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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Diz aí que mensagem de boas-vindas de congresso internacional, que fala em Rio, "caipirinhas e piranhas", fez participantes do evento encerrarem os trabalhos mais cedo... #partiunoitecarioca

por Omelete
Puro preconceito. Na mensagem de boas-vindas aos participantes do Congresso Mundial da AIPP (International Association for the Protection of Intellectual Property), que acaba hoje, no Rio, o presidente da entidade, o chileno Felipe Claro, destacou como atração as "piranhas e as caipirinhas" do Rio. Teve gente que se ofendeu. E daí? Começa que piranha é atividade reconhecida, como qualquer trabalho, inclusive o do sr. Felipe Claro, e, no Brasil, não é crime.
Reprodução
Caipirinha, nem se fala, é internacionalmente aplaudida. E se foi um ato falho? Valeu a intenção. Dizem que foi um erro de digitação (na verdade, ele queria dizer picanha) que incomodou aos senhores e senhoras participantes do congresso. Há quem diga também que havia congressista doido para encerrar os trabalhos e conferir a dobradinha que a mensagem destacou. Vamos aos fatos: a AIPP é um instituição corporativa que defende patentes (no Brasil, tem uma forte bancada no Congresso). Isso também não é crime. Defende a propriedade intelectual e se incomodaria com coisas como Marco Civil da Internet, remédios genéricos, ou quebra de patentes que países do Terceiro Mundo promovem - quebra que é válida e humanitária - para atender populações carentes em situações críticas. Vá lá, também está no seu direito. Assim como seria de direito alguém consultar as piranhas para saber se gostaram de ter o nome associado ao tal congresso... Elas também têm direitos autorais. "Seu Manuel, desce mais uma caipirinha!".