terça-feira, 3 de abril de 2012

Continuação de “Fina Estampa” foi só uma brincadeira de Aguinaldo Silva

por Eli Halfoun
Mesmo tendo publicado em seu Twitter que estaria pensando (e até preparando) uma continuação para a novela “Fina Estampa” é muito difícil que Aguinaldo Silva venha a fazer isso. O autor não é muito fã da idéia de criar intermináveis continuações e nem tem tempo para isso já que está envolvido em outros projetos e não só para a televisão: o próximo passo de Silva pode ser no cinema que assim ganharia um sem dúvida excelente roteirista. Amigos do autor comentam que ter publicado a possibilidade de continuar com “Fina Estampa” foi apenas uma irônica brincadeira do autor para livrar-se das críticas que vinha recebendo por conta do final da novela que realmente não agradou a maioria dos telespectadores. Mas isso já não importa muito como, aliás, tudo o que a televisão ainda exibe. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Revista O Povo chega às bancas amanhã

O Nordeste ganha um publicação de alto nível. Trata-se da revista O Povo Cenário, de Fortaleza, Ceará, com circulação trimestral em toda a região e nos grandes centros. A primeira edição traz na capa o 290º mais rico do mundo e nono do Brasil, segundo a revista norte-americana Forbes, o empresário cearense Ivens Dias Branco, presidente do grupo M. Dias Branco, dono de uma fortuna pessoal avaliada em US$ 3,8 bilhões. A publicação abordará os desafios e as conquistas do Nordeste, região que cresce há anos em ritmo acima das taxas de expansão do PIB nacional. Cultura, comportamento, gastronomia são outras rubricas da nova revista. 

Dona Cantora, pague o que deve ao músico

deBarros
A perplexidade é uma constante durante o decorrer de nossas vidas.  De repente encontramos nos jornais casos que nos deixam: PERPLEXOS.
Por exemplo, o que faz uma cantora muito rica despedir de sua Banda um dos músicos sem pagar a indenização devida? Ora, é claro que o músico demitido recorre à Justiça do Trabalho reclamando os seus direitos. O que faz a artista muito rica? Resolve brigar no Tribunal alegando que o músico reclamante não era seu empregado, mas sim autônomo que prestava serviço à sua Banda. Essa briga já leva um ano e só agora a audiência de instrução do processo foi marcada. Fico perguntando a mim mesmo sem acreditar muito na atitude da cantora.  Uma artista que compra um jato executivo por 20 milhões de reais para seu uso pessoal e aluga por horas a casa de espetáculo Carnegie Hall  – nos EUA –   para dar o seu show para americanos que não entendem nada o que ela está cantando e não pode pagar uma indenização a um dos seus músicos que durante alguns anos trabalhou para ela tocando o seu instrumento ajudando a sua apresentação nos shows? E enquanto ficará essa indenização? Alguns milhões de dólares? Não, não deve passar de uns 20 a 30 mil reais. E é por essa miséria, diante dos milhões que ganha  e gasta e está brigando na Justiça? Vamos lá senhora cantora. Não precisa economizar a sua renda por tão pouco. Pague ao músico, o que lhe deve, porque ele trabalhou horas, varando madrugadas sem dormir e sem se alimentar normalmente em shows para lhe servir. E você, senhora cantora não ficará pobre com esse gesto, até pelo contrário, ficará mais rica moralmente e poderá dormir tranquilo todas noites depois dos seus maravilhosos shows. Não é para ficarmos perplexos?

Grand Siena em aventuras no Chile

Grand Siena. Foto: Divulgação
por José Rezende Mahar
Na semana passada a Fiat me convidou para ir ao Chile conhecer o novo Siena, apropriadamente chamado de Grand Siena. O nome se aplica, pois ele cresceu de modo impressionante: 14 cm no entre-eixos, uma enormidade em um carro do segmento dos médio pequenos. Falaremos mais dele adiante.
Mas a viagem foi mais do que isso, pois conhecemos um país diferente de todos os outros da América Latina. Primeiro é um país onde não chove seis meses por ano, com um clima ameno sem o calorão brasileiro e onde o Sol se põe no verão quase às nove da noite. Outra diferença marcante é o piso das ruas e estradas. Liso a ponto de ser monótono para nós que vivemos no país do balanço e do solavanco, a suspensão quase não se mexe ao viajar. Talvez por isso sejam tão populares os baratos carros chineses, que como todos são importados – o Chile não produz automóveis – pagam um imposto ridículo de importação, coisa de 5% ou menos. Ao menos em Santiago não se vê carros antigos e velhos. Eu vi só um Ford Crown Victoria dos anos 80 e nada mais. Alguns Audi, BMW e Mercedes, um ou outro Gol e Palio antigo pré-supervalorização do Real e o resto tem olhinhos puxados, a ponto de ser difícil identificar a todos. Tem até Foton da Malásia... No interior tem uns Peugeot velhos, poucos Fiat são os italianos e acabou: o resto é oriental. Com muito Nissan e Toyota. Um detalhe engraçado e que em um país com um clima favorável, talvez meio frio no inverno, não há quase motos na rua, nem pequena nem grande. Uma rara ou outra de cilindrada média, umas dez por dia andando muito e acabou. Os caminhões são na maioria americanos, com alguns Mercedes e Volvo, e os ônibus são quase totalmente Mercedes vindos da Alemanha e encarroçados na Marcopolo ou na Busscar, no Brasil.
O novo Siena é um carro impressionante: Claudio De Maria, o brilhante engenheiro chefe da Fiat, fez uma suspensão maravilhosa mostrando suas qualidades de engenheiro junto com Dotô Robson Cotta na validação. Aumentaram a bitola traseira e instalaram um eixo traseiro de torção com bitola maior que na frente. De origem no Punto, tem uma estabilidade assombrosa para quem conheceu o antigo Siena com a sua suspensão mais chegada no conforto: agora temos um carro que honra sua parecença de traseira com uma Alfa Romeo...
A mecânica é a mesma do Palio. Com o qual compartilha a parte da frente do monobloco até a parede de fogo, sendo depois totalmente nova a plataforma, aí incluso o eixo mágico. Inclusive no modelo Tetrafuel, para compensar o peso e a altura do bujão de gás existe uma barra estabilizadora dentro desse eixo mágico, que pode ser uma opção para os de espírito mais esportivo, embora as curvas dos retornos da estrada de Valparaíso não tenham indicado nenhuma necessidade de mais refinamento na suspensão.
Seguindo uma tendência manifestada primeiro pelo Logan e depois pelo Cobalt, o carro cresceu muito em espaço interno, quase invalidando o Linea,que é só oito centímetros maior. O interior é bem acabado, com a grande arte da Fiat de fazer um revestimento de custo contido, mas de aparência boa. A posição de dirigir é corretíssima e os bancos confortáveis, tanto que me deu vontade de voltar dirigindo de lá só para ver como ficaria em percurso longo.
Um detalhe que melhorou ainda mais é o software do Duologic, agora um pouco mais suave nas trocas automáticas e disposto nas manuais, formando uma opção muito válida para a pedaleira apertada do novo Palio e Uno, que limita meus delicados pezinhos...
Mas o grande momento da viagem foi o terremoto. De uma magnitude de 7,1 graus na escala Richter, me acordou com as portas do quarto do hotel de luxo batendo. Impagável foi a resposta da recepção: não se preocupe, é assim mesmo e já passou...o primeiro terremoto a gente nunca esquece....

