segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Daniel é expulso do BBB

Reprodução IG
O modelo Daniel acaba de ser expulso do reality show BBB.  Um depoimento da estudante Monique, que também participa do programa, teria sido decisivo para a atitude tomada pela Globo. Um suposto estupro teria ocorrido na casa, após um festa no último sábado. As cenas sob o ededron foram acessadas por milhares de pessoas no You Tube.

BBB: discussão quente em torno de um programa inútil

por Eli Halfoun
Não faz muito tempo Boni, o profissional que implantou o padrão de qualidade na programação da Globo, disse em entrevista ao programa “Altas Horas”, na própria Globo, que considera o BBB um lixo, mesmo com a direção de Boninho, seu filho. Nos últimos dias, o esgoto BBB vazou: redes sociais (Twitter, Facebook), portais de notícias, jornais, revistas e emissoras de televisão deitam discussão em torno de um estupro que teria ocorrido no programa (programa?). Até a polícia entrou em ação para investigar o suposto caso de estupro, o que mostra que o BBB é literalmente um caso de polícia e mais, muito mais, do que um lixão. A discussão não causa estranheza já que nada mais escapa aos olhos atentos dos internautas. O mais estranho é que não faz muito tempo as Organizações Globo divulgaram em todos os seus veículos de comunicação e respectivos segmentos uma cartilha de conduta ética que parece ter caído no esquecimento pelo menos no que diz respeito ao BBB que, convenhamos, perdeu a ética, a vergonha, o respeito e a noção do que é fazer um programa de televisão faz tempo. Estranho é que a tão “ética” emissora veta cenas de novelas, veta notícias, veta muito e não lembra de vetar (ou pelo menos policiar) os exageros do BBB. O programa garante sim uma boa audiência para a emissora, mas será que a Globo não percebe ou não quer perceber que os exageros do BBB atingem diretamente a emissora transformando-a em um lixão no qual não demora muito caberá tudo? Pelo visto, o manual de conduta adotado (ou simplesmente divulgado) pela Organizações Globo foi apenas para ser lido e jogado fora. Se quiser continuar sendo uma emissora que sempre cuidou da qualidade ética a Globo precisa livrar-se do BBB e se contratualmente ainda não for possível fazer isso é fundamental que reveja os conceitos da atração. Antes que o BBB vire apenas um bacanal e não só sexual. (Eli Halfoun)

Os cariocas foram enganados... Não esqueça isso quando for à urna

A verdade é que os cariocas foram miseravelmente enganados pelo governo do estado. Primeiro, anunciaram a reforma do Maracanão, um símbolo mundial tombado pelo patrimônio. Era mentira. O Maracanã, pelo que se viu, foi posto abaixo, ficou só a carcaça e até a cobertura dançou. Na verdade, todas as especificações do velho estádio objetivam preparar o filé para a privatização. A Fifa tem exigências, mas nenhuma delas obrigou a demolição do Maraca. Está nas ruas, é best-seller, o livro "A Privataria Tucana", que trata das nebulosas vendas de empresas no fim dos anos 90. Só que a privataria continuou, sob governos de vários partidos, em estados e na esfera federal. Mesmo as concessões que tinham prazo de vencimento - momento em que se abriria novo leilão com o objetivo de arrecadar mais para e corrigir pelo menos em parte as tramóias denunciadas pelos documentos do livro "A Privataria Tucana" - são prorrogadas com base em adendos nos contratos sem novas licitações. As concessões se transformam em capitanias hereditárias com prazo de validade quase secular. No embalo da enganação, o governo do Rio planeja agora destruir os estádios Julio Delamare e Célio de Barros para dar lugar a shoppings e edifícios de estacionamento. Tudo, dizem, para tornar mais "atraente" a privatização, ou "doação", do complexo. O Maracanazinho, por enquanto, escapa. Informa-se que será reformado para receber shows. O esporte, vê-se, fica em último lugar. Não há segurança nem mesmo de que clubes como Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo consigam jogar futuramente no Maracanã. Vai depender das taxas a serem cobradas pelo concessionário. Se este achar, por exemplo, que ganhará mais dinheiro promovendo shows, encontros religiosos e carnaval fora-de-época no anel do estádio, o futebol ficará como segunda opção. Basta lembrar que um ginásio moderno construido para o Panamericano foi privatizado e transformado em casas de shows. São tão altas as taxas cobradas que o local ficou proibitivo para o esporte. Jogos das seleção masculina e feminina de vôlei usaram o Maracanazinho, ainda viável. Depois de privatizado, pode seguir o mesmo rumo.     

