quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um mundo mal dividido na economia e no clima

por Eli Halfoun
Não é apenas socialmente que o mundo está mal dividido (uns com muito, outros com pouco e muitos com quase nada). A divisão é cruel também climaticamente, o que fica ainda mais evidente nesse período em que no Brasil se morre de calor e nos Estados Unidos o perigo é morrer congelado. Não seria mais justo se houvesse um pouquinho do frio americano por aqui e um pouquinho de nosso escaldante sol por lá. Esse é um problema climático e, portanto, da natureza, contra o qual nada podemos, mas mudar a divisão social está em nossas mãos. Que tal começar a pensar em dividir o quase nada que ainda temos com aqueles que não tem realmente nada? Esqueça que isso pode parecer mais uma ação política e lembre que é apenas uma necessária ação humana. (Eli Halfoun)

Fernanda Machado (a Leila) está com os dias contados em “Amor à Vida"

Fernanda Machado, a Leila de "Amor à Vida". Foto Shape/Bol/Divulgação
por Eli Halfoun
Leila, a personagem interpretada por Fernanda Machado em “Amor à Vida” está praticamente com os dias contados na novela: nos próximos capítulos ele morre vítima do incêndio de provocado por ela na casa para matar a rival Natacha. A morte de Leila tira Fernanda da novela (faz um ótimo trabalho como a vilã fria e antipática), mas não dos planos da revista Playboy que a quer nua em suas páginas, o que estaria praticamente garantido depois de muitas conversas e acertos financeiros.
A novela “Amor à Vida” ganhou nos últimos dias muitos comentários nos Twitter depois que o público achou que a personagem Ciça tinha morrido de uma queda provocada por Aline. A reação do público à morte que não aconteceu (Ciça ficou em estado grave) foi porque ela já tinha sobrevivido a queda de um penhasco para morrer em um escorregão dentro de casa. O público acha um absurdo, mas mesmo que tivesse acontecido não seria absurdo: são muitos os casos de pessoas que sobrevivem a acidentes graves e depois morrem em uma simples queda dentro de casa. Poderia contar aqui muitos casos, mas o fato é que o púbico ainda não acredita que a vida tem acontecimentos muito mais irreais do que os que acontecem em novelas. A vida real é uma novela cheia de surpresas diárias. (Eli Halfoun)

Chapéu na mão na hora de pedir bons cargos em Brasília

por Eli Halfoun
Os pedidos de nomeações correm a toda nesse início de ano eleitoral. Entre os muitos pedidos feitos para a presidente Dilma Rousseff um dos mais insistentes é o do deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, reforçado pelo apoio do ministro Garibaldi Alves, da Previdência. A dupla quer que a presidente nomeie o desembargador Luiz Alberto Gurgel Farias para o Superior Tribunal de Justiça. No pedido argumentam que a presidente já nomeou dez ministros para o STJ e nenhum do Nordeste, o que, segundo eles que mostra que é hora de colocar um potiguar no Tribunal. Esse continua sendo mesmo o país dos pistolões e do jeitinho brasileiro. (Eli Halfoun)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Para animar o inverno russo, concurso indica a Miss Pernas Longas...

Anastasia Strashevskaya, Miss Pernas Longas. Foto: Divulgação

Foto Divulgação

Ana Hickman na capa da Vip. Reprodução

As pernas intermináveis de Ana Hickman. Reprodução
por Omelete
Enquanto no Brasil o Miss Bumbum é o mais badalado e, nos Estados Unidos, são populares os concursos de "Camiseta Molhada" para indicar seios mais bonitos, a Rússia valoriza as pernas. Nessa época, vale tudo para disfarçar o frio e os eventos in door proliferam. Anastasia Strashevskaya, 18 anos, acaba de ganhar o equivalente a R$ 6. 500,00, por ter sido eleita "Miss Pernas Longas", da terra de Putin. A menina tem 1,79 sendo 106 centímetros só de pernas. Ela estuda advocacia e já avisou que não abandonará o curso mesmo que aceite propostas para trabalhar como modelo.
Omelete lembra que, se o concurso fosse no Brasil, os 106 centímetros de Anastasia não seriam suficientes para garantir o título de "pernalonga": o brasileira Ana Hickmann, com 1,85 de altura,  detém intermináveis 120 centímetros só de pernas.

