O post que precede este - sobre as capas-meme da Manchete - repercutiu entre colegas jornalistas.
Roberto Muggiati, ex-diretor da revista, nos enviou uma matéria da "Comunicação", publicação que analisava e debatia os rumos do nosso ofício hoje em tempos de aceleradas transformações.
O texto do Muggiati aborda exatamente a chamada gênese das capas da Manchete, como nasciam, que tipo de influências sofriam nos bastidores etc.
Muggiati atravessou três décadas dirigindo a Manchete. Ressalte-se que, em 1952, ano das tais capas-memes do post anterior, ele ainda estava em Curitiba, sua terra natal, sem desconfiar que o futuro lhe reservara um caldeirão em forma de "L": a mesa desafiadora, muitas vezes gratificante, muitas vezes frustrante, de editor-chefe do carro-chefe da Bloch.
"Manchete criou muita coisa. Um bom meme, lembro, é a capa de quando fomos eliminados na Copa de 1974, simplesmente copiamos a capa do técnico alemão na Stern e adaptamos para o Zagalo.
Em abril de 1990, a pedido do Alfredo Pessoa, fiz um texto sobre a escolha de capa na Manchete" - recorda Muggiati. A matéria para a Revista Comunicação, por sua vez, rendeu capa. "Era o paleontólogo Richard Leakey ao lado de um suposto hominídeo. E muita gente achou que o "homo habilias" era real e não uma produção".
É o que mostra a matéria abaixo: "Capa de revista: o momento da decisão".
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