sexta-feira, 12 de maio de 2023
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Mídia - agora é assim: o jornalismo político sempre "tem um babado pra contar"
O jornalismo político atual é essencialmente de fofoca. Ontem, na Globo News, a comentarista Eliana Cantanhede falou que havia um zum zum em Brasília sobre o fracasso da visita de Celso Amorim à Ucrânia: Zelensnski não o receberia e nem mesmo o chanceler daria as caras. Apesar de usar a fofoca como "fonte" a própria Cantanhede logo desmentiu o zum zum: naquele momento Celso Amorim estava cumprindo a agenda como era esperado. Já o Metrópoles ousou "revelar" praticamente um segredo de alcova: quando o país se abalou com a tentativa de golpe de 8 de janeiro, Janja teria pedido a Lula que fechasse o GSI. A nota não diz como o colunista soube da confidencia e nem quem vazou. Se ele esteve na suite do casal, se o Lula lhe contou enquanto escovava os dentes, se Janja lhe mandou um ZAP, se o general Heleno estava escondido no armário e ouviu tudo. A nota é desprovida de fonte parece mentira, tem jeitão de fofoca do compadre foi "revelada" quatro meses depois, mas esse é o manual de redação em voga na cobertura política em Brasília. Não é "babado" que fala?
terça-feira, 9 de maio de 2023
Folha de São Paulo: o manual do ódio
A jornalista que escreveu isso tem problemas. Precisa de ajuda especializada para conter família o ódio que parece como norma. Pode ser perigoso conviver com ela. Nunca se sabe para onde vai apontar sua bazuka de frustração e ressentimento. No caso, Rita Lee foi o alvo. Mas pode ser qualquer um. A jornalista é uma "CAC" que treina "tiro" aos outros no teclado do computador.
Alguém já disse que em um regime autoritário o guarda da esquina é problema: ele incorpora o rancor do chefe. A Folha nunca foi santa. Emprestou viaturas à repressão e ajudou a financiar a tortura nos anos 1970. Mas conseguiu piorar, avançou várias casas rumo à ultra direita. Se o clã namora a intolerância típica do fascismo, a escriba sobe na ponta sobe nas tamancas, estufa o peito, ensaia o passo dos bersaglieri e mira em Rita Lee. Deve ter desfilado na redação após disparar o título acima reproduzido imaginando-se a "cara", uma "frias" entre os mortais.
Para o Banco Central sob administração bolsonarista o 8 de Janeiro não acabou
O 8 de Janeiro acabou? Não. A tentativa de golpe está em curso no Banco Central, e não apenas nesse reduto do governo passado. A ameaça persiste em setores militares e policiais, na mídia da direita, em bolsões fascistas do Senado e da Câmara, em alguns governos estaduais de aliados de Bolsonaro, em porões de radicais evangélicos, no mercado e no agronegócio. Muita gente, não? Pois é, a democracia continua sob ataque.
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Mídia - jornalismo é catarse do povo?
A mídia apela muita vezes para uma espécie de fantasia que faz o povo pensar que a justiça e o país funcionam. Por exemplo, você lê, ouve e vê muitas vezes que as autoridades aplicaram multas milionárias a empresas e pessoas físicas que desmataram áreas preservadas. Ou condenaram a Supervia, do Rio, empresa privada que presta um péssimo serviço, a pagar milhões em multas por ser o desastre que é. A condenação a multas não devia ser notícia. Sabe-se que os multados não pagam. A população fica de alma lavada quando lê que uma determinada dondoca foi presa por racismo. Não é notícia. Notícia seria se o flagrante da multa sendo paga. Ou a madame condenada a cumprir pena e, de fato, engaiolada.
Nunca acontece.
Esse é o caso do Bolsonaro pilantra investigado por vários crimes. A IstoÉ acredita que ele pode ir para a cadeia. Não vai. Nem se sair pelado na Praça dos Três Poderes abraçado ao general Heleno, também patrioticamete nu, com uma pistola .45 ostentada nas decrépitas bochechas da bunda ameaçando o STF. A mídia induz ao logro. Acalma almas, mas não é real. É a catarse através do jornalismo
sábado, 6 de maio de 2023
Atenéia Feijó (1943-2023) é recebida na "terra de cima" dos ianomâmis
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| Atenéia Feijó na Amazônia em 1971. A foto é de Walter Firmo, então fotógrafo da Manchete. Reprodução Revista Manchete |
por José Esmeraldo Gonçalves
Da repórter e escritora Atenéia Feijó ficam a incansável defesa dos povos originários - a missão jornalística a que se dedicou e cumpriu com brilhantismo desde o começo dos anos 1970 - e o texto impecável.