domingo, 15 de janeiro de 2012

chuva...

hora de voltar pra casa

Elis Regina, Caetano Veloso e a polêmica capa da Veja


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Quando Elis Regina morreu, em 1982, a revista Veja publicou uma capa que revoltou amigos e admiradores da cantora. Em artigo no Globo de hoje sobre suas lembranças e contatos com Elis Caetano Veloso dedica algumas linhas ao assunto. Foi naquele momento - diz ele - que "briguei com a Veja por causa do modo como essa revista publicou a notícia da sua morte".  Acima, a reprodução do trecho do artigo em O Globo. E a famosa capa da Veja


Elis Regina por Roberto Muggiati


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Artigo de Roberto Muggiati no Estadão.
A próxima quinta-feira, 19, marca os 30 anos da morte de Elis Regina. Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete, escreve sobre a cantora em sua coluna no jornal Estado de São Paulo.

Ouvido Absoluto - Elis, Elis, por que nos abandonou?

por Roberto Muggiati (para o jornal Estado de São Paulo)
Foram dias mágicos, lembro cada momento. Diretor da revista Manchete, fechei mais uma edição e segui para o Aeroporto do Galeão. Ia cobrir a Noite Brasileira em Montreux a convite da WEA. No check-in, uma algazarra monumental, por conta, é claro, do Hermeto Pascoal. José Neto, responsável pela logística, despachava o arsenal de percussão do irmão famoso. De um arame esticado entre dois toscos postes de madeira pendiam panelas, caçarolas, frigideiras, especialmente "afinadas" pelo maestro - como se o palco dos festivais não oferecesse os mais sofisticados apetrechos profissionais... Ensaiei uma tímida conversa com o Bruxo, foi o começo de uma bela amizade. (Oito anos depois, no álbum Só não Toca Quem não Quer, Hermeto dedicou-me a faixa Viagem). Na primeira escala, em Dacar (calor senegalesco não é mera figura de retórica), bati um papo com o saxofonista Nivaldo Ornelas, gente finíssima. Sobrevoando o Mar da Cantábria, entre a França e a Espanha, conversei com a vocalista da banda, Zabelê, casada com o baterista, Nenê. Na escala de Paris, o crítico Armando Aflalo mostrou-me sua matéria sobre os 20 anos da morte de Billie Holiday. Comprei um International Herald Tribune em que o crítico Michael Zwerin exaltava o gênio de Hermeto e tocava fanfarras para sua estreia europeia. (Zwerin tocou trombone nas gravações da Tuba Band de Miles Davis, precursora do Birth of the Cool).
Depois de uma hora de estrada, entre montanhas verdejantes salpicadas de vaquinhas brancas, cheguei ao hotel em Montreux, joguei as malas no quarto e saí correndo para o Festival. Ainda atordoado pelo voo de 20 horas, eu me vi de repente em pleno ventre da baleia, debruçado sobre o palco onde o Weather Report tocava Birdland - Wayne, Zawinul, Pastorius, o resto é História...

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Americanos sob rastreamento

por JJcomunic
O país é democrático mas a ameaça tem um carimbo totalitário: o Departamento Nacional de Segurança dos Estados Unidos estaria monitorando sites de notícias e mídias sociais. Facebook, Twitter, Wikileaks, YouTube e até o blogs de jornais conservadores como The New York Times estão entre os alvos de parmanente varredura. A arapongagem funciona desde novembro do ano passado. Parte da imprensa americana denuncia que a manobra estatal pode restringir debates sobre temas considerados "delicados" e atingir a liberdade de expressão no país.