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(N.R. José Rezende Mahar (jrmahar@gmail.com ) tem uma longa história de participação no mundo dos motores. Desde 1980 escreve sobre veículos: carros, motos, lanchas, caminhões e ônibus, sejam eles atuais ou clássicos. Editou vários cadernos de automóveis ao longo de sua vida profissional, tais como a Manchete, Gazeta Mercantil, o setor de lanchas da Motor 3, além de colaborar frequentemente no Globo, Jornal Do Brasil, O Dia, Transporte Mundial, Mar, Vela E Motor, Automóveis Antigos e O Radiador, órgão do Veteran Car Club do Rio de Janeiro. Também foi piloto de moto, organizador de competições, chefe de equipe de corridas e mecânico. Em suma, um homem que viveu o encanto da máquina e o feitiço do asfalto em sua totalidade, que sente a emoção dos motores a fundo.)

Livro de terapeuta americana ensina a ir além do prazer da comida

por Eli Halfoun
Comer representa sem dúvida um dos maiores prazeres da vida, mas é preciso aprender a ir além dele para livrar-se da gula e evidentemente emagrecer. Essa é a proposta da terapeuta alimentar americana Gennen Roth no livro “Descobrindo o Prazer Além da Comida”. O livro está sendo lançado esse mês no Brasil e chega bem recomendado: já vendeu nos Estados Unidos mais de um milhão de exemplares. A autora é também uma referência do ”efeito sanfona” produzido por dietas que emagrecem e logo depois engordam. A terapeuta alimentar perdeu e ganhou 450 quilos somados desde a adolescência e explica agora como descobrir e aceitar o verdadeiro problema por trás da alimentação compulsiva. Ou seja: além de seguir as orientações da terapeuta alimentar parece ser fundamental ter também uma terapeuta para a cuca e não só para o estômago. . A autora de “Além da Comida” é conhecida no Brasil, onde já vendeu 100 mil exemplares dos livros “Mulher. Comida e Deus” e “Liberte-se da Fome Emocional”. Não será por falta de apetite de sua conta bancária que ela passará fome e deixará de ir além, muito além, da comida. Afinal, dinheiro também é sinônimo de prazer. (Eli Halfoun)

Briga das igrejas evangélicas envolve cada vez mais dinheiro

por Eli Halfoun
É briga de grandes empresários e que, portanto, envolve muito dinheiro, a que vem sendo travada entre os reverendos Edir Macedo (Igreja Universal do Reino de Deus) e Valdemiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de Deus). O confronto já produziu estragos na “sacolinha” de Valdemiro que estaria sem “caixa” para pagar o contrato de arrendamento da Rede 21, assinado com a Bandeirantes. Agora Valdemiro acumulou dois atrasos já que também não vinha pagando o aluguel do horário da madrugada na Band.
Quem deve estar adorando essa briga de foice é o também reverendo RR Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus) que corre por fora acumulado cada vez mais lucros nos também arrendados horários na Bandeirantes e na Rede TV. Por enquanto Soares tem honrado seus compromissos financeiros em dia. Do jeito que as coisas andam breve, muito breve, essas igrejas acabam tendo cotas à venda na Bolsa (ou seria um novo “pregão da sacolinha”?) (Eli Halfoun)

domingo, 1 de abril de 2012

No Dia da Mentira, Revista Brasileiros lista invencionices do jornalismo

Conheça algumas mentiras da mídia. Clique AQUI

Anúncio com o milagre das águas é retirado do ar

por Eli Halfoun
Foi uma imagem mostrando, em plena Quaresma, Jesus Cristo andando sobre as águas e um apóstolo dizendo que ele só conseguia isso porque movido pelo energético Red Bull, que fez com que o Conar determinasse a urgente retirada do ar de um comercial do energético. O anúncio para a televisão mundial é uma criação da agência austríaca Kastner & Patrner e estava sendo veiculado no Brasil pela agência paulista Loducca. A decisão do Conar foi tomada depois que o órgão foi pressionado por religiosos igreja. O anuncio saiu do ar, mas ninguém deixou de continuar consumindo o famoso energético. (Eli Halfoun)
Veja o filme. Clique AQUI

