quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Direto de uma galáxia distante, os anos 70, conheça o JA, o Jornal de Amenidades que tentou ser uma "rede social"

O número 1 do JA, de Tarso de Castro

Serviço no JA: ficha técnica do King's Motel, que foi uma espécie de point jornalistico nos anos 70/80.

O que comer no King's Motel

Muito antes dos humoristas do Casseta, o JA tornou real o Planeta Diário.
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A capa do número 2

Enquete sobre o EM

Tarlis Batista, repórter que depois fez carreira na Manchete, foi citado no número 1 do JA. Como não era de levar desaforo para casa, respondeu em carta para a seção "Pau Nele" do número 2.

Capa do JA número 3

Matéria sobre o Jangadeiro, o lendário botequim de Ipanema.
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Capa do JA número 9

O "Jogo do Carro" das celebridades no JA número 9

JA interativo à moda dos anos 70: o jornal convidava o leitor a escrever para seu ídolo, que respondia em carta manuscrita.
O expediente do JA
por José Esmeraldo Gonçalves
Acredite. Houve um tempo em que não havia rede social. O que não impediu que em um passado remoto, numa galáxia distante, os anos 70, existisse algo parecido com a linguagem da rede social. Há poucos dias, descobri simulações de “posts” escritos no tempo em que nem a ficção científica falava em Facebook.  Em uma caixa de papelão ainda fechada desde uma mudança de apê encontrei quatro velhos exemplares do JA, o Jornal de Amenidades, lançado por Tarso de Castro, em 1971. Na época, eu estudava na Escola de Comunicação da UFRJ, a ECO, então instalada na Praça da República, esquina de Visconde do Rio Branco. O prédio continua lá, mas quase em ruínas como, de resto, muitas lembranças da época. Em uma manhã de junho, alguém levou para a sala de aula o número 1 do JA, com Elis Regina na capa. O jornal era impresso em formato tabloide, com as folhas dobradas ao meio, o que lhe dava um jeitão de revista sem grampo. E não vinha para explicar, nem para confundir, não parecia pretensioso, era apenas diferente. Nas semanas seguintes, comprei os números 2 e 3 em uma banca ali perto, na Gomes Carneiro, quase em frente ao Correio da Manhã, onde passava a caminho da faculdade.
Os anos eram de chumbo, pleno governo Médici, e o Pasquim, do qual fazia parte o mesmo Tarso de Castro, era a leitura menos careta nas bancas de jornal, para usar uma gíria setentista. O JA - não sei quanto tempo durou mas não resistiu muito (era semanal, custava 50 centavos e, pelo menos até o número 9, parecia não ter conseguido captar anunciante que lhe desse sobrevida) – não concorria com o jornal do Sigismundo e pegava outro atalho, o de ironizar a chamada sociedade de consumo e a cultura de massa, expressões em voga nos tempos do tal “milagre econômico”. Era pop e mais provocador do que contestador. A matéria de abertura no primeiro número era a “ficha técnica do King’s Motel, um ícone da década. “Você e a companheira se hospedam democraticamente. Sem muitas formalidades. Ninguém quer saber quem é quem. Nem a ficha, na mesa de cabeceira”.  O texto, meio ao estilo das blogueiras que dão o serviço de marcas e produtos, detalhava quartos, serviço, culinária (com pratos como Filé ao King’s ou Filé Manda Brasa), garagem, formas de pagamento e avisava aos clientes para não levar souvenir para casa. “Desista de roubar a toalha da casa (linda). Dá bolo. No tempo em que você percorre o terreno de carro até atingir a portaria pra se mandar com o souvenir, os caras vasculham o quarto e imediatamente cantam o macaco para a portaria: - ‘Senhor, com toalha é mais 20 contos’”.
Seções como "Placar Social", que fazia o ranking das pessoas citadas nas colunas de Zózimo, Ibrahim Sued, Carlos Swan, Daniel Más e Germana de Lamare, antecipavam o foco sarcástico nas celebridades, hoje material de centenas de sites na web. Havia, ainda, o "Retrato do Consumidor", onde uma personalidade revelava seus hábitos de consumo (Jorginho Guinle era a pauta do número 1), a "K.H. Regras', um tipo de perfil com figuras polêmicas, entrevistas, enquetes, críticas a programas de TV, filmes, teatro, dicas de boates e bares, além de colaboradores como Antonio Bivar, Torquato, Martha Alencar,  Sérgio Augusto, Antonio Calmon, Vera Barreto Leite, Capinam, Pinky Wainer e Joel Barcelos.
Os textos, na maioria, eram curtos, coloquiais, bem tipo rede social. O JA também incentivava a interação com os leitores: havia uma página em que qualquer um podia escrever uma carta para um ídolo – assim como se entrasse no  Facebook do “famoso” ou “famosa” – e receber uma resposta exclusiva; leitores eram entrevistados na porta do cinema para opinar sobre o filme; a seção de cartas não chegava ao tom hater da rede, hoje, mas atendia pelo nome de "Pau Nele" e publicava broncas homéricas em lojas, companhia telefônica, restaurantes e postos de gasolina que maltratassem o consumidor.
Então é isso. Quis apenas compartilhar um certo veículo jornalístico de curta temporada, agora reconectado e reacessado em uma inesperada expedição arqueológica a uma caixa de papelão esquecida. Não tive coragem de jogar fora os quatro exemplares do JA. Fiquei com a impressão de que se o fizesse estaria entregando à Comlurb o “patrimônio imaterial” de um tempo em que o jornalismo tinha essas loucuras, era capaz de apostar no inviável - porque embarcar no viável é fácil -, e ainda (com licença do Fado Tropical, de Chico Buarque) cumpria seu ideal... de pensar fora da caixa. Ou da página.  