Agora é Clóvis Rossi, da Folha, que suspeita do pessimismo encomendado...

Clóvis Rossi
Quem deveria ficar "nervosinho"
"Há algo de profundamente errado em um país, um certo Brasil, em que os ricos choram (e de barriga cheia), ao passo que os pobres parecem relativamente felizes. Na ponta dos mais ricos, refiro-me à pesquisa da consultoria Grant Thornton que "Mercado" publica hoje e que mostra um absurdo recorde de pessimismo entre os executivos brasileiros.
Na ponta dos pobres, valem as sucessivas pesquisas que mostram satisfação majoritária com o governo Dilma Rousseff, a ponto de 11 de cada 10 analistas apostarem, hoje por hoje, na reeleição da presidente. Como ninguém vota em governo que o faz infeliz, só se pode concluir que uma fatia majoritária dos brasileiros, especialmente os pobres, está rindo.
Que a economia brasileira tem problemas, ricos, pobres e remediados estão cansados de saber. Problemas conjunturais (o crescimento medíocre dos anos Dilma ou a forte queda do saldo comercial, por exemplo). Problemas estruturais que se arrastam há tantos séculos que nem é preciso relacioná-los aqui. Daí, no entanto, a um pessimismo recorde vai um abismo.
Um país em que há pleno emprego e crescimento da renda não pode ser campeão de pessimismo nem pode ficar em 32º lugar, entre 45, no campeonato mundial de pessimismo. É grotesco.
Grotesca igualmente é uma das aparentes razões para o surto de pessimismo que vem grassando desde meados do ano passado. Seria a diminuição do superavit primário, ou seja, do que sobra de dinheiro nos cofres públicos depois de descontadas as despesas e tem servido exclusivamente para o pagamento dos juros da dívida. Foi por isso que o ministro Guido Mantega apressou-se a divulgar os dados de 2013, para acalmar os "nervosinhos".
Quem deveria ficar nervoso, mas muito nervoso, não apenas "nervosinho", é exatamente quem está contente com o governo.
Basta fazer a comparação: os portadores de títulos da dívida pública (serão quantos? Um milhão de famílias? Cinco milhões no máximo?) receberam do governo, no ano passado, R$ 75 bilhões. É exatamente quatro vezes mais do que os R$ 18,5 bilhões pagos às 14 milhões de famílias (ou 50 milhões de pessoas) que recebem o Bolsa Família.
Quatro vezes mais recursos públicos para quem tem dinheiro para investir em papéis do governo do que para quem não tem renda. Seria um escândalo se os pobres tivessem voz. Mas quem a tem são os rentistas que ficam reclamando da redução do que recebem, como se houvesse de fato a mais remota hipótese de que o governo deixe de honrar sua dívida. Fazem um baita ruído com os truques contábeis que permitiram o superavit, mas não dizem que, com truque ou sem truque, a dívida líquida diminuiu este ano, de 35,16% do PIB em janeiro para 33,9% em novembro, última medição disponível.
Ou, posto de outra forma: o governo, supostamente irresponsável, gasta menos do que arrecada e ainda pinga 1,3% de tudo o que o país produz de bens e serviços na conta dos mais ricos e apenas 0,4% na dos pobres entre os pobres. E os ricos ainda choram." 
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Grazi: o marido sumiu... do café da manhã (quando a vida pessoal invade a publicidade)

Novo anúncio da Belvita; Grazi sem Cauã. Reprodução

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Na campanha da mesma marca, antes da separação na vida real, o casal preparava o café da manhã Belvita. Reprodução

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(da redação da JJcomunic)
Cauã Raymond e Grazi Massafera estrelavam a campanha da Belvita, com comercial então no ar, quando tornou-se pública a separação do casal. No primeiro comercial, eles preparavam juntos um café da manhã apaixonado e com o toque dos produtos Belvita. Apesar do fim do casamento dos atores, a marca optou por continuar a campanha e lançou no último domingo, 5, o filme em que a atriz aparece preparando o mesmo café da manhã, agora sozinha. Embora costume reclamar de "invasão de privacidade", Grazi não se recusou a entrar no clima bem-humorado de "vida pessoal" da peça que a agência Peralta criou. A atriz fecha o comercial com uma fase irônica que faz uma insinuação à ausência do ex-marido. Saca a frase dita pela Grazi:  “Suco, frutas, leite e Belvita... E o que mais você precisa para o seu café da manhã ficar completo? Nada, né?”.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Denise Rocha, o furacão que virou musa da CPI, é estrela de clipe "Menina Treinada" de MC Bola. Com direto a Robinho fazendo uma ponta

