quinta-feira, 7 de junho de 2012

Templos eletrônicos não cabem em uma concessão pública de televisão

por Eli Halfoun

Primeiro veio a salutar notícia de que o governo estaria pensando seriamente em proibir a venda de horários de programas na televisão, o que de saída afetaria várias emissoras que sobrevivem à custa da venda de horários que não lhes pertencem: emissora de televisão é concessão do governo e, portanto, uma concessão pública. A medida tiraria também o poder de ataque das igrejas evangélicas que pagam milhões para transformar emissoras de televisão em templos eletrônicos e que para poder pagar o aluguel necessitam mais e mais do apoio financeiro (e tome dízimos) de seus enganados fiéis. A pressão deve ter sido tão avassaladora que um dia após o anúncio da possível proibição, veio um desmentido categórico: não haverá qualquer proibição do tipo. Embora seja democraticamente proibido proibir é urgentemente válida a intervenção do governo para preservar as concessões que lhe pertencem e pertencem ao povo.

Emissoras de televisão não podem continuar sendo utilizadas como pátio de milagres e muito menos como palanques políticos: os inquilinos de horários evangélicos sempre tem interesse em influenciar a política e os políticos e em eleger algum vereador, deputado ou senador para aumentar a presença da bancada (não seria banco?) evangélica no jogo político que, como as igrejas, também costuma passar a sua "sacolinha". A livre escolha de ser adepto de qualquer religião também faz parte do jogo democrático. Mesmo que discorde da escolha ninguém condena quem quer ser evangélico, cristão, judeu, espírita, seja lá o que for. O que se condena é utilizar importantes horários que deveriam ser utilizados para fornecer lazer, informação e educação para cometer um pecaminoso mercado da fé. Não é preciso pagar para acreditar em Deus e para ter fé, mas pagar e receber para vender a fé é e será sempre um comércio ilegal. Ainda mais quando usa um bem público, ou seja, a concessão de uma emissora de televisão para vender promessas e esperança de curas milagrosas (nunca passam de promessas como da maioria dos políticos que enganam a boa fé em todos os sentidos) de um povo que já foi enganado demais. Ou as emissoras fazem televisão de verdade ou abrem mão de uma concessão que não conseguem gerir com competência e leiloam horários como se estivessem vendendo banana em feira pública. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

"Não tô enteindeindo..."

Não faz muito tempo, colunistas tucanos não casavam de exaltar em notas, crônicas e artigos a verdadeira "revolução" na segurança empreendida pela longa (maior do que a gestão Hugo Chavez) governança do PSDB em São Paulo. Divulgavam números, faziam comparações, lembra?, e davam a entender que os tucanos eram exemplo mundial no combate à violência. Agora, mesmo discretamente já que ficou difícil omitir, noticiam diariamente arrastões em restaurantes, explosões de caixas bancários, invasões de condomínios, assaltos a pedestres, a ciclistas e motoristas. "Não estou enteindeindo", diria um pobre boêmio depenado de carteira, celular e dinheiro depois de um arrastão em bar da Vila Mariana. 

Marina da Glória vira área privê?

Deu na Folha. O empresário Eike Batista é acusado de cercar a Marina da Glória, da qual é concessionário. A Mairna é parte do Aterro do Flamengo, uma área publica de lazer da população do Rio de Janeiro. Além disso, o Parque do Flamengo é tombado. O entorno daquele trecho do Aterro, com realização de eventos e shows, o que já extrapola a destinação original da Marina, tem tapumes e lixo, é um visível pardieiro. Recentemente, o Rio foi ameçado com a construção - aparentemente abortada, mas nunca se sabe - de um prédio no local. E, não faz muito tempo, o restaurante Rio's, em outra extremidade do Parque, ensaiou um projeto absurdo de uma casa de shows em um dos pontos mais belos da cidade. Cariocas, olho vivo, antes que o Aterro seja atulhado de construções sob os mais variados pretextos. Se você usa o Parque, denuncie essas armações junto às autoridades.
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Capa sem foto. É apenas a segunda vez na sua história que a Time usa esse recurso gráfico

2012/1966
A Time dessa semana vem com uma capa gráfica, sem imagem. É a segunda vez que a revista usa esse recurso desde 8 de abril de 1966, quando publicou uma polêmica matéria intitulada "Deus está morto?". A reportagem que a Time destaca agora é igualmente instigante: "Como Morrer". 
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Adiar julgamento do mensalão é saia justa para Dilma

por Eli Halfoun

Se existe alguém que, segundo os analistas políticos, não quer o julgamento do mensalão seja adiado é a presidente Dilma Rousseff. O adiamento do processo a deixaria em situação desconfortável já que até o final do ano dois ministros do Supremo Tribunal Federal se aposentarão e, ainda segundo analistas políticos, Dilma sabe que sofrerá pressões do PT para indicar os novos nomes. A presidente não deseja enfrentar esse tipo de situação, principalmente porque ela jamais aceita pressões. Como, aliás, tem mostrado desde que assumiu a Presidência da República. (Eli Halfoun)

90 anos de Bibi são uma lição de arte e da arte de aprender a viver feliz

por Eli Halfoun
Não é mistério para ninguém que a tão anunciada e esperada longevidade depende fundamentalmente de cuidados com a saúde física e mental, ou seja, para viver mais é preciso estar sempre atento às necessidades que o corpo e a cabeça exigem. Ao completar 90 anos de idade, a insuperável Bibi Ferreira nos mostra que não é só isso: viver mais e melhor depende também e principalmente de exercer um trabalho construído de amor. O amor diário pelo trabalho, seja na arte ou em qualquer outro setor profissional, é o que nos encaminha para um tempo cada vez mais longo de e na vida. Bibi Ferreira, a grande Dama do Teatro, completa 90 bem vividos anos como se estivesse completando 20 anos, ou seja, começando a descobrir a vida agora. Assim tem sido com seu talento e sua arte. Bibi vive mais e melhor simplesmente porque ama o que faz e faz com amor. A exemplar vida de Bibi, que conserva uma voz jovial e potente aos 90 anos de idade, se fez maior no palco (seu principal pedaço de vida). Ela continua entrando em cena para nos ensinar que viver é só uma questão de amor. Só quem se realiza profissionalmente consegue seguir em frente sorrindo, cantando e vivendo feliz. Os 90 anos de Bibi Ferreira não devem ser comemorados apenas para registrar e agradecer os fantásticos momentos artísticos que nos proporcionou e proporciona no palco. Os 90 anos de Bibi são mais muito mais do que a glória de uma carreira brilhante. São a lição do amor maior e da felicidade que se pode encontrar quando se faz o que se gosta. Mais do que uma artista consagrada Bibi aprendeu e ensina a preencher com amor o imenso palco da vida.  (Eli Halfoun)