Kibe explícito: vídeo capturado em lanchonete viraliza na web

por Omelete
Um vídeo feito por um cliente de uma lanchonete da rede Habib's, em São Paulo, viralizou há dois dias na internet. Mostra a TV do salão exibindo um filme pornô. Informações da assessoria de imprensa da empresa dão conta de que o incidente está sob apuração interna. Há suspeita de que alguém usou um controle remoto universal desses à venda em camelôs para mudar o canal. É possível. E com a popularização de TVs inteligentes, aquelas que têm acesso à web via wifi, esse tipo de interferência pode se tornar ainda mais comum:através de um celular pode-se acessar uma faixa da SmartTV e exibir um vídeo, fotos ou mensagens. Brincadeira que já foi moda entre adolescentes era pegar o controle remoto universal para ficar mudando o canal de TVs ligadas em vitrines de lojas de eletrodomésticos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Aqui e lá, mulheres nas capas de 2016


Para a GQ, o ano começa com Giovanna Antonelli na capa, fotografada por Yuri Sardenberg.
A cantora Adele, que emplacou recorde de venda no fim do ano

A atriz Jennifer Lawrence

A atual musa conservadora da Fox News
Jennifer Lopez na In Style

Lady Gaga na V Magazine
por Clara S Britto
Para abrir 2016, as revistas não precisaram pensar muito. Depois de uma impressionante onda internacional de capas com o elenco do filme Stars Wars, os editores, no Brasil e lá fora, cataram as estrelas da vez, sem disposição para correr riscos. Apelaram para mulheres 'empoderadas' - eita palavrinha - termo, aliás, presente na maioria dos textos que exaltam as escolhidas para abrir o ano.

O que você não lê por aqui: Europa começa a reagir contra a especulação financeira. E como a Islândia dá o exemplo e enquadra os manipuladores do mercado

Alguns países começam a reagir contra o trem desgovernado que são os mercados financeiros. Desgovernado não é bem o termo. São claros os propósitos da manipulação. A revista italiana Panorama publicou recentemente uma série de matérias sobre a ação predatória internacional de grandes bancos e agências de risco. Uma investigação concluída há três semanas comprovou que algumas instituições manipularam taxas.
Em meio a essas denúncias, são divulgados os números da “ajuda” ao mercado financeiro. São impressionantes os dados da caixa-preta que se abre. Apenas entre 2008 e 2012, a Inglaterra transferiu para os bancos quase 1 bilhão de euros; a Alemanha de Angela Merkel despejou 650 milhões de euros de dinheiro público para sustentar especuladores. Em geral, a Europa repassou 5 bilhões de euros dos contribuintes para banqueiros em dificuldades. Autoridades financeiras de importantes centros impuseram a alguns bancos, após investigações, multas equivalentes a 306 bilhões de euros. Outro sinal de que os estragos que a especulação causa nas economias dos países chegou ao limite é que a própria União Europeia, sobre pressão da opinião pública, põe em prática a partir desse mês uma medida inédita que impede que os estados resgatem dívidas com dinheiro público e façam “salvamentos” bancários, como foi feito até aqui com bancos alemães, holandeses, espanhóis e gregos.
Agências de risco, - essas que a mídia brasileira trata como deuses no templo – também entram no foco da sociedade. Na Itália, uma dessas agências sofreu o que a Panorama chama de “humilhação”: o principal grupo de seguros do país exigiu não ser monitorado pela instituição, que tem a credibilidade contestada desde a crise mundial de 2008. A seguradora aponta falta de transparência dos critérios utilizados nas suas análises e projeções.
Um país que está sob observação internacional exatamente por seguir na direção oposta é a Islândia. Há poucos dias, tribunais condenaram cinco banqueiros como culpados, no país, pela crise financeira de 2008. Além desses últimos, há 19 outros já sentenciados. Todos respondem por manipulação do mercado, peculato e crimes fiduciários. A Islândia se recusou a fazer ajustes fiscais e a acabar com direitos sociais assim como a cobrar a conta dos trabalhadores. O alvo justo foi evidentemente quem mais ganhou com a crise: os especuladores e traficantes de dinheiro.
A mídia conservadora brasileira, obviamente, ignora esse assunto que ocupa a imprensa europeia, no momento. No Brasil, apenas a revista Caros Amigos fez uma série de reportagens reveladoras sobre o tema, mostrando como o país é refém de banqueiros que provocam crises, submetem governos, escapam ilesos e revelam enormes lucros.
Enquanto os brasileiros se distraem com a crise política, o mercado procura agir nas sombras. Após denúncias de que bancos brasileiros manipularam a taxa de câmbio, está sobre a mesa da presidente Dilma Rousseff uma Medida Provisória que atribui ao Banco Central a exclusividade de abrir processos administrativos contra agentes do sistema financeiro, inclusive em casos de formação de cartel. A medida foi gestada nas entranhas do próprio Banco Central e pode comprometer até a atuação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que perderia a prerrogativa de vigiar bancos. Frise-se que o Cade investiga precisamente o suposto golpe cartel do câmbio, já admitido por pelo menos uma instituição. Por enquanto, Dilma teve o bom senso de não assinar tal proposta. Espera-se que jogue a MP no lixo. E no lixo não reciclável para que não volte a assombrar o país e beneficiar poderosos à custa da sociedade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Máquina de escrever: um novo símbolo de rebeldia... Um livro revela que Olivettis e Remingtons estão saindo do armário

