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por Niko Bolontrin
Neymar está perto de completar mil dias afastado dos campos desde 2018. E deve ter quase o mesmo número de presença em festas e baladas.
Em função de contusões frequentes perdeu jogos importantes e decisivos no Barcelona, PSG, Seleção e, agora, Al Hilal. Ausentou-se em jogos dos campeonatos francês, espanhol, Champions e Copa do Mundo. Em matéria de títulos teve uma carreira de soma sofrível para um jogador de primeiro nível da sua geração.
Atualmente em mais um período de recuperação após cirurgia no joelho, Neymar teve um encontro com o parça Jair Bolsonaro. Deu match. Não se sabe exatamente sobre o que conversam. Quando Bolsonaro era presidente, um dos assuntos possivelmente era uma dívida do jogador à Receita Federal. Rolava um papo sobre isso entre um pão com Leite Moça e uma
Na semana passada, finalmente, Neymar, que é meio desprovido de prêmios individuais, recebeu o que deve considerar seu maior troféu. O Bozo lhe entregou a “medalha dos 3 ‘is’: ‘Imbrochável’, ‘imorrível’ e ‘incomível'”.
As redes sociais se divertiram com a cena ridícula de entrega de tamanha e tão idiota láurea. Mas Neymar merece o vexame. Um dos memes faz uma comparação com as bolas de ouro (que Neymar nunca conseguiu) de Messi, CR7 e Martha.
Maldosos insinuam que há dúvidas e Neymar e seu parça Bozo se encaixam em dois dos três itens, além, é claro, do "imorrivel".
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| Título de matéria do Globo |
O editorial do Globo de hoje, inconformado com bom desempenho da economia ao fechar 2023, chuta do meio do campo e usa um "mas" safado para informar que em 2024 o governo Lula vai "s3 fu4der".
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| Reprodução X |
https://x.com/cynaramenezes/status/1730966193874341907?t=8Io0LqOTBinqTllRzttR4A&s=03
Para entender o caso acesse o link do STF
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=521066&ori=1
Javier Milei, o ultradireita que os argentinos elegeram (e os veículos do Grupo Globo preferem chamar de ultraliberal) acaba de nomear um nazista para a procuradoria do Tesouro. Outros virão. A direita argentina não se diferencia da rede nazista que viceja no país. E não são "neonazistas" são nazistas-raiz. O nazi Rodolfo Barra admite que foi nazista, participou de atentado contra instituição judaica, mas se "arrependeu".
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| 1975: Kissinger, o jogador Marinho e o então ditador de plantão Ernesto Geisel. Foto Manchete. |
Henry Kissinger, então secretário de Estado, visitou o Brasil em 1975. Foi recebido no Congresso e passeou com o general Geisel, o gorila de plantão na ditadura. Curiosamente, enquanto o arquiteto de guerras perambulava pelo Brasil, a capa da Manchete mostrava a correria em Saigon quando guerrilheiros e tropas de Ho Chi Min ganhavam a periferia da cidade.
Um carniceiro nem sempre precisa por a mão em armas. Kissinger talvez nem soubesse atirar. No fim, viveu muito mais do que suas milhares de vítimas na Ásia, na África, na América do Sul. Ele esteve por trás de incontáveis carnificinas. Autorizou, por exemplo, junto com Nixon, bombardeios de napalm e pesticidas no Vietnã. "Queima tudo", era a política. Com um agravante: sem que decisões desse tipo passassem pelo Congresso. Apoiou as ditaduras na América do Sul, com todo o pacote de intervenção dos Estados Unidos, dólares para montagem de máquinas de mortes, cursos de técnicas de tortura para militares e policiais da Argentina, Chile e Brasil. Uma característica da época foi a eliminação de líderes de esquerda em todo o mundo. Para Kissinger, isso era parte da Guerra Fria. Na Indonésia, foi "conselheiro" de uma operação que resultou em 100 mil mortos.
Apesar de tudo isso, Kissinger recebeu o Nobel da Paz. Algum sueco bêbado o julgou merecedor por supostamente ser o articulador do fim da guerra do Vietnã quando o seu objetivo era apenas iniciar a retirada das tropas estadunidenses do Sudeste Asiático. Era a tentativa de evitar um desastre militar incomensurável e, com isso, livrar a cara dos republicanos alvos da rejeição dos eleitores cansados de receber jovens soldados em sacos pretos. Danos colaterais, diria ele.