Vozes femininas sempre encantaram o Brasil musical

por Eli Halfoun

O Brasil tem tido ao longo de sua história musical mais e melhores cantoras do que cantores. Essa é em síntese a opinião de produtores fonográficos, compositores e músicos. Uma observação que não chega a ser exagerada. Quem pesquisar a história e a evolução da MPB encontrará até com facilidade um número maior de boas cantoras do que de cantores, o que não significa que as nossas vozes masculinas deixem a desejar. Mesmo assim são as vozes femininas que se sobressaem. A nova prova dessa digamos supremacia vocal está sendo d ada uma vez mais pelo "Programa Raul Gil" (SBT) no quadro "Mulheres que brilham". É claro que o nome do quadro limita a presença masculina, que até poderia brilhar ao lado das belas cantoras que o programa tem apresentado. Ao final uma só vencerá. Não importa: o programa mostra que se a música brasileira depender das vozes femininas jamais deixará de ter a grandeza que a faz uma das mais belas e preferidas do mundo. Talvez fosse o caso de mais adiante o Raul Gil criar também um quadro só para vozes masculinas que se tiverem oportunidade poderão brilhar, não tenho dúvidas, tanto quanto as mulheres estão brilhando. (Eli Halfoun)

Novo Conselho Nacional de Educação enfrentará muitos “lobbies”

por Eli Halfoun

Mesmo que não signifique receber ao final de cada mês um polpudo salário oficial e lícito, é grande o desejo de exercer uma forma de poder. Está acontecendo novamente agora: não são poucos os pretendentes a terem seu nome lembrado para formar entre os 12 novos membros do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação, comandado atualmente por Aluízio Mercadante. Nenhum membro do Conselho recebe salário, mas tem o poder de indicações para aprovar a criação de cursos superiores, que dependem do Conselho. Resultado: o poder acaba incentivando disputas e "lobbies", prática com as quais Brasília sempre conviveu. É sempre aí que mora o perigo. (Eli Halfoun)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cartolas querem que o Flamengo jogue com nova logomarca na camisa: X-9

por Gonça
Poucas vezes vi um episódio tão grotesco quanto esse em que Flamengo e Ronaldinho Gaúcho dividem o palco dos horrores. Dá para ouvir? "Incompetente eu hei de ser", é o que esse pessoal está cantando. Começa com uma estranha parceria entre o clube e a Traffic, empresa de marketing esportivo. Um negócio que envolvia milhões de reais e direitos e deveres de parte a parte não tinha - descobre-se depois que a bomba estoura -sequer contrato assinado. Os parceiros se tornam inimigos, deixam de pagar o salário do jogador. R-10, por sua vez, descobriu as delícias do Rio de Janeiro. Na época, o Flamengo não se preocupou com isso. Assim como aturou tudo o que Adriano quis e fez. Agora, o que já era de um impressionante amadorismo, piora. O jogador e o clube vão brigar na justiça. O Flamengo diz que quer guerra. Ronaldinho, já treinando no Atlético Mineiro, deixa a questão com seus advogados. E a diretoria do Flamengo, de tão atropelada, vai acabar colando na camisa mais uma logomarca: X-9. Os seus diretores estariam arrebanhando funcionários e até jogadores, colegas do R-10, para que eles denunciem o ex-companheiro e e revelem suas encrencas e ausências (como se ele, diretores, não soubessem de nada). Provavelmente, o Flamengo vai pagar essa conta como já paga tantas outras. Os cartolas desafinam e o clube, como sempre, dança. Mas o dinheiro não é deles, fazer o que? 
Mais feio ainda, parece coisa de desesperado, é transformar o ambiente no clube em um covil de alcaguetas.       

Justiça de oposição, Justiça de situação. Pode isso, Arnaldo?

Deu na Folha: Carlos Heitor Cony escreve sobre o caráter político (e partidário) da Justiça a partir do polêmico episódio que envolveu um ex-presidente e um ministro do STF que tem "passado interessante". Como diria Galvão Bueno, pode isso, Arnaldo?

O feirão vai acabar?

Boa medida. E antes que alguém reclame, não tem nada a ver com liberdade de crença (os neo-pentecostais, que serão os mais atingidos e terão enormes perdas de faturamento caso a proibição se confirme, já alegam "perseguição"). Liberdade de religião é cada um cuidar da sua e não interferir na vida dos outros. Canais de TV são concessões públicas, não supermercados nem quiosques eletrônicos para comercialização da fé. Quanto aos proprietários, quem não tem condições de produzir programação, deixe o espaço para os competentes. Programação de qualidade informa, difunde cultura e entretenimento. A TV, exatamente por ser uma concessão da sociedade, deve reservar horários para programação didática. O elemento recebe uma concessão, sabe-se lá como, não produz nada, aluga horário e fica em casa desfrutando os milhões arrebanhados facilmente. Isso aí vira, então, uma privilegiada capitania hereditária onde o 'grande senhor' aufere lucros como se um mandatário fosse. E quanto à religião, deve ser praticada nas igrejas. Não em programas proselitistas, do gênero "pátio dos milagres", destinados a arrecadar os milhões de uns tantos que, como é noticiado, se transformam nos jatinhos e mansões de uns poucos.  Os deputados evangélicos, em uma demonstração dessa perigosa interferência da religião em ato públicos de um país que constucionalmente é leigo, se revoltaram. Prometem ganhar no grito. 