por Marina Francis
Começou como um hobby. Alguns escritores retomaram o hábito de criar seus textos em máquinas de escrever. Quando estourou o escândalo de espionagem mundial de emails e arquivos de computadores promovida pelos aparelhos de segurança americanos, alguns países, como a Rússia, reabilitaram a máquina de escrever para o registro de certos documentos oficiais. A medida também foi adotada por corporações em casos onde o sigilo era a alma do negócio. Uma tentativa, pelo menos, de escapar dos complexos americanos de espionagem política, militar e industrial. 
Agora, em plena era digital, o retorno à máquina de escrever começa a virar, também, uma espécie de movimento de rebeldia, atraindo jovens, escritores, músicos e ativistas que estão dando uma segunda chance à escrita mecânica.
Datilografar tornou-se cult. O livro "The Typewriter Revolution" documenta essa tendência. Nos Estados Unidos já há até associações nacionais de colecionadores e usuários de máquinas de escrever. Por enquanto, os adeptos da datilografia à moda antiga têm que recorrer ao mercado de usados.Em 2011, a última fábrica fechou as portas, em Bombaim. Mas há quem diga que assim como os LPs de vinil voltaram a ser fabricados, nada impede que "visionários do passado" reativem linhas de montagem das "pretinhas" como as redações de antigamente as chamavam. Olivettis e Remingtons estão sacudindo a poeira. Quem sabe, em breve, alguns livros virão com um aviso: "esta obra foi escrita em uma Smith Corona...  

Colômbia: a nova explosão da 'commoditie' cocaína...

por Flávio Sépia
Uma extensa matéria do Daily Beast mostra uma nova explosão da cocaína na Colômbia. Nos últimos anos, os Estados Unidos injetaram mais de 10 bilhões de dólares no país. Aparentemente, o dinheiro do contribuinte americano virou pó literalmente. O chamado Plano Colômbia da DEA americana fracassou. No últimos dois anos, a Colômbia voltou a ser o maio exportador de cocaína do mundo. O posto havia sido ocupado pelo Peru. Só em 2014, segundo o DB, a produção cresceu em cerca de 32%. Os número de 2015 estão sendo apurados mas é certo que não ficarão longe disso. Grupos paramilitares de direita, guerrilheiros de esquerda, facções militares corruptas e até milícias indígenas e pequenos agricultores dominam a produção e a logística da droga. Mais de 300 líderes camponeses foram mortos em 2015, a maioria vítima de disputas de terras relacionadas com a droga. Parte do problema é que a demando por cocaína continua estável nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo, e cresce na Europa. Se há quem compre, não vai faltar quem venda. Há tribos que antes plantavam cocaína por motivos religiosos, hoje o fazem por razões econômicas. Plantar mandiocas e bananas não sustenta as comunidades. Daí, a cocaína é a commoditie valorizada. A Colômbia tem hoje cerca de 6 milhões de "refugiados internos". Pessoas que foram expulsas de suas terras por conflitos entre milícias, exército e guerrilha e que perderam suas estruturas de sobrevivência, retomaram a vida plantando coca. Os mais céticos já não acreditam que as negociações de paz com as FARC minimizem o problema já que há dezenas de grupos autônomos envolvidos na produção e tráfico de cocaína. Com o Plano Colômbia atolado em impasse e comprovando-se que a solução militar, uma espécie de "Tempestade nos Andes" imposta desde 2000, não deu certo, a alternativa no horizonte seira a legalização e controle do comércio de drogas: a vez do "Plano Uruguai".

sábado, 2 de janeiro de 2016

2016: Meu Réveillon com Norma Desmond

Por ROBERTO MUGGIATI

Depois dos convencionais fins de ano com a família – em casa ou na mitológica festa a rigor no Graciosa Country Club de Curitiba – tive a partir de 1960 uns réveillons insólitos e glaciais: sozinho em Frankfurt; com amigos brasileiros numa cervejaria de Munique, com direito a uma visita, antes, ao campo de extermínio de Dachau; em Londres, com a rapaziada se jogando na fonte de Trafalgar Square; em Paris bêbado diante da Nôtre Dame sob os flocos de neve que começaram a cair à meia-noite.
Veio depois uma sucessão mais sábia e desapegada de réveillons sozinho comigo mesmo no meu esconderijo de Botafogo – não à toa o Alberto da Manchete me chamava de O Eremita.

