sábado, 31 de maio de 2025

PSG finalmente dono da Champions. Time francês dispensou os medalhões. Fica de olho, Ancelotti.



por Niko Bolontrin 

Quem diria: o PSG teve Messi, Neymar, Suarez... Mbappé e não conseguiu o maior título continental do futebol europeu: a Champions 

Hoje, a Inter de Milão teve seu dia de "7x1" já vivido pela seleção brasileira. Tomar de 5x0 do PSG faz a Inter cair ao nível do Brasil na vergonhosa derrota para a Alemanha em 2014. A Inter parece ter tomado Lexotan, mais ou menos como a apática seleção brasileira no Mineirão na fatídica Copa sediada pelo Brasil. Vale ressaltar uma curiosidade: o PSG investiu em estrelas durante mais de 15 anos. Ganhou nada.Teve chance de vencer uma Champions mas tomou uma virada vexatória. Nas últimas temporadas esqueceu os Neymar da vida e foi buscar novos talentos somados a jogadores experientes não mascarados. O resultado foi a taça na mão. Talvez esteja aí uma lição para a seleção brasileira. Te cuida, Ancelotti. Não entra na onda da mídia que valoriza jogador como influenciador e esquece da influência do verdadeiro craque de bola.



domingo, 25 de maio de 2025

Reborn no futebol

 

Circula na internet: nova definição para Neymar (Reprodução X)

Mídia Lôca...

 

Dilma Rousseff não sabia dessa. Segundo a Band News FM, ela acaba de ser anistiada por "crimes sofridos" durante a ditadura. A BandFM quer dizer, Dilma estava condenada por ter sido torturada? Eu, hein? (Ed Sá)

Sebastião Salgado(1944-2025): lentes da paixão







por José Esmeraldo Gonçalves

Sebastião Salgado foi colaborador da antiga Manchete. Dele, a revista publicou fotos memoráveis. Uma das reportagens históricas foi a que registrou o atentado ao presidente dos Estados Unidos Ronaldo Reagan, em 1981. Salgado estava em Washington para fazer uma matéria sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, por isso seguia a agenda do presidente. 

Fotos de ação, assim, do tipo relâmpago, talvez não formassem maioria nas pastas do seu arquivo, mas seu instinto era permanente tanto para captar a essência mais profunda do drama humano e os gritos de alerta do meio ambiente quanto o impacto do inesperado ou de acontecimentos marcantes, como a Revolução dos Cravos, que também registrou para veículos internacionais.  

Dizem que, no futebol, a bola procura o craque. no fotojornalismo, também

Sebastião Salgado faleceu aos 81 anos, em Paris, na última sexta-feira, 23, vítima de leucemia. 

A mídia reverenciou sua arte. Os povos da periferia do planeta perdem o guardião que lançava ao mundo, em forma de imagens, ecos de extrema e dramática resistência.





* Para ver o documentário  "Revelando Sebastião Salgado", clique no link abaixo.

https://youtu.be/kX52K-W5Fzc?si=a7ys-6ow_htIxJrB


 

"Mãe" leva bebê reborn para tomar vacina. Outra quer que o padre batize seu "filho" de silicone. E a saúde mental vai bem?

Bebê reborn anunciado na internet por 250 dólares. Reprodução


Há alternativas, digamos, mais instigantes do tipo "noiva cadáver", "serial killer baby" etc.


O Globo ouviu especialistas sobre a onda dos reborns


por José Esmeraldo Gonçalves 

As redes sociais - à parte a utilidade -  são também um lixão de inutilidades. Nas últimas semanas a internet foi contaminada por uma onda de bebês reborn. Algumas mulheres adultas tratam esses entes artificiais como se fossem reais. Tanto que "mamães" levaram seus bebês de silicone e vinil a postos de saúde pública. Algumas se revoltaram por não serem atendidas. Na Bahia, um padre se recusou a batizar um bizarro "filho" de uma genitora de reborns, mas não demora muito aposto que vão surgir religiosos que encontrarão na bíblia um motivo para sacramentar os borrachudos e faturar uma grana. 