Nossa Senhora da Paz: em defesa da Boa Praça

Ameaçada pela modificação do projeto de construção do metrô, a Praça Nossa Senhora da Paz tenta se defender. Neste domingo, moradores de Ipanema organizaram um exposição de fotos para ressaltar a importância de um dos mais tradicionais espaços do Rio. As imagens expostas  - um delas mostra um dirigível sobrevoando Ipanema - pertencem ao acervo da Paróquia N.S. da Paz. Por ironia, enquanto a a exposição e a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado que pede a preservação da praça aconteciam em um lado, do outro funcionários da construtora faziam as medições para as futuras obras. O autoritarismo do governo do Estado não tem ouvidos para os moradores. Quem sabe um próximo protesto - com todo mundo com guardanapo na cabeça à moda dos políticos que se divertem em Paris - chame mais atenção.

Campo de Santana, um belo e pouco aproveitado espaço do Rio

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Caso Lula e Gilmar Mendes ganha repercussão internacional

por Eli Halfoun
O que acontece por aqui repercute cada vez mais no exterior, o que mostra um interesse crescente do mundo por esse novo Brasil. O recente caso que envolveu o ex-presidente Lula e o ministro do STF Gilmar Mendes, ganhou reportagens em vários jornais da Europa e dos Estados Unidos, além de espaço diário na CNN Internacional, a mais importante televisão noticiosa do mundo. O "The Wall Street Journal" preferiu reproduzir algumas opiniões de políticos brasileiros entre as quais a do deputado Miro Teixeira, que disse: "É inimaginável nos Estados Unidos um ministro da Suprema Corte ir ao escritório de um advogado" (referindo-se ao encontro de Lula e Gilmar no escritório de Nelson Jobim que mantém seu espaço de trabalho em casa). Na página inteira que dedicou ao assunto o "The New York Times" trata do assunto chamando o mensalão de "big allowance" ("abono") e Carlinhos Cachoeira de "Charlie Waterfall". Cachoeira jamais imaginou que seus "negócios" fossem transbordar vergonhosamente pelo mundo. (Eli Halfoun)

Brasileiros compraram o equivalente a US$25 bilhões só pela internet

por Eli Halfoun
Não é todo o consumidor que confia (e faz muito bem) na internet para fazer compras on line. Mesmo com uma grande desconfiança esse verdadeiro shopping virtual tem a cada dia mais usuários. Só no ano passado os brasileiros movimentaram US$25 bilhões em compras pela rede. Os produtos adquiridos no exterior (sem viajar) estão sujeitos ao pagamento de taxas, especialmente da Receita Federal, mas como não há cobrança de ICMS o preço final compensa. É por isso que existem cada vez mais ofertas em sites especializados em todo o tipo de produtos. Até para as grandes empresas compensa mais vender on line sem ter de arcar com o pagamento do Imposto de Circulação de Mercadoria, dinheiro que é recolhido pelos estados e municípios, mas nunca é aplicado no que realmente deveria ser. (Eli Halfoun)

Protesto contra a privatização do Maracanã

Unidos, torcedores cariocas agitaram bandeiras e tocaram hinos de todos os times em protesto em Ipanema contra a privatização do Maracanã. Com os governos federal e estadual gastando bilhões na modernizaçao do estádio - após a lamentável e apressada desfiguração de um bem tombado - o temor agora é que empresários sejam beneficiados sem investir um tostão (como é regra fácil e escandalosa na boa vida das concessões) e o futebol e os clubes sejam prejudicados. Os torcedores não esquecem, por exemplo, que estádios construidos para a Olimpiada, como a Arena, na Barra, tornaram-se praticamente proibitivos para receber eventos de esportes olímpicos, como jogos de vôlei, diante dos preços cobrados pelo concessionário. O Maracanazinho, ainda público, tem sido a opção para que o Rio receba importantes toneios. A Arena virou principalmente casa de show. A preocupação dos torcedores é que, privatizado, o Maracanã passe a ter uso estritamente comercial com preferência para receber circos, shows, eventos religiosos, patinação no gelo, motocross, rali automobilstico de demolição etc, em detrimento dos jogos de futebol. Outra consequência da privatização é a tabela de preços. Com a abertura de espaço para camarotes e lugares mais caros sem, até aqui, qualquer previsão de setores populares semelhantes à antiga geral, o povão será, junto com os clubes tradicionais, literalmente enxotado do novo Maracanã caso venha a acontecer, como prevista, a doação, que na prática é, do estádio a um empresário. O movimernto "O Maracanã é Nosso" chega às ruas e promete lutar nos próximos meses contra  o fim de um tradição do carioca: ver o seu time do coração no espaço que é maior referência do futebol mundial.
     

E a Seleção Canarinho? pra onde foi?

deBarros
E agora Mano Menezes? Depois de passar por dois adversários bem fracos – mas no segundo tempo o Brasil passou um sufoco com Rafael salvando a Seleção de sofrer um empate – foi pegar a seleção do México que fez a sua seleção, Mano Menezes, cair na armadilha deles. "Vem pra cima da gente" e em dois ataques México 2 a 0. Se a seleção brasileira tivesse um Messi, Xavi ou um Iniesta poderia jogar no estilo deles. Mas, só tem um Niemar que não vai  chegar nunca a um Messi de segunda mão.
Incrível! Galvão Bueno descobriu Marcelo, lateral esquerdo do Real Madri. O engraçado é que quando passou a elogiar o Marcelo ele caiu de produção. Coisas do Galvão Bueno.