Eike Batista acumula prejuízos, mas ainda está bilionário

por Eli Halfoun
Se continuar acumulando prejuízos como vem acontecendo ultimamente não demora muito o mega-empresário Eike Batista não poderá mais orgulhar-se, como costuma fazer, de ser um bilionário, mas apenas mais um milionário. Cálculos feitos pelo portal de economia Economática revelam que as seis empresas de Eike listadas na Bolsa registraram no ano passado prejuízo de R$ 1,2 bilhão. A perda maior foi, ainda segundo a Economática, da OGX com R$ 482,2 milhões. Prejuízo não parece ser novidade para Eike: em 2006 suas empresas perderam R$ 93,8 milhões; em 2008 o prejuízo foi de R$ 337 milhões; em 2009 de R$ 432,8 milhões e em 2010 de R$ 447,9 milhões. Nada que preocupe tanto: Eike ainda tem muito dinheiro para ganhar, para gastar e para perder. (Eli Halfoun)

Corinthians quer ser sofisticado com time de pólo a cavalo

por Eli Halfoun
O Corinthians se orgulha de ser um time popular de imensa e fiel torcida (às vezes exagerada no comportamento). Isso não impede que queira ser esportivamente também um clube de elite. Embora saiba que em nenhum outro esporte terá os seis milhões de torcedores (segundo recente estimativa) que possui no futebol, resolveu criar uma equipe de pólo a cavalo, o que a maioria da torcida popular nem deve saber o que é. A equipe estréia já em abril e é certo que terá como capitão Calão Mello, que é integrante da seleção brasileira e que recentemente participou de um amistoso em São Paulo com o príncipe inglês Harry. O Corinthians quer literalmente criar moda com seu novo esporte: em junho colocará a venda modelos de roupas ligadas ao pólo, como, entre outras ofertas, camisas, calças e botas. Para popularizar o esporte, o clube decidiu que transmitirá jogos em programas especiais da TV Corinthians e em emissoras por assinatura. Com os torcedores do pólo a cavalo costumam ser mais sofisticados e educados seria bom o clube dar aulas de comportamento para seus torcedores, o que, aliás, anda faltando também para o futebol. (Eli Halfoun)

Só faltava essa: futebol procura novos craques pela internet

por Eli Halfoun
“Craque se faz em campo” - essa máxima do futebol começa a não fazer mais sentido quando se toma conhecimento de um projeto que tenta encontrar novos craques da bola através da internet. Não adianta enganar nos vídeos porque os “artistas” selecionados depois serão testados ao vivo. O projeto é internacional e tem o ex-jogador português Figo, que também foi craque no Barcelona, como diretor e principal incentivador da “bola virtual”. Figo, aliás, estará aqui em maio como informa Daniel Brunet em O Globo, para fazer o projeto andar. Nem precisará trabalhar muito: no Brasil todo mundo se acha craque e adora bater uma bolinha. (Eli Halfoun)

“Casseta” voltou, mas a turma não foi tão fundo como prometeu

por Eli Halfoun
O merecido descanso (para eles e para nós) foi grande e era de se esperar que a boa turma do “Casseta e Planeta” retornasse cheia de novidades, mas não foi isso o que se viu na volta do programa. A turma não foi tão fundo como prometeu e anunciou: deixou no público um gostinho de promessa não cumprida, como os políticos sem, graça também costumam deixar. O novo “Casseta e Planeta” não mostrou nada de absolutamente novo . Foi um programa comum e quase sem graça. É pena que uma turma tão talentosa não tenha conseguido encontrar ainda a nova fórmula renovadora. É como se tivesse estancado no meio de um brilhante caminho. Pode ser que nos próximos programas as coisas melhorem. Afinal essa competente turma que renovou o humorismo na televisão terá sempre o compromisso (quase obrigação) de renovar sempre. Ainda bem que eles e nós sabemos que têm capacidade para seguir em frente buscando sempre um novo e necessário caminho para o humorismo que ensinaram a fazer. E certamente não esqueceram. Parece apenas que continuam de férias. (Eli Halfoun)

sábado, 31 de março de 2012

Arpoador às escuras. É a Hora do Planeta


O movimento simbólico de apagar as luzes por uma hora em todo o mundo marcou a noite no Arpoador. Música e performances, como a das silhuetas acima, garotas contornadas por leds, a tecnologia de iluminação de baixo consumo. Céu de lua e estrelas (vai ver tinha criança que, sem o reflexo de parte das luzes da cidade, enxergava astros e constelações pela primeira vez).


Deu na Fatos & Fotos, há 44 anos: ditadura assassina o estudante Edson Luís

Capa da edição 375 da Fatos & Fotos com a cobertura do assassinato
 e enterro
do estudante Edson Luis.

