segunda-feira, 5 de abril de 2010

Isso não é relativo: genialidade de Einstein ganha exposição

por Eli Halfoun
A desculpa do almoço de Páscoa permitiu que você tomasse todas no fim de semana e agora é hora de variar. Tá afim de um bom programa cultural? Anote aí: nessa quarta-feira, dia 7, começa no Museu Histórico Nacional uma exposição sobre Einstein, o criador da Teoria da Relatividade (a teoria foi confirmada no Brasil com um eclipse solar em Sobral, Ceará, em 1919) e que é considerado um dos maiores símbolos da genialidade no século XX. A exposição chega ao Brasil com boas referências: já foi vista por mais de 2 milhões de pessoas pelo mundo, desde que foi criada pelo Museu de História Natural de Nova York. Mais do que esmiuçar a obra do gênio o objetivo da exposição é “despertar a atenção do visitante sobre a obra de Einstein”, o que pode ser feito nas 10 seções durante as quais o visitante é apresentado à vida, à obra ao legado do cientista, com instalações que incluem tecnologia de ponta e recursos audiovisuais. No Brasil, onde Einstein esteve em 1925, aos 85 anos de idade, a exposição ganha mais atrações: 11 artistas foram convidados para representar o gênio utilizando diversas técnicas como grafite, pintura a óleo e colagem, entre outras. Depois desse genial banho de cultura, o visitante é quem certamente sairá com a língua de fora, como na foto que imortalizou a imagem de Einstein.

Palmas para os 119 anos do Jornal do Brasil

por Eli Halfoun
Talvez o Jornal do Brasil já tenha sido o mais lido, acreditado e respeitado em todo o país e especialmente no Rio, onde é editado e impresso. Credibilidade e respeitabilidade o Jornal do Brasil jamais perdeu - perdeu sim leitores, não exatamente por falta de qualidade informativa, mas sim por conta de uma concorrência que atingiu vários veículos, com exceção de O Globo, que se mantém em uma tranquila e merecida liderança de vendas e, é claro, de leitores. Quem é do meio (e até quem não é) é sabe que o Jornal do Brasil enfrentou e enfrenta uma grave crise financeira e que o esforço de seus profissionais jamais permitiu que o JB deixasse de circular por um único dia. O Jornal do Brasil é e sempre foi guerreiro e renovador: renovou na diagramação e na visão dos segundos cadernos (os de entretenimento) e mesmo em crise renovou no formato com o qual circula agora e que não tenho dúvidas acabará mais cedo ou mais tarde sendo adotado por todos os jornais brasileiros e talvez do mundo onde, aliás, muitos já circulam nesse formato de, digamos, tablóide gigante. O Jornal do Brasil está completando 119 anos - um aniversário que não pode deixar de merecer o entusiasmado parabéns de todos nós jornalistas que mal ou bem ainda temos no velho e sempre novo Jornal do Brasil um mercado de trabalho, além de uma importante trincheira em luta da democracia e, portanto, da fundamental liberdade de imprensa.

Revista diz Hola aos brasileiros a partir de junho

por Eli Halfoun
Quem gosta (e como tem gente que adora) de aparecer em fotos de revistas de celebridades, pode começar a ensaiar novas poses: confirmado para 15 de junho o lançamento da edição brasileira da revista espanhola Hola que nos últimos 50 anos tem feito a alegria das celebridades mundiais. O lançamento acontecerá com uma grande festa provavelmente com uma competição de pólo, já que Claudemir Siquini, o concessionário brasileiro da Hola é também editor da revista segmentada Pólo. Com a ex-Caras Andréa Dantas como diretora de redação, a Hola brasileira terá 60% de conteúdo tupiniquim e 40% com celebridades de fama mundial. Esse é o esquema que a Hola usa nos países em que circula.

sábado, 3 de abril de 2010

Lennon, perseguido e espionado nos Estados Unidos

por Gonça
Já está nos cinemas o documentário "Os EUA x John Lennon", de David Leaf e John Scheinfeld, que a face política do beatle John Lennon entre 1966 a 1976 e mostra como o governo norte-americano tentou silenciá-lo e expulsá-lo do país. No governo Nixon, em meio aos movimentos contrários à Guerra do Vietnã e ao preconceito racial, Lennon foi monitorado e perseguido. O filme utiliza fotos e vídeos de arquivos e entrevistas com testemunhas da época como Yoko Ono, Walter Cronkite, Carl Bern stein e Gore Vidal. (Foto:Divulgação) Veja o trailer. Clique AQUI

Dunga promete jogar um bolão na ABL

por Eli Halfoun
A Academia Brasileira de Letras também entra no jogo e se rende ao futebol realizando o primeiro dos seminários “Brasil, brasis” que terá como tema, claro, “Futebol e literatura”. A idéia de Marcos Villaça, o criativo presidente da ABL, é abrir cada vez mais as portas da sisuda Academia para o povo e os temas populares. O primeiro encontro está marcado para o próximo dia 8 e já tem confirmada a presença de um convidado muito especial: o técnico Dunga, que apesar da torcida contra está realizando um bom trabalho no comando da seleção brasileira e se convidado a falar promete cruzar a bola e não jogar na retranca.

