por O. V. Pochê
Enquanto a tornozeleira era periciada, Bolsonaro confessou que meteu um ferro quente na peça. Simples curiosidade. Quando o meliante compareceu à audiência de custódia já estava cheio de novas versões e criatividade advocatícia. Disse o Bozo que teve um surto provocado por remédios, estava doidão, ouviu vozes vindo da tornozeleira, achou que era de um microfone espião.
Nada disso ele havia comentado diante da perita. Valeu a tentativa, mas as novas justificativas apresentadas não determinaram a soltura do presidiário. Quem sabe no decorrer da semana ele apresente novas hipóteses do tipo pensou que era o general Heleno telefonando, teve um pesadelo no qual era atropelado por uma motociata comandada por Moraes, em meio ao surto achou que Trump queria vê-lo na Casa Branca. Ok, o homem tem direito de defesa. Mas esse negócio de surto deveria ser investigado. E se Bolsonaro exerceu a Presidência fora de si? A PF podia abrir a operação Pirado no Planalto.