Reprodução

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por Omelete
Lembra da musa da CPI? O furacão Denise Rocha está de volta, agora como atração do clipe "Menina Treinada", de MC Bola. O jogador Robinho faz uma participação mas aparece apenas falando ao telefone com o amigo e funkeiro. Deu azar. Só MC Bola chegou perto da advogada que mais abala tribunais e enlouquece juízes e jurados de todo o Brasil. Data vênia.
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Paulo Moreira Leite para a IstoÉ: Esforço para transformar Copa em fracasso é lamentável e prejudica o país

por Paulo Moreira Leite (da IstoÉ)
 Acabo de ler um desses panfletos eletrônicos campanha contra a Copa de 2014.
Procuram atemorizar o turista dizendo que somos um dos países com maiores índices de assassinato do mundo.Também temos uma polícia extremamente violenta. Também temos uma educação ruim, uma saúde pública péssima, um transporte urbano idem. São problemas reais, é óbvio. Mas a atitude é de torcida organizada pelo fracasso. Não se procura fazer um debate racional para encontrar soluções e alternativas. O esforço é produzir um fiasco inesquecível, atitude que só prejudica o Brasil.  O nome disso é guerra psicológica. Não é um movimento pela razão mas que procura a política pela emoção. Janio de Freitas escreveu um artigo de mestre a respeito, na Folha de ontem. Quero abordar alguns aspectos do mesmo tema. Teremos  muita guerra psicológica, em 2014, para que, justamente no país do futebol, a Copa do Mundo venha a se tornar um  problema político. Josep Blatter, o presidente da FIFA, será endeusado quando começar a falar mal do governo federal. Vai passar de demonio a santo em 24 horas. Será por isso que ele já começou a fazer críticas ao governo brasileiro? Justo quem. 
Olhando a situação com frieza, o ambiente não deveria ser este. Começando pelo futebol pois, salvo segundo aviso, é disso que se trata. A verdade é que, ao  contrário do que se anunciou durante todos estes anos, os estádios – novos e reformados – vão ficar prontos no prazo necessário para os jogos. São estádios modernos, seguros, confortáveis. Depois que entrarem em uso regular, a ocorrência de tragédias como a de Joinville e outras cenas de violência que marcam os campeonatos tradicionais. Só para dar um pouco de realidade ao debate. Compare as obras da Copa com o Metrô paulista, por exemplo. Tudo aquilo que se diz contra os estádios se demonstra -- até com ajuda da Justiça Suiça - no metrô paulista. Os atrasos duram anos. O superfaturamento bate recordes. E então? Cadê a indignação? Quando o Brasil ganhou o direito de organizar a Copa, o país fez uma festa. Quem não gostou da ideia ficou em silêncio. Alguém disputou a eleição de 2010 falando mal da Copa? Não me lembro. Nem candidato a síndico de prédio se atrevia a tanto. Salvo casos patológicos de desprezo pelas necessidades da maioria da população, quem  não queria a Copa como proposta esportiva, dizendo que o país teria outras prioridades – esta era minha opinião na época -- admitia a vantagem keynesiana. Era uma forma de apontar uma perspectiva de investimentos em larga escala, no país inteiro, nos anos seguintes. Depois da crise mundial de 2008, quando o capitalismo entrou em depressão em escala mundial, a Copa de 2014 se tornou uma benção em vários lugares. Ajudou a manter o crescimento e o emprego de quem não teria outra chance de arrumar trabalho. Na dúvida, dê uma volta no país e converse com pessoas da vida real. O problema é a psicologia. A maioria dos brasileiros concorda -- racionalmente, com base em dados objetivos e também por experiência própria -- que poucas vezes e trabalhou com tanto empenho para distribuir a renda e melhorar a vida dos mais pobres como aconteceu depois da chegada de Lula no Planalto. Neste ponto, é um governo de valor histórico. A terapia emocional de massas quer nos convencer do contrário. Embora tenha chegado ao Planalto em 2003, procura-se criminalizar o condomínio Lula-Dilma pela omissão de seus adversários ao longo da história. É por isso que se fala muito do futebol. E procura-se esconder o drama do metrô. Aliás: deu para notar que os atrasos do metrô geram menos protesto do que as críticas a demora relativa nas obras da Copa? Qual é mesmo prioridade? O esforço da terapia é esse: mudar prioridades sociais e transformar a Copa num drama político. Adversário de tantas ditaduras do século XX, David Rousset deixou uma frase muito útil para se enfrentar grandes operações contra as democracias:
 -- As pessoas normais não sabem que tudo é possível.

