domingo, 4 de junho de 2017

Sobrou pro Cristo...

Reprodução The Guardian

por Ed Sá

A Arquidiocese do Rio protestou contra uma charge publicada no jornal inglês Guardian, que mostrou o Cristo Redentor segurando um saco de dinheiro e uma arma.

Uma ofensa a um símbolo de fé e marca do Rio e do Brasil, queixou-se o cardeal Dom Orani Tempesta.

Talvez.

Mas o Cristo do Corcovado é, no caso,  a vítima da associação entre políticos e empresários corruptos, tanto quanto todos nós. Lava Jato, violência acirrada pela crise econômica, tudo está aí traduzido com imediata comunicação. Como seria também uma forte imagem o chargista do Guardian mostrar o Big Ben, hoje, vestindo luto ou envolto em um cinto de bombas, no momento em que Londres sofre mais um brutal atentado terrorista de inspiração fanático-religiosa. Seriam tão somente recursos jornalísticos.

A "ofensa" está nos fatos, não nas charges que os denunciam.

3 comentários:

J.A.Barros disse...

A charge revela um fato na sua linguagem.

J.A.Barros disse...

Toda charge é uma crítica e ela se Apia em fatos reais. A charge não inventa fatos políticos, acontecimentos sociais e urbanos, ela na sua linguagem interpreta esses fatos em sua forma crítica de revelar esses mesmos acontecimentos da vida de uma cidade ou mesmo do mundo. O chargista, por sua natureza de artista, é um crítico.

Wedner disse...

Não vejo nada demais, é a realidade