Deu na Época...

por Gonça
Segundo Paulo Moreira Leite, "estava tudo certo no encontro de Fernando Henrique Cardoso com o eterno cacique do Distrito Federal Joaquim Roriz".
Menos o fotógrafo. Diz o colunista que "por razões compreensíveis" (que razões são essas que Paulo Moreira Leite tanto compreende?), os tucanos queriam manter o encontro em segredo. O PSDB não gostou. O encontro, para eles, tudo bem, nada que lhes incomode a ética, mas precisava o Brasil inteiro saber que FHC foi beijar a mão do polêmico Roriz para pedir voto pro Serra? Com foto e tudo? Hummmm? Bom, nenhuma supresa, FHC já se juntou a essa tropa nos seus mandatos e mais ainda na supeitíssima aprovação da emenda da reeleição. Mas eu, que votei no Lula, não achei que estava tudo bem quando ele se agregou a Jáder Barbalho, Sarney...  

Duzentos milhões de dólares para mais uma guerra no cinema

por Eli Halfoun
Os produtores de cinema e de seriados brasileiros, que costumam fazer verdadeiros milagres com a pouca verba de produção que conseguem a duras penas, podem morrer de inveja: 200 milhões de dólares foi quanto Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman gastaram para produzir o seriado de TV “The Pacific”. Filmado inteiramente na costa australiana, o seriado, com estréia prevista na HBO para o próximo dia 11, conta as batalhas entre soldados americanos e japoneses numa região distante na costa do Pacífico. O roteiro foi baseado numa história real. Aliás, episódios verdadeiros das guerras podem municiar o cinema por longos e longos anos, inclusive com fatos recentes. Infeliz e burramente o mundo continua em guerra. (Foto. Cena do Seriao "The Pacific"/Divulgação)

Pelé bate bola com Madonna e Zidane em campanha publicitária

por Eli Halfoun
Quem é rei nunca perde a majestade. Pelé que o diga: mesmo afastado dos campos de futebol há anos e perto de completar 70 anos de idade continua sendo solicitado garoto (?) propaganda. Seu mais recente trabalho publicitário é a campanha dos novos lançamentos da grife francesa Louis Vuitton. Tendo como companheiros de cena o também ex-jogador Zidane e a cantora Madonna, Pelé participa de vários comerciais e em um deles aparece em um bar ao lado dos dois companheiros de campanha tomando chope e cercado de malas e bolsa (da Vuitton, é claro) por todos os lados. Os mais engraçadinhos não perdem a oportunidade de fazer piadinhas de mau gosto e dizem que os três garotos propaganda devem estar escolhendo as novas malas e bolsas de viagem para ir até uma casa de repouso de idosos. Nem tanto, gente.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Revistas brasileiras não enxergam mulheres fora do "padrão"


por JJcomunic
Alô, editoras, vale dar um olhada na capa da Elle. E deixar de fingir que não enxergam modelos não-anoréxicas. A última edição da revista francesa tem uma matéria com Tara Lynn, de 27 anos, americana e dona de um restaurante. Tara é tamanho 46, plus-size, como as editoras de moda classificam. Mas aqui plus-size ainda é tabu nas principais publicações. Curioso é que há muitas editoras, digamos, gordinhas. Mas são estas que geralmente detonam as semelhantes. Vá entender. (Reproduções/Elle)

Chegou o jornalista-robô. Literalmente...

O robô do seriado Perdidos no Espaço...
...se multiplicou nos humanoides do filme "Robôs".

Os simpáticos R-3 e D-2 de "Guerra nas Estrelas".
por JJcomunic.
Escritores - como Ray Bradbury - e o cinema - dos filmes B dos anos 50 a séries como "Perdidos no Espaço" e produções como "2001 Odisseia no Espaço" e "Guerra nas Estrelas" - já fantasiaram sobre um mundo dominado por robôs ou controlado por inteligência artificial. Cientistas japoneses parecem ter uma fixação nessa busca. O império do sol nascente produz protótipos de robôs para múltiplas funções: faxineiro, garçom, um dançarino performático, recepcionista etc. Mas agora os japas partem para uma investida mais ousada. Um tiro tecnológico que pode abater jornalistas já abalados com o fim do diploma e a virtual desregulamentação da profissão que o fim do canudo trouxe no embalo. Vem aí o jornalista-robô. E robô mesmo, não do sentido de submisso, classificação que a máquina sugere e muitos incorporam. Cientistas do Laboratório de Sistemas Inteligentes da Universidade de Tóquio anunciam o jornalista do futuro. Esse cyberrepórter, montado sobre a estrutura de um segway, é capaz de observar ambientes, relatar fatos, filmar, fotografar, gravar áudios, fazer entrevistas e até pesquisa na internet já que trabalha conectado à rede. Escreve e publica direto na web. Será ideal para uso em guerras e situações de risco.
No últimos 20 anos, especialmente, é forte o impacto da tecnologia na produção de notícias. Expressões como lauda (a folha de papel formatada para texto), pasta de pesquisa (os recortes de jornais e revistas que eram o "google" do passado. A Manchete, no prédio do Russel, reservava um andar inteiro para fileiras de estantes com essas pastas que davam suporte aos repórteres e redatores). Os plantonistas, em um tempo sem celulares, coisa inimaginável para as novas gerações, se comunicavam com bips (o aparelhinho que avisava que a redação estava querendo falar com o repórter e sinal de que ele teria que ir ao telefone público mais próximo). Laptops, máquinas digitais, Iphones, banda larga... mudaram o modo de fazer jornalismo. Agora, o avanço da tecnologia ameaça deslocar o próprio jornalista. Diante de tudo o que está escrito acima, não duvide de que eles chegam lá. Te cuida, William Bonner (e Fátima Bernardes). Vocês podem ser substituidos na bancada e levar um "boa noite" das versões sofisticadas de D-2 e R-3.