O outro lado: Janio de Freitas para a Folha

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Comercial da P&G para as Olimpíadas de Inverno em Sochi, na Rússia, mostra que as mães são as primeiras "treinadoras" dos grandes atletas. Duvida? Veja o vídeo...

As Olimpíadas de Inverno acontecem em Sochi, de 7 a 23 de fevereiro. A Procter & Gamble lança um comercial que homenageia as mães dos futuros atletas. Bem lembrado. Não seriam elas as primeiras a constatarem o potencial de muitos fenômenos que subirão ao pódio para pendurar medalhas de ouro no peito?
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Roberto Muggiati escreve para a Gazeta do Povo: A Volta do Lobo

por Roberto Muggiati (especial para a Gazeta do Povo)

Retratada brevemente em minisséries e musicais, trajetória artística do produtor musical, compositor e jornalista Ronaldo Bôscoli é digna de um espetáculo exclusivo

Em 2009, na minissérie Maysa: Quando Fala o Coração, a figura carismática de Ronaldo Bôscoli (1928-1994) ressurgiu com força total. O ator que o interpretou, Mateus Solano, tornou-se estrela da noite para o dia e hoje é um dos maiores ibopes da tevê, encarnando o vilão Félix da novela Amor à Vida.
Agora, em Elis, a Musical, Bôscoli também faz sucesso na interpretação esmerada de Felipe Camargo. Com seu humor cáustico, o Veneno era um personagem que não admitia meias medidas: ame-o ou odeie-o. E geralmente isso acontecia com o galã de nove entre dez estrelas da MPB: elas o amavam e depois o odiavam para o resto da vida. Impiedoso com seus desafetos, trucidava a todos com seus apelidos: “compota de monstro” (Sérgio Mendes); “eminência parda da MPB” (Antônio Maria). Nem as namoradas escapavam: Maysa (“La Gorda,” “condessa de araque”), Elis (“a vesguinha”).
Mateus Solano encarnou Bôscoli em 2009, na minissérie Maysa: Quando Fala o Coração
Conheci Ronaldo Bôscoli de raspão: além dos resvalos no Beco das Garrafas nos anos 50, invadi o seu espaço em 1965, a redação da Manchete na Rua Frei Caneca. Ronaldo já reinava no Olimpo da bossa nova, mas a poeira da sua lenda ainda pairava na revista de Adolpho Bloch. Não faltavam anedotas. Um dia, Jaquito, sobrinho do dono, atende ao telefone: “Mas, minha senhora, o Ronaldo está aqui do meu lado! Doente!?...” Ronaldo arranca o fone das mãos do Jaquito e dá um esporro na Velha: “Pô, mãe, vacilou! Essa desculpa era pra amanhã...”
 Sobrinho-bisneto da lendária Chiquinha Gonzaga, sobrinho dos homens de teatro Geysa e Jardel Bôscoli, primo do ator Jardel Filho e do radialista Héber de Bôscoli, primo em segundo grau de Bibi Ferreira, se tornou cunhado de Vinicius de Moraes em 1951. Ronaldo tinha 22 anos e sua irmã, Lila, de dezenove, era obsessivamente cortejada pelo poeta, que tinha o dobro da idade e era casado. Bôscoli partiu para dar uma surra em Vinicius, mas se desmanchou ao encontrar o poeta, seu ídolo. E tudo ficou no melhor dos mundos depois que Vinicius se separou da mulher e casou com Lila. Foi Bôscoli quem jogou Tom Jobim nos braços de Vinicius para o início da maior parceria da MPB. Com o palco e a música correndo nas veias, Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli foi, sim, ser gauche na vida; mas jamais pendeu para a esquerda, ao contrário, ainda jovem ganhou o apelido de “Véio”, por causa de sua postura ranzinza e reacionária diante de tudo.
 Já no final dos anos 50, cheio do jornalismo, Ronaldo queria escrever algo menos descartável. Emplacou um pequeno sucesso, “Fim de Noite”, com Chico Feitosa. Suas pretensões de letrista o levaram a Tom Jobim, mas Vinicius – apesar de amigo e cunhado – só admitia outro parceiro para Tom, Newton Mendonça. Foi quando lhe caiu dos céus o parceiro ideal, Roberto Menescal, nove anos mais moço. Logo criaram sucessos como “O Barquinho”, “Lobo Bobo”, “Se É Tarde Me Perdoa”, “Rio”. O sucesso como letrista fez Ronaldo popular entre cantoras e atrizes.

