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Uma das asas do Spruce Goose a caminho do dique de montagem: espetáculo popular. Foto Underwood Archives/Getty Images/Mashable (link abaixo) |
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O primeiro voo em 2 de novembro de 1947. |
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Taxiando em Long Beach. Foto J.R.Eyerman/The Life Picture Collection/Getty images/Mashable (link abaixo) |
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Hughes nos controles. Foto Betmann/Corbus/Mashable (link abaixo) |
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O Spruce GoosE, em amarelo, comparado ao maiores aviões da atualidade: Antonov (verde), Boeing 747 (azul) e ao Airbus A-380 (verde). Reprodução |
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O hidroavião no museu, no Oregon. Foto Evergreen Aviation & Space Museum |
por Flávio Sépia
Matéria publicada hoje no site Mashable revisita um momento da aviação que virou história e aterrissou na lenda. Em 1942, os submarinos alemães caçavam navios aliados no Atlântico. O magnata e aviador Howard Hughes teve então a ideia de projetar e construir um super hidroavião capaz de cruzar oceanos e levar 750 soldados equipados ou trinta tanques Sherman a qualquer litoral inimigo a conquistar. Hughes era, também, um especialista em arrancar verbas de Washington para projetos de aviões militares. Quem viu o filme "O Aviador" conhece a história desse personagem, um dos mais intrigantes do século passado, que foi parar em comissões parlamentares de inquérito, e os detalhes do polêmico projeto.
Só em janeiro de 1945, há 70 anos, quando a guerra estava chegando ao fim, Hughes começou a tirar da prancheta o imenso hidroavião. Seis vezes maior do que qualquer aeronave da época, tinha oito motores sobre uma fuselagem de madeira, já que a guerra consumia o metal disponível. O transporte das asas e outros setores do avião, em carretas, rumo ao dique onde seria montado, era um acontecimento que parava cidades e atraia multidões. A imprensa o apelidou de Spruce Goose, um tipo de ganso gordo, enfeitado, termo pejorativo que enfatizava as características pretensiosas do avião. Hughes detestava o apelido. Com o fim da guerra, as verbas foram suspensas e o mamute voador só foi concluído em 1947. Já não era prioritário para o Departamento de Defesa. O Spruce fez seu primeiro e único voo - na verdade subiu dois metros e planou por um minuto, com Hughes nos controles - em novembro daquele ano, em Long Beach. Talvez com esperança de fazer um segundo voo, Hughes mandou recolher o Spruce Goose a um hangar climatizado onde ele passou 33 anos longe dos olhos do público. Só após a morte do magnata, em 1976, os inventariantes doaram o avião a um aeroclube que o cedeu a uma subsidiária da Disney, que por algum tempo o exibiu ao público em um hangar improvisado. Entusiastas da aviação temiam que um importante item da história se deteriorasse aos poucos e lançaram uma campanha para dar ao Spruce Goose uma casa própria e definitiva. Desde 2001, o H4-Hércules, nome técnico do hidroavião, está no Evergreen Aviation & Space Museum, no Oregon, longe do mar, como símbolo da ousadia - mas há quem diga da loucura - de um visionário. Todos os dias, voluntários tiram a poeira do cockpit, verificam se a madeira tem cupins e procuram pontos de ferrugem nos equipamentos. O Spruce estaria assim pronto para receber o magnata que tinha pavor de germes, mania de limpeza e morreu recluso em uma suite desinfetada.
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2 comentários:
Mas a verdade é que o "Spruce Goose " voou, se bem que pouco mais de 2 metros acima do nível do mar, e por uns 2 minutos mais ou menos alçou voo. O excêntrico trilionário, que comeu as melhores artistas de Hollyhood da época, recolheu o monstro voador em um hangar e ele também se trancou em um apartamento até a sua morte.
Esse cara era um megalomaníaco, impúlsionou a avição mas tamb[em perdeu muito dinheiro que não era exatamente dele mas verbas do governo americano. Muitos projetos dele, além do hidroavião, deram errado. Parece até um bilionário que andou aprontando aqui pelo Babanão
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