Aliás, os bebês reborn são caros. No Mercado Livre, por exemplo, há espécimes que custam de R$3.500,00 a R$8.000,00. É coisa de gente abonada. Não se surpreenda, há quem os leve a sério. O Globo de hoje publica uma página que reúne psicanalista, psiquiatra e cientista social que debatem o fenômeno. A matéria deixa de lado as situações absurdas, como essa de levar o bebê de silicone ao posto de saúde para receber dose de vacina, e analisa supostos efeitos terapêuticos na coisa. O texto também critica haters que debocham da nova mania. A psiquiatra Roberta França, contudo, adverte, como o Globo revela: "A questão é quanto você transfere o lúdico para uma ideia de realidade". 

É o que parece acontecer diante de certas circunstâncias que os noticiários revelam. 

sábado, 17 de maio de 2025

Carlos Drummond de Andrade escreveu um poema para um fotógrafo que fez história na antiga Manchete e na Agência Magnum. Saiba quem...

 

Poema de Carlos Drummod de Andrade publicado em 30 de setembro de 1964 no Correio da Manaha.  Naqauela semana, o então fotógrafo da Manchete abria uma exposição no Rio de Janeiro visitada pelo poeta. No mesmo ano, Aécio foi para Paris, onde trabalhou na sucursal da revista. 

Alécio de Andrade no Museu do Louvre, em 1969. Foto: Acervo Alécio de Andrade


O que Alécio vê (Carlos Drummod de Andrade)

A voz lhe disse ( uma secreta voz):

– Vai, Alécio, ver.

Vê e reflete o visto, e todos captem

por seu olhar o sentimento das formas

que é o sentimento primeiro – e último – da vida.


E Alécio vai e vê

o natural das coisas e das gentes,

o dia, em sua novidade não sabida,

a inaugurar-se todas as manhãs,

o cão, o parque, o traço da passagem

das pessoas na rua, o idílio

jamais extinto sob as ideologias,

a graça umbilical do nu feminino,

conversas de café, imagens

de que a vida flui como o Sena ou o São Francisco

para depositar-se numa folha

sobre a pedra do cais

ou para sorrir nas telas clássicas de museu

que se sabem contempladas

pela tímida (ou arrogante) desinformação das visitas,

ou ainda

para dispersar-se e concentrar-se

no jogo eterno das crianças.

Ai, as crianças… Para elas,

há um mirante iluminado no olhar de Alécio

e sua objetiva.

(Mas a melhor objetiva não serão os olhos líricos de Alécio?)

Tudo se resume numa fonte

e nas três menininhas peladas que a contemplam,

soberba, risonha, puríssima foto-escultura de Alécio de Andrade,

hino matinal à criação

e a continuação do mundo em esperança.


P.S - Visite o site https://www.conexaoparis.com.br/alecio-de-andrade/

Na capa da Carta Capital: o adeus a Pepe Mujica

 


Mujica e Manuela, o reencontro final

Mujica e Manuela

por José Esmeraldo Gonçalves

Em geral, a repercussão da morte de José Mujica, descontada, provavelmente, a reação irada dos colunistas do ódio identificados com a extrema direita brasileira, foi fiel à sua trajetória. Mas há imprecisões bem-intencionadas: a mídia se apega a chavões. Um deles, o do "presidente pobre que dirigia um fusca e rejeitou palácios". Mujica repelia a suerficialidade do rótulo. "Dizem que sou um presidente pobre. Não, eu não sou um presidente pobre", corrigiu em entrevista à BBC. "Pobres são os que querem sempre mais, que não se satisfazem com nada. Esses são pobres, porque entram em uma corrida infinita. E não terão tempo suficiente na vida." 

Os principais veículos do mundo destacaram a vida política relevante e guerrilheira de Mojica. O Panis resume, aqui, um simples aspecto do seu jeito de ser. Uma cadelinha diz muito sobre o ex-presidente do Uruguai. O mundo não apenas sentirá falta do Pepe Mujica: o mundo precisa desesperadamente de um Mujica em cada esquina. Ele vivia na periferia de Montevidéu com a esposa, Lucía Topolansky, também ex-Tupamaro, e a cadela Manuela, que o acompanhou ao longo de 22 anos. Mujica pediu para ser enterrado junto à cachorrinha de estimação, de três patas (perdeu uma delas atropelada por um trator dirigido pelo próprio Mujica). Imagine-se a sua tristeza em dobro. Manuela sobrfe viveu até 2018.

