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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Comissária de companhia aérea censura decote de modelo. Caso levanta discussão sobre código "talibã" de vestimenta em voos

Comissária não gostou do decote e da barriga de fora da modelo Isabelle Eleonore, disse que ela não podia viajar de "biquíni" e mandou que se cobrisse.



A modelo denunciou o caso nas redes sociais.

"Aposto que seu eu tivesse seios menores ela não teria dito nada", disse, referindo-se à comissária. A companhia aérea pediu desculpas e afirmou que a tripulante errou. 
As fotos são reproduções do Instagram.  

por Jean-Paul Lagarride 

A tripulação de um avião de passageiros tem prerrogativas legais para tomar providências sempre que considerar que um usuário poderá colocar em risco a segurança do voo. O comandante detém a palavra final nessas avaliações. Desde que esses poderes foram ampliados a partir do ataque de terroristas islâmicos às Torres Gêmeas, alguns incidentes têm ocorrido, geralmente por excesso de zelo ou preconceito. 

Ultimamente, alguns tripulantes, por questões de moralismo e talvez até de fundamentalismo religioso, passaram a se preocupar com as roupas das mulheres que sobem a bordo. Jovens de shorts, saias curtas ou decotes têm sido obrigadas a trocar de roupa e cobrir-se ou não embarcam. Já aconteceu nos Estados Unidos e, dessa vez, o código de vestimenta foi imposto na Austrália. A modelo Isabelle Eleanore contou estava usando um top curtinho com alças e decote quando a comissária da Jetstar, em voo de Gold Coast para Melbourne, no domingo passado, avisou que ela não poderia viajar usando um "biquíni".  Não adiantou argumentar que a peça era um top. A tripulante trouxe-lhe um colete e mandou que o vestisse. 

Eleanore denunciou o caso e o constrangimento nas redes sociais. O jornal The Sun publicou sua história. A companhia aérea pediu desculpas. Alegou que a comissária errou e que as normas da Jetstar vetam só roupas que exibam imagens que possam ser consideradas ofensivas. 

No Instagram, ela comentou: "Aposto que seu eu tivesse seios menores ela não teria dito nada".