Tática
 Em Ela É Carioca – Uma Enciclopédia de Ipanema, Ruy Castro traça seu perfil de conquistador: “Ronaldo fora um dos primeiros psicanalisados do Rio (com a Dra. Iracy Doyle) e dominava o jargão. Diante de uma mulher por quem estivesse interessado era capaz de ouvir horas de arenga ‘existencial’. Depois, solidário, falava com aparente sinceridade dos próprios problemas, um deles a síndrome do pânico que teve aos 26 anos e o fez trancar-se em casa durante um ano. Isso o tornava tão diferente dos sólidos machões da época que, ao fim da jornada, a moça estava no papo. Sua tática era simples: ‘Se me deixar falar, eu como.’ Era um profissional.”
Caíram nas garras do Lobo as atrizes Betty Faria, Joana Fomm, Mila Moreira, as cantoras Nara Leão, Maysa, Sylvinha Telles, Elis Regina, a condessa Mimi de Ouro Preto e Mônica Silveira. Nara Leão tinha apenas quinze anos quando começou a namorar Bôscoli, com 28. Em pouco tempo ele se instalou no apartamento da família da moça, na Avenida Atlântica, que se transformou num ponto de encontro da nascente bossa nova. Em 1961, Bôscoli acompanha Maysa – então com 24 anos – numa momentosa excursão a Buenos Aires, onde a conheciam como “La Contessa Cantante”. Na volta ao Brasil, todos os jornais estampam as declarações bombásticas da cantora, desmentindo os boatos de que haviam casado, mas anunciando o casamento na Europa no mês seguinte. Nara cortou Ronaldo de sua vida para sempre. Surgiu então uma garota do Sul, Elis Regina, que veio fazer o seu nome no Rio apoiada na dupla Miele e Bôscoli. Entre Ronaldo e Elis nasceu logo aquela animosidade mútua que é o prenúncio da grande paixão. Depois de uma briga horrenda, ele disse: “Se ela olhar para mim, eu falo. Se me der bom dia, eu caso.” Casaram-se em alto estilo, no final de 1967, ele de fraque, ela com vestido de noiva criado especialmente pelo padrinho, Dener, com dez metros de cauda. Aos tapas e beijos, foram quatro anos e um filho, João Marcelo, que teve um difícil começo de vida em meio à guerra conjugal. O Lobo se amansou um pouco durante o segundo casamento, em meados dos anos 70, com Heloísa de Souza Paiva, com que teve dois filhos e viveu doze anos. Depois, continuou aprontando.

Fim

Bôscoli voltou a escrever para a Manchete na virada dos anos 70/80. Como editor da revista, eu combinava a pauta toda semana com ele. A agressividade dos primeiros tempos cedera a certa amargura. Sem mais tesão para o jornalismo, ele voava no piloto automático de suas antigas glórias. Penou os últimos anos com um câncer de próstata que – não fosse o seu pavor aos médicos – seria facilmente superado. Recorreu até a poções mágicas, como o chá de cipó do Santo Daime. Mas seguiu destilando seu veneno, sem poupar nem a si mesmo. Ruy Castro descreveu: “Muito magro, envelhecido e vencido por um câncer de próstata (que operou, mas nunca tratou direito), Ronaldo Bôscoli foi visitado no hospital por seu velho amigo e parceiro Roberto Menescal. Ao entrar no quarto, Menescal ficou arrasado ao ver Ronaldo no fundo da cama com os braços abertos em cruz — um deles atado ao frasco de soro e o outro, ao de sangue. Mas a saudação de Ronaldo, com voz fraca e sumida, o desarmou: ‘Vai de branco ou vai de tinto, Menescal?’”
 Imagino esse quadro do Lobo Crucificado como o grand finale de um musical ou filme sobre Ronaldo Bôscoli. Do jeito que vai o festival das “showbios” que assola o país, logo, logo, chega a vez dele.