sábado, 2 de junho de 2012

Zeca Pagodinho faz dueto inusitado com Gaby Amarantos

por Eli Halfoun
Como se não bastasse Michel Teló, agora a cantora e compositora paraense Gaby Amarantos, também de discutível qualidade musical, está em todas e ainda por cima formando duplas com quem nunca sonhou. Está decidido que na festa do 23º Prêmio de Música Brasileira, a Beyoncé do Pará, como ela se intitula, fará dupla com Zeca Pagodinho para interpretar uma música de João Bosco, o homenageado da noite. Existe também a possibilidade de dueto de Ivete Sangalo com Ney Matogrosso. A festa terá vários apresentadores entre outros a cantora Zélia Duncan, que aparecerá em um vestido longo, e Luana Piovanni que entrará em cena usando um terninho. Trocaram os figurinos. (Eli Halfoun)

Especulação já tem os novos prefeitos do Rio e de São Paulo

por Eli Halfoun
Oficialmente e campanha eleitoral não começou, mas como a especulação, além das mentiras e falsas promessas, também faz parte do jogo (jogo sujo é bom lembrar sempre) surgem algumas certezas antes de qualquer voto ser revelado. No Rio, analistas políticos dão como certa a reeleição de Eduardo Paes para a Prefeitura. Certeza especulativa também se impõe em São Paulo onde os analistas políticos não têm a menor dúvida de que José Serra será eleito com facilidade, mesmo que o eleitor saiba que ele não cumprirá todo o seu mandato porque ainda não tirou da cabeça e dos planos a idéia fixa de novamente disputar a Presidência da República. Tem gente que gosta de perder sempre. (Eli Halfoun)

Franceses ricos querem morar na Suíça para fugir dos impostos

por Eli Halfoun
Além de Alain Delon, Alain Prost e Charles Aznavour, que já moram na Suíça, outros ricos e famosos franceses também podem debandar de seu país de origem para se estabelecerem entre os suíços ou em outros países como, por exemplo, a Bélgica. A debandada estaria sendo provocada, como especulam os jornais franceses, por conta da eleição do socialista François Hollande para a Presidência da República e principalmente pelo medo de serem taxados com impostos maiores para que o novo governo possa implantar programas de crescimento nas França. Lá como aqui e em quase todo o planeta são os ricos os que menos querem ajudar o crescimento de seus países e da população menos privilegiada. Pelo contrário: querem pagar cada vez menos impostos para lucrar cada vez mais. (Eli Halfoun)

Mulher de Cachoeira bate palmas para os negócios pessoais

por Eli Halfoun
Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, é das que acreditam que o olho do dono é que engorda o gado, como se diz popularmente. Mesmo acompanhando tudo o que acontece e poderá acontecer com o marido na CPI que investiga seus negócios ilícitos, Andressa continua comandando pessoalmente seu negócio pessoal, ou seja, uma loja de lingerie (em Goiânia) na qual também funciona também e discretamente uma sex shop. Atenta aos negócios, Andressa tem feito questão nos últimos dias de telefonar para algumas clientes informando que recebeu novos digamos apetrechos (ou brinquedinhos, como preferem os mais puristas). Uma das novidades é uma peça movida a palmas quando colocada em posição de ação. O brinquedinho funciona quando ouve palmas e também desacelera quando ouve aplausos outra vez.  Tem sempre gosto para tudo. Principalmente em sexo. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Para as novas gerações ficarem por dentro: a ditadura militar em quadrinhos

O "Ditadura No Ar", uma história em quadrinhos policial ambientada no regime militar brasileiro e criada pelo roteirista e editor Raphael Fernandes (MAD, Wizmania) e pelo desenhista Abel (Almanaque Gótico,CecilleVeronika, foi lançada na Comix Book Shop, em São Paulo. Na trama, o fotógrafo freelancer Félix Panta investiga o paradeiro de sua namorada comunista Nina (vulgo Lenina), capturada pelo DEOPS durante um protesto contra o regime militar. Seus planos dão errado e, além de não encontrar a garota, tem sua máquina fotográfica danificada.
Na segunda edição, Félix é contratado para acompanhar um repórter novato ao esconderijo de Samarca, um guerrilheiro de esquerda que conseguiu fugir de um presídio militar. Sabendo que ele foi capturado no mesmo final de semana que Nina, o fotógrafo carcamano vê neste trabalho uma chance de conseguir alguma pista. Fortemente influenciada por Agente Secreto X-9, Sin City, 100 Balas, cinema noir, fumetti, Clint Eastwood e Quentin Tarantino, a narrativa simula as tiras clássicas de aventura, que geravam tensão , mas sem revelar o desfecho da cena, obrigando o leitor a voltar na semana seguinte. Tudo isso dentro de um período ainda obscuro na história recente do Brasil.
Fonte: Roberto Provatti 
Para mais informações, visite a fanpage da revista: http://facebook.com/ditaduranoar

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Parece que foi ontem: bomba H na revista Época

Amanhã nas bancas, a revista Época comemora os 60 anos da Editora Globo. A edição que chega às bancas focaliza 1952. Os assuntos são o governo Vargas, a explosão da bomba H, o primeiro voo de passageiros em avião a jato, a medalha de ouro de Adhemar Ferreira da Silva e o biquíni nas praias cariocas. Até os anúncios virão com visual dos anos 50. São duas capas: Getúlio Vargas na edição retrô e o Brasil de 2012 na atual.

Aline Riscado fotografada por Luis Crispino

É a capa da Playboy de junho. Aline Riscado é uma das bailarinas do "Domingão do Faustão". Luis Crispino fotografou o ensaio inspirado no filme Fashdance.
Jennifer Beal no filme Flash Dance - Em Ritmo de Embalo, de 1983. Foto: Divulgação

Polêmica que interessa aos jornalistas. E o "pauteiro", o que é?

Reprodução
por Jussara Razzé 
Jornalistas e professores de comunicação e, principalmente, leitores, em artigos e cartas têm discutido a validade de um jornalista utilizar uma fonte e acabar servindo aos interesses da mesma fonte. Há quem justifica e há quem condene. A coluna de Monica Bérgamo, ontem, na Folha, levanta nova polêmica. É válido ter um político, certamente interessando, ajudando como "pauteiro" uma determinada reportagem? A credibilidade não fica comprometida com essa interferência? Cartas para a redação. Deles, não deste blog.

