quarta-feira, 4 de julho de 2012

A capa vazou na web: a musa do vôlei Mari Paraíba na Playboy

Em tempo de Olimpíada, a Playboy chega às bancas com a jogadora de vôlei Mari Paraíba. Tudo a ver.

Roberto Muggiati: aventura cultural na Revista Senhor

por Roberto Muggiati (para a Gazeta do Povo)
A capital do país mudou para o Planalto, mas os cariocas não tomaram conhecimento. Quando surgiu a sigla da construtora de Brasília, Novacap, eles batizaram sua cidade de Belacap, e capital da beleza nacional ela continuou sendo – e também da inteligência. A beleza se media nos badalados concursos de Miss. Já o talento intelectual desfilava na passarela de uma nova revista, lançada em março de 1959. Sediada no Rio, ela começou com o logotipo SR., a palavra SENHOR inserida verticalmente na perna do R, e o lema "Uma revista para o senhor". Seu modelo era mais a tradicional Esquire do que a Playboy, que estourava no mercado dos EUA. Senhor tratava de elegância, etiqueta, política, economia e literatura (publicando contos e crônicas), mas não deixava de ter um olho arregalado também para mulher bonita, embora não exibisse corpos nus como alcatra num açougue, A tônica da Senhor (o logotipo passou a aparecer por extenso a partir de abril de 1960) era o bom gosto e a sofisticação. Formulava um estilo de vida para o novo homem brasileiro que emergia do desenvolvimentismo de JK. Eram tempos vibrantes: bossa nova, cinema novo, sputnik, revolução cubana, beats, cool jazz — e, claro, revolução sexual. Todos esses temas encontravam espaço nas páginas da Senhor. O aquecimento do mercado garantia um respaldo publicitário para manter a Senhor nas bancas todo mês, com anúncios de moda, automóveis, eletrodomésticos, linhas aéreas. Foi uma bela aventura cultural que durou até janeiro de 1964, um total de 59 edições, que têm sua memória resgatada agora pela antologia facsimilar O Melhor da SR, ideia e coordenação de Maria Amélia Mello, organização de Ruy Castro (520 páginas, Imprensa Oficial de São Paulo). Revejo com satisfação e – por que não? – orgulho, minha assinatura no ensaio em página dupla "Os Moralistas Corruptores", que a Senhor publicou em outubro de 1962, quando eu já estava em Londres, trabalhando na BBC.
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Inverno em Ipanema

A posse que não houve: "Um mistério na Redação", segundo Cony

Reproduzido da Folha de São Paulo
por José Esmeraldo Gonçalves
Em artigo na página 2 da Folha, ontem, Cony revela um desses curiosos episódios de redação. No caso, curioso e surpreendente. Aconteceu na revista Fatos, em março de 1985. Ao lado de J.A. Barros e de Roberto Muggiati, fui testemunha do "mistério". Quando o Brasil esperava a posse de Tancredo Neves - nós, inclusive, em pleno trabalho de edição de cerca de 40 páginas sobre a vida e a trajetória política do presidente, um caderno especial que deveria acompanhar a cobertura da posse - Cony nos chama em um canto da sala no oitavo andar do prédio do Russell e joga a bomba: "Vamos mudar toda a edição, Tancredo não toma posse". O petardo jornalístico, que, depois, abalaria o país, ainda era notícia guardada em silêncio mineiro pela família do político. Naquele momento, TVs, rádios, jornais e revistas já antecipavam a festa da posse. Era tão impensável a notícia que, por um momento, achamos que fosse uma brincadeira do Cony. Não era. Era a História acontecendo.
Clique na imagem acima para ampliar e leia a reprodução da coluna do Cony

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dinheiro desperdiçado: Brasil terá mais de 50 mil vereadores a partir de outubro

por Eli Halfoun

Estamos correndo um sério risco: reportagem de O Globo informa que o Brasil terá a partir da eleição de outubro mais 5.070 vereadores ocupando as vagas criadas pela Emenda Constitucional 58, em 2008. No total, o país terá 56.818 vereadores. É muita gente para não fazer nada (fazem sim: a maioria mete a mão na nossa grana). O Globo informa ainda que a Emenda "impôs restrições financeiras às Câmaras para evitar acréscimo de despesas diretamente com os novos vereadores". Também de nada adiantará: eles sempre arranjam uma maneira de engordar suas contas bancárias e uma dessas maneiras é nomear funcionários em cargos comissionados desde que devolvam ao vereador pelo menos 70% do salário com o qual foram nomeados. O número de vereadores é tão absurdo e desnecessário que os mais de 50 mil beneficiados são demais até para encher todos os nossos presídios. (Eli Halfoun)

