agressões verbais e até físicas, intolerâncias variadas e repetidos casos de assédio sexual. Nessa edição, dois participantes se sentiram no direito de mexer na bagagem da mexicana convidada a passar uns dias entre os brasileiros. A pessoa deve ter lamentado a escolha para vir à casa do BBB23. Também foi vítima de assédio sexual duplo e teve seus pertences "fiscalizados" por invasores do alheio.
A conclusão é a seguinte: se a seleção privilegiar pessoas educadas, éticas, que respeitam os outros a audiência cai. Para obter repercussão, a regra é plantar vilões na casa. Se os vilões cumprem a função, enchem a cara na festa e assediam uma jovem, não tem problema: a produção pede desculpas e expulsa os vilões que ela própria escalou. Jogo que segue. Outros virão.
Um comentário:
Sou contra esse programa e uma das razões é que ele avilta a dignidade humana. Os concorrentes se tornam hipócritas, venais, corruptos. O premio em dinheiro é muito grande e isso açoda os concorrentes a serem ambiciosos e se relacionarem com muita maldade. O programa encoraja os componentes a praticarem sexo e sob um tal de " endredom ", o sexo é praticado diante de milhões de espectadores. Passou a ser um vídeo Pornô, apoiado pela censura oficial. Não é um programa que ensina sociabilidade ao homem, na verdade estimula o ciúmes, a inveja, a corrupção moral, a vingança pessoal e a maldade . Não é um programa para se visto. Mas acontece que a natureza do homem é perversa e todos os sentimentos de ódio, vingança e desamor o estimulam a acompanhar com sadismo, as cenas hipócritas que se desenrolam todas aa noite durante as horas do programa.
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