Flamengo e Ronaldinho meteram os pés pelas mãos e deu no que deu

por Eli Halfoun
Nunca na história do futebol existiu alívio tão intenso quanto o provocado pela saída de Ronaldinho do Flamengo, o que estava na cara que iria acontecer apesar de todos os desmentidos. Jamais um clube e uma torcida vibraram tanto por estarem se desfazendo de um craque. Mudou o roteiro: geralmente clube e torcida se entusiasmam quando o craque chega e não quando vai embora como agora, A mídia tem refletido o alívio da torcida em manchetes que vão desde "Já vai tarde" e "Até que enfim". Ronaldinho sai "queimado" não só com o Flamengo, mas com o futebol mundial de uma maneira geral. Pelo menos no momento não será muito fácil receber proposta de nenhum grande clube. Qualquer dos chamados times de primeira pensará dez vezes antes de arriscar-se ter Ronaldinho em sua equipe mesmo porque durante sua passagem pelo Flamengo ele nunca mostrou que tinha vontade de jogar futebol, ou seja, o que de melhor sabe fazer vida. Pesa também o fato de ele ter recorrido à Justiça do Trabalho e patrão fica com ódio do empregado quando isso acontece. Nesse caso, Ronaldinho não cometeu nenhum absurdo: buscou judicialmente os seus direitos, ou seja, receber os salários que o Flamengo não pagou. É direito constitucional de qualquer empregado brigar para receber o que é seu e salário é sagrado, Assim como é sagrado pagar o salário em dia: é do salário que o empregado vive. O contratado de qualquer empresa e para qualquer serviço tem obrigações a cumprir e o empregador deve ter mais do que obrigação o respeito de pagar em dia os seus compromissos trabalhistas. O salário é o mais importante.

 Não foi porque Ronaldinho não vinha cumprindo com competência o seu trabalho que o Flamengo atrasou os pagamentos mensais. Na ânsia de fazer média com a torcida, o Flamengo deu um passo maior do que as pernas, como se diz popularmente e tropeçou nas próprias pernas. Fazer mais do que se pode nunca dá certo para ninguém. (Eli Halfoun)

“Carrossel” do SBT faz a Record repensar seu jornalismo

por Eli Halfoun

Não será surpresa se nos próximos dias o Jornal da Record apresentado por Ana Paula Padrão e Celso Freitas passar a ser exibido em novo horário. Essa é umas das hipóteses estudadas pela emissora que viu despencar a audiência do JR, que já era mínima, desde a estréia da novela "Carrossel" no SBT. Até a exibição de "Carrossel", o Jornal da Record ainda conseguia uma média de 6.0 pontos no ibope. Agora a audiência caiu para 3.0, o que ainda é muito em relação à audiência do Jornal da Record News da TV por assinatura que, desde sua estréia, nunca conseguiu mais do que traço. Enquanto a Record se desespera, Silvio Santos canta vitória com a vice-liderança de audiência que, para ele, significa o primeiro lugar já que nunca pretendeu concorrer com a Globo no horário. Silvio Santos sabe o que quer e até onde pode chegar. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A inseparável aerodinâmica de Lewis Hamilton...

De folga na Itália, antes do GP do Canadá, o piloto inglês Lewis Hamilton - diz o jornal - não consegue ficar longe da namorada Nicole Scherzinger. Espantoso seria se conseguisse largar o vácuo da cantora, ex-Pussycat Dolls.

CPI, já!: para apurar de quem é a calcinha parlamentar...

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Já dá para dizer que o Congresso Nacional tem uma certa tradição em matéria de roupa de baixo. O pioneiro foi o deputado Barreto Pinto, que posou de cuecão para matéria da revista O Cruzeiro e escandalizou o país. Não faz muito tempo, o senado Suplicy desfilou de cueca vermelha vestida sobre a calça a pedido de um programa humorístico. Agora, uma peça íntima caiu do bolso de um deputado devidamente não identificado e adentrou o plenário. Até agora não se sabe se a calcinha congressual - diz quem viu que era de rendas e meio avantajada - é prova de alguma CPI; a quem pertence, se a alguma agregada do parlamentar, se ao próprio parlamentar dado a fantasias (não se diz que Brasília é uma ilha de todas as fantasias?). A polêmica calcinha não surgiu durante uma sessão secreta, esse instituto regimental que protege picaretas, portanto, e em nome da nova lei da transparência, o Brasil quer saber o nome da sua senhoria proprietário da calçola. Já há quem diga que vem aí a CPI da Calcinha para ofuscar de vez a CPI do Cachoeira que, pelo jeito, não interessa a nenhum partido, todos com o rabo preso lá, nem a muitas empresas, igualmente flagradas na boca do cofre, muito menos a certos juristas e nem mesmo à mídia. Abaixo assinado, já! 
Atualização 
Alguns sites acabam de noticiar que um vibrador de ouro, no valor de 8 mil reais, foi roubado de uma sex shop de Brasília. A loja, de alto nível, discreta, com produtos caros, é frequentada pela classe alta e por altíssimos funcionários dos três poderes da República. Calcinha no Congresso, roubo de vibrador de ouro, sei não, há uma porno-campanha em curso para desviar as atenções da CPI. Conseguiram. Os mistérios sexuais do Planalto são muito mais interessantes. Só falta agora o vibrador de ouro aparecer no plenário.
Vibrador de ouro roubado em Brasília. reprodução


Jornalismo investigativo agora é feito por repórter, fotógrafo e especialista em banco de dados