Na televisão um alerta inadequado para toda a programação

por Eli Halfoun

Antes de exibir qualquer programa ou filme, as emissoras de televisão são obrigadas a informar a faixa etária para o qual o programa não é recomendado (é só um alerta porque é impossível proibir já que em casa cada um escolhe o que quer ver). O aviso geralmente diz que "esse programa não é recomendado para menores de 12 anos". Aviso errado: o alerta adequado seria informar que "esse programa não é recomendado para ninguém" de tão ruim que é. Aliás, um alerta que se encaixaria com perfeição na quase totalidade da programação. (Eli Halfoun)

Grupo português procura um sócio para o portal IG

por Eli Halfoun

Editar os jornais "Brasil Econômico" e "O Dia" ainda não tem sido motivo de dor de cabeça para o grupo português Ongoing. O mesmo não acontece com o recentemente adquirido portal IG. A internet não tem dado ao grupo a mesma tranquilidade. Pelo contrário: a resposta comercial não seria a que se esperava e por isso mesmo o grupo estaria decidido a aceitar pelo menos um sócio que adquiria 30% do portal. Até agora não se fala em nenhum provável interessado, mas o grupo português acredita que acabará encontrando um sócio. (Eli Halfoun)

Médico aconselha Lula a falar menos. Quer o impossível

por Eli Halfoun
"Pegar leve, descansar e não falar" é o conselho que o médico Roberto Kalil tem dado ao ex-presidente, seu paciente mais famoso. São três coisas que dificilmente Lula acatará, (especialmente falar menos já que ele não consegue frear a língua). De qualquer maneira, o médico decidiu também diminuir o número de visitas de Lula ao Hospital Sírio Libanês para avaliações. As avaliações continuarão feitas, mas não tão assiduamente. Ao evitar que Lula vá o hospital com muita freqüência, os médicos uerem mesmo é acabar com as especulações que surgem sempre que o ex-Presidente visita o hospital. De uma forma ou de outra sempre haverá entre os políticos e os politiqueiros quem fale demais, mesmo não tendo certeza de nada. (Eli Halfoun)

Gabriela no telhado: em dois tempos.

Juliana Paes (Gabriela) em 2012. Foto: TV Globo/Divulgação

Sonia Braga (Gabriela) em 1975. Reprodução TV Globo
Trinta e sete anos separam as duas imagens acima. Gabriela (Sonia Braga) e Gabriela (Juliana Paes) nos telhados da Ilhéus de Jorge Amado. Lembra? A famosa cena, agora em versão Juliana Paes, vai ao ar no capítulo de hoje da novela Gabriela.
Correção: a cena foi gravada hoje mas vai ao ar no dia 24 de julho, segundo informa a Globo.

Reply girl: uma nova maneira de ganhar dinheiro no You Tube?

Reprodução You Tube
Reprodução You Tube
Reprodução You Tube
por Gonça
Na velocidade da era da banda larga, novidades não param de chegar. Uma delas, no You Tube, tem gerado polêmica. São as reply girls, garotas que faturam um cachê apenas para aparecer em vídeos comentando outros vídeos e alimentando virais. Algumas, as mais, digamos, convincentes, faturam até 30 mil dólares. Com jeito e figurinos de meninas normais, elas comentam vídeos como se estivessem falando com amigas. Pela repercussão que seus próprios clipes alcançam - algumas chegam a lançar dez por dia - funcionam.
Veja uma das reply girl. Clique AQUI

Escrever à mão é prática em extinção?

por Gonça
Para o jornal alemão Bild, o sinal de alerta já está digitado e merece matéria de capa. É cada vez menor o número de pessoas que escrevem à mão. Pare pra pensar: há quanto tempo você não escreve um bilhete, uma carta? Um recado? Uma declaração de amor, uma cobrança de dívida. Não vale por email, nem twitter ou facebook. Há quanto tempo você não retira uma carta do escaninho da portaria do seu prédio. Só chegam contas ao seu endereço? Pois é. Aliás, pensando bem, só apontador do jogo do bicho é quem ainda usa o lápis encaixado na aba da orelha. E Zuenir Ventuira, que declarou recentemente que escreve seus livros à mãos, em caderninhos escolares.

Quem foi a anta que colocou essa lei na Constituição?


