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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Na TIME, ideias para o futuro do planeta



por José Esmeraldo Gonçalves

A capa da Time dessa semana é sobre o planeta e seu destino. A mudança climática não é mais projeção dos cientistas, é realidade diária em muitas regiões. A matéria da revista focaliza os empresários que buscam transformar iniciativas ecológicas em negócios sustentáveis. Talvez por esse caminho - o do empreendimento ecológico - a preservação ambiental se transforme em business e finalmente motive empresas em todo o mundo. Por enquanto, fábricas, agronegócio, emissão de gases, combustíveis fósseis, a ainda não obrigatória logística reversa de  retornos de embalagens, madeireiras, mineração predatória e tantas outras atividades estão destruindo o planeta em hipervelocidadde. 

Ao mesmo tempo, não são poucas as empresas que começam a adotar a ESG (Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G) levadas pela conscientização crescente dos consumidores. 

Em 30 anos, ativistas, cientistas e políticos levaram a crise do clima para a agenda global e indicaram que os governos deveriam ficar à frente da transição. Seria o mundo ideal. Ocorre que as tentativas de combater a degradação climática falharam. Lobbies poderosos costmum agir sobre presidentes e legislativos e bloqueim leis inovadoras. Nos Estados Unidos, Bill Clinton e Barack Obama acumularam derrotas no Congresso. Lá, Donald Trump foi um retrocesso no setor, como Bolsonaro é aqui. 

O facho de luz que atravessa as pesadas nuvens de poluição começa a vir de executivos e investidores que enxergam, segundo a Time, "a ameaça que a mudança climática representa para seus negócios e, por isso, estão abertos a trabalhar para lidar com suas causas". A cada dia que passa, fica mais claro que não haverá outra opção. As péssimas surpresas do clima já estão aí e, em apenas dez ou 20 anos mostrarão efeitos ainda mais dramáticos, mas se não tempo ha esperanças. Leia esse trecho da reportagem da revista aemricana. 

"Apenas 100 empresas globais foram responsáveis ​​por 71% das emissões mundiais de gases de efeito estufa nas últimas três décadas, de acordo com dados do CDP, uma organização sem fins lucrativos que acompanha a divulgação climática. Pressionar o setor privado já está mostrando dividendos. No outono passado, mais de 1.000 empresas que valem coletivamente cerca de US$ 23 trilhões estabeleceram metas de redução de emissões que se alinham com o Acordo de Paris".

Al Gore, ex-vice presidente dos EUA, Prêmio Nobel da Paz pelo sua luta ambientalista, vê boas perspectivas  “Estamos nos estágios iniciais de uma revolução de sustentabilidade que tem a magnitude e a escala da Revolução Industrial”, diz. “Em todos os setores da economia, as empresas estão competindo vigorosamente para eliminar o desperdício desnecessário para se tornarem radicalmente mais eficientes em termos energéticos e se concentrarem na redução acentuada de suas emissões.”

Como diz Al Gore, o mundo precisa de um revolução de sustentabilidade com a magnitude e a escala da Revolução Industrial”.