Deu no Nieman Journalism. Reprodução
La Nación analisa bancos de dados e desvenda escândalo. Reprodução

por Gonça
A transparência acaba de virar lei no Brasil. Medidas, decisões, salários, regras de decoro, desvios de comportamento, ou seja, tudo o que acontece na superfície e nos porões das instituições públicas pode e deve se acessado pelos cidadãos. Se muiita coisa, claro, ainda vai continuar a ser feita por baixo dos panos - mas aí, não é caso de transparência, é caso de polícia - a lei é um caminho para flagrar roubalheira, nepotismo, favores e maracutaias geralmente empreendidas pela terrível dobradinha bandida político-empresário. A Argentina, aqui ao lado, também sofre com a corrupção. Recentemento, o jornal La Nación publicou matéria sobre subsídios irregulares para empresas particulares de ônibus. Lá, como cá, bilhões de díolares são transferidos criminosamente dos cofres públicos para bolsos privados. A novidade, para nós, jornalistas, foi a maneira como os repórteres apuraram o escândalo. A equipe foi formada por repórteres e progamadores de dados especialistas em data center. Juntos, localizaram na rede 285 mil documentos. O resultado foi tão bom que o jornal formou uma equipe permanente de dez profissionais - jornalistas, programadores e designers só para cuidar das reportagens que envolvem grande número de dados. Mas, atenção: eles só trabalham com informações legais e abertas. Não fazem escuta telefônica, não invadem computadores nem sistemas de câmeras particulares, não contratam "arapongas", como a turma do Rupert Murdoch, na Inglaterra, e veículos que desprezam a ética e a privacidade. Cuidem-se corruptos. Essa é a nova e poderosa arma à disposição do autêntico e isento jornalismo investigativo. Além da nova metodologia, o caso envolve também uma importante lição para a velha mídia brasileira que costuma aliviar e tratar com suspeita delicadeza certas conexões privadas em escândalos públicos.   
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Com cerca de 200 participantes, reunião de ex-empregados da Bloch discute pendências da Massa Falida

Jileno Dias, José Carlos Jesus e Nilton Rechtman dirigem os trabalhos. Foto Divulgação
Os ex-funcionários da Bloch reunidos em assembléia no auditório lotado do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Foto Divulgação
Foi realizada na última sexta-feira, 25, no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, mais uma Assembléia dos Ex-Empregados  da Bloch Editores, com adesão maciça dos jornalistas, gráficos e administrativos que trabalharam na empresa. Mais de 200 colegas estiveram presentes. Foram discutidas ações da Massa Falida contra credores. Os participantes receberam informações sobre leilões de fazendas, a situação do Acervo Fotográfico, que encontra-se desaparecido e é objeto de ação judicial dos fotógrafos, o prédio da Manchete em São Paulo e obras de arte ainda em disputa.

Gisele Bundchen é a “perfect girl” em 40 páginas da Vogue Paris

Reprodução
por Eli Halfoun
Não é, na história da moda, para qualquer uma: Gisele Bundchen ocupa nada mais nada menos do que 40 páginas, além da capa, da edição especial de junho e julho da revista Vogue Paris. Fotografada por Inez Van Lawsweerde e Vinoch Mataldi, Gisele é a estrelas da coleção "Perfect Girl" e posou com todo o tipo de roupa, incluindo maiôs e ousados biquínis, que só uma "perfect girl" pode usar sem precisar esconder ou disfarçar nada. (Eli Halfoun)

Descriminalização do uso pessoal de drogas pode diminuir o número de dependestes e de traficantes

por Eli Halfoun

A semana começou com uma notícia que deu e ainda dará muito que discutir: a comissão de juristas do Senado inclui no anteprojeto do novo Código Penal a descriminalização do consumo pessoal de drogas. Não há nada ainda muito definido e aprovado, mas esse é um assunto discutido há anos. De um lado, os que acreditam que a rigorosa punição (melhor seria tratamento) dos usuários de drogas é fundamental. Do outro lado, o grupo que acredita que com a descriminalização será mais fácil tirar os jovens do vício, e o que é mais importante, diminuir profundamente (se possível definitivamente) a ação dos traficantes, já que com o uso liberado, mas limitado, algumas drogas não mais precisarão ser adquiridas clandestinamente nas mãos de traficantes que querem mais que o usuário se dane e necessite cada vez mais da droga. O texto que descriminaliza o uso pessoal impõe (e nem poderia ser ao contrário) um limite de quantidade de substância encontrada com o usuário, ou seja, se tem como destino a utilização pessoal.  Se aprovada, a descriminalização será somente para uso pessoal: o uso compartilhado da droga será penalizado com prisão (de seis meses a um ano) e multa. O projeto não pretende dar moleza aos traficantes que poderão sofrer pernas de cinco a dez anos de prisão. Normas de conduta deverão ser adotadas. Não será permitido importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir e oferecer drogas ilegais, mesmo gratuitamente. Sem essa de ter uma plantaçãozinha de maconha em casa. Nem como enfeite.

Essa é uma discussão que ganhará muitas opiniões, mas não se pode negar que a descriminalização pode ser o início de um acertado caminho para diminuir o tráfico de drogas. O que é permitido não costuma atrair muito a curiosidade do homem e a curiosidade é o primeiro passo para construir um viciado. Levará ainda muito tempo para que o assunto seja equacionado e definido, mas felizmente o país já está discutindo abertamente um problema que o massacra há anos. (Eli Halfoun)

Na Espanha em derrocada, capa de brasileira é diversão

Com os país no Serasa, resta aos espanhois passar nas bancas e curtir uma tal Miss Bumbum brasileira. A figura, que por aqui é ilustre desconhecida, lá ganha capa de revista. Olé!  

