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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Pandora Papers: o paraíso fiscal saúda a imprensa, pede passagem e sai de fininho

Cadê o escândalo que estava aqui? Sumiu. 

Os documentos obtidos pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês), sediado em Washington D.C., nos Estados Unidos, alimentaram os chamados Pandora Papers. Mais de 600 jornalistas de 149 veículos de 117 países mergulharam nas águas turvas dos paraísos fiscais. No Brasil, você leu sobre isso no Poder360, que faz parte da investigação e revelou as contas offshores de empresários e autoridades, entre as quais o ministro da Economia Paulo Guedes. Os principais jornais do mundo integraram o consórcio que levantou as lebres fiscais. Nenhum do Brasil. The Washington Post, BBC, Radio France,  Die Zeit e a TV NHK, entre outros veículo questionaram suas autoridades e elites financeiras sobre a prática que, apesar do sol do Caribe, tem zonas de sombra.

Você deve terreparado que a grande mídia brasileira inicialmente ignorou o assunto. Deu um pouco mais de relevância dois ou três dias depois da revelação do Poder 360, mas aí com a conveniência, para eles, de destacar a defesa de Paulo Guedes. Mesmo assim, o assunto durou pouco nos véiculos dos grandes grupos. Lá fora, resultou até em demissões importantes de envolvidos. O ministro da Indústria da Espanha pediu o boné. O presidente de um banco austríaco saiu de fininho. o primeir-minostro da Islândia entregou o cargo.  No Brasil, se não acabou em pizza, foi saboreado com peixe crioulo, patacones e mojitos típicos do Caribe.

A falta de atenção da mídia conservadora aos Pandora Papers envolve uma curiosa coincidência: milhões de dólares de empresários do setor de comunicação estão hospedados nos paraísos fiscais onde curtem a dolce vita da desvalorização do real. Cada vez que a moeda brasileira desce a ladeira a fortuna de Paulo Guedes e dos donos da mídia citados pela investigação jornalística escalam o borderô offshore. 

Observem que aqui ou em qualquer país um ministro da Economia e a imprensa têm o poder intencional ou não de fazer oscilar o dólar. Um fala, a outra repercute. Revelações ou comentários em um dia e eventuais desmentidos 24 horas depois - e isso acontece com certa frequência - dão um sacode no dólar pra cima, pra baixo, pros lados, não importa. Digamos que um sortudo adivinhe essa gangorra e faça seu jogo no mercado com base, digamos de novo, na intuição. Vai se dar bem e comemorar nas redes sociais: "papai tá on", dirá. 

O nome disso é felicidade.  

Leia no Poder 360 a matéria sobre os barões de mídia no off shore. AQUI

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Com Macri, Argentina passou de "Cambiemos" para "Jodemos"


Sem destaque, O Globo informa que a dívida argentina aumentou em cerca de US$100 bilhões desde dezembro de 2015, quando o neoliberal Maurício Macri entrou na Casa Rosada para impor na economia uma receita selvagem de centro-direita. Essa que candidatos brasileños querem copiar e agravar, dando sequência ao desmonte social implementado por Temer.

Os hermanos tiveram que se pendurar no FMI. O Banco Central deles já elevou os juros para 60%. A taxa de desemprego estava em pouco mais de 6% e já passou de 9%, em julho, com o ascensorista dizendo "subiiinnnndo"!

Macri se apresentou como o gestor que levaria a Argentina ao primeiro mundo. Conseguiu. Hoje, o hermano vai para a padaria levando uma maço de pesos e no caminho acessa a cotação do dólar para saber qual foi o aumento do dia do pan con mantequilla

O Mauricinho tinha tietes empolgados no Brasil, do mercado financeiro especulativo aos tiozões e tiazinhas colunistas de economia da mídia dominante. Era uma espécie de 'Justin Bieber' deles, que idolatravam o empresário como protetor de tela dos seus smartphones. Estão inconsoláveis.

Macri foi eleito por uma coligação chamada "Cambiemos'. Já mudou para nos "Jodemos".