Kissinger morreu aos 100 anos. Não se sabe se pensou em tudo o que fez ou mostrou arrependimento. A frase que mais se aproxima disso, embora ainda distante, é algo como "fiz o que achava que estava preparado para fazer na época".
Ele foi defenestrado do cargo pelo democrata Jimmy Carter.
Se existe inferno, o carniceiro Mr. K. estará lá certamente como conselheiro do capeta. Experiência no cargo ele tem. E vai ter isso como destaque no Linkedin que o Chifrudo vai ler.
A morte de Kissinger lembra famosos versos de um cordel de José Pacheco sobre a chegada de Lampião ao inferno. O diabo, avisado da chegada do cangaceiro, ordenou que a segurança o barrasse...
Diga a ele que vá simbora/Só me chega gente ruim/Eu ando muito caipora/Eu já to inté com vontade/De botar mais da metade/Dos que têm aqui pra fora
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| Ilustração reproduzida do G1 |
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| Reprodução O Globo. Clique para ampliar |
Hoje, no Estúdio I da GloboNews, a apresentadora fez uma espécie de "divulgação" de Paulo Gonet. Boa gente, segundo os amigos dos amigos que ela "apurou". Uma diarréia de jornalismo declaratório. Algo que não chega a ser jornalismo. Deve ser útil nos portazinhos digitais da quinta série.
No mesmo programa, a jornalista Flávia Oliveira recolocou, em seguida e com fatos, o que significa Gonet na PGR. Se alguém tem mais dúvidas deve ler a coluna do Bernardo Mello Franco, do Globo, acima reproduzida.
A âncora em questão, por iniciativa própria ou a pedido do editor que, por sua vez, responde aos degraus acima, apenas caiu na arapuca de uma excrescência chamada jornalismo declaratório. Um troço condenável que só serve para veicular opiniões de credibilidade zero porque movidas por interesses pessoais. A curriola ouvida ficou na exaltação: fulano da PGR é durão, o fulano é independente, o fulano é praticamente o Ruy Barbosa ressuscitado.
| Roberto Carlos e um bobby londrino, na frente do Palacio de Buckingham. Foto de Alécio Andrade |
| Roberto na butique dos Beatles, a Apple, na Carnaby Street. Foto de Alécio de Andrade |
O fotógrafo Alécio de Andrade, então correspondente da Manchete na Europa, fotografou Roberto no seu périplo em Londres, então mais sweet do que nunca. O rei deu uma passadinha na Apple, a butique dos Beatles, onde renovou o guarda-roupa
A jornalista brasileira Leneide Duarte-Plon entrevistou, em Paris, para a Carta Capital, o dominicano e astrônomo Régis Morelon. Especialista em ciências árabes, ele viveu na Argélia, Beirute, Alep e Cairo. Morelon não é otimista quanto a uma solução para o eterno conflito entre Israel e Palestina.
- Atualmente a única solução seria a dos dois Estados. E os dois Estados não são mais possíveis devido à colonização. Os diplomatas podem continuar dizendo “queremos dois Estados”. Mais já é impossível".
A crise tem outros complicadores. A propósito, Morelon citou na conversa com Leneide uma frase do judeu austríaco, escritor e jornalista Stephen Zweig.
“Os homens que pretendem combater por Deus são os mais antissociais da terra porque creem que ouvem mensagens divinas e suas orelhas permanecem surdas a qualquer palavra de humanidade”.
Vale lembrar Eduardo Galeano: a América do Sul (me recuso a usar o termo inadequado e racista "América Latina") tem "veias abertas" e a hemorragia política sempre vem em ondas. Foi assim com a onda de ditaduras que derrubaram democracias como se fossem peças de dominó. Depois veio a onda da eleição em dois turnos e da reeleição que vários países da região adotaram. Agora, um tsunami de ultradireita é a ameaça que paira sobre o "quintal" .
Outra recente inspiração antidemocrática vem de vários países e continentes. É o cerco às Cortes Supremas. Em diferentes graus de intervenção, Venezuela, Polônia, México, Mali, El Salvador e Israel criaram instrumentos ou estudam mecanismos para colocar o poder executivo como uma espécie de instância final sobre as decisões das Cortes. O Brasil acaba de entrar nessa fila suspeita. O Senado aprovou projeto que interfere no funcionamento do STF. O que moveu os senadores? Nada mais do que o jogo de bastidores para a eleição da presidência da Casa, além de ressentimentos corporativistas diante de decisões dos ministros do STF que incomodaram políticos investigados. Não demora muito deputados e senadores vão pedir cargos no STF. Nunca fazem nada de graça.