Gloria Swanson e William Holden. Reprodução
Nesta última passagem de ano, fiquei em casa, disposto a manter minha distância deste “insensato mundo” a que alude nosso caro Thomas Hardy. De uma pilha de DVDs me olhava com insistência Sunset Boulevard/Crepúsculo dos Deuses. Lembrei que o filme de 1950 tem uma cena de réveillon marcante e resolvi rever o clássico de Billy Wilder. A ação começa com um flashback narrado por um cadáver furado por três tiros numa piscina. O corpo é mostrado com um movimento de câmera magnífico, um contra-plongé literal que sobe do fundo da piscina. Contrariando toda a lógica, Joe Gillis (William Holden) conta como foi parar naquela posição crítica. Pressionado por dívidas atrozes, sem futuro como roteirista, deixa-se enredar pelo dinheiro de uma estrela do cinema mudo, Norma Desmond (Gloria Swanson), que mora com um mordomo sinistro numa mansão decadente da Hollywood dos anos 20.
A cena da piscina. Reprodução
(Não por acaso o filme ganhou o Oscar de direção de arte e cenário.) Joe – a pretexto de roteirizar uma ideia da atriz para um filme com Cecil B. de Mille – se deixa gigolotear pela dona, detentora de uma sólida fortuna de Glorias passadas.
Aqui entra de novo em cena a Manchete – aquele vampiro que nem balas de prata, nem estacas de madeira-de-lei no peito conseguem desencarnar. Na condição de diretor da revista, recebi em 1978 a visita de Gloria Swanson à redação, acompanhada do marido. Ele, William Dufty, jornalista, lançava aqui seu livro Sugar Blues, uma cruzada ambulante contra os males do açúcar. Eu não era tiete só de Gloria, mas também de William. Imaginem, amigo íntimo de Billie Holiday, ele copidescou a autobiografia da cantora, Lady Sings the Blues. Vejam a primeira frase primorosa que lavrou: “Papai e mamãe eram apenas duas crianças quando casaram. Ele tinha só dezoito anos, ela dezesseis e eu três.”
Gloria Swanson/Reprodução
Confesso que pouca atenção prestei para Dufty, fascinado que estava por Gloria Swanson/Norma Desmon. Tinha ela 51 anos quando fez Sunset Blvd; estava com 79 ali, diante de mim, ainda inteira. Ícones como Gloria/Norma  estão acima do bem e do mal. E, segundo um axioma da turma dos Capuccinos que se reúne todo sábado high noon na Travessa de Ipanema, “os xibius são eternos”.
A gigantesca mesa do editor da Manchete em forma de L nos separava. Gloria estendeu a mão, eu apertei sua mão. Infelizmente, não houve nenhum toque de pele, ela usava uma luva branca, comme il faut. Suplício de Tântalo, Norma Desmond ficou para sempre inatingível para mim. Mas uma memória eterna.
Meu amigo cinéfilo Paulo Martins também viu de perto Gloria Swanson naquela incursão carioca – imaginem, tomando um cafezinho com o marido num pé sujo da Galeria Alaska!... Outro mito de Hollywood extraviado (com duplo sentido) em Copacabana foi Norman Bates, o ator Anthony Perkins, quando veio lançar aqui Psicose de Hitchcock. Teve até um caso com Maurício Bebiano, que conheci na época no salon cinématographique parisiense de Paulo Berredo Carneiro, nosso embaixador na Unesco. Não me deixam mentir as irmãs Maria Lúcia Dahl e Marília Carneiro. (E os já finados Joaquim Pedro, Paulo César Saraceni e Gustavo Dahl.)
Gloria Swanson morreu cinco anos depois da visita à Manchete, aos 84. Mas, como Norma Desmond em Sunset Boulevard – que se tornou um musical de sucesso – viverá para sempre.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

RIO 2016: EM COPACABANA, LUZES E CORES DE UMA NOVA ENERGIA SOBRE O MAR DE IEMANJÁ...

Foto de Fernando Maia/Riotur
Foto de Fernando Maia/Riotur

Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Diogo Nogueira- Foto de Alexandre Macieira/Riotur
A Rainha do Mar...

Zeca Pagodinho. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Bateria da Beija Flor. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Partiu 2016... guerreiros que passeiam pelo mar....

Foto Alexandre Macieira/Riotur
O entardecer de 2015. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Gervásio Baptista: "Cadê sua Leica nova? Posso mostrar a vocês como estou atualizado com as câmeras digitais?"

Gervásio Baptista e Orlando Brito

Hermínio Oliveira, fotógrafo que trabalhou na Manchete ao lado de Gervásio, e Silvestre Gorgulho. Fotos Orlando Brito

por Orlando Brito (texto e fotos reproduzidos do Facebook do repórter fotográfico Orlando Brito).