Veja o trailer do novo filme de Angelina Jolie

O filme estreia no Brasil só no dia 30 de julho mas você já pode ver aqui o trailer de "Salt" com Angelina Jolie no papel de Evelyn, uma agente da CIA que é amante de um agente russo. (Foto Divulgação/Columbia Pictures). Clique AQUI

Menos impostos, sim, e, também, menos taxas bancárias, menos pedágios, maior combate aos sonegadores, ao superfaturamento...

por Gonça
O Brasil tem altos impostos e injusta incidência de tributos. Mesmo assim, o que os governo estaduais, municipais e federal arrecadam nunca parece suficiente para cobrir gastos e, especialmente, investimentos. A estrutura pública em todos esses níveis  precisa de mais fiscais, policiais, professores, médicos, enfermeiros, técnicos, guardas de bens culturais, de parques nacionais etc. Há dinheiro para contratar esse pessoal mesmo a salários não muito altos? Não. O maior percentual da arrecadação vai para salários e incalculáveis mordomias de senadores, deputados estaduais e federais, juízes, desembargadores, vereadores, tribunais de contas (existem centenas em todo o pais), altos funcioários de autarquias, convênios geralmente desvantajosos para os cofres públicos com entidades privadas, ongs e terceirização predatória, superfaturamento, desvios... Sobra pouco para saúde, educação, segurança, treinamento e formação de mão-de-obra, investimentos em infraestrutura, itens dos quais depende a qualidade de vida da população. Mas a mídia, geralmente incentivada por entidades patronais, prefere centrar fogo apenas nos percentuais de impostos, o lado que certamente dá mais ibope. A chamada "causa justa" que encobre as sombras da questão. Nada fala sobre um combate efetivo aos sucessivos escândalos que também pesam no bolso da população e envolvem, por exemplo, desvios e superfaturamento de poderosas grupos, cobranças indevidas nas contas de energia elétrica por parte de distribuidoras, formação de carteis que impõem preços aos consumidores, taxas bancárias que mais parecem "contribuição" para milícias, apropriação em forma de juros de cartão de crédito, por exemplo, pedágios extorsivos ou remessas ilegais de dinheiro, sem pagamento de impostos, por corporações, pessoas físicas, "laranjas" ou empresas toleradas de paraíso fiscal. Sem falar nas famosas contas C-5 (entre 1998 e 2002, várias empresas, pessoas físicas e até organizações criminosas usavam a C-5 para lavar dinheiro ilegal. Estima-se que o equivalente a cerca de 150 bilhões de reais foram lavados e enxaguados nessa poderosa máquina "legalizada" pelos então administradores. Registre-se que Lula, em 2005, mudou as regras, sob protestos de alguns setores, ampliando o controle do dinheiro enviado). As reformas tributária e política que poderiam impulsionar mudanças que efetivamente beneficiem o cidadão são travadas porque não interessam às bancadas de políticos profissionais, quase todos apoiados e eleitos com a contribuição dos grupos que engrossam a campanha. E depende deles desengavetar os projetos que aliviem a carga tributária e permitam que os governos sérios conduzidos por qualquer partido possam de fato governar e atender à sociedade. Do jeito que a mídia focaliza o assunto, apenas no painel do "impostômetro", fica a impressão de que ao retirar a alíquota de impostos de um produto, seja remédio, leite, cesta básica ou diminuir encargos e garantias trabalhistas fará com que as "sobras" se transformem imediatamente em preços mais baixos e salários mais altos. Você acredita nisso?     

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Leitores montam a mulher ideal

por Eli Halfoun
Se alguém conseguir juntar aquele que considera o melhor pedaço de cada mulher em um único exemplar (esse é, aliás, o sonho de todos os homens) encontraremos a mulher perfeita, mas não necessariamente a ideal. Faça um teste (por enquanto só é possível no computador): junte o abdômen da cantora Gwen Stefani (na reprodução na capa da Cosmopolitan alemã) com o corpo esculpido de Jéssica Biel e o bumbum de Megan Fox para ter a tão sonhada e desejada mulher perfeita fisicamente. Pelo menos é o que acham os leitores da revista americana “Fitness” que participaram de uma enquete para a edição especial “Hollywood Best Bodies”. Os leitores elegeram com 55% dos votos Gwen Stefani, 40 anos e mãe de dois filhos (gravidez não deixa mulher com barriga flácida, a não ser que ela queira) como a campeã na categoria melhor abdômen. Com 54% das preferências Jéssica Biel, 28 anos, foi escolhida na categoria corpo esculpido através de exercícios. Aos 23 anos Megan Fox foi a vencedora no quesito melhor bumbum e estilo. Mesmo que não dê para juntar o melhor de uma com o melhor da outra, nenhuma das três é de se jogar fora.