Reprodução O Globo
por Gonça
A Constituição diz que quanto mais cresce a população, mais representantes as cidades e os estados devem ter nas câmaras de vereadores e de deputados estaduais e federais. Já nas próximas eleições, em função desse vergonhoso artigo, serão 5.070 vereadores a mais a mamar nos orçamentos de municípios que não têm escola, postos de saúde nem vergonha. É tipicamente uma lei para cabide de emprego. A democracia representativa não depende desse trem da alegria acelerado. O legislador que bolou essa artigo deveria ter seu nome revelado e virar busto em praça pública. Para os pombos, naturalmente. Nesse ritmo, o Congresso Nacional, em não muito tempo, terá que se reunir ao ar livre, na Esplanada dos Ministérios. A notícia boa é que os estádios construidos para a Copa do Mundo de 2014 não ficarão ociosos: vão abrigar as reuniões das futuras e alegres hordas de deputados estaduais e vereadores.

Deu no Photoshop Disasters: e o diretor de arte que não gosta de curvas?

por Gonça
É mais um vacilo do Photoshop. Foi tão exagerada a dose de tratamento da foto que a modelo perdeu a preferência internacional. Compare as fotos laterais, onde curvas suaves se destacam, com o resultado, foto central, após a devastação empreendida pelo diretor de arte enlouquecido. A modelo, coitada, virou manequim de loja do Saara.
Veja mais no site PSD (Photoshop Disaters). Clique AQUI

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Deu no IG: uma polêmica na máquina do tempo

Reprodução IG
Reprodução IG
por Gonça
O portal IG faz um entrevista com o ator Mário Gomes, hoje na Record. Por incrível que pareça, o título remete a uma polêmica de 1976: o famoso "caso da cenoura". O próprio Mário, na entrevista, detalha a "armação" que, admite, prejudicou sua carreira. Para ilustrar a matéria - e mostrar como Mário Gomes era um dos maiores ídolos da época - o IG fez uma colagem de reprodução da revista Amiga. 
Leia mais. Clique AQUI  

Samba é Música Popular Brasileira, mas não é MPB. Vai entender...

por Eli Halfoun
Além do muitos ritmos, uma das mais marcantes características da Música Popular Brasileira é (foi) a qualidade de suas letras saídas da inspiração e sensibilidade (só para cita alguns) de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Noel Rosa, Paulo Sergio Valle, Aldir Blanc e mais de uma centena de outros fabulosos letristas. Essa turma boa de poesias musical não deve estar entendendo muito as letras que acompanham agora as melodias (melodias?). Os mais recentes sucessos musicais do país sofrem a síndrome da falta de qualidade e sem exagero, falta de letra. Atualmente parece bastar um tchun, um tchan ou um terere e outras expressões que se encaixem no agitado movimento das músicas (músicas?) que fazem pular (aquilo é divertido, mas não é dançar) para que o sucesso esteja praticamente garantido. Tudo bem quer são expressões de fácil entendimento e de mais fácil repetição, não são "letras" simplesmente porque não dizem (e não são) absolutamente nada, o que é um perigo: o sucesso musical pode acabar condenado e limitado a expressões apenas divertidas.
Embora tenha convivido durante anos perto de todos os movimentos musicais do país e em consequência de músicos nunca entendi direito o que é exatamente MPB. A sigla representa Música Popular Brasileira, mas é estranho que quando se fala em samba, a maior expressão musical do país, não se esteja falando de MPB. Se o samba é o nosso ritmo mais importante por que será que ele não é MPB quando se fala em Música Popular Brasileira. Afinal, samba é música popular de que país? (Eli Halfoun)

Estréia de Gilberto Barros deixa o sábado mais total e mais igual

por Eli Halfoun
Talvez porque Silvio Santos tenha comandado durante anos as tardes de domingo com seu, na época, movimentado programa de auditório (só deixou a Globo quando conseguiu a concessão de sua emissora de televisão, que começou como TV S e hoje é SBT) os programas de variedades com a presença do público se fizeram tradicionalmente uma atração dominical de todas (ou quase todas) as emissoras. Hoje os programas de auditório (que mantém a mesma e insubstituível forma utilizada há anos por Silvio) fazem das tardes de sábado o dia preferido. Desde o último sábado, a televisão ganhou mais um programa de auditório comandado por Gilberto Barros, o Leão. Gilberto não é melhor apresentador do que nenhum outro, mas também não é pior do que ninguém. Seu novo "Sábado Total" não pretende renovar nada, mas mesmo assim será muito vantajoso para a Rede TV, que vai mal das pernas e que Barros certamente ajudará a não cair de vez. "Sábado Total" é um programa de auditório com as mesmas brincadeiras, as mesmas digamos bailarinas, enfim o mesmo esquema que ninguém jamais ousou modificar com medo de "quebrar a cara", o que certamente aconteceria porque programas de auditório precisam ser exatamente o que tem sido ao longo da história: ruins, mas divertidos.