"Fui - em companhia dos queridos Hermínio Oliveira e Silvestre Gorgulho - visitar o velho amigo Gervásio Baptista, hospedado há dois meses no Centro de Convivência Para Idosos, na cidade-satélite de Vicente Pires, em Brasília.
Na ida, ainda no carro, pus-me a relembrar de quantas coberturas por esse mundo a fora fizemos juntos. Das viagens nos confins da Amazônia e nos sertões do Nordeste do Brasil aos palácios de Lisboa, Londres, Paris, Washington; do dia-a-dia no Planalto e Alvorada ao inesperado de inúmeras reportagens; da monotonia das matérias no Supremo Tribunal Federal à agitação dos grandes estádios de Copas do Mundo, Jogos Olímpicos; dos campinhos de terra do interior aos maracanãs, etc etc.
Ao chegarmos, lá estava nosso querido amigo. Aos 93 anos, vigoroso como sempre. Elegante. Camisa polo com colarinho abotoado, paletó, barba feita e o sorriso maroto de baiano criado no Rio. E no mundo. Indaguei-lhe das novidades. Contou-me ao pé-do-ouvido dois ou três fuxicos de outros hóspedes. Depois, perguntou-me:
- Cadê sua Leica nova? Posso mostrar a vocês como estou atualizado com as câmaras digitais? Pensam que só sei fazer clics com Rolleyflex, Hasselblads, Canons e Nikons?
Na mesma hora, passei-lhe minha máquina. O danado não perdeu tempo. Colocou-a no olho esquerdo e, com a mesma firmeza de outrora, apertou o disparador, essa foto aí. Ao fim da sequência, disse-nos de sua eterna satisfação, a de fotografar. Relembrou ao seu antigo colega da revista Manchete, o Hermínio Oliveira, de alguns episódios com seu Adolpho Bloch. Contou novamente ao Silvestre Gorgulho das fotos que fez de Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no início da construção de Brasília.
E a mim, trouxe de volta os tempos de O Globo, Veja e Jornal do Brasil, falando de coberturas em que estivemos lado a lado, de fotógrafos com quem trabalhamos ao longo de anos: Jáder Neves, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Jean Manzon, Roberto Stuckert, Nicolau Drei, Erno Schneider, Jankiel Gongzarowska...
Batistinha, como ele refere a si mesmo fez misérias nessa vida de fotojornalista. Você nem imagina. Brigou com o presidente Dutra. Saiu no tapa com o lendário delegado Padilha, no Rio. Era amigo de Marta Rocha. Esteve no Vietnã durante a guerra. E ainda tomava umas e outras na noite da Lapa com Kid Morengueira, o sambista Moreira da Silva. Fotografou JK visitando Brasília escondido dos milicos. Era capoeirista. Jogou capoeira com Mestre Pastinha do Mercado Modelo, em Salvador. Fez a polêmica foto de Tancredo cercado pelos médicos antes de ser transferido do Hospital de Base de Brasília para o São Paulo.
Um momento de muita emoção: resolvi abrir o Google Image e mostrar a presença dele na profissão. Tadinho. Não disse nada enquanto deteve atenção à telinha do meu bravo aparelho celular. Mas vi que uma lágrima correu-lhe o rosto.
Ficou feliz com o livro que Silvestre Gorgulho lhe fez de presente. E com a ampliação da imagem dele, Gervásio Baptista, com o presidente José Sarney, de quem foi fotógrafo oficial. Pediu-nos que levássemos agradecimento a Ricardo Noblat, aos Stuckerts e tantos amigos que sempre vão visita-lo no Espaço Sênior, desde que ficou viúvo da Ivete.
Grande fotógrafo, sujeito positivo aquele Gervásio. Franco, generoso, pacificador, ponderado, espírito colaborador, bem-humorado, alma leve, Sabe piada de todo tipo de gente: senador, ministro, português, maluquete, preguiçoso, gaúcho... Sempre tem anedota adequada para amenizar situações tensas que um jornalista enfrenta no front da notícia. E mais, sabe cantar os melhores boleros de Nelson Gonçalves."
VEJA MAIS FOTOS E COMENTÁRIOS DE AMIGOS E COLEGAS NO FACEBOOK DE ORLANDO BRITO, CLIQUE AQUI

Outra visão da crise...

LEIA O ARTIGO COMPLETO, CLIQUE AQUI

USA Today mostra vencedores e perdedores em Wall Street.

O USA Today publica hoje o melhor e o pior de Wall Street em 2015. Quem investiu em empresas como Facebook, Amazon, Netflix e Google está comemorando. A turma que aplicou em corporações de energia, deu-se mal. Veja um resumo;

Os vencedores

1. Netflix (NFLX). Programação original, preços mais baratos do que as redes de cabo tradicionais e a tendência dos assinantes em abandonar a TV por assinatura em favor de serviços de video-streaming fizeram as ações da Netflix dispararem. Subiu 139,2%.

2. Amazon (AMZN). A gigante do e-commerce subiu 122% este ano.

3. Activision Blizzard (ATVI).A empresa de jogo on line registrou um ganho de  95,7% este ano.
II", que era um grande vendedor do presente do feriado.

Os perdedores

1. Chesapeake Energy (CHK). Produtora de petróleo e gás despencou 77,5% este ano. Seu pior desempenho desde 1998. A empresa foi forçada a cortar seus investimentos em perfuração, suspender pagamentos de dividendos, e dispensar trabalhadores.
2. Consol Energy (CNX). Caiu 77% este ano. Empresa de exploração de petróleo, gás e carvão.

3. Southwestern Energy (SWN). Outra vítima do ano. Empresa de petróleo e gás caiu 76,9% em 2015.

São Silvestre: Etiópia e Quênia chegam na frente...