Enterro de Edson Luís. Reprodução Fatos & Fotos

Enterro de Edson Luís. Reprodução Fatos & Fotos
por José Esmeraldo Gonçalves
Há 44 anos, no dia 28 de março de 1968, a ditadura mlitar matou um jovem de 18 anos. Edson Luís de Lima Souto havia chegado ao Rio apenas um mês antes. Pensava em trabalhar e concluir o Artigo 99. Edson fazia alguns "bicos" como faxineiro e frequentava o restaurante dos estudantes, no Calabouço. Naqueles dias de março, o Calabouço era alvo de protestos: os estudantes pediam melhores instalações e melhor comida. Naquela noite, uma quinta-feira, aconteceria mais uma passeata. Edson estava na fila do bandejão, queria sair mais cedo para ajudar na preparação de cartazes. Alertada sobre o protesto, a polícia invadiu o restaurante. Tiros, gritos. Antes que pudesse escapar, Edson foi encurralado e abatido à queima-roupa. A bala varou o coração. O corpo do estudante foi carregado pelos colegas até a Santa Casa de Misericórdia e, em seguida, para a Assembleia Legislativa. Foi decretada uma greve geral e, no dia seguinte, milhares de estudantes compareceram ao velório do colega. Três repórteres da Fatos & Fotos - Helena Beltrão, Carlos Castilho e Edson Cabral - e sete fotógrafos - Juvenil de Souza, Nicolau Drei, José Martins, Jorge Aguiar, Armando Rosário, Milton Carvalho e Moacir Gomes -  foram destacados para cobrir a morte e o enterro do estudante e, nos dias seguintes, os protestos no Centro da cidade. A revista foi para as bancas rapidamente - a velocidade era uma das características da Fatos & Fotos - com uma capa dramática e a chamada em uma faixa amarela: A Morte de um Estudante. A Tragédia do Rio que Abalou o Brasil. Nos anos seguintes, os assassinatos promovidas pela ditadura virariam uma cruel rotina. E, sob a mão pesada da censura, jamais voltariam a ser capa de revista. Ao fim daquele ano, o regime editaria o AI-5. Prisões, sequestros, torturas, perseguições, desaparecimentos, atentados como o da OAB e da bomba do Riocentro e assassinatos seriam os instrumentos da ditadura nos 17 anos de chumbo que ainda viriam após a morte do menino Edson Luís. O Brasil que naquele dia chorou a morte de Edson Luís ainda não sabia que o futuro próximo lhe reservava muito mais sangue e lágrimas.
(N.R: Em vários posts e registros - como o da recente reunião, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, dos fotógrafos que trabalharam nas revistas da extinta Bloch - este blog, como não podia deixar de ser, tem demonstrado indignação com o sumiço do arquivo fotográfico que pertenceu às revistas Manchete, Fatos & Fotos, Geográfica, Amiga, Desfile etc. Pois é. Entre o material sumido há fotos como essas acima reproduzidas. Momentos importantes da vida brasileira ameaçados de se perderem para sempre. Se o desaparecimento do acervo incomoda, é surpreendente o silêncio de instituições do porte de um  Ministério da Cultura, Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Museu da Imagem e do Som e, tratando-se de importante memória jornalística, a nossa Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Mercado de revistas aquecido: novos títulos nas bancas

O Brasil ganha destaque entre as economias mundiais e isso se reflete no mercado de revistas. Muitas publicações - algumas já se consolidam no mercado com bons índices de vendas - são dirigidas à classe C, que emergiu como consumidora no embalo das políticas sociais do governo Lula. Recentemente , a editora  editora Condé Nast (Vogue, GQ, Traveler, Style, entre outras) se associou à Editora Globo. Depois da GQ, a dupla lança a Glamour. A Details deverá ser a próxima a ganhar edição brasileira. A Carta Editorial já publica a  Harper's Bazaar nacionalizada. E deve chegar em breve às bancas a L'Officiel (Escala).

“Avenida Brasil”: o melhor caminho da moderna Branca de Neve Mel Maia e da madrasta má Adriana Esteves

Mel Maia, a pequena atriz da novela Avenida Brasil. Foto:TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
A novela “Avenida Brasil” estreou com muita ação e uma boa repercussão com o público, especialmente através de postagens no Twitter. Isso não quer dizer que a novela de João Emanuel Carneiro terá uma ação movimentada durante toda a trama ou que será um sucesso incontestável. A experiência nos tem mostrado que muitas vezes novelas que começam bem não conseguem manter o mesmo ritmo, o que, com o tempo, faz diminuir o interesse do telespectador. A Branca de Neve moderna interpretada pela menina (7 anos) Mel Maia não precisava ser tão maltratada. Mesmo que isso fosse fundamental para o desenvolvimento da trama da novela. A crueldade poderia ter sido menor: o público não gosta de ver também na ficção a mesma violência infantil que recheia o noticiário real diário. Crianças não devem nascer para sofrer e é isso, ou seja, crianças felizes, o que o telespectador quer ver nas novelas. Tragédias infantis já são cruéis demais no dia a dia que infelizmente os adultos continuam construindo. No inicio falou-se muito em um importante personagem jogador de futebol. Até agora o Tufão de Murilo Benício mostrou pouco futebol e é um craque completamente fora da realidade porque está gordinho e consegue passear pelas ruas e até por uma lotada rodoviária sem ser abordado por um único admirador, o que, convenhamos, é quase impossível para um craque de futebol. A Branca de Neve moderna (trocou a floresta pelo lixão) interpretada por Mel Maia se impõe com destaque graças ao inegável talento da menina atriz que tem tido uma atuação impecável, o que mostra uma vez mais que a Globo sabe preparar muito bem através dos ensinamentos da ex-Narizinho Rosana Garcia.
Além de Mel Maia o outro destaque de “Avenida Brasil” é até agora a participação de Adriana Esteves, perfeita como a madrasta má e dissimulada (exatamente como a de Branca de Neve) Não me parece exagero, embora ainda seja muito cedo, afirmar que Adriana Esteves vive até agora o seu melhor momento na televisão e tem tudo para consagrar-se definitivamente como uma grande (pequena no tamanho) atriz. Se a novela e o autor continuarem deixando. (Eli Halfoun)

Deu no IG: outro "mião"...

Primeiro, o eleitor mandou pra casa, democraticamente, à base da falta de voto, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Serra, Tarso Jereissati e outros líderes da oposição. Depois, saindo da política e entrando na área criminal, bate-papo telefônico demoliu Demóstenes. Agora, Agripino é alvo de denúncias. Não reclamem que a oposição não existe. Existe. E aparentemente está muito viva.

Deu no Portal Imprensa: ligações perigosas

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Fotógrafos ex-Manchete revoltados com o sumiço do acervo de imagens da extinta Bloch

Ex-funcionários da Bloch reunidos na sede do Sindicato dos Jornalistas, no Rio. Foto: Guilherme Póvoas

José Carlos Jesus (presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores), ao fundo, presta informações sobre andamento dos processos e reivindicações junto à massa falida da empresa. Foto: Guilherme Póvoas
Após comprador do material que fazia parte das revistas de Adolpho Bloch ter desaparecido, assembléia de ex-funcionários discute possibilidades em relação aos direitos dos jornalistas