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Deu na coluna do Ancelmo Góis no Globo: nos tempos do monoquíni e da Fatos & Fotos

(da redação da JJcomunic)
De Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete e da Fatos & Fotos, o blog recebeu a reprodução acima de nota publicada na coluna de Ancelmo Gois, do Globo. No embalo da recente e fracassada manifestação que pedia a legalização do topless, o monoquíni foi relembrado. A foto da F&F mostra a atriz Maria Pompeu usando a peça polêmica. Apesar de ser motivo de reportagens nas revistas e de causar um certo furor, o monoquíni não saiu da mídia para as ruas. Ou seja, não foi incorporado pelas cariocas. Ficou no factoide. Uma correção apenas na nota, que fala que a foto é dos anos 70. Não. É dos anos 60, provavelmente 1965. Naquele ano, o monoquíni foi tema de música de Roberto e Erasmo Carlos e de um marchinha de sucesso no carnaval cantada por Marlene,
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domingo, 5 de janeiro de 2014

Eusébio: uma lenda na história do futebol

por Omelete
A imprensa portuguesa dedica hoje edições especiais e galerias de fotos ao ex-jogador Eusébio, que morreu na madrugada deste domingo, em Lisboa. Um dos maiores craques do mundo, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, aos 71 anos. Na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, Portugal foi a grande novidade e Eusébio seu grande astro. O Brasil provou isso em campo ao perder dos portugueses por 3x1, com dois gols do atacante (Simões fez o outro e coube a Rildo fazer o gol de honra do Brasil). A seleção portuguesa foi eliminada nas semifinais pela campeã Inglaterra e conquistou o terceiro lugar ao vencer a União Soviética. Mas Eusébio deixou sua marca: foi o artilheiro daquela Copa, com 9 gols. O atual capitão da seleção de Portugal. Cristiano Ronaldo, escreveu agora há pouco na rede social: "Sempre eterno Eusébio, descansa em paz".

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Rali Dakar: quem não tem Lei Rouanet busca patrocínio com atriz pornô russa Anna Polina

Payen e Anna Polina. Foto Marc Dorcel/Divulgação

Foto Marc Dorcel/Divulgação

Foto Marc Dorcel Divulgação
por Omelete
A vida não tá fácil pra ninguém. O piloto francês Hugo Payen deu o azar de morar em um país que não tem o jabaculê da Lei Rouanet e teve que se virar para buscar patrocínio que o permitisse participar com sua moto do Rali Dakar 2014. Com dificuldade para encontrar apoios convencionais, ele tem sido bancado pela bela atriz pornô russa Anna Polina, que tem sua imagem estampada na moto Yamaha modelo 450 WRF. É a segunda vez que a russa nascida em São Petersburgo e que já estrelou mais de 300 filmes financia o piloto. Payen competirá com o número 69. Não por acaso.

Deu na Folha. Cartolas dizem que a Copa no Brasil é prejudicial aos clubes. Há controvérsias: os fatos mostram que quem mais prejudica os clubes no Brasil são os cartolas