Staley Biwott, do Quênia, vencedor na categoria masculina. Foto:Paulo Pinto/Fotos Públicas

Yemer Wude Ayalew, da Etiópia, campeã entre as mulheres. Foto Paulo Pinto/Fotos Públicas

Meme que circula na internet...

Reprodução Internet

Já é! Austrália comemora a chegada de 2016


Fotos City of Sidney

De Ana Hickmann, após não se reconhecer na capa da Claudia: "Gente, essa não sou eu"

por Clara S. Britto 
Ana Hickman é capa da revista Claudia, edição de janeiro. Normalmente comemoraria o fato de ser destaque em uma publicação tradicional. Só que a apresentadora e modelo não se reconheceu na foto (des) tratada pelo photoshop. Como a rede social está aí para democratizar a comunicação, Ana deu o seu recado indignado no Instagram da própria revista. "Gente, essa não sou eu", escreveu.
Reprodução


O beijaço do ano na capa da revista Piauí: Michel Temer e Eduardo Cunha unidos contra Dilma


por Flávio Sépia
Precisa comentar? O Piauí resume a política atual em uma ilustração. A propósito, segundo a Folha, Temer iniciará em janeiro um tour pelo Brasil. Deve ser a "caravana do golpe". Talvez como um bom resultado desse turismo político acidental, ele descubra que há que governar para um Brasil questão muito além da Av. Paulista e do mercado financeiro.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Memória: no tempo em que celebridades faziam fotonovelas para a revista Sétimo Céu

O SITE BUZZ FEED PUBLICA UMA MATÉRIA SOBRE A ERA DAS FOTONOVELAS EM QUE CELEBRIDADES POSAVAM PARA HISTÓRIAS ROMÂNTICAS PUBLICADAS PELA REVISTA SÉTIMO CÉU. ERAM OS TEMPOS DA "CENTRAL BLOCH DE FOTONOVELAS". VEJA ALGUMAS REPRODUÇÕES ABAIXO 
E CURTA O ÁLBUM COMPLETO NO BUZZ FEED (CLIQUE AQUI). 

VISITE TAMBÉM O BLOG "REVISTA AMIGA-NOVELAS", COM RARO ACERVO  DE ÉPOCA (CLIQUE AQUI)
SUSANA VIEIRA
VERA FISCHER (História escrita por Geraldo Lopes, ex-repórter da Fatos & Fotos)

SONIA BRAGA (História escrita por Janete Clair)
FLÁVIA ALESSANDRA

Allan Richard Way faz suas previsões para 2016...

Allan Richard Way II é filho do astrólogo Allan Richard Way, que colaborou durante anos com a revista Manchete. Como o pai, que este ano recolheu-se a um mosteiro tibetano e não faz mais previsões regularmente, ele é antenado com o Brasil. ARW II passou seis meses no país, hospedado em um centro de acolhimento de religiosos no interior do Pará, observou os acontecimentos nacionais e estudou seus desdobramentos. Voltou a Londres após ser acometido pela febre chikungunya. Mesmo assim, recuperado, enviou ao blog, via Dropbox, a pedido de ARW, as tradicionais previsões para o novo ano. ARW II é astrólogo multimídia, adota métodos científicos mixados com técnicas sumerianas milenares. Usa triangulação por satélite e pesquisa a deep internet mas não abre mão de tradições ocultistas. Ao mesmo tempo, desenvolveu um método de previsão que utiliza fundamentos da Teoria das Cordas com o objetivo de alcançar altas dimensões do pensamento supersimétrico. 

POR ALLAN RICHARD WAY II (By order ARW 2016)
Dilma atrasa condomínio
de prédio.
1) Em março, o Congresso brasileiro quase recusa o impeachment de Dilma Rousseff. Mas o PSDB descobre que ela atrasou o condomínio do prédio onde tem apartamento em BH e pede novo processo. Além disso, a presidente deixou de dar presente de “amigo oculto” para Gilmar Mendes. Dilma confessa os “crimes” ao juiz Moro, aceita fazer delação premiada, mas perde o cargo. 

2) Em abril, Michel Temer assume a Presidência. Mas renuncia em menos de um mês porque o  cerimonial do Palácio do Planalto esqueceu de convidá-lo para um reunião de ministros. Temer se sente desprezado e desprestigiado. Ele também se queixa de que não o convidaram para um show da Anitta, uma palestra do Lobão nem para a 20° Maratona de Protesto contra Chico Buarque no Leblon. Isso é a gota d’água. Mas em vez de escrever uma carta prefere fazer um vídeo-renúncia e mandar por You Tube. Basta digitar #ninguemmeama para visualizar o desabafo.

3) Eduardo Cunha não será julgado em 2016. Com sucessivos requerimentos, ele adia os trabalhos da Comissão de Ética, prorroga o Dia das Mães, os festejos de São João, as Olimpíadas, o Dia de Cosme e Damião, passa o Dia de Finados para dezembro e cancela o Natal até que o STF diga se a festa é ou não inconstitucional.

4) Eduardo Cunha descobre brechas no regulamento do STF e consegue adiar todas as sessões da corte para 2017.