Assim é fácil fazer revista...

por JJcomunic
A publicação alemã Neon, especializada em celebridades, pediu desculpas aos seus leitores por ter publicado (desde 2004!!!) entrevistas falsas com estrelas como Beyoncé, Snoop Dogg, Christina Aguilera e outras. O jornalista responsável pelas matérias foi demitido. É surpreedente que um engodo desses persista por oito anos! Das duas, uma: ou a revista tem baixa tiragem, circula em meia dúzia de bairros e ninguém dá a menor bola para o que ela publica, nem os leitores nem os artistas focalizados, ou os editores da publicação andam fazendo vira-vira de caneca de cerveja na hora do fechamento.

Grupo português compra jornal O Dia

Deu na coluna de Lauro Jardim na Veja On Line:
"Foi fechada ontem à noite no Rio de Janeiro a compra do jornal carioca O Dia pelo grupo português Ongoing, que desembarcou no Brasil no ano passado quando lançou o diário Brasil Econômico. O Ongoing pagou 75 milhões de reais pelo jornal da família Carvalho.
O negócio será oficialmente anunciado hoje. Nos últimos anos, várias foram as tentativas de se vender O Dia. Negociaram com a família desde emissários de Anthony Garotinho até o bispo Edir Macedo.
Leia a nota completa AQUI

Close em Jesus... a propósito da Semana Santa

Na primeira tentativa feita pelo computador, o rosto de Jesus lembra o do Romário.
A nova imagem de Jesus em 3D criada para um documentário para o History Channel, a partir do Santo Sudário.  

O Santo Sudário: a "digitalização" do rosto do Cristo feita por Santa Verônica que, pelo célebre "paparazzo", tornou-se a Padroeira dos Fotógráfos.

por Gonça
Desvendar o rosto de Jesus sempre foi uma busca de pintores e ilustradores, em várias eras. O mais comum, nos catecismos e em numerosas obras de arte através do séculos, era um Jesus de características caucasianas, mais ou menos assim como o folclórico Inri Christo, aquele figuraça paranaense que vive na TV e se diz o Filho de Deus. Hoje, já não são os pintores que buscam o rosto de Jesus, mas especialistas em computação. Saiu o pincel, entrou a digitalização, mas a indefinição parece continuar. Em breve irá ao ar no History Channel o documentário The Real Face of Jesus ("O verdadeiro rosto de Jesus") onde técnicos e artistas gráficas tentaram recriar o Cristo em 3D, a partir da digitalização do Santo Sudário. A célebre imagem gravada no lençol de linho, uma espécie de pioneira e rústica polaroide, foi feita por Santa Verônica - não por acaso a Padroeira dos Fotógrafos - e inspirou até hoje a maioria dos retratos de Cristo. Aparentemente, este close tão buscado continuará indefinido. Mas, pensando bem, se Jesus Cristo, para quem acredita, é uma idéia, então que cada um idealize seu visual. Veja as três reproduções aqui:  o Santo Sudário; a nova face, que o History Channel mostrará; e uma outra tentativa, feita anteriormente também por um computador, que chegou a feições semelhantes, digamos, às do Romário. Sério. Confira.

Pelé não quer ir à Copa

por Gonça
Pelé, o jogador, é uma lenda. Já Pelé, o comentarista, huummmm, definitivamente, não jogas nas onze. Mas o ex-jogador será o comentarista do SBT para a Copa da África do Sul. O detalhe é que Pelé fechou com Silvio Santos porque poderá fazer seus comentários no Jornal do SBT sem sair do Brasil. Alega que é muito cansativa para ele, que completa 70 anos este ano, a maratona da Copa, por ter inúmeros compromissos, além de atender ao público.  

”Rick Martin assume: “Sou homossexual"

por Eli Halfoun
Ninguém tem nada a ver com a opção sexual de quem quer que seja, mas isso não impede comentários, especulações e medo, muito medo, de quem quer “sair do armário”, como se diz popularmente. Durante muitos anos, o cantor Rick Martin foi alvo de fofocas e sempre desmentiu sua opção homossexual, mas agora resolveu abrir o jogo e o fez em seu próprio site com essa declaração: “Foi um processo muito intenso, angustiante e doloroso, mas também libertador” ao assumir publicamente o que todos já sabiam. A homossexualidade de Martin é também um dos principais temas do livro de memórias que está escrevendo para lançar ainda esse ano. Só para lembrar: Rick Martin começou sua carreira nos anos 80 integrando o grupo Menudo, um dos de maior sucesso na história da música. Desligou-se do grupo para fazer uma no início desacreditada carreira solo, o que o levou a, além de cantar, ter que desmentir inúmeras vezes sua condição de homossexual. Agora está livre, leve e solto.

Silvio Santos tira Gugu Liberato do caminho

por Eli Halfoun
Quando era do SBT, onde, aliás, iniciou sua carreira, Gugu Liberato era considerado o substituto natural de Silvio Santos como apresentador. Agora que virou concorrente na Record, Gugu têm sido derrotado todos os domingos pelo ex-patrão na guerra de audiência. É fácil entender porque o Programa Silvio Santos é o preferido: SS não apela, é bem humorado e faz uma programa que só se preocupa com a diversão que o público tanto precisa e procura aos domingos. No último domingo, por exemplo, o SBT registrou com Silvio Santos 11,3 pontos de audiência contra 10,3 do “Domingo Legal” de Gugu na Record.. A Globo manteve a liderança (ganha até se estiver fora do ar) com 25 pontos enquanto a Rede TV ficou em quarto lugar com os 8,4 pontos do programa “Pânico na TV”.