Veja este vídeo. Clique AQUI 

sábado, 10 de maio de 2025

Ok, habemus papam. Mas você sabe o que é um papa? Carlos Heitor Cony explica


Para melhor nitidez, acesse o conteúdo da matéria do Cony Manchete na Biblioteca Nacional
https://memoria.bn.gov.br/DocReader/docreader.aspx?bib=004120&pasta=ano%20198&pesq=%22Carlos%20Heitor%20Cony%22&pagfis=194941




por José Esmeraldo Gonçalves 

1980. Em dias como esses de posse de um novo papa - agora Leão XIV - só se falava nisso no mundo. Talvez para muita gente a função principal do pontífice era aparecer em uma janela do Vaticano, dar a benção ao povo reunido na Praça de São Pedro ou embarcar no jato especial da Alitália e visitar alguns países. E, sim, celebrar a missa de Natal. 

Talvez por isso, Carlos Heitor Cony usou seu espaço de crônica na antiga revista Manchete para detalhar o expediente do papa que, aliás, mora no local do emprego. 

A propósito, a antiga Manchete manteve, desde que foi criada, em 1952, uma afinidade jornalística com o Vaticano. Ligação oportuna, aliás, já que, no jargão da redação, papa é bom de venda em bancas. 

São memoráveis - com destaque para a épica cobertura da visita de João Paulo II ao Brasil, que resultou em edições que alcançaram vendas astronômicas - as matérias de capa com a linha do tempo dos pontífices. Quando o nada carismático Bento XVI veio ao Brasil, a antiga Manchete já havia virado memória; Francisco, que visitou o Rio de Janeiro e levou mais gente do que Madonna e Lady Gaga à Praia de Copacabana também nao alcançou vivas as rotativas da antiga Manchete


Vale citar, também, como um inestimável produto jornalístico, a série "A História dos Papas" que o redator Flávio de Aquino escreveu para a antiga Manchete. Procure ler. O conteúdo da revista, como sabem, está digitalizado na Biblioteca Nacional. O mecanismo de busca do canal de periódicos da BN levará você facilmente aos textos e à pesquisa gigante do jornalista Flávio de Aquino.  

Quando Carlos Heitor Cony escreveu a crônica O Que é um Papa ao cinema não interessava o Vaticano como tema de grandes produções. O Google relaciona, se não todos, os principais filmes que desvendam os mistérios do Vaticano em documentários, séries ou ficções bem documentadas, hoje bem mais frequentes nas telas ou nos canais de streaming.  

Veja algumas produções marcantes. 

* João Paulo II (2005) - A vida de Karol Wojtyla.

* Anjos e Demônios (2009) - Do livro de Código Da Vinci, do escritor Dan Brown.

* Habemus Papam (2011) - Ambientado no clima de um conclave. 

* O Papa do Povo (2015) - Sobre a vida de Franciso antes do papado.

* The Young Pope (2016) - Série fictícia da HBO sobre um papa revolucionário.

* Dois Papas (2019) - A convivência de Franciso e o papa emérito Bento XVI.

* O Sequestro do Papa (2023) - Ficção.

* O Exorcista do Papa (2023) - Sobre acontecimentos reais em torno de um padre que era o exorcista oficial do Vaticano  

* Conclave (2024) - Sobre os bastidores políticos da escolha de um novo papa.



sexta-feira, 9 de maio de 2025

Congresso brasileiro sofre de obesidade mórbida

Câmara Federal cria mais vagas de deputados. Na linguagem popular, o nome disso aí é cabeçada sinistra. Foto: Reprodução You Tube


por José Esmeraldo Gonçalves 

O Congresso brasileiro tem uma doença que não é comum entre os países democráticos. De tempos em tempos suas (deles) excelências criam novas vagas de deputados. Nesse semana, enquanto a mídia se ocupava da eleição do papa, a Câmara dos Deputados aprovou a criação de vagas para novos legisladores.  

Os interesses por trás disso não têm nada a ver com as prioridades do Brasil. Sob o falso pretexto  de "melhorar" a representação" de alguns estados, os deputados favoráveis ao projeto objetivavam mesmo era criar cargos e mordomias em uma sequência nada virtuosa.. 

Nos países que têm legisladores sérios, a representatividade não depende de quantidade de parlamentares.  

Se o prédio idealizado por Oscar Niemeyer não cabe tantos deputados e falta espaço para gabinetes cheios de apadrinhados, não tem problemas, eles criam "puxadinhos". Nesse ritmo chegará o dia em que será necessário construir o Congresso 2 para caber tantas "excelências". No plenário projetado por Niemayer no fim da década de 1950,  cabem apenas 396 assentos. Por isso, em sessões concorridas o espaço é atolado por uma muvuca anárquica. 