Demi Moore tem um milhão de dólares para falar sobre seu divórcio

Demi Moore, na capa da Manchete em julho de 1996
por Eli Halfoun
A história se repete: separações de casais famosos sempre envolvem muito dinheiro, seja em indenizações, pensões milionárias ou permitindo o lançamento de biografias, venda de fotos e entrevistas exclusivas. A recente separação de Demi Moore, aos 44 anos de idade, pode render para a atriz um contrato de um milhão de dólares. Essa é a quantia que uma editora americana ofereceu para lançar o livro no qual a atriz conta em tom de desabafo tudo o que viveu e sofreu antes, durante e depois do divórcio com o ator Ashton Kutcher. Durante todo o processo de separação Demi decidiu desabafar escrevendo o que sentia e acontecia. Os textos da atriz fizeram tanto sucesso entre seus amigos que surgiu imediatamente a idéia de comercializá-los em livro, que se houver acordo com a editora será lançado imediatamente. Antes que mais um divórcio de celebridades caia no esquecimento. Como acontece quase sempre. (Eli Halfoun)

Legalização pode acabar com a credibilidade do jogo do bicho

por Eli Halfoun
Bancar ou apenas anotar as apostas do jogo do bicho, a mais popular e acreditada brincadeira financeira do país, não é crime. É contravenção. Talvez seja essa sutiliza da lei que permite que continue um outro jogo: o do prende e solta a polícia e os contraventores, ou seja, a polícia prende, mas sem base legal é obrigada a soltar logo depois. É verdade que o jogo do bicho envolve muitas outras coisas e muitos crimes, esses sim passíveis de punições severas. É para acabar com esse prende e solta e com uma espécie de permissão extra-oficial para o exercício de outras atividades econômicas e criminosas que volta a ser discutida a legalização do jogo bicho e, portanto, dos bicheiros. De nada adiantará legalizar (já existe projeto nesse sentido) se o jogo do bicho continuar na mão dos banqueiros e não for comandado pelo estado. A legalização do jogo do bicho só terá sentido se a jogatina passar a ser coordenada por órgãos oficiais como acontece com as loterias. O estado já tem uma máquina perfeitamente preparada para assumir o lugar dos “banqueiros”. Evidente que afastando os banqueiros do comando do jogo, eles terão de bandear-se para outras atividades, o que pode colocar em cena com outros tipos de crimes e não simplesmente a contravenção que não pode ser punida. Se o governo vier mesmo a ser o novo comandante do jogo do bicho precisa entrar nesse zoológico consciente de que seu maior desafio será manter junto aos apostadores a credibilidade conquistada pelos banqueiros. O jogo do bicho ainda é o sonho mais acreditado do Brasil porque sempre valeu o que está escrito. E o que está escrito geralmente não vale muito para nossas autoridades. (Eli Halfoun)

Neymar está sendo usado como escudo do medíocre futebol brasileiro de hoje

por Eli Halfoun
É do jornalista Theófilo Silva a mais coerente análise (publicada no blog “Rádio do Moreno, em O Globo, sobre o exagerado endeusamento de Neymar que é reconhecidamente um craque. Olha só o que entre muitas outras observações, diz Theófilo: “O individualismo de Neymar não funciona no jogo coletivo do Barcelona. A máquina publicitária exagerada está atrapalhando esse menino. Já tivemos muitos precoces como ele. E nenhum deles foi mimado, endeusado, estragado como estão fazendo com esse rapaz. Neymar está sendo usado para mascarar uma das fases mais medíocres da história do futebol brasileiro”. Falou e disse. (Eli Halfoun)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Cony, outono, folhas secas...

