por José Esmeraldo Gonçalves
O livro "Vaza Jato - Os Bastidores das Reportagens que Abalaram o Brasil", de Letícia Duarte (Mórula Editorial), revisita irregularidades da operação Lava Jato, de resto confirmadas em espantoso fluxo de mensagens, traz capítulos inéditos e revelações que atingem alguns jornalistas e veículos.
Na verdade, ficam expostos, como em uma fétida mesa de autópsia, as tripas de uns e outros e os desvios éticos que cometeram.
A jornalista Letícia Duarte entrevistou a equipe do Intercept Brasil, responsável pela série de reportagens sobre os delírios de poder da força-tarefa dos rapazes curitibanos, além de ouvir outras fontes.
São, contudo, duas reportagem inéditas que atingem do ponto de vista jornalístico algumas figuras da Rede Globo e revelam mensagens trocadas com os procuradores ou as conversas destes dando conta de aproximações, encontros, "consultorias" com os jornalistas. São citados João Roberto Marinho, um dos donos do grupo, Merval Pereira, colunista do Globo e comentarista da Rede Globo e Globo News e Wladimir Neto, este filho de Miriam Leitão, também funcionária dos Marinho. Cabia a Neto, segundo as mensagens, dar "orientações" ao procurador Deltan Dalagnol. Prestaria uma espécie de "consultoria" graciosa a uma suposta estratégia política e de mídia da força-tarefa paranaense. No mínimo, a coisa toda se configura como um caso de relações perigosas de jornalistas com as suas fontes.
O livro já está à venda no site da Mórula Editorial AQUI