Aprovação de Lula é o aplauso do povão

por Eli Halfoun
Política, religião e futebol são três assuntos que não se deve discutir porque permitem uma discussão sem fim, sem lógica e repleta de paixão que geralmente não nos deixa enxergar apenas a realidade. Em política, muita gente fala mal de Lula e, em conseqüência, de seu governo. Questão, sem dúvida, de ponto de vista ou apenas de ser oposição e assim não querer ver o que existe de positivo. Muito de bom e de ruim pode ser discutido no governo Lula, mas não se pode fechar os olhos aos números: um presidente que consegue os elevadíssimos índices se aprovação que Lula tem merecido não pode ser tão ruim quanto querem seus opositores. Concordo que, muitas vezes, o povo se engana, mas no caso de Lula o engano não pode ser tão grande assim. Pelo menos por parte do chamado povão que vive melhores momentos e vê perspectivas mais otimista em tudo o que Lula fez e certamente ainda fará.

Orlando Abrunhosa na Casa Benet Domingos

Os fotógrafos Rob Curvelo ("COMeSTRUIÇÃO"), Leonardo Rangel ("Prólogo"), Flavia Schaller ("Falsas Memórias"), Marcelo Rocha Alram ("Reflexões sobre as águas") e Orlando Abrunhosa (Retrospectiva") exibem seus trabalhos em exposição na Casa Benet Domingos, na Urca. Aberta nesta quarta-feira, 31, a mostra vai até 25 de abril. Visitas podem ser agendadas no telefone 21-85381175. A Casa Benet Domingos fica na Av. São Sebastião, 135, Urca. Abaixo, registros do coquetel de abertura e alguns representantes da tribo ex-Manchete..
Dupla de fotógrafos, Garrido e Orlandinho...
...bate-papo com as fotos do Abrunhosa ao fundo.
O fotógrafo Marcelo Horn confere os trabalhos do Orlandinho.
Marcelo, Décio e Tânia Athayde.

terça-feira, 30 de março de 2010

Conar mantém censura do comercial da Paris Hilton

por Gonça
O Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) manteve hoje a liminar que proibiu a veiculação do comercial da cerveja Devassa com Paris Hilton. A veiculação foi proibida para jornais, TV e internet e liberada para o rádio. Rádio? Só pode ser porque os carolas, quer dizer, os caras do Conar têm problema de audição...Hã, Paris?, Roma?, comercial de quê mesmo? Hã? Devassa? De graça? Hã?
Veja quantas vezes quiser, envie para um amigo, e mande um alô para os aiatolás do Conar. Clique AQUI

Mais humor e entretenimento na Rede Record

por Eli Halfoun
Mostrar a vida com humor é o novo foco da televisão e agora quem promete um novo estilo de humorismo é o apresentador Marcos Mion em “Legendários”, o novo programa que estréia dia 10 de abril na Record. Mion, que também é o idealizador e diretor da atração, diz que será um programa de entretenimento com humor e não necessariamente um humorístico. Quer criar um novo tipo de humor. O programa terá, entre outras coisas, quadros com imitações, sátiras musicais e reportagens. Tudo sempre igual.

Fusão de lojas: bom para elas, ruim para nós

por Eli Halfoun
A fusão de grandes lojas de eletrodomésticos pode ser um ótimo negócio para os donos das lojas, mas ameaça ser péssimo para os consumidores: engana-se quem pensa que as fusões determinarão baixas nos preços. Pode acontecer exatamente o contrário: sem concorrentes, as lojas poderão determinar os preços que bem entenderem, mesmo que tenham adquirido mais produtos com melhores preços nos fabricantes. Para o professor Maurício Morgado, do Centro de Excelência do Varejo da Fundação Getúlio Vargas “o preço pode subir com o tempo já que a procura é alta e há pouca concorreê3ncia.”. Em entrevista ao Jornal do Brasil, o professor disse anda que “haverá poucas opções para os compradores pesquisarem preços, mas a consequência pior será para os fabricantes - fornecedores ficarão na mão de grandes varejistas e terão menos clientes”. Portanto, consumidor, não se iluda com promessas de preços mais em conta. Na hora de comprar nós é que, como sempre, pagaremos a conta das negociações deles.