O clique mais famoso do repórter fotográfico Orlando Abrunhosa foi na Copa do Mundo de 1970, na estreia da seleção brasileira. Naquele jogo, contra a então Tchecoslováquia, Pelé, após marcar gol ao receber lançamento de Gérson, comemorou com o clássico soco no ar enquanto Tostão e Jairzinho corriam para abraçá-lo. O instante, fotografado por Orlando, que trabalhava na revista Manchete, viajou o planeta e virou até selo comemorativo.
Na última sexta-feira (30/3/2012), o repórter fotográfico estava no auditório do Sindicato dos Jornalistas com mais cerca de cem profissionais, entre jornalistas e gráficos. Eles, junto com outros 300 colegas, estão em busca de pagamentos devidos do tempo em que trabalhavam na Bloch Editores. Enquanto isso, o negativo em preto-e-branco que eternizou a comemoração do ataque da seleção de 1970 tem paradeiro desconhecido, junto com outras 12 milhões peças do acervo da extinta empresa de Adolpho Bloch.
“É uma situação complicada. E não recebi nada pela fotografia”, lamenta o jornalista, que fez história na imprensa brasileira com sua Nikon F. O acervo da Bloch Editores foi arrematado por R$300 mil num leilão em 2010. Neste ano, a Justiça tentou notificar o comprador do material após ação do Sindicato dos Jornalistas, mas não o encontrou. Assim, oficialmente, fotografias que registraram momentos preciosos da história do Brasil e do mundo estão desaparecidas.
“Alguns repórteres fotográficos disseram que irão à polícia apresentar queixa-crime pelo sumiço das imagens”, A revolta é grande não só pelos diretos autorais que não foram respeitados – daí o motivo da ação movida pelo Sindicato – mas também pelo desrespeito com a história da imprensa.
A Massa Falida de Bloch Editores ainda aguarda decisões da Justiça sobre processos relativos a pagamentos de salários, FGTS e horas extras. O promotor que acompanhava o caso. Dr. Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho, hoje Procurador da Justiça Cível, foi substituído pelo Dr. Carlos Cerqueira Chagas na 5a. Promotoria de Massas Falidas. Mas a juíza responsável pela 5ª Vara Empresarial da Comarca da capital é a mesma, Dra. Maria da Penha Nobre Mauro, assim como a Síndica Dra. Luciana Trindade da Silva. Os ex-empregados continuam confiantes com o apoio recebido das autoridades responsáveis pela massa falida.
“Esperamos que o novo promotor dedique a merecida atenção aos trabalhadores”, destaca o presidente da Comissão de Ex-funcionários, José Carlos Jesus, que agradeceu a atuação e o interesse do promotor Dr. Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho. A propósito do anunciado sumiço do arquivo fotográfico, Dr. Luiz Roldão demonstrou sua surpresa já que o endereço e contatos do comprador devem obrigatoriamente constar dos documentos legais da massa falida. Em nome dos colegas, José Carlos ainda dirigiu um agradecimento especial à juíza Dra. Maria da Penha Nobre Mauro.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro 
Veja o site do SJPMRJ, Clique AQUI

Censura no Facebook: página do premiado filme "Slovenian Girl" é detonada. Distribuidora protesta

Cena de Slovenian Girl. Nina Ivanisin no papel de uma universitária que se prostitui.
Nina Ivanisin, 19 anos, no cartaz do filme "Slovenian Girl", banido do Facebook sob a alegação de "pornografia".
por JJcomunic
A distribuidora de filmes Tucumán publicou em seu site uma nota de repúdio contra censura no Facebook. A página do longa "Slovenian Girl" foi bloqueada sob alegação de conteúdo erótico por mostrar uma menina em pose sensual. A "menina" é a premiada atriz Nina Ivanisin, de 19 anos, protagonista do longa. Leia a nota de repúdio:
"A Tucumán Distribuidora de Filmes e seus colaboradores estão extremamente consternados e lamentam a atitude intolerante demonstrada pela rede social Facebook. A “fanpage” criada para o filme “Slovenian Girl”, foi bloqueada por ter uma imagem que segundo os incompreensíveis critérios do site “viola o Guia de anúncios do Facebook”. A imagem (uma atriz vestida, levantando a saia e deixando a calcinha à mostra) sugeriria pornografia. O Facebook tem feito frequentes censuras a imagens de arte confundindo-as com pornografia. E pelo visto a incompreensão apenas cresce. A imagem, que sequer possui nu, é o cartaz do filme e é, inclusive, divulgado na Europa. Possui os nomes do filme e da distribuidora, a ficha técnica e os louros adquiridos pelo filme. É triste ver o desrespeito a todos que idealizaram e trabalharam nessa obra que foi considerada o melhor filme europeu de 2010 pela European Film Academy. O Facebook não precisa ser uma polícia dos bons costumes."
No filme, Alexandra é uma jovem de Krsko, uma pequena cidade na Eslovênia, que estuda letras na Universidade de Ljubljana. Ela planeja ganhar o mundo. Trabalhando como prostituta, sua vida segue do jeito que queria, mas uma morte acidental a colocará em risco e a pensar no que vem fazendo para conquistar sua independência.
Nada muito diferente do contexto de um filme como "Bruna Surfistinha", pode exemplo.
Veja o trailer de Slovenian Girl. Clique AQUI

Sem pressa de pedir a saideira...

