Canção de Roberto e Erasmo Carlos, "Mesmo que seja eu" ajudou muitos editores a titular matérias. Era um tal de "um carro pra chamar de seu", um loft pra chamar de seu", "um refúgio pra chamar de seu", "um roteiro pra chamar de seu", "um time pra chamar de seu". O verso "chamar de seu" de RC e EC foi usado e abusado em jornais e revistas.
Agora, os coleguinhas estão viciados em "dobrar a aposta". "Bolsonaro dobra a aposta contra a Covid", Igreja Universal dobra a aposta contra o PT", "Bolsonaro dobra a aposta em Carlos para chefiar campanha", "Bradesco dobra a aposta na Bitz".
Provavelmente um editor que passou as férias em Las Vegas gostou da fórmula, usou e foi copiado. Ou pode ser influência da volta dos cassinos - projeto que legaliza o jogo pode ser votado em fevereiro - ou ainda consequência da proliferação de sites de apostas na internet. O fato é que todas as fichas das redações estão nesse novo facilitador de títulos. É o dobro ou nada.
Um comentário:
Narrativa também é chato.
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