Vídeo de cantora que tira a roupa no lugar onde Kennedy foi assassinado vira polêmica

por Gonça
A cantora Erykah Badu nasceu em Dallas, Texas. Por isso, achou muito natural escolher como cenário do seu clipe o lugar que é a maior atração turística da cidade: a Dealey Plaza, onde John Kenndy foi mortalmente alvejado, em novembro de 1963. Aliás, na cena final do vídeo, ela desaba no chão como se levasse um tiro. A música é "Window Seat", tem 5 minutos e 35 segundos de duração. Badu é focalizada saindo de carro, caminha e vai tiran do a roupa. Mais promocional, impossível. (Foto/Reprodução AboveTopSecret). Quer ver o vídeo? Clique AQUI

Os mágicos e ilusionistas

deBarros conta
O Brasil lembra muito o time do Botafogo, porque só nesse time que as coisas mais incriveis acontecem. Vejam bem: no escândalo do "Mensalão", onde correu dinheiro de um lado e para outro, na cueca, fora da cueca, em malotes e mochilas e ninguém sabia de nada.
Agora, estoura um novo escândalo, envolvendo mais de cinco milhões de reais, desviados em favor de políticos cassados, onde aparecem instituições como, além do Bancoop, Fundos de Pensão da Previ, Funcef e Petros, poderosos fundos do Banco do Brasil, do Portus, da Caixa Econômica e da Petrobras e mais uma vez, ninguém sabe de nada. Mas o dinheiro sumiu. Ninguém sabe onde está, ninguém se responsabiliza por nada, até porque na cabeça deles não houve nada. É a mídia, escandalosa como sempre, ávida de notícias, que joga no ar e nas páginas dos jornais essas notícias,sem confirmação. É preciso parar a imprensa caluniosa com notícias alarmantes e destruidoras de caracteres de homens honestos e puros. Começo a desconfiar que o cenário político brasileiro é composto por mágicos e ilusionistas, que fazem desaparecer dos cofres públicos milhares e milhares – diria milhões – de reais, não deixando nem um centavo como amostra.
"Até quando, mágicos e ilusionistas, abusarão da nossa paciência?"
Um dia a casa pode cair!

Saiba aqui se você está mesmo estressado

por Eli Halfoun
Está nervoso ou contrariado? O diagnóstico é fácil: estresse. Não precisa ser exatamente um diagnóstico médico. É o que todos dizem simplesmente porque já tem um tempo que a palavra estresse virou moda e pelo visto uma moda que chegou para ficar. Apesar de ser muito utilizada poucos sabem exatamente o que é estresse. Para os especialistas “o estresse é uma reação do organismo a influências nocivas de ordem física psíquica ou infecciosa, capazes de perturbar o equilíbrio interno do ser humano. O estresse é considerado a doença dos tempos modernos e entre os fatores mais importantes estão a correria do dia-a-dia, a instabilidade profissional, o trânsito caótico e a violência dos grandes centros, que desencadeiam um turbilhão de pensamentos diversificados e a mente não consegue compartilhar esse acúmulo de informações o que faz o corpo reagir de maneira prejudicial à saúde física e emocional”. Tá complicado entender? Não fique estressado. O estresse tem sintomas: dores de cabeça; cansaço e esquecimento; tristeza e angústia; batimentos cardíacos acelerados e aflição; mau humor e choro sem motivo; medo e pânico; músculos doloridos; mãos frias e úmidas e alterações de apetite. Para evitar o estresse (se é que e mesmo possível nos agitados dias de hoje) anote aí algumas recomendações: comer abacaxi, carboidratos, chocolate (aproveite a desculpa da Páscoa), tomar suco de maracujá, consumir proteínas e seus aminoácidos, comer pistache e usar vitaminas C, complexo B e minerais. Sem dúvida mais um estresse é garantido na hora de pagar essa conta.

Literatura policial faz uma operação de risco

por Eli Halfoun
Geralmente são os livros que inspiram filmes e até programas de televisão. Dessa vez foi ao contrário: o programa policial “Operação de Risco”, exibido pela Rede TV  animou Beto Ribeiro, autor dos roteiros do programa, a escrever o livro “Operação Policial” no qual o autor relata dez ações exibidas na televisão. As histórias são sobre diferentes tipos de crimes e de estratégias criadas pelos policiais. O livro tem também 350 ilustrações e um guia sobre a organização da polícia em São Paulo. Pode-se dizer que é um revólver literário, mas que não mata ninguém. Pelo contrário: literatura é vida. Sempre.

Estádios vazios



por Omelete
Com a brilhante exceção do Santos, os clubes não estão atraindo muitos torcedores aos estádios. Os campeonatos regionais, especialmente, andam mornos. Mas um certo torneio, em São Paulo, está quentíssimo. Trata-se do concurso - valendo dez mil reais para a primeira colocada - que vai eleger a Gata do Paulistão. Nas fotos, o clássico Palmeiras (Priscila Mônaco) x Corinthians (Fernanda Passos). Se estiver cansado dos Adrianos, Obinas, Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos e Vagner Love da vida, vá ao site da Federação Paulista de Futebol e exerça seu direito de cidadão: sufrague! Aposto que essas candidatas não decepcionarão você, bem ao contrário da turma que vem aí disputar seu voto... (Fotos:Divulgação) - Clique AQUI
Deu no Los Angeles Times: Angelina Jolie deverá interpretar o papel da rainha má do conto-de-fadas A Bela Adormecida. O nota não diz quem está cotada para ser a mocinha, mas com uma vilã dessas a atriz a ser escalada para o papel principal vai ter que rebolar, literalmente, para não ser ofuscada pela Malévola.