por Gonça
Uma das qualidades do bom cronista, além de escrever bem, claro, é captar sentimento, ser uma antena parabólica a dar voz a milhões de vozes. O texto do escritor Ruy Castro (Folha de São Paulo, hoje) é um desses momentos: o cronista como porta-voz de sensações que não lhe são exclusivos. Ruy, como muitos jornalistas, era um frequentador de bares e botequins do Rio de Janeiro desde os tempos da Ipanema mítica. Bares e botecos, como bem sabemos, têm alma, além de mesas, cadeiras e paredes. "Você sente que o mundo mudou quando, ao voltar a seu bar favorito depois de longa folga, não reconhece ninguém ao redor", escreve Ruy.
Devo dizer que não abandonei os bares, nem os bares me abandonaram. Frequento pé-sujos tradicionais, que ainda resistem no Rio, mas gosto de conhecer botequins novos. O problema, a essa altura, é, como diz o Ruy, voltar a um bar dos velhos tempos, pedir um chope e olhar em volta. Vem na pressão mas com um colarinho de saudade. Ué, cadê a turma? Aquela mesa era a preferida do Henrique Diniz, o Riff gostava de ficar na entrada, o Sergio de Souza, o mais perto possível dos tira-gostos, o Monteirinho ficava falando sobre os títulos de sacanagem que bolara naquele dia para o jornal popular que editava, para o Lulu, que morava em Paris, o importante era o chope bem tirado no verão carioca, o qual não perdia um. E os garçons? Cadê o Mesquita, gente boa que nos atendia e a quem apelidamos de "o pior garçom do Rio de Janeiro"? Boas lembranças e boa turma, que pediu a saideira mais cedo e foi embora de vez sem pedir licença. Outros mudaram de bares ou simplesmente cantaram, como Zeca Pagodinho, o "deixa a vida me levar". Mudaram, casaram, trocaram a cidade grande pelo interior, cansaram da agitação dos botecos... Márcia, Christina, Denise, Tânia, Graça... querem mais é paz, deletaram a mesa do bar e estão logadas no  facebook. Alguns e algumas, muitos, resistentes, mantêm a rotina. Vida que segue. Nos vemos no sábado, no Braca, no Chico&Alaíde, no Belmonte, no Devassa, no Bar Luís, no Bar Brasil, no Cosmopolita, na Academia da Cachaça, no Capela, no Lamas, no Planalto, na Taberna, na Adega. Por aí...         

Carro velho da princesa Kate fica encalhado em leilão

por Eli Halfoun
Nem o fato do carro ter pertencido a Kate Middleton, a atual Duquesa de Cambridge, fez com que nenhum colecionador topasse pagar 200 mil reais por um velho carro Golf. Esse foi o preço mínimo estabelecido para o lance inicial do leilão que colocou o modelo 2001 à venda. O preço absurdo foi estabelecido por uma única razão: o carro pertenceu a Cartherine (Kate) Middleton, que o comprou em 2001 pouco depois de conhecer seu atual marido, o duque (ex-príncipe) William. Kate usou o carro até 2007, ano em que o presenteou ao irmão. Em 2009 a família Middleton vendeu o Golf para uma loja de carros usados, que agora tenta revendê-lo em Leilão com um preço supervalorizado que não atraiu nenhum comprado. Ganância demais não é lucro nem esperteza. É simplesmente burrice, o que, aliás, nossos comerciantes já deveriam ter aprendido. (Eli Halfoun)

No futebol, a emoção quente vem da ”geladinha”. É Lula quem diz

por Eli Halfoun
Enquanto se prolonga a inútil discussão (provavelmente entre um gole e outro de uísque ou vinho) em torno da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios e em torno deles durante a Copa do Mundo do Mundo de 2014, o ex-presidente Lula (felizmente livre do câncer) entrou em cena para com uma única e definitiva declaração marcar sua opinião: "Sem cerveja não há emoção. Sem emoção não há torcida". Não é bem assim, mas a verdade é que a cervejinha faz parte da presença dos torcedores nos estádios. A briga é inútil porque de uma maneira ou de outra o torcedor sempre encontrará um jeito de consumir a "geladinha", mesmo que seja a quilômetros dos estádios. O torcedor sempre poderá vir com a latinha na mão e só jogar fora (vazia, é claro) quando estiver próximo do estádio, ou seja, será até divertido driblar tranquilamente a fiscalização. (Eli Halfoun)

Sem Chico e sem Millor o Brasil está muito mais triste...

por Eli Halfoun
Não foram poucas as declarações que li (lemos) afirmando que "com as mortes de Chico Anysio e de Millor Fernandes, sem dúvida dois gênios quer nos farão muita falta, o Brasil "ficou mais burro". Talvez até tenha ficado mais burro, mas com toda certeza ficou bem mais triste. Chico fez a vida transbordar de alegria através de toda capacidade artística, especialmente seus mais de 200 inesquecíveis personagens. Millor Fernandes encheu o jornalismo de cultura e de humor e mais do que isso de pensamentos que sempre fizeram o público rir, pensar e refletir. Foram sem dúvida de uma vida intensa que pertenceu muito mais ao público do que a eles mesmos. Por isso não morreram. Apenas partiram. Jamais deixarão de estar vivos através de tudo que criaram fazendo da eternidade de cada um deles e a nossa mais completa. Definitiva. (Eli Halfoun)

Protesto contra os zumbis da ditadura acaba em pancadaria

Uma página dupla bastante sugestiva. De um lado, a abertura das investigações sobre o assassinato do jornalista Vladimir Herzog preso e torturado pela ditadura militar. Do outro, "zumbis" de um regime que matou, perseguiu, torturou opositores e distribuiu privilégios e benefícios às custas dos cofre públicos a muitos dos seus adeptos e a empresas-parceiras, a notória face corrupta que a censura da época tentou esconder. Foi no Centrro do Rio, nas imediações do Clube Militar que promovia uma reunião dos aliados civis e militares da ditadura, uma espécie de pagode de assombrações. Para amanhã, 31 de março, data do golpe, os saudosos da ditadura prometem um novo espetáculo: um salto coletivo de paraquedas, na Barra, denominado "Brasil, acima de tudo". Não por coincidência, uma dublagem do tristimente famoso "Deutschland über alles", da Alemanha nazista.   
Foto: Reprodução O Globo

Subserviência em troca de fogão, geladeira, iPad, jatinho e, segundo as gravações, 1 "mião" ou 2 "mião"

Foto: Reprodução O Globo
O Globo de hoje divulga outros trechos das gravações das conversas do senador da oposição, então líder do DEM, Demóstenes "Niágara", que era badalado pela mídia como uma espécie de Madre Teresa de Calcutá ou Irmã Dulce  da política. Em meio a toda a combinação, chama a atenção a subserviência do senador. "Anota uma lei aí. Vc podia dar uma olhada". Imagine a cena: o senador saca de uma caneta (provavelmente recebida de presente) e escreve lá a "ordem"."Pois é, você tinha que trabalhar isso aí". "Dá uma olhada aí". Demóstenes balbucia: "Vou fazer o que você quer". E ainda se tratam por "doutor" e professor", ofendendo, de quebra, duas categorias.  