5) Luciano Huck e Claudia Leitte cometem gafes na TV.

Caminhão pronto para levar
as tralhas da mandatária
6)     Ao longo do ano, um caminhão de mudanças fica permanentemente estacionado na porta da residência oficial da presidente da República.

7) A mídia anuncia escassez de água e racionamento de energia elétrica. Um jornal diz que as provas de natação, salto ornamental, canoagem, polo aquático e nado sincronizado da Rio 2016 serão canceladas por falta d’água.

8) A Operação Lava Jato chegará à sua 12.567.876° Fase. A essa altura haverá 3.456.002 delatores premiados e 7.879. 067 presos domiciliares.

9) Maluf reafirmará que não tem conta no exterior, quem achar qualquer numerário pode ir lá pegar.

10) Eduardo Cunha reafirmará que não tem conta no exterior, quem achar qualquer numerário pode ir lá pegar.

11) Um museu vai pegar fogo logo depois de um bombeiro-gasista-eletricista colocar um moeda no contador de luz pra aumentar o lucro da “organização social” que administra a casa.

12) Agências de risco vão rebaixar a nota do Brasil. O país só vai conseguir empréstimo na Crefisa, que dá para negativado sem comprovante de residência.

13) Durante a campanha para as próximas eleições, José Serra leva um copo de vinho na cara só porque perguntou para uma eleitora: “Me disseram que você vai me sufragar todinho na cabine...”

14) Botafogo vai cair para a segundona.

15) O Vasco vai cair para a terceirona.

16) O Estado Islâmico terá problema para recrutar terroristas porque um homem-bomba detona explosivos, é hospitalizado, tem uma parada cardíaca, fica virtualmente morto mas é ressuscitado. O jihadista acordou revoltado porque não encontrou 70 virgens porra nenhuma à espera dele no paraíso. Fez um vídeo-denúncia que viralizou no You Tube e desmobilizou 50 mil homens-bomba que se preparavam para atentados em vários países. Eles agora querem receber as virgens adiantadas.

17) O ginasta Diego Hypolito é esperança do Brasil na Rio 2016 mas sofre uma queda na etapa solo de ginástica.

18) Fabiana Murer desiste do salto com vara porque alguém some com o colchão que amortece a queda dos atletas.

Secretária provoca
escândalo
19) Em junho, secretária e amante de político influente provoca escândalo em Brasília ao publicar livro onde conta que o cidadão em questão só chegava ao orgasmo constitucional se ela lhe falasse ao ouvido expressões altamente eróticas como "propina", "suborno", "conta secreta", "licitaçao", "laranja", "cartel" e, principalmente, "superfaturamento".

20) Minas Gerais tem grande prejuízo porque novos rompimentos de barragens da Samarco contaminam queijo Minas, pão de queijo, cachaça mineira e a família Neves.

21) A eleição para prefeito é decidida entre os com-carros e os sem-carros. São Paulo acaba elegendo prefeito que promete acabar com ciclovias, ruas interditadas aos domingos e limite de velocidade de 50km nas marginais. O Parque no Ibirapuera vira estacionamento. Acaba o rodízio de carros e começa o rodízio de pedestres e ciclistas.

22) Geraldo Alckmin baixa decreto para fechar 1.230 escolas públicas.

Madame "coxinha" aguarda convocação
para passeata
pelo impeachment. 
23) Movimento Brasil Livre organizará 160.234.555 passeatas em todo o Brasil. O Data Folha garante que os protestos reúnem 140 milhões de brasileiros, excluindo-se apenas pessoas hospitalizadas, presas e turistas que estão em Miami. Elegantes ativistas contra o impeachment atendem à convocação dos meios de comunicação e lotam as ruas. Programa de TV lança o concurso de beleza para escolher a "Coxinha mais Saborosa".

24) Jornais anunciam que Eike Batista volta a ser bilionário e funda uma nova empresa, a “Xempre Ele”, que vai construir uma torre de 150 andares na Praça Paris, um superporto na Urca, vai despoluir a Lagoa, levar um brasileiro à Lua, reformar o Hotel Glória e desenvolver tecnologia para estocar vento. Eike, que volta a ganhar a admiração da mídia, também compra o Coliseu de Roma e as Termas de Caracalla para reformar e modernizar.

25) Juiz Moro anuncia que depois da Lava Jato comandará as operações Troca de Óleo, Calibragem de Pneu, Balanceamento, Direção Hidráulica e, pra recomeçar tudo isso, Operação Recall.

26) Um político de nome nacional será acusado de bater na mulher.

27) Uma mulher de um político de nome nacional vai retirar queixa de que levou porrada do marido.

28) Uma senadora de um determinado partido diz que vai à manicure mas é flagrada assinando ficha em outro partido na garagem de um motel.

29) Um helicóptero de um político da oposição é flagrado carregado de pó mas investigações policiais atestam que se trata de pó de gesso importado da Colômbia.

30) STF diz que portadores de tornozeleiras eletrônicas podem se candidatar a prefeito e vereadores.

31) O doleiro Youssef é autorizado a se candidatar a vereador em Curitiba. Ele pretende formar a Bancada Cagueta.

32) Lobão fará show, no Mineirão, em comemoração ao Dia do Soldado.