Livros sobre futebol entram em campo e fazem um golaço

por Eli Halfoun
A sempre apaixonante literatura sobre futebol é que está fazendo um golaço por conta da Copa do Mundo. Muitos livros estão sendo lançados, inclusive para a garotada. A editora Rocco, por exemplo, coloca no mercado a partir de abril a coleção Gol de Letras, com várias histórias. Em “Minha Paixão pelo Futebol”, Leovegildo Lins da Gama Júnior, ou melhor, o craque Júnior, hoje comentarista, entra no campo literário com uma boa atuação. A emoção do tipicamente brasileiro futebol de rua está em “O cachorro que jogava na ponta esquerda” texto no qual Luís Fernando Veríssimo fala sobre um time sem nome, sem camisa e sem chuteiras. A coleção Gol de Letras tem onze títulos: além de Veríssimo e Júnior também vêm aí, entre outros, os compositores Moacyr Luz e Aldir Blanc e o jornalista Fernando Molica que em “O misterioso craque da Vila Belmira” relata a aventura de um menino vindo do interior do Rio que surpreende os garotos que costumam jogar futebol em frente a uma vila na Rua Belmira, Piedade. Já sabe: se o jogo transmitido pela televisão estiver muito chato dê um tempo e faça entrar em campo um dos livros da coleção Gol de Letras.

Âncoras da Globo não podem mostrar que são mulheres de peito

por Eli Halfoun
As apresentadoras dos noticiosos da Globo também chamam a atenção do público pela beleza, que se não chega a ser deslumbrante também não é de se jogar fora. Para evitar que a presença feminina chame mais atenção do que as notícias, a direção de jornalismo da emissora distribuiu recentemente comunicado solicitando que vistam roupas de mangas curtas e muito menos decotadas. O pedido-ordem não é nenhuma novidade: faz muito tempo que o jornalismo da Globo adota essa conduta para “não desviar a atenção do telespectador do para o foco principal que é a notícia”. O novo comunicado foi distribuído depois que a emissora percebeu que suas âncoras estavam usando decotes mais acentuados. Nem tanto.

Armando Nogueira: uma vida de amor pelo futebol

por Eli Halfoun
Pelé, Garrincha e tantos outros craques encantaram Armando Nogueira com gols, seus dribles mágicos, suas jogadas de pura arte como se bailarinos fossem. Armando Nogueira nos encantou com suas palavras, sua visão de jogo e fez como ninguém do futebol mais do que um esporte uma poesia.
Armando Nogueira não conseguiu driblar a morte. Nem precisava: já tinha na vida e na carreira o jogo ganho. De goleada.
Armando Nogueira nos deixou várias lições de jornalismo, de amor pelo esporte, mas a maior delas foi a de mostrar sem hipocrisia que o cronista esportivo não precisa esconder o time de sua preferência porque com um trabalho sério e honesto sempre saberá diferenciar-se de um torcedor para ser um cronista isento.
Armando Nogueira dizia ser botafoguense. Não era não. Era todos os times. Era um apaixonado por futebol que sempre comentou com isenção porque sabia ver beleza, arte e poesia também nas jogadas dos adversários. Que para ele nem existiam: a beleza do futebol que Armando Nogueira via independia da competição.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Armando Nogueira, um craque da palavra

por Gonça
Nesta segunda-feira, dia 29, a Globo News homenageia Armando Nogueira. O programa ‘Arquivo N’ contará, às 23h30, a trajetória do jornalista, sua atuação no telejornalismo brasileiro, suas crônicas e livros e a grande paixão pelo esporte. Armando, que lutava contra um câncer há dois anos e meio, morreu nesta segunda-feira, aos 83 anos de idade. Ele começou a carreira em 1950, no Diário Carioca. Passou também pelas redações do jornal O Cruzeiro, do Jornal do Brasil, da TV Rio, colaborou com as revistas Manchete e Manchete Esportiva, teve papel decisivo na história da Rede Globo.
Um dos livros de crônicas do Armando, "Bola na Rede", é um clássico da literatura do futebol. Sim, existe isso, craques do texto falando sobre craques da bola. Armando, João Máximo, João Saldanha, Nelson Rodrigues, Ney Bianchi, Paulo Perdigão, Ruy Castro, Luís Fernando Veríssimo, Sandro Moreira, Edilberto Coutinho e Mário Filho estão nesse time. Leia ou releia alguns tiros diretos, trivelas, embaixadinhas, dribles e bicicletas de Armando Nogueira em forma de texto:
- "Tenho doze anos de Pelé. Sou do tempo em que ele matava no peito e, antes de fulminar o goleiro sueco, ainda arranjava um lençol no beque mais próximo. Conheço-o de mil tabelinhas: quando não havia Pagão, ele tabelava com Coutinho - quando não havia Coutinho, ele tabelava com Tostão - quando não havia ninguém, ele tabelava com as pernas do próprio adversário. Pelé dos gols de placa, dos dribles verticais, oblíquos, horizontais. Pelé das antevisões criadoras de espaços impressentidos. Pelé ao mesmo tempo arco e flecha acionando e alvejando."
- "Driblar, tendo pernas tão tortas - e driblar como ninguém - eis um mistério de Garrincha que eu não ouso explicar; driblar, tendo uma perna mais curta do que a outra - e driblar como ninguém - eis um mistério de Garrincha que tu não ousas explicar; driblar, tendo a bacia deslocada no sentido oposto ao desalinho das pernas - e driblar como ninguém - eis um mistério de Garrinha que nós não ousamos explicar; driblar, como já o vi driblar, tendo o ombro enfaixado, o braço imobilizado, a clavícula quase quebrada - e driblar como niguém - eis um mistério de Garrincha que eles não ousam explicar; driblar - e driblar com tanta graça e naturalidadee - eis um mistério de Garrinhcha que só Deus pode explicar."
- "Vivo tristezas, vivo alegrias, tenho chorado, já cantei muito, às vezes rezo, vendo a bola correr na grande área. Nem mesmo os sentimentos mais subalternos da alma humana - nem deles a grande área do futebol me tem poupado o coração. Já tremi de medo, já odiei, já invejei. A paixão do futebol tem me pesado a vida de tantas emoções que já não tenho o direito de lastimar se um dia a morte me queira surpreender no instante de um gol."