Deu no Portal Imprensa...

Censura e retaliação. Reprodução

GQ BRasil comemora uma ano. Deborah Seco na capa...

quinta-feira, 29 de março de 2012

Já viu Mano Menezes na capa do Meia Hora?

O treinador da Seleção, que foi parado em uma blitz mas se recusou a fazer o teste do bafômetro e ainda estava sem carteira de motorista, sofre bullying, no bom sentido, do jornal carioca Meia Hora. 

Assembleia dos ex-funcionários da Bloch: É amanhã, 11h, no Sindicato dos Jornalistas

Os ex-funcionários da Bloch Editores realizam assembleia na sexta-feira (30/3), no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio (Evaristo da Veiga 16/17, Cinelândia), a partir das 11 horas.O encontro vai atualizar os profissionais sobre o andamento dos processos em busca dos direitos trabalhistas de cerca de 400 pessoas. Também será discutida a disputa pelo espólio de Adolpho Bloch, que envolve a massa falida – representantes dos ex-empregados – e os familiares do empresário.
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Sai da frente: tribunal corre na contra-mão...


foto: Reprodução Folha de São Paulo
por Gonça
Chega a ser impressionante como algumas instância intepretam as leis contra os interesses da sociedade. Foi assim na Ficha Limpa. Agora, a Lei Seca, que já demonstrou seus efeitos benéficos e diminuiu as estatísticas mortes no trânsito, sofre um grande abalo. Juízes só aceitam como provas contra motoristas embriagados o bafômetro e o exame de sangue. Ocorre que o cidadão não é obrigado a fazer provas contra ele mesmo. Isso significa que quem se recusar a fazer teste de bafômetro ou exame de sangue vai sair da blitz rindo na cara dos fiscais. Ou seja: na prática é o liberou geral. Os juízes do STJ que defendiam a validade de provas testemunhais ou de constatação efetiva da embriaguez pelos seus sinais visíveis sairam perdendo. Ganhou, mais uma vez, a impunidade.   

O "código florestal" em vigor: a linguagem dos poderosos é a bala


Enquanto as pressões são grandes para desfigurar ainda mais o Código Florestal, que já é um monumento à motosserra e à destruição, os atentados e assassinatos de fiscais, sindicalistas rurais, ambientalistas e sem-terras prosseguem. A linguagem dos poderosos é a bala. 


Chega de preconceito: gays unidos pelo casamento igualitário

por Eli Halfoun
Os gays estão cada vez mais ativos, pelo menos no que diz respeito às suas reivindicações. Agora estão unidos e mobilizados em torno da campanha para defender a aprovação da emenda constitucional apresentada no Congresso pelo deputado Jean Wyllys. A emenda quer tornar lei o casamento civil igualitário para parceiros do mesmo sexo. Se a emenda for aprovada (e tudo indica que será) os casais homossexuais passarão a ter todos os direitos civis dos casais heterossexuais. Embora a união gay já tenha sido aprovada pelo Supremo, os casais gays ainda precisam recorrer à Justiça para regularizar a situação, o que nem sempre conseguem, embora muitas vezes sejam mais unidos e parceiros do que a maioria dos casais heterossexuais. Apesar de todos os avanços da sociedade, o casamento gay no Brasil ainda é visto com preconceito e hipocrisia. (Eli Halfoun)

Novo canal Gloob aposta em reprises para conquistar público infantil

por Eli Halfoun
Quem perguntar para qualquer criança se ela prefere os jogos oferecidos no computador ou a programação infantil oferecida pela televisão, o computador ganhará disparado. Mesmo assim a Globosat acredita que conquistará a garotada com seu novo canal-mirim, que entrará no ar a partir do dia 1 de julho. A idéia é fazer com que o canal seja transmitido por todas as operadoras. A programação pretende seguir o mesmo esquema adotado pelo canal Viva, ou seja, reprisar antigos programas infantis de sucesso. Esse esquema esbarra, pelo menos por enquanto em algumas dificuldades contratuais: para poder exibir o antigo "Xou da Xuxa", o novo canal terá que obter uma autorização direta de Xuxa. Autorização deverá ser dada também pela TV Globo para que o novo canal infantil por assinatura possa reprisar "O Sítio do Pica-pau Amarelo", que é da Globo nos canais convencionais e do Cartoon Week nos canais fechados. Mesmo enfrentando essas dificuldades o novo canal, que recebeu o nome de "Gloob" aposta no sucesso das reprises que, aliás, são melhores do que tudo o que se faz hoje na televisão para as crianças. (Eli Halfoun)

Federer mostra seu jogo em dezembro em duas quadras brasileiras

por Eli Halfoun
Os fãs brasileiros de tênis não precisarão viajar esse ano ao exterior para ver o campeão Roger Federer em ação. Federer aceitou fazer duas exibições no Brasil em dezembro. O tenista suíço pisará as quadras de duas cidades que estão sendo escolhidas entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que dividida em quadras, algumas não muito recomendáveis Federer viaja a convite da Gillete e se tiver a má sorte de jogar em Brasília corre o sério risco de ter as raquetes e as bolas desviadas para as mãos de algum político e político, como se sabe, não dispensa nenhuma oportunidade de dar uma raquetada desonesta em quem quer que seja. (Eli Halfoun)

Barriga não atrapalha trabalho de Ronaldo para a Copa 2014

por Eli Halfoun
“Eu estou trabalhando bem especialmente porque ninguém quer saber da minha barriga” - é assim brincando que Ronaldo responde a quem lhe pergunta se assumirá mesmo a presidência do Comitê Organizador Local da Copa 2014. Ronaldo prefere não fazer render muito o assunto e, politicamente correto, diz que não quer o lugar de ninguém e que admira muito José Maria Marin, o atual presidente da CBF e do Comitê Organizador. O silêncio de Ronaldo não faz diminuir o entusiasmo de um poderoso grupo ligado ao futebol que o quer não só na presidência do Comitê local, mas também na da CBF, que enfim teria no comando alguém, que realmente entende de futebol. Dentro e fora de campo. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Edmundo: o reconhecimento da torcida do Vasco

A chuva não afastou a torcida do Vasco na bela noite em que foi homenageado um dos seus maiores ídolos. E o craque, em campo, correspondeu. Dias antes do jogo, o Animal fez preparação física e técnica para oferecer ao Vasco um espetáculo à altura da sua história. E conseguiu. Seus dois gols na goleada de 9x1 contra o Barcelona de Guaiaquil foram a melhor retribuição. O Vasco foi feliz com Edmundo, que o ex-jogador seja feliz agora na nova etapa de sua vida. Valeu, Animal.  

