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terça-feira, 4 de março de 2014

Carnaval 2014, a foto que fica: O Simpatia ocupa a Vieira Souto

Entre os blocos de enredo, pura tradição carioca, o Simpatia Quase Amor é o que atrai mais foliões. A Vieira Souto ocupada por um tsunami de animação impressiona. No desfile do último domingo, foram 150 mil pessoas. A foto é de Raphel Dias para Riotur/Divulgação

sábado, 22 de fevereiro de 2014

E o Simpatia 2014 saiu em Ipanema para comemorar 30 anos...



Em 1984, o Simpatia saiu pela primeira vez. Uma Kombi cedida pelas Casas da Banha puxava o bloco de 150 pessoas. Neste carnaval de 2014, 30 anos depois, o Simpatia "recriou" a Kombi histórica.


Os tradicionais estandartes e a inevitável referência ao tapetão recorrente do Flu. 

As Diretas Já estão no DNA do Simpatia. O bloco nasceu  para brincar mas sem perder a noção de cidadania jamais. Naquele ano, os brasileiros lutavam pela democracia. Sem black bloc. Até hoje, antes de entrar na avenida, a bateria toca no ritmo do Hino Nacional. Patriotada? Nada disso. Só para mostrar que o país é nosso, não dos corruptos de todos os partidos. Carnaval é alegria mas ninguém precisa ser alienado na folia.

Os Dois Irmãos citados no samba do Simpatia. Um privilégio? Claro, só que aberto a cariocas do Rio e cariocas de todo o mundo. O Simpatia não tem cordinha (só a que defende a bateria), nem abadá, nem área vip. Mas tem drone (veículo aéreo para filmagem). Veja o objeto identificado à direita da luminária do poste.
Maria Alice Mariano e Jussara Razzé, jornalistas ex-Manchete no balanço da Vieira Souto, em primeiro plano. Um detalhe referente ao "universo" deste blog: um dos fundadores do Simpatia é Henrique Brandão, filho de Darwin Brandão, repórter que fez história na Manchete e jornais cariocas e que foi um dos fundadores da Banda de Ipanema.

A turma do gargarejo vê o Simpatia passar na Vieira Souto
Ipanema de todas as idades.
.Amarelo e lilás, cores do Simpatia, no céu azul de Ipanema.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Alô, Zeca Pagodinho! O Carnaval acabou?

Simpatia, 2013. Reprdução do Globo. Foto Fernando Maia/Riotur
por José Esmeraldo Gonçalves
Frases bombásticas quase nunca dão muito certo. Especialmente as apocalípticas. Para ficar só no clima do carnaval, declarações como "O samba morreu"; "São Paulo é o túmulo do samba" foram desmentidas pelo tempo. Poucos dias antes da folia, Zeca Pagodinho, ele mesmo um dos responsáveis pelas sete vidas do samba, lançou mais um "dogma": "O carnaval acabou". Beleza. Só se acabou esse ano porque até o ano passado, Zeca estava animadíssimo no Camarote da Brahma, no Sambódromo. Agora em 2013, pelo que saiu nos jornais, ele não deu as caras na Sapucaí. Certamente não escaparia de repórteres em busca de explicação para a "frase-bomba". Vacilou, Zeca. O Carnaval não acabou, mudou. O Rio deu espetáculos impressionantes. E nem falo da beleza e grandiosidade das Escolas, mas da espontaneidade e alegria dos blocos. Houve problemas? Claro. Até na missa do Papa, com milhões de pessoas rezando, e não pulando, acontecem incidentes. Nos blocos, muita gente teve o celular roubado, apesar dos avisos dos organizadores (eu levei um celular mequetrefe, pré-pago, com poucos créditos. Não fui roubado. O ladrão deu sorte). Pode melhorar? Sempre. Mas o Rio recebeu mais de 1 milhão de turistas que somados a mais uns tantos milhões de cariocas foram às ruas e desde o fim de janeiro engrossaram uma incalculável multidão que se revezou em mais de trezentos blocos espalhados pela cidade.
O Globo de hoje publica uma foto de Fernando Maia, da Riotur, que dá a dimensão desse acontecimento. No seu segundo desfile, no último domingo, o Simpatia Quase Amor, bloco que nasceu pequeno porém decente no tempo das Diretas-Já, botou 120 mil pessoas na Vieira Souto. Eu e a Jussara, pela décima-sétima vez, estávamos lá. Podia ser melhor se fosse menor, como já foi, mas vai fazer o que? Impedir que novas gerações  - que estão até trazendo as fantasias de  volta às ruas - entrem no ritmo da bateria e cantem "Olha que coisa mais linda/Saindo da praça/É o Simpatia que vem e que passa (...)", do samba "Simpatia de Moraes", de Bil-Rait Buchecha, Guilherme Vargues, Manuela Trindade e Nina Rosa, em homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes?
Esquece, a rua é deles. Que tenham voltado para ficar. Salve, Simpatia!
Foto J.E.Gonçalves