Dalce Maria: memórias de Brasília no blog da Paola Lma

por Dalce Maria* "Brasília e eu, ainda meninas"
"Minha primeira lembrança de Brasília é um velocípede ao pé do avião aterrissado. Apesar da então pouca idade, a situação era a da maioria trazida à força naqueles primeiros tempos, por motivos profissionais ou familiares. Vim na cauda do aumento de salário do papai, assessor de imprensa do Jango, desde Vice-Presidente.
Carioca detestava a cidade que usurpara a condição de Capital Federal. Eu não entendia desta perda. Mas não ver vovô, não brincar no Fluminense, não ir à praia, disto, tinha ódio! Daí precisar ser convencida pelo brinquedo. Para adultos, incentivos eram compensações financeiras, apartamentos funcionais, passagens aéreas pra terra de origem, e muito mais. E centenas não topavam - não só os do Rio. Vantagens e empregos não valiam morar no fim do mundo – como qualificavam Brasília.
Os que vinham conquistavam vida melhor. No meio do nada. Era tão seco que armários entortavam se não guardassem copos cheios de água. O vento armava rodamoinhos de poeira vermelha que giravam um carro – os “lacerdões”, referência ao maior inimigo político do JK. Para a gente grande, o tédio: mamãe dava berros em casa, só para ouvir um som. Para crianças, era o máximo. Espaço e liberdade para crescer. E ser.
O banzo do Rio murchou. A cada correria embaixo do bloco com amiguinhos de todos os estados. A cada dia na escola em que se estudava de manhã e brincava a tarde toda. A cada passeio no cerrado catando frutas que não conhecia. A cada chuva de granizo que nem sonhava existir. A cada mergulho na piscina do Brasília Palace Hotel. A cada saída no chapa branca que conduzia papai entre casa e trabalho. A cada visita ao Palácio da Alvorada, onde morava o Presidente, meu amado “tio Jango”.
Uma noite no fim de março, uma tal revolução. Minha mãe voltou do Ministério e chorou. Meu pai só chegou de madrugada: estava ao microfone, chefiando uma tal Cadeia da Legalidade, em defesa do Governo Jango. A noite foi esquisita. Pela manhã, olhando da janela, a W3 Sul, vi pessoas com bandeiras do Brasil e a cantar o Hino Nacional, indo de encontro a um pelotão de soldados. Quando os grupos se aproximaram, os fardados atiraram. Foi um tal de correr, se benzendo…
Meu pai fêz uma mala e colocou perto do hall dividido com a família do outro apartamento: médico, mulher e trigêmeas pequenas. Voltou ao quarto, como se esperasse que o buscassem. Nada perguntei: a intuição me calou. De fato, um silêncio, sinistro, tomou conta da família. E da vizinhança. Dava para ouvir o elevador. Quando subia, as lágrimas da mãe desciam. E o pai me abraçava. Quando o barulho passava do andar, o alívio – grande a ponto de uma criança entender.
Até que à tarde, estava na janela e um carrão preto parou. Uns homens, fardados, desceram. Fez-se o som do elevador, que não passou do nosso andar: parou. Meu pai me beijou. Minha mãe desmaiou. Não entendi, mas congelei. A porta do apartamento era de vidro, via-se através. Do elevador, desceram os fardados. Meu pai pegou a malinha. Mas os homens foram ao outro apartamento de onde saíram com o médico, de jaleco, algemado.
Susto, pena, medo, revolta, impotência. Assim grande parte de Brasília se sentiu entre 31 de março e 1º de abril de 1964. Fatos irreversíveis. Vidas de ponta cabeça. Eu, menina pequena, num dia, filha de autoridade, no outro, de perseguido político. A recém-nascida Capital amadureceu a força. Eu também.

(*Dalce Maria é jornalista, espectadora real da história de Brasília e abre a série de artigos em homenagem ao cinquentenário da capital no blog da jornalista Paola Lima)
(http://www.blogdapaola.com.br/?m=201003)

Por falar em BBB...

...Carlos, Dourado e Fernanda são os finalistas. A despedida de Lia foi uma das mais longas da edição, com abraços demorados em seus companheiros. A paulista até tentou segurar o choro, mas depois de ver seu amigo Kadu chorando, irredutível, foi difícil conter as lágrimas. Do lado de fora, ao lado de Pedro Bial, Eliane falou quanto vale uma amizade: “Vale muito mais do que qualquer dinheiro do mundo. Dinheiro a gente ganha trabalhando.” E contou ao apresentador que sua vontade é que as pessoas vejam o programa como “a vida como é, como os seres humanos são, pessoas que erram e acertam.” (Foto TV Globo/Divulgação)