Edmundo, a emocionante despedida do craque do Vasco...

Passaralho tucano assombra redações

A coluna do jornalista Elio Gaspari, Globo, hoje, denuncia a ação de um espécie de patrulha da mídia. Foto:O Globo/Repprodução
Coluna de Elio Gaspari. O Globo/Reprodução
por JJcomunic
Tucano é um pássaro? Certo. Mas há um que também pode ser chamado de... passaralho, a criatura que assombra redações. Embora tenha exclentes e próximas relações com a mídia conservadora, o PSDB não perdoa: a regra é escreveu, criticou, o pau comeu. Já fazem parte do folclore os telefonemas de líderes tucanos para donos de veículo pedindo as cabeças dos repórteres considerados, digamos, mais "críticos". Trata-se de uma espécie de "milícia" da mídia, que atua como comando partidário a empreender caça aos "infiéis". É um triste e autoritário folclore, já que empregos se vão nessa histeria censória. Dessa vez, a vítima foi Luciano Figueiredo, editor da revista História. Embora seja vinculada à Biblioteca Nacional, a publicação é editada por uma entidade privada. Tudo começou quando o site da revista publicou uma resenha do livro "A Privataria Tucana" que denuncia, com farta documentação, os porões das bilionárias privatizações dos anos 90.
Na semana passada, o desfecho: foi demitido Luciado Figueiredo. Antes, foi afastado o autor da resenha, Celso de Castro Barbosa.
Leia a resenha que resultou no vôo do passaralho tucano:
Coluna de Elio Gaspari. O Globo/Reprodução
Da Revista de História
 O jornalismo não morreu
 ‘Privataria Tucana’ prova que a reportagem de investigação está viva e José Serra, aparentemente, morto
 Celso de Castro Barbosa
 
Engana-se quem imagina morta a reportagem de investigação no Brasil. Embora os jornalões, revistas semanais e emissoras de TV emitam precários sinais vitais do gênero, ele está vivíssimo, como prova A Privataria Tucana, livro do premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.
Lançado em dezembro e recebido pela grande imprensa com estridente silêncio, seguido de críticas que tentaram desqualificar a reportagem e o autor, o sucesso do livro, já na terceira edição e no topo das listas dos mais vendidos, não se deve a suposto sentimento antitucano.  Até porque os fatos objetivos relatados não poupam o PT. Não há santos na Privataria.
Com base em documentos oficiais, da CPI do Banestado e outros que o autor conseguiu em cartórios, Amaury torna pública a relação de dirigentes do PSDB e a abertura de contas no exterior de empresas de fachada, responsáveis pelo retorno ao Brasil do dinheiro sujo da corrupção. Dinheiro que voltou, naturalmente, limpo.
Muita gente deve explicações à Justiça que, nesse episódio como em outros envolvendo expressivos representantes da elite brasileira, move-se a passos de tartaruga. Ou simplesmente não se move. Pelo cargo que ocupou na época das tenebrosas transações, as privatizações da era FHC, José Serra, então ministro do Planejamento e depois duas vezes candidato à presidência, prefeito e governador de São Paulo, é quem tem a imagem mais chamuscada, para não dizer estorricada, ao fim da Privataria Tucana.
De origem humilde, o tucano paulista exibe patrimônio incompatível com os rendimentos de um político. Tudo em nome de sua filha, Verônica, que ao lado de Ricardo Sérgio, tesoureiro das campanhas de Serra e Fernando Henrique, emergem como principais parceiros do ex-governador no propinoduto que marcou a venda das empresas de telecomunicação.
 Além de jogar uma pá de cal na aura de honestidade de certos tucanos, o livro de Amaury tem ainda o mérito de questionar, involuntariamente, a atuação da grande imprensa no país. Agindo como partido único, onde só é permitida uma única opinião, jornais, revistas e mídia eletrônica defenderam, com unhas e dentes, a privatização. O principal argumento era a vantagem que traria aos consumidores: eficiência e tarifas baixas por causa da concorrência. Passados mais de dez anos, o Brasil cobra tarifas de telefone das mais altas do planeta e as concessionárias são campeãs de reclamação nos Procons.
Não bastasse, ao ignorar o lançamento do livro, a imprensa hegemônica mostra sua face semelhante à dos piratas: um olho tapado, que nada vê, e outro atento à movimentação dos adversários.

E o senador Demóstenes "Nextel"? Afogado em uma cachoeira de denúncias...

Foto: Reprodução O Globo

por Gonça
Cada vez mais enrolado em uma cachoeira de denúncias, o senador Demóstenes Torres, do DEM, acaba de perder o cargo de líder o partido no Senado. Curiosamente, o "paladino" da moralidade incensado pela mídia, que serviu de instrumento para muitas das suas ações, inclusive a do famoso "grampo" que teria sofrido e que as investigações jamais comprovaram, estava retratado de frente e de perfil em pastas com denúncias de ligações suspeitas desde 2009. A pasta "dormia" na gaveta do Procurador-Geral da República. Em Brasília, jatinhos de graça, fogão, geladeira, tablet e Nextel à prova de escuta e outras quiquilharias "éticas" têm podres poderes.