E tem mais:  a cada vaga para novo deputado a engrossar certas bancadas de estados corresponde um arrastão de assessores abrigados em gabinetes, altos custos de planos de saúde para o parlamentar e sua família, dinheirinho para o combustível dos carrões oficiais, passagens aéreas 0800 e direito a emendas milionárias e nada transparentes que irrigam sabe-se lá quais projetos nos redutos das "excelências". 

É ou não é uma epidemia de obesidade mórbida e um cuspe na cara dos cidadãos que pagam os impostos que financiam essa orgia financeira?

O projeto aprovado na Câmara, que ainda passará  pelo Senado, aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. Suas excelências apontam que a lei obriga aumentar a representação dos Estados que registram aumento de população. Alegam que apenas cumprem a lei. "Menas" verdade, como diria o genial Odorico de Dias Gomes. Tanto que o projeto "anistia" malandramente as consequências de uma lei que optaram por anular: estados que de acordo com o Censo de 2022 tiveram diminuição  de população e, por isso, deveriam perder vagas, foram "perdoados". 

Outra consequência da jogada "izperta": como outra lei malandra determina que se a bancada de deputados federais de um estado aumentar, será turbinado proporcionalmente o número de deputados nas respectivas Assembléias Legislativa. 

Então é isso. Festa de arromba em cascata e com dinheiro público.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

O Brasil na 2ª Guerra: “Sacanagem do Tio Sam” • Por Roberto Muggiati


Cais do Porto do Rio de Janeiro. Primeiro escalão da FEB pouco antes do embarque para a Itáliaa em 28 de junho de 1944. Foto National Archives. 

A frase é de Getúlio Vargas, anunciando a entrada do país na luta contra as forças do Eixo: “ O Brasil acaba de fazer um grande negócio, troquei com os americanos a instalação da siderúrgica de Volta Redonda pelo envio de uma tropa simbólica para a Europa. Trabalhadores do Brasil! Tive que aceitar essa barganha do Presidente Roosevelt senão ele jura que afunda todos os nossos navios mercantes. Sacanagem do Tio Sam... Deus salve a América!”

A sacanagem não foi só do Tio Sam, mas também do Pai dos Trabalhadores, que mandou implacavelmente para a morte uma tropa nada “simbólica”, mas milhares de indivíduos de carne e osso que sucumbiram ao frio e às balas inimigas. Despreparados, sem treinamento e equipamento (fuzis obsoletos e uniformes de soldados mortos, cheios de furos de balas), aqueles brasileiros inocentes de classes sociais menos favorecidas, foram servir – para a dor e o desespero de suas famílias – como bucha de canhão para os americanos. É o que mostra esse documentário pungente e chocante, Rádio Auriverde (1990), de Sylvio Back, um de nossos cineastas mais polêmicos, que Panis Cum Ovum, autorizado pelo diretor, oferece aos seus leitores nos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

VEJA AQUI


domingo, 4 de maio de 2025

Trump revela sua mais nova bizarrice sexual

 


Trump travestido de papa. Imagem reproduzida do site oficial.da Casa Branca  


por Clara S. Britto

Donald Trump é tipo um moleque preconceituoso, arrogante e desrespeitoso diante de culturas e etnias que não sejam do seu esgoto autoritário e protofascista. 


Ao postar nas contas oficiais da Casa Branca uma imagem que incorpora digitalmente as vestes papais no dia da abertura do conclave para escolha do novo pontífice, ele propaga um deboche sobre os símbolos de milhões de católicos. 

O bullying criado pelo psicopata se soma a demostrações de desprezo por imigrantes, países e instituições multilaterais. 

Trump não é um case político, é uma doença mental em estágio galopante. Sabe-se que o atual presidente dos Estados Unidos têm um histórico de fantasias sexuais. Já vieram a público sinais do seu comportamento bizarro na cama. Talvez posar de papa seja uma dessas esquisitices.  Para um sujeito condenado por abuso sexual, nada é surpresa. 

Fixações à parte, o magnata está agindo para manipular a eleição do papa. A imagem pode revelar também que, se pudesse, o novo Pontífice seria ele mesmo. Na impossibilidade de isso acontecer, ele desfila travestido de branco papal na alcova da Casa Branca. Na plateia, Elon Musk em êxtase.