Reprodução Folha de São Paulo
por José Esmeraldo Gonçalves
Ao ler a Ilustrada (Folha de São Paulo) de ontem embarquei no trem do Carlos Heitor Cony, o texto, um vagão de primeira classe, me levou direto à estação do Russell, no prédio onde funcionou a revista Manchete.
Estamos no verão, mas a crônica do Cony me passou um sabor de outono, de saudade, de folhas secas.
O salão envidraçado do oitavo andar produzia textos, claro, mas de lá também saíam histórias deliciosas e personagens inesquecíveis. Brincadeiras e "pegadinhas" típicas das redações - como conta o livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" - ajudavam a passar o tempo nas intermináveis noites de fechamentos enquanto os editores aguardavam fotos e reportagens em andamento.
  Em "O dia em que ganhei na loteria", Cony conta um desses "causos".
Leia a crônica, transcrita da Folha de São Paulo (13/01/2012)
Carlos Heitor Cony
"O dia em que ganhei na loteria"
"Em crônica da semana passada ("Previsões"), contei como conseguira prever a eleição do cardeal Albino Luciani para a sucessão do papa Paulo 6º. Um acaso: precisava encher de fotos seis páginas da revista Manchete, a mídia mundial apontara seus favoritos e, como editor da matéria, eu tinha de dar destaque a um dos "papali" e fechei em cima do então patriarca de Veneza, que ninguém mencionara e que viria a ser João Paulo 1º. Nenhuma sabedoria especial e muito menos nenhuma inspiração do Espírito Santo, que, segundo a tradição, ilumina os cardeais eleitores. Mas, na mesma crônica, fiz questão de confessar que nem sequer acertava no bicho que um contínuo da Redação recolhia todos os dias -ele ganhava comissão de um bicheiro que fazia ponto num botequim da praia do Russel. Acontece que um colega daquele tempo me telefonou lembrando uma "previsão" que eu havia feito e dera certo. Foi no dia em que ganhei na Loteria Esportiva, que estava em seus começos, ali pela altura do 10º ou 11º concurso. Naquela segunda-feira, eu precisava ir ao Galeão apanhar minha filha que vinha de Roma. Acordei muito cedo e, ao sair da minha garagem, vi no edifício ao lado um ponto que naquele momento recebia os novos cartões. Uma camionete da Caixa Econômica estava fazendo a entrega dos talões para o próximo concurso. Eu pedi um cartão e fui para o Galeão, mais tarde para a Redação. Escolhi um canto e marquei no meu cartão os jogos da semana entrante. Mas, como tinha o resultado dos jogos da véspera, marquei os furinhos respectivos do talão anterior. Bem verdade que, encimando a tabela, havia a indicação do concurso, que era, como já disse, o 10º ou o 11º. Com displicência, joguei o meu cartão na roda que se formara no oitavo andar, onde o Alberto Carvalho, o Muggiati, o Zé Esmeraldo e o Ivan Alves estavam conferindo os cartões da turma. Fui para o sexto andar abrir a minha Redação e esperei pelos acontecimentos. Cinco minutos depois, lívidos, engasgados de emoção, alguns colegas estavam à minha frente, afônicos, olhando-me com o respeito com que se olha o Taj Mahal ou a "Pietà" de Michelangelo.
Eu fizera os 13 pontos. Ninguém se interessou em ver a indicação de que o talão era dos jogos da véspera. Simplesmente verificavam os meus furinhos que coincidiam com os resultados verdadeiros. Falando por todos, quem me deu a notícia foi o Roberto Muggiati. Eu estava milionário. Segundo o rádio que estava ligado, eu fora o único a acertar os 13 pontos. Recebi com humildade os cumprimentos, gente de todos os andares apareceu para me dar tapinhas nas costas, o próprio Adolpho Bloch, que ainda trabalhava na Frei Caneca, me deu os parabéns, achou justo o resultado e perguntou se eu podia ajudar no pagamento da próxima folha. Era início de mês e, como sempre, ele estava em "dificuldades".
Nisso, o rádio deu uma notícia que me destroçou. Uma velha de Niterói estava vindo de barca; ela também fizera os 13 pontos e vinha receber a bolada.
Confesso que odiei a velha, pedi ao Todo-Poderoso que a barca afundasse, não iria dividir meus milhões -e, ao mesmo tempo, a portaria avisou a minha secretária de que o pessoal de rádio, TV e imprensa estava querendo subir para me entrevistar. Naquele tempo, os ganhadores da Loteria Esportiva viravam celebridades fulminantes.
Além de milionário, eu me transformara numa celebridade.Vendo o negócio tomar uma proporção inesperada, chamei o Muggiati a um canto e pedi que ele verificasse o talão, que só seria válido para a nova semana. E que me poupasse o vexame de confessar a minha fraude. Na verdade, eu estava inocente, ao menos naquele lance. A afobação fora dos outros. Durante o tempo em que durou o equívoco, eu ficara calado, modesto, dando a entender que estava envergonhado da sorte. O Magalhães Jr. veio me perguntar o que eu faria com tanto dinheiro. Ele acabara de escrever uma comédia para a companhia da Alda Garrido, a produção estava sem patrocínio. Uma estagiária cuja matéria eu recusara há tempos aproximou-se e declarou que a minha vitória era a maior injustiça do destino."