Aeronave de frota de político
pousa na Pampluha.
33) Político mineiro que teria construído aeroporto em terras da família, transforma a Lagoa da Pampulha em campo de pouso privado para os hidroaviões do clã.

34) Comitê Olímpico manda para o Palácio do Planalto credencial para o Presidente da República comparecer à abertura da Rio 2016. Os organizadores preferiram enviar o  documento sem foto e com o nome do Presidente a preencher a lápis em linha pontilhada.

35) Neymar fará sua 12.344 tatuagem.

36) Roberto Carlos esquece letras de “Detalhes” e “Jesus Cristo”. A assessoria achou o fato natural já que fazia muito tempo, apenas uma semana, que ele não cantava as duas músicas.

37) Jornais e revistas demitem 5 mil profissionais em todo o Brasil. Donos da mídia alegam que é apenas  “otimização do desempenho”. Há redistribuição de funções: em muitos jornais, o colunista de política faz também o horóscopo, o de economia acumula com o funério, o editor internacional cobrirá também as UPPs, o de esportes edita os classificados e um membro das famílias proprietárias se encarregará da seção de cartas e da entrega de correspondência nas redações, além de organizar “bolão” na época das Olimpíadas.

38) Lobby das armas nos Estados Unidos mostra força ao fazer aprovar lei que libera porte de pistolas e fuzis para crianças a partir de 8 anos. Trata-se do projeto #minhaprimeiraarma. Bancada da Bala, no Brasil, inspira-se na iniciativa americano e leva para Eduardo Cunha um projeto semelhante intitulado #oprimeiro38agentenucaesquece.

39) Polícia americana confunde caneta com espingarda calibre 12 e mata jovem negro.

Carros menos luxuosos para
evitar chamar atenção
40) Políticos visados pela Polícia Federal evitam ostentação e trocam Ferraris, McLaren, Porsches por veículos menos chamativos.

41) FHC lança mais um livro com suas memórias e cria problema em família porque revela diários, conversas de whatapps e e-mails de parentes. Também publica os escritos dos cadernos escolares de Zé Serra, fotos do álbum de Aécio, cartas de Bill Clinton, poesias de Pedro Malan sobre a privatização e as conversas que gravou no confessionário da capelinha do Alvorada.

42 Em improviso, Dilma confunde islâmico com balsâmico.

43) Em improviso, Dilma chama MST (Movimento dos Sem Terra) de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

44) Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos. Seu primeiro decreto  transforma a Casa Branca em um resort para milionários e determina que a nova residência oficial é a Trump Tower, em Nova York.

45) Christine Lagarde, diretora do FMI, diz que o crescimento da economia global vai decepcionar em 2016. Os colunistas de economia afirmam que a culpa é de Dilma e Mantega.

46) Depois de dirigir “Chatô”, Guilherme Fontes vai produzir um filme sobre Roberto Marinho. O lançamento está previsto para 2052.

47) O preço do petróleo vai continuar caindo. Em agosto, o barril de Brent poderá ser trocado por um quilo de alimento não perecível.

48) O governo vai criar novas bandeiras para a conta de luz. Além da verde, amarela e vermelha será instituída a preta, para eventual apagão, a dourada (com descontos para deputados, senadores e magistrados), a branca (com abatimento para igrejas), a rosa-choque (de gratuidade para ex-primeiras-damas) e a bandeira arco-íris (que dá desconto de 50% para minorias).

49) Pela primeira vez na história, os placares Impostômetro (que mostra quanto os brasileiros pagaram de impostos) e o Sonegômetro (total do que foi sonegado e desviado para contas secretas na Suíça) registram um empate: R$2.0171.0171.0171. 171.71. O TCU vai decidir quem venceu.

46) Em setembro, a crise de imigrantes na Europa atinge seu ponto máximo: temendo a concorrência, imigrantes protestam nas ruas contra a chegada de novos imigrantes.

50) Só às vésperas da Olimpíada, a Baía da Guanabara consegue sair no volume morto.

Delator premiado é flagrado cumprindo pena
48) Segundo a OIT, uma das melhores profissões de 2016 será a de delator premiado. Depois que os jornais noticiaram que o doleiro Youssef terá participação de 2% no dinheiro recuperado e pode receber até 20 milhões de reais, segundo o acordo assinado com o juiz Moro, aumenta a fila de candidatos a cagueta remunerado em todo o país. Em maio, no Rio, a seleção – e não precisa de experiência - é feita no Maracanã onde 60 mil inscritos querem entregar alguém ou alguma coisa para faturar uma comissão.

51) Durante os jogos das Eliminatórias, Galvão Bueno vai falar “aí, complica”, 30 vezes; “quem é que sobe”, 25 vezes; “haja coração”, 22 vezes; “agora tem que colocar o coração na ponta da chuteira”, 18 vezes; “chutou com a perna esquerda que não era a dele”, 12 vezes; “agora o Brasil tem que correr atrás do prejuízo”, 9 vezes; “o gol saiu na hora certa”, 6 vezes; “o jogo só acaba quando termina”, 5 vezes.

52) Uma frase para se pensar em 2016: “Você prefere acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?” – de Groucho Marx.