Atenéia trabalhou na revista Manchete, nos jornais Estado de São Paulo, O Dia e no lendário JB. Na Manchete, em dezenas de reportagens, ela denunciou o genocídio dos ianomâmis muito antes do Brasil despertar para uma das suas maiores tragédias iniciada durante a ditadura militar de 1964 e que prossegue até hoje. O extermínio se acentuou com crueldade no governo racista e desumano de Jair Bolsonaro.
Atenéia Feijó partiu na madrugada de ontem, 5 de maio, aos 80 anos, após lutar contra a Creutzfeldt-Jakob, uma doença degenerativa.
Os ianomâmis crêem que são o povo que "segura o céu". Agora, acolherão na "terra de cima", como chamam, a repórter que mais os defendeu.
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Bob Bozo às ordens do mercado
Roberto Campos Neto não desceu do palanque nem do posto de best fellow de Bolsonaro em churrascos e lives. Participava de tardes de bermudões e moletons com o primeito escalão. Agia como ministro e não como presidente do BC. Prossegue agora no mandato de "ministro" do Bolsonaro
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Paulistanos barrados no Viaduto do Chá privatizado
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Mídia: o verme do bolsonarismo não poupou jornalistas
A adesão de muitos jornalistas à direita radical comecou bem antes de Bolsonaro chegar à Presidência. Mensalão e Lava Jato arregimentaram muitos profissionais. A conspiracão e golpe contra Dilma Rousseff recrutaram outros. Tudo isso junto mostrou que a tropa do golpe reunia profissionais de imprensa fascistas mas, também, cineastas, compositor e produtor musical, músicos, cantores, economistas, juristas, alguns desses com colunas no Globo, Folha, Veja, IstoÉ e Estadão e espaços generosos na Globo e Globo News onde exercitarem os primórdios do jornalismo de guerra e ódio. Houve quem adicionasse uma dose de sentimentalismo à opção ideológica em relação a personagens da ascensão da ultradireita brasileira. Dois jornalistas da Globo se destacaram na "emoção": Vladimir Neto, autor de livro-exaltação ao ex-juiz nada isento Sérgio Moro e que emplacava pautas de interesse da Lava Jato no mídia, segundo conversas no Whatsapp dos procuradores da força tarefa, e a repórter Delis Ortiz, que em um café da manhã com Bolsonaro viveu minutos de comoção ao dar de presente ao ignóbil uma bíblia.
segunda-feira, 1 de maio de 2023
sábado, 29 de abril de 2023
Janja não é a "pet" da República. Por isso a mídia não sai do seu pé
sexta-feira, 28 de abril de 2023
Justiça sem juízo
O fotógrafo Sérgio Silva, que perdeu a visão do olho esquerdo em 2013 ao ser alvejado pela PM paulista com um tiro de bala de borracha, teve negado seu pedido de indenização. Silva fotografava um protesto. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que ele assumiu o risco ao estar no local. Façamos um exercício imaginativo. Digamos que um desembargador fosse atingido durante uma manifestação, ao descer do tribunal para embarcar no seu carro blindado. Provavelmente receberia uma indenização de proporções planetárias. E se fosse um juiz transeunte ou seu filho advogado? Receberia um Pix recorde. Em decisão anterior os magistrados decidirem que o próprio Sérgio Silva é o culpado. O fotógrafo vai recorrer até ao STF, que em caso semelhante deu ganho de causa à vítima. A informação é do Portal dos Jornalistas. Você pode ler a matéria original, de Vítor Félix, clicando no link
Vem aí o livro "Rede Manchete, 40 anos de histórias vivas"
O diretor de TV, roteirista e locutor Luiz Santoro lançará no dia 5 de junho de 2023, no Restaurante Garota da Gávea, entre 19h e 22h, "Rede Manchete- 40 anos de histórias vivas" (Planeta Azul Editora), que conta com a colaboração de ex- funcionários da TV. A informação está no Facebook de Eliane Peixoto, que foi repórter da revista Manchete e da Rede Manchete e participa do livro.
O reality show de horrores da milícia parlamentar
As últimas eleições ampliaram a bancada bizarra nas duas casas do Congresso. Deputado praticando cross dressing na tribuna, deputado descontrolado ameaçando agredir opositor, deputada que incorpora adereço florido inspirado em fetiche nazista, senador ninando simulação de feto, deputados aos gritos em estranha excitação. No picadeiro desse reality show dos horrores estão, em maioria, os bolsonaristas. Por isso, as CPI que se anunciam têm tudo para oferecer cenas dantesca aos brasileiros. A facção bolsonarista se comporta como milícia parlamentar. Xinga, se contorce, berra e coça o coldre como se estivesse chegando do clube de tiro.
As sessões das CPI prometem.
Não percam, mas tirem as crianças da sala.



















