Zeca Pagodinho, que já foi a estrela de uma série de comerciais para a Brahma, era um dos convidados do Bar Brahma, no sambódromo de São Paulo.
Celebridades costumam faturar nesse tipo de evento. É a famosa "presença vip". Mas não deve ser fácil. A atividade tem uma dose de insalubridade. Os cachês são bons, - segundo uma promoter carioca - mas o "famoso" precisa de uma certa paciência para atender a vovó, a filha, a mulher e a titia do patrocinador, além de convidados deslumbrados por estar dividindo o mesmo espaço com estrelas da TV, da música ou do esporte.
Políticos costumam cair nesses ambientes como mosquitos da dengue em caixas d'água sem tampa. Zeca Pagodinho acabou vítima dessa epidemia que se agrava em ano de eleição. O Bar Brahma fica ao lado do camarote oficial da prefeitura de SP. Daí, o dono do Bar quis fazer sua média e foi lá buscar o prefeito João Dória para posar para uma foto ao lado de Zeca. A cena viralizou nas redes sociais e na mídia. Ninguém perguntou ao Zeca se ele toparia posar ao lado do prefeito. Deu-se o assédio imoral. Zeca foi constrangido a posar para uma foto que teve o objetivo de óbvia intenção de divulgação política. A colunista Monica Bergamo conta em nota, hoje, que estava lá e é testemunha de que Zeca não se negou a posar. Parece óbvio, já que a foto é verdadeira e o cantor não está algemado. A imagem, contudo, mostra que ele não está nada à vontade, de braços estendidos evitando o abraço de jacaré. Zeca não deve ter achado o episódio nem um pouco engraçado. Mas as redes sociais se divertiram ironizando a cena.