O outro lado: a imprensa combate mesmo a corrupção?

Para escapar do "pensamento único", um artigo bom para ser lido nesse fim de semana. Está no Observatório da Imprensa. O autor é Daniel Gorte-Dalmoro
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Entidades Afro-Brasileiras ganham direito de resposta contra reportagem da rede evangélica TV Record

O Ministério Público Federal autorizou entidades afro-brasileiras a produzirem um vídeo com direito de resposta a uma reportagem da rede evangélica TV Record. Em ação contra reportagem discriminatória das religiões afro-brasileiras, o  Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB), obtiveram, em nome da liberdade de crença e dos respeito a todas as religiões, a oportunidade de rebater a pregação preconceituosa.
VEJA O VÍDEO. CLIQUE AQUI

A liberdade da prática religiosa não significa fé na ilegalidade nem transformar a vida dos outros em um inferno...

Maas parece que é esse o entendimendo de quem autorizou o megatemplo à margem da Dutra. Os cidadãos que usam a via que se danem. Reprodução da Folha on Line. Desse jeito, os fiéis aí não vão pro céu...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Já viu Hitler pêdavida com "Ai, se eu te pego", de Michel Teló?

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Globeleza chegou. Vinheta da carnaval da Globo entra no ar neste domingo

Alinne Prado, a Globeleza. Foto Estevam Avellar/TV Globo/Divulgação


Alinne Prado, a Globeleza. Foto de Estevam Avellar/TV Globo/Divulgação

por Omelete
Alinne Prado, a Globeleza, estreia neste domingo, 15. Só a pintura no corpo levou 18 horas pra ficar pronta. Já as curvas da mulata foram desenhadas há 25 anos, idade da estrela do carnaval da Globo.

Dilma e a espada: foto premiada na Espanha

Reprodução site Wordpress
por Gonça
O repórter fotográfico Wilton Junior, do Estadão, ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha, na categoria ‘Fotografia’. A foto vencedora, clicada durante entrega de espadins a cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro, mostra a presidente Dilma Rousseff curvando-se diante da tropa. A espada de um dos cadetes, em segundo plano, cria um efeito especialíssimo. Vivemos tempos democráticos, o Exército não ameaça a liberdade duramente conquistada após a longa e sangrenta ditadura militar que o Brasil viveu, mas a imagem da ex-guerrilheira que foi torturada por oficiais e virou presidente é forte e simbólica.  

Dublagem: uma tragédia vocal

deBarros
Em São Paulo, um esperto criou uma escola de dublagem. Por determinada quantia em poucos meses a sua escola forma dubladores para os filmes internacionais. Diante disso entendo porque os filmes que venho assistindo, ultimamente,  na televisão, têm sido por demais frustrantes. O brasileiro, de um modo geral, não tem boa dicção, e o que se tenta ouvir nos filmes dublados são palavras que não se completam. Frases que começam forte e mal terminam sem se entender o que artista quis dizer. Uma tragédia sonora. A arte de representar não se limita apenas à expressão corporal. A força do personagem representado, a força da emoção que o ator quer exprimir está muito na voz, no tom da emoção sentida no momento pelo personagem na ação daquela cena. Ora, isso nenhum dublador, mesmo que já seja uma artista consagrado de teatro, cinema vai conseguir exprimir e muito menos dubladores formados em escolhinhas criados unicamente movidas pelo ganho do dinheiro. Os artistas, quando vão representar uma história ou no teatro ou no cinema, criam um personagem que coincida o melhor com o enredo do drama, ou comédia ou mesmo tragicomédia. E isso é muito pessoal. Se vocês viram – o que não acredito    o filme do "Corcunda de Notre Dame", romance de Victor Hugo, com Charles Laughton, interpretando esse mesmo corcunda, ou Charles Laughton no papel do Inspetor Javert, no filme ”Os Miseráveis”, também de Victor Hugo, iriam entender o que é um artista criando e interpretando um personagem num filme ou mesmo num teatro. O que estão fazendo é um crime com a arte de representar de artista maravilhosos que estudam, fazem laboratórios – na gíria muito especial deles – para criarem os seus personagens. Parem com isso. A dublagem não vai fazer de um dublador um artista.

Deu na Folha...