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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Jornalismo de "motociata". Mídia não associa Bolsonaro e Paulo Guedes ao desastre econômico.

Reprodução Twitter

Comentaristas de economia, economistas selecionados pelos canais e o governo que a mídia neoliberal ajudou a eleger dão a impressão de que se reúnem semanalmente antes de uma dessas motociatas para ensaiar o discurso e sincronizar as idéias. Segundo eles, pela ordem, crise política, escassez de chuvas, pandemia e, agora, Ucrânia X Rússia, são responsáveis por tudo o que acontece  no bolso roto dos brasileiros. Colunistas conseguem escrever artigos inteiros sobre o desastre sem citar uma só vez os nomes de Bolsonaro e Paulo Guedes. Omitem sistematicamente que a maioria dos países, inclusive vizinhos, estão se saindo melhor diante dos efeitos internacionais. Isso não e jornalismo, é linha auxiliar do marketng eleitoral da chamada terceira via onde todos os nomes cogitados são ex-bolsonaristas ou deram sua contribuição para para levá-lo ao Planalto. Não por a acaso eles também não ligam Bolsonaro ao caos econômico e poupam o Guedes. Um deles, despeja estatísticas, diz que tem está tudo errado mas não liga o c* com as calças e não dá os nomes de quemevacuou no país.


sábado, 11 de janeiro de 2020

A mídia neoliberal e o jornalismo de mercado na ilha da fantasia





por Flávio Sépia

Em relação ao governo Bolsonaro, a mídia neoliberal tem, como se vê, duas linhas claras; apoia ferozmente a política econômica, o ajuste fiscal selvagem, os cortes de programas sociais e a supressão de direitos trabalhistas, previdenciários etc, e reserva algum espaço para críticas nos campos ambientais, de educação, política externa e temas de comportamento.

No fim de dezembro, essa mídia exaltou um suposta recuperação da economia, saudou previsões do mercado e passou dias soltando fogos de artifício editoriais a estatísticas, inclusive uma sobre aumento de vendas do comércio no fim de ano que se revelou inconsistente.

Foram os efeitos do espírito de Natal, dos fogos de artifício e do espumante?

O ano virou e a realidade veio à superfície. Inflação acima da meta, ao contrário do que os jornalistas e colunistas de mercado festejaram, queda brusca da produção industrial, explosão do endividamento das famílias, aumentos de produtos, serviços e alimentos, além de queda das exportações e uso das reservas estratégicas em dólar, o que significa começas a queimar o colchão que evita o caos nas contas.

Se no dia da divulgação desses números desfavoráveis a abordagem foi discreta, hoje o assunto praticamente sumiu das primeiras páginas. A exceção é a Folha que, mesmo assim, atribuiu as nuvens negras que jogaram água no chope neoliberal apenas à carne.

A ilha da fantasia começou o ano sob terremoto.