 Em matéria de animar a festa, Gilberto Barros cumpre seu papel com perfeição: é alegre, despojado, engraçado, cara de pau e extremamente carismático (é uma característica dos gordos) o que pode não lhe garantir o aplauso de todos, mas sem dúvida lhe garantirá a simpatia da maioria do público. Só que na hoje antipatizada Rede TV será muito difícil transformar essa simpatia em audiência. Não importa: importante mesmo é que Barros recuperou seu lugar na televisão e fará com que a competição seja benéfica para a programação das tardes de sábado. Mesmo que continue (e continuará) muito ruim. (Eli Halfoun)

Conhece esse tipo de jornalismo? É a edição "assim é se lhe parece"

por Gonça
A direita americana quer que Obama vá para... o Havaí. A vontade é tanta que, na semana passada, a Fox News  e a CNN noticiaram que a Suprema Corte dos Estados Unidos havia barrado a reforma de saúde proposta pelo presidente norte-americano. Erraram. Obama ganhou aquele julgamento decisivo para o seu governo. Apressados em divulgar a "derrota", os repórteres das duas redes leram apenas a primeira página da decisão. Não entenderam mas tiveram a impressão de que a reforma havia sido considerada inconstitucional. E mandaram a falsa notícia ao ar.

Claudia Abreu é a maior garantia do sucesso de “Cheias de Charme”

por Eli Halfoun
Bons e bem interpretados personagens são fundamentais para garantir o sucesso das novelas. No item personagens, a bola da vez é, sem dúvida, a Carminha, criada com perfeição por Adriana Esteves na novela "Avenida Brasil". Adriana, que agora se impõe definitivamente como uma senhora atriz, não é o único destaque nas novelas: também é perfeito o trabalho de Claudia Abreu como a Chayene de "Cheias de Charme". Claudia, atriz que sempre fez crescer e valorizar qualquer personagem, poderia ter feito de Chayene apenas uma personagem caricata e ainda assim o faria bem. Ela foi mais adiante: embora a personagem até tenha algumas características caricatas ou, se preferirem, de comédia, o talento de Claudia Abreu está conseguindo mostrar em Chayene uma mulher egoísta e insegura - uma cantora deslumbrada com o sucesso e que por conta disso se acha dona do mundo. Claudia Abreu carrega o sotaque nordestino o tempo inteiro e não parece estar fazendo a menor força para isso. Claudia Abreu vive mais um momento deslumbrante em sua carreira e até me arrisco dizer que, embora todo o elenco da novela esteja muito bem, se não fosse a excelente criação da cantora Chayene "Cheias de Charme" certamente não seria o maior sucesso dos últimos anos entre as novelas das 19 horas. (Eli Halfoun)

Rio, um orgulho e patrimônio de todos os brasileiros

por Eli Halfoun
É bom e importante, mas não adianta nos orgulharmos apenas de ser carioca e de ter nascido ou morar na mais bela cidade do mundo. De agora em diante temos a responsabilidade maior de mostrar ao mundo que o Rio é sim - e não só no papel - Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido pela UNESCO ontem (domingo) pela manhã. Patrimônio cultural da humanidade é muito mais do que ter bons espetáculos, museus importantes e bem conservados e outras atividades consideradas culturais. O patrimônio cultural que o Rio precisa continuar mostrando ao mundo está também na educação e no comportamento de cada cidadão especialmente no que diz respeito a conservação de prédios e ruas históricas e de uma total limpeza em toda a cidade para que ela continue sendo além de patrimônio cultural a cidade Maravilhosa da qual não tenho dúvidas o Brasil inteiro se orgulha. O título concedido ao Rio é de todo o país e confirma a importância com que o Brasil está sendo visto por todas as nações e todos os povos. Aos olhos do mundo o Rio é uma beleza total: afinal ultimamente conquistamos muitos eventos internacionais desde o Rio+20 até a realização da cobiçada Olimpíadas de 2016. Que cidade conseguiu isso tão rapidamente? O Rio não é só dos cariocas que aqui nasceram. É de todo o país (aliás, como tem "carioca" de outros estados vivendo na cidade e ajudando-a crescer). O Rio é de todo o país, o é do Brasil e sem dúvida agora um orgulho maior de todos os brasileiros. (Eli Halfoun) 

domingo, 1 de julho de 2012

PARABÉNS RIO DE JANEIRO!!!

A Cidade Maravilhosa, que eu adotei para viver e pela qual sou profundamente apaixonada, ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade conferido pela UNESCO, em São Petersburgo, na Rússia.
Ipanema, Dois Irmãos. Foto: Jussara Razzé