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Bom humor do comercial da Nova Schin não é preconceito

por Eli Halfoun
É realmente necessário lutar contra qualquer tipo de preconceito ou de situações que de uma forma ou de outra exponham ridiculamente alguns setores da sociedade, mas ante de qualquer protesto é preciso não cometer os mesmos exageros do que se reclama. Agora são as associações que reúnem gays, lésbicas e simpatizantes a pedir que o novo comercial da cerveja Schin seja retirado do ar (censura é tão ruim ou pior do que preconceito) porque estaria incentivando o preconceito contra travestis que também estariam sendo ironizados no bem feito e criativo comercial. Exagero: o anúncio apenas brinca com uma situação mostrando com bom humor e música um homem que se aproxima de uma mulher e só de perto descobre que se trata de um travesti, o que o deixa surpreso e vira motivo de piada para seus companheiros. A situação é perfeitamente natural e até porque não existe homem que se aproxime de uma mulher e não se espante ao descobrir que está "cantando" um homem. A inusitada situação realmente provoca risos e brincadeiras dos companheiros de copo, o eu não acontece por preconceito, mas sim por tratar-se de uma situação pouco comum. Conheço muitos travestis famosos desde os tempos de "Les Girls", o primeiro show com homens travestidos. Na época fui o único jornalista a dar força (no jornal Ultima Hora) ao espetáculo e aos hoje reconhecidos talentos de entre outras (ou outros) Rogéria, Valéria e Jane Di Castro, só para citar três exemplos. A aproximação profissional com esses artistas me permitiu presenciar muitas vezes a situação que agora se repete no comercial da cerveja e que nunca foi vista pelos envolvidos como preconceito ou brincadeira de mau gosto. Os gays conquistaram (continuam conquistando) um grande e merecido espaço e não só na área artística e por isso mesmo não se pode continuar enxergando preconceito em tudo. O comercial da Schin apenas brinca (bom humor é fundamental na vida) com uma situação que s tornou muito mais comum do que se pensa. Não perceber isso é jogar fora todas as conquistas obtidas até agora. (Eli Halfoun)
Veja o vídeo. Clique AQUI

terça-feira, 29 de maio de 2012

Martini escolhe sua nova cara em concurso mundial de beleza

por Eli Halfoun
Se o mundo dependesse de concursos para reunir mulheres bonitas estava salvo. A cada dia surge um novo concurso ou uma nova lista de beldades. Agora é a Martini, a poderosa fábrica de bebidas, que promete fazer a festa e patrocinar um concurso em 25 países para escolher a modelo que estrelará a nova campanha mundial da marca. A campanha terá como tema a atitude e por isso recebeu o título de "Luck in Atitude". A vencedora não poderá reclamar do prêmio: receberá US$350 mil para estrelar a campanha e mais 12 pares de sapatos Christian Louboutin, os mais caros do mundo. Depois ficará mais fácil andar a pé para procurar um novo emprego. (Eli Halfoun)

Cláudio Manuel: “Twitter é um espaço para a imbecilidade”

por Eli Halfoun

A recente entrevista de Xuxa ao "Fantástico" continua repercutindo, especialmente no Twitter que tem reunido as mais diversas opiniões. O Twitter é absolutamente democrático e permite que cada um poste o que bem entender. No caso da entrevista de Xuxa e a revelação de que sofreu abuso sexual na infância as opiniões foram diversificadas. Não foram poucos os twiteiros que acharam a revelação de Xuxa uma declaração ensaiada e uma apelação do programa. O casseta Cláudio Manuel, produtor e diretor do quadro de entrevistas não é grande admirador do Twitter e tem razão em alguns pontos de vista. Ele com a palavra: "As redes sociais permitem que o bizarro tenha visibilidade. Quase não twitto. Acho o Twitter um espaço para a imbecilidade ficar gritando, é chatíssimo e voltado para o ódio, fascista, mas a maioria das pessoas teve reação bacana ao depoimento da Xuxa". Nem tanto.(Eli Halfoun)

Brasil forma 100 mil advogados por ano, mas não tem espaço para todos

por Eli Halfoun

Não é muito difícil encontrar advogados trabalhando como taxistas ou em qualquer outra atividade na qual seu diploma de Direito não faz a menor diferença. Essa é uma imposição do mercado de trabalho imposta pelo grande número de advogados que o Brasil forma anualmente. Segundo a última estimativa, o Brasil tem hoje em funcionamento 1.210 Faculdades de Direito que formam entre 80 e 100 mil novos advogados por ano. Segundo a OAB, 70 mil formandos são admitidos anualmente no exame da Ordem. Por mais que o país tenha "trapalhões de carteirinha" o número advogados pode ainda ser insuficiente, mas o mercado de trabalho não tem como absorver os novos profissionais do Direito e a maioria não tem condições de montar seu próprio escritório. Desse jeito ou acaba em porta de xadrez ou vai garantir o sustento de cada dia dirigindo um táxi. (Eli Halfoun)

Rafinha Bastos: a volta por cima que foi mais por baixo do que se esperava

por Eli Halfoun
Se trocasse a letra L pela G o programa poderia chamar-se "Sem Nenhuma Graça" e faria mais justiça ao que a versão brasileira do "Saturday Nigth Live" mostrou em sua estréia na Rede TV. Na abertura do programa, Rafinha Bastos fez comentário irônico sobre o "Zorra Total" da Globo. Piada forçada e injusta: o SNL não foi melhor do que o Zorra em nenhum momento e se estivesse concorrendo diretamente com o humorístico da Globo, que não é metido a inteligente e faz apenas um humor popular, levaria uma lavagem de audiência, maior do que a que levou das outras emissoras na noite de estréia (não chegou a alcançar nem mesmo um mísero 1.0 de audiência). A verdade é que quem torcia (e eram muitos) para o fracasso da volta de Rafinha Bastos à televisão se deu bem e tem todos os motivos para vibrar. A péssima repercussão da estréia do SNL poderia parecer perseguição ao humorista (humorista?) que nunca se limitou na busca de fazer graça e exagerou nas ironias partindo muitas vezes para desnecessárias ofensas. Não foi perseguição e muito menos vingança: não houve em nenhum jornal uma única palavra de elogio ao programa. Agora Rafinha Bastos culpará, como sempre fazem os fracassados, a imprensa, mas antes que parta para mais um injusto ataque é bom que ele examine cuidadosamente a falta de audiência para um programa muito esperado e que mesmo assim decepcionou o público e a direção da Rede TV que esperavam muito mais. Aliás, já se fala que a direção da emissora exigirá que o programa faça mudanças radicais não só para conquistar mais audiência (com menos de 1.0 fica difícil sobreviver) e principalmente para não perder o licenciamento da versão original do programa que se mantém no ar, nos Estados Unidos, há mais de 30 anos. Está na hora de Rafinha Bastos repensar não só o SNL, mas também e principalmente a sua carreira. (Eli Halfoun)