Reprodução 
por Omelete
Quem lê jornais e revistas já sabe, desde que o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa, que a realização do mais importante torneio de futebol do mundo - que é sempre o recordista disparado em audiência na TV no mundo - é analisada, vista e definida como uma das maiores desgraças políticas e sociais que já se abateu sobre o povo brasileiro. Pesquise. É raro você encontrar publicada uma opinião favorável à Copa com exceção, talvez, de um ou outro cronista esportivo que por dever de ofício reconhece a importância do evento e dos cadernos especiais bancados por patrocinadores que obviamente exaltam o evento. A mídia, em geral, entende a Copa como um "projeto do governo", que deve ser combatido e bombardeado assim como o Bolsa Família, o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida e outros. Se há denúncias de desvios de verbas em obras públicas, devem ser investigadas e, se for o caso, levadas aos tribunais como qualquer país faz e não tirando o sofá, a Copa, da sala. Há na oposição quem confessadamente torça para que haja um desastre de proporções bíblicas, com a seleção brasileira tão humilhada em campo que vai fazer parecer a derrota na Copa de 50 uma alegre ação entre amigos. Com isso, imaginam, vão poder esquentar o horário eleitoral mostrando multidões rasgando as vestes nos estádios, torcedores se imolando no gramado e levas de brasileiros tentando vagas em aviões rumo à fazenda onde Jim Jones comandou um performance de suicídio coletivo. Enquanto isso não acontece, a Copa é alvo. Todo tipo de crítica já foi escrita. Mas essa aí reproduzida acima é novidade. Dirigentes acreditam que a Copa vai deixar os clubes no miserê. Se fosse verdade, a Fifa deveria acabar com esse torneio mixuruca que só cria problemas.
Ô elementos, os fatos demonstram que quem mais prejudica os clubes do país são vocês... os dirigentes, tá?

Igreja Ltda: anúncio nos classificados oferece sociedade. Alguém se habilita?

O anúncio acima foi publicado hoje.  Oferece sociedade em montagem de igreja. Há tempos saiu um  classificado de um pastor que "passava o ponto" mediante gordas "luvas" e informava ao interessado o "movimento de caixa". Há seitas que oferecem até franquias com metas de arrecadação. É uma indústria rentável, dispensada de imposto de renda, que não precisa repassar royalties ao fundador já que ele foi embora há milhares de anos e não cobra pelo uso da marca. E, se não entregar o que promete, o dono do empreendimento nem precisa se preocupar com coisas terrenas como código de defesa do consumidor.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Roda-Gigante na Praia de Botafogo? O mafuá do Tivoli Park que infernizou a Lagoa durante anos começou assim...

Copa do Mundo e Olimpíada são as "boas causas" que podem servir de pretexto para privatização enlouquecida de áreas da cidade. Parquinhos, circo, jaula da mulher-gorila, pula-pula, roda-gigante, churrasquinho na hora, barraquinha de vidente.. pelo jeito vai valer tudo. No embalo dos eventos, a galera pode transformar o Rio em um imenso Largo da Carioca. É só deixar. Pode isso, Arnaldo? O que ninguém sabia (deu na coluna Gente Boa, de hoje) é que caladinho um grupo teria já autorizações para plantar uma roda-gigante de 50 metros até 2016 na bela enseada de Botafogo. Impacto no trânsito, poluição visual, obstrução da vista do Pão de Açúcar, e isso importa? Sem falar no precedente, se uns podem porque não outros? Aguardem Montanha Russa no Aterro, Trem Fantasma no Arpoador, Castelo dos Horrores na Praça Paris, Splash Mountain no Posto Nove e Torre do Terror na Lagoa.

Lembra da cascata de fogos do antigo Méridien? Foi proibida por risco de incêndio. Pois veja o que fizeram nos prédios de Dubai na virada para 2014

Durante anos, uma das atrações do Réveillon de Copacabana foi a cascata de fogos do antigo hotel Méridien, no Leme, no  Rio. Era o grande final do espetáculo da virada do ano. Acabou vetada pelos bombeiros, que alegaram risco de incêndio. Em 2001, as autoridades argumentaram que uma lei de 1991 proibia queima de fogos no alto dos prédios embora a cascata do hotel do Leme tenha acontecido durante vários anos.
Responda você: os bombeiros de Dubai se garantem ou são irresponsáveis? Porque lá, as cascatas envolveram os prédios mais altos do mundo.
Registre-se que nem no Méridien nem em Dubai  houve acidentes.

VEJA O VÍDEO DE DUBAI, CLIQUE AQUI


RECORDE A CASCATA DO MÉRIDIEN,
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Deu no site Adweek: as melhores e as piores capas de 2013... lá fora


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Má notícia para os jornalistas cariocas... "passaralho" sobrevoa o Globo (deu no Blue Bus)

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