Reprodução The Guardian |
por Ed Sá
A Arquidiocese do Rio protestou contra uma charge publicada no jornal inglês Guardian, que mostrou o Cristo Redentor segurando um saco de dinheiro e uma arma.
Uma ofensa a um símbolo de fé e marca do Rio e do Brasil, queixou-se o cardeal Dom Orani Tempesta.
Talvez.
Mas o Cristo do Corcovado é, no caso, a vítima da associação entre políticos e empresários corruptos, tanto quanto todos nós. Lava Jato, violência acirrada pela crise econômica, tudo está aí traduzido com imediata comunicação. Como seria também uma forte imagem o chargista do Guardian mostrar o Big Ben, hoje, vestindo luto ou envolto em um cinto de bombas, no momento em que Londres sofre mais um brutal atentado terrorista de inspiração fanático-religiosa. Seriam tão somente recursos jornalísticos.
A "ofensa" está nos fatos, não nas charges que os denunciam.
3 comentários:
A charge revela um fato na sua linguagem.
Toda charge é uma crítica e ela se Apia em fatos reais. A charge não inventa fatos políticos, acontecimentos sociais e urbanos, ela na sua linguagem interpreta esses fatos em sua forma crítica de revelar esses mesmos acontecimentos da vida de uma cidade ou mesmo do mundo. O chargista, por sua natureza de artista, é um crítico.
Não vejo nada demais, é a realidade
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