por Eli Halfoun
Autores de teledramaturgia vivem repetindo que novelas são obras de ficção e, portanto, a imaginação pode fluir livre, leve e solta, o que acontece com situações consideradas absurdas, se bem que a realidade muitas vezes é bem mais cruel e inacreditável do que a ficção. O telespectador aceita, mas reclama do excesso de situações sem qualquer explicação ou sentido. Talvez por isso a imaginação do público seja muito mais ágil e absurda do que a dos autores: nos últimos dias ouvi de pelo menos três (boatos correm como praga) assíduas espectadoras da novela a mais inacreditável versão sobre a morte do personagem Totó (Tony Ramos) em “Passione”. O que essas espectadoras achem é que Totó não morreu coisa nenhuma: está vivinho da silva e se fez de morto para assim descobrir toda a verdade sobre os assassinatos. Para quem argumenta que as cenas dos tiros assim como a do enterro foram exibidas a resposta da imaginação é imediata e com um argumento interrogativo: todo mundo viu os tiros e o enterro, mas quem viu o corpo no caixão? O público tem o direito de imaginar o que bem entender, mas sem esquecer que esse excesso de imaginação permite que os autores também busquem o que de mais absurdo possa ser inventado para suas obras de ficção. Afinal, novelas são uma mentira em capítulos. Muitas vezes a televisão também.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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domingo, 2 de janeiro de 2011
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
“Passione” não livra a cara nem do “mocinho”: Totó será assassinado
por Eli Halfoun
Se for confirmada a notícia de que Totó (Tony Ramos) será assassinado por Clara (Mariana Ximenes) em capítulo que “Passione” exibirá na próxima segunda-feira, o autor Silvio de Abreu termina o ano como um novelista pioneiro e corajoso: o primeiro a matar o principal personagem masculino da novela ou, como preferem alguns, o ”mocinho da novela”. A morte de Totó, o homem bom que todas as mulheres certamente querem, desagradará o público, mas Abreu sabe que na vida real os bonzinhos também saem de cena muitas vezes de maneira trágica e inesperada e, portanto, não estará mostrando na novela nada que a vida não mostre. A possível morte de Totó muda outro conceito em novelas: de que o protagonista tem emprego garantido até o final sempre feliz porque jamais são assassinados, mesmo depois de enfrentar mil e um problemas, especialmente afetivos. “Passione” é um novo capítulo da história de Silvio de Abreu como novelista: a trama esteve repleta todo o tempo de mistérios e pela primeira vez personagens importantes saíram de cena inesperadamente. Abreu tem poucos capítulos para sair do emaranhado de mistérios com os quais tentou (e conseguiu) amarrar o público. Precisa revelar quem é (ou são) os assassinos de Gouvêa (Mauro Mendonça) e de Saulo (Werner Schunemman) e precisa encontrar uma punição para Clara - a não ser que como acontece frequentemente na vida real, a vilã fique impune. Mesmo sem estar envolvida (e garantida)r com política.
Como será a morte de Totó
O autor Silvio de Abreu não confirma, mas nos bastidores a cena da morte de Totó não é nenhum mistério: o que se diz é que Diogo invadirá ao apartamento de Totó como se fosse um assalto e fará Clara como refém. Com a reação de Totó a arma disparará das mãos de Clara e a única dúvida será se disparou acidentalmente ou se Clara puxou o gatilho propositalmente. (Foto: TV Globo/Divulgação)
Se for confirmada a notícia de que Totó (Tony Ramos) será assassinado por Clara (Mariana Ximenes) em capítulo que “Passione” exibirá na próxima segunda-feira, o autor Silvio de Abreu termina o ano como um novelista pioneiro e corajoso: o primeiro a matar o principal personagem masculino da novela ou, como preferem alguns, o ”mocinho da novela”. A morte de Totó, o homem bom que todas as mulheres certamente querem, desagradará o público, mas Abreu sabe que na vida real os bonzinhos também saem de cena muitas vezes de maneira trágica e inesperada e, portanto, não estará mostrando na novela nada que a vida não mostre. A possível morte de Totó muda outro conceito em novelas: de que o protagonista tem emprego garantido até o final sempre feliz porque jamais são assassinados, mesmo depois de enfrentar mil e um problemas, especialmente afetivos. “Passione” é um novo capítulo da história de Silvio de Abreu como novelista: a trama esteve repleta todo o tempo de mistérios e pela primeira vez personagens importantes saíram de cena inesperadamente. Abreu tem poucos capítulos para sair do emaranhado de mistérios com os quais tentou (e conseguiu) amarrar o público. Precisa revelar quem é (ou são) os assassinos de Gouvêa (Mauro Mendonça) e de Saulo (Werner Schunemman) e precisa encontrar uma punição para Clara - a não ser que como acontece frequentemente na vida real, a vilã fique impune. Mesmo sem estar envolvida (e garantida)r com política.
Como será a morte de Totó
O autor Silvio de Abreu não confirma, mas nos bastidores a cena da morte de Totó não é nenhum mistério: o que se diz é que Diogo invadirá ao apartamento de Totó como se fosse um assalto e fará Clara como refém. Com a reação de Totó a arma disparará das mãos de Clara e a única dúvida será se disparou acidentalmente ou se Clara puxou o gatilho propositalmente. (Foto: TV Globo/Divulgação)
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