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terça-feira, 5 de abril de 2016

Viu isso? Bizarro. Faculdade de Direito da USP vive noite de pastor Jim Jones. Advogada que assina o pedido de impeachment dá a impressão de que queimou a placa-mãe durante discurso a favor do golpe



por Flavio Sépia
Acho positivo que, no meio da atual crise, o Brasil esteja se revelando: a direita saiu do armário, a esquerda busca a identidade perdida, o centro anda meio sumido. Tudo fica mais claro quando posições são assumidas e não confortavelmente dissimuladas. Mas o campo está minado e cheio de armadilhas. Quer ver uma? Há intelectuais e artistas, por exemplo, que admitem ir a manifestações a favor do golpe mas se preocupam em passar a mensagem de que não são de direita, não apoiam o Bolsonaro, não pedem a volta da ditadura. Ok, registramos a ressalva.

Mas eles devem concordar que se engrossam a multidão, estão na mesma trincheira do Bolsonano, do Marcos Feliciano, do Cunha, do Temer.

Bom, a turma do golpe agora ganha mais uma figura exótica. A advogada Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment, fez um discurso na histórica Faculdade de Direito, em São Paulo. É punk. O vídeo está viralizando na internet. Tirem as crianças da sala. É espantoso. Na minha cabeça, imaginei algo como um pastor Jim Jones apoplético e apocalíptico falando aos seus seguidores pouco antes de ordenar um suicídio coletivo na Guiana, há algumas décadas.

Janaína teve uma espécie de furor que a ciência define como messiânico. Não dá para saber o que é mais bizarro, se o discurso ou o aplauso do "pastor assistente" Hélio Bicudo.

Se o impeachment precisava de uma musa, Taí a moça.
Veja o vídeo do discurso. Clique AQUI.


SE PREFERIR, NA INTERNET CIRCULA UM VÍDEO DA JANAÍNA EM COVER DO IRON MAIDEN, CLIQUE AQUI