Processos parados no ar e o que nós temos a ver com isso

Reprodução O Globo
por Gonça
Processos que se arrastam na Justiça fazem, parte, infelizmente, da realidade brasileira. Pense em um grande escândalo político relativamente recente. Qualquer um. Ou está parado ou foi arquivado. Difícil lembrar de uma mega denúncia tornada pública nos governos Lula e FHC que tenha chegado ao seu desfecho, após recursos, gincanas de advogados, pressões etc. E desfecho, no caso, significaria concluir se era verdadeira cada denúncia, com seus respectivos culpados listados, ou se era mera ficção eleitoral, sem qualquer prova.. No Caso Demóstenes, para citar um que está nas páginas dos jornais (embora a CPI e parte da imprensa aparente, estranhamente, estar sem apetite para acionar seus mecanismos de apuração ou de jornalismo investigativo nesse pantanoso terreno que tem a particularidade de atolar um amplo espectro de representantes da esquerda, direita, centro, justiça, polícia e setores da própria mídia), a primeira investigação levada a instâncias oficiais é de 2009. Ficou paradinha.
A opinião pública pressiona e está de olho no Congresso mas o Caso Cachoeira-Demóstenes parece ser um desses que terão vida curta. Não há muito interesse em ir fundo. Políticos e mídia tentam empurrar a linha de investigação para focos dos seus interesses políticos-empresariais. Nos casos Daniel Dantas, Banestado, Propinoduto, Sivam, Caso Kroll, Mensalões do PSDB mineiro, do DEM, Sanguessugas, dos Atos Secretos, das ONGS, alguém foi preso? Alguns algemados em público ganharam até a solidariedade de políticos e de parte dos "formadores de opinião", o que resultou no impedimento do uso do adereço nos pulsos de figuras ilustres. Talvez tenha sida a única, ou pelo menos a mais visível, consequência prática dos tais escândalos.
Agora está na mídia o escândalo dentro do escândalo. Lula teria pressionado Gilmar Mendes a adiar a votação de um dos chamados mensalões, o que envolve o PT. A conversa teria acontecido diante de uma única testemunha, Nelson Jobim, que nega o teor do diálogo entre o ex-presidente e o ministro do STF. Lula se diz indignado com a denúncia. Segundo O Globo de hoje, colegas de Gilmar Mendes duvidam do diálogo. Supondo que Lula fosse o "padrinho" do congelamento do julgamento de um dos ditos mensalões, fica a pergunta: quem seriam os "padrinhos" dos outros tantos casos que sofrem de paralisia? A previsão é de que o mensalão que envolve o PT seja julgado nos próximos dois meses. Os outros citados acima ou não têm datas ou foram devidamente sepultados. Gilmar Mendes alega que, na suposta conversa, Lula, além de defender a protelação do julgamento, Lula teria feito insinuações sobre seu encontro em Berlim com o senador Demóstenes Torres, o elo político do grupo de Carlos Cachoeira. De fato, as fitas da PF registram a suspeita de que Gilmar teria viajado no jatinho do bicheiro. O ministro nega, diz que pagou suas próprias despesas mas confirma o encontro no exterior com a peça-chave do esquema goiano. Curiosamente, Gilmar Mendes tem nos seus antecedentee outro episódio em que fez par com o senador Demóstenes Torres (que neste momento está na Comissão de Ética fazendo o gênero "coitadinho"), o do caso que ficou conhecido como o do "grampo sem áudio", um suposta conversa entre os dois, que teria sido gravada por arapongas. Outro caso inconcluso, que ficou parado no ar.
Se o engavetamento é um prática recorrente, o Fla X Flu de parte da mídia em torno da apuração ou do julgamento dos escândalos é inusitado. Aparentemente, há a turma que prefere escantear o Caso Demóstenes/Cachoeira que é, digamos, supra partidário, e priorizar o julgamento do chamado mensalão do PT. E há  o pessoal, talvez mais sintonizado com a expectativa da sociedade, que simplesmente se pergunta por que diabos os dois casos  - a apuração rigorosa de um e o julgamento do outro - não podem prosseguir normalmente? Por que o avanço de um deles tem que obrigadoriamente significar o congelamento do outro?
Dizia-se que Brasília, de tão distante da realidade e dos corações e mentes dos brasileiros comuns, seria um "ilha da fantasia". A comparação refere-se, claro, aos políticos, autoridades e agregados, não ao povo brasiliense, vítima deles como todos nós. Ao tornar a informação uma arma partidária, ao ingressar em facções e aprofundar relações com suspeitas peças do jogo político, ao tratar e selecionar a notícia como estratégia de poder, parte da mídia parece ter se tornado porta-voz dos habitantes dessa "ilha".
Atualização: Segundo a Folha de hoje, o ministro Mendes já não é tão incisivo. diz, literalmente, "percebi que havia algum tipo de insinuação". Muito vago para a gravidade da denúncia. Essa declaração superficial só acrescenta mais estranheza ao caso. E segundo o site Folha on line, o ministro, que nega ter viajado em jatinhos com Demóstenes para a Alemanha, "relatou que entre 2010 e 2011 viajou duas vezes para Goiânia em aviões cedidos por Demóstenes Torres", mas que tais fatos são "públicos". O ministro, contudo, não comentou o fato de  a "Demóstenes Linhas Aéreas", como viu na investigação da PF, ser